terça-feira, 19 de março de 2019

Ênio Santos


Arquivo de Som:

Claymore Gregg (Charles Nelson Reilly) em Nós e O Fantasma / Thomas O'Malley em Aristogatas (Longa-Metragem)




Biografia:

Ênio Santos foi um dublador Carioca.

Ênio Azeredo dos Santos nasceu em 6 de Março de 1922 em Porto Alegre, Rio Grande do Sul.

Início

Desde criança, Ênio sempre teve o dote de cantor, e com isso sempre se apresentava em festas e apresentações no colégio. Aos 9 anos, em 1931, mudou com sua família para Niterói, Rio de Janeiro, e seu pai, o Oficial Santos, da Marinha, que muito admirava o talento do filho, o levou para um teste no Programa Infantil de Alberto Manes na Rádio Guanabara. Ênio permaneceu por 5 meses na emissora, sempre tendo a valsa Folhas Ao Vento como carro chefe em suas apresentações. Nessa época, retorna com a família para Porto Alegre, e abandona os microfones.

Em 1937, ingressou na Escola de Marinha Mercante, aonde fez exame para virar piloto. Permaneceu 1 ano no curso, desistindo por se tratar de um curso de alto custo.

Rádio Sociedade da Bahia

Aos 18 anos, em 1940, seu pai lhe arranja um trabalho na Rádio Sociedade da Bahia, em Salvador, como cantor, aonde passou por cerca de 6 meses.

Em Salvador, também cantava na área de alimentação do Palace Hotel, e na Boate Tabariz. Com o fim do contrato, Ênio retorna para o Rio de Janeiro, e estuda rádio-telegrafia, mas também não conclui o curso. Logo depois, começa a trabalhar no departamento de publicidade do Laboratório Rocha, um laboratório farmacêutico.

Rádio Nacional (RJ)

Na mesma época, se inscreve no concurso de novos talentos musicais do programa Picolino (1941) de Barbosa Junior na Rádio Nacional, e ganha, conseguindo um contrato de 2 meses na emissora. Após isso, volta ao laboratório farmacêutico.

Ênio Santos (1941)

Ao saber que o filho deixou a Nacional, o pai de Ênio, arranjou um contrato de 1 mês com Julio Moreno na Boate Tabu, uma espécie de casa de concerto, um café-concerto, no qual Ênio atua por um tempo.

Rádio Record

Nessa ocasião, é contratado por Geraldo Mendonça para trabalhar na Rádio Record, em São Paulo, preenchendo a lacuna do cantor Déo que havia deixado a emissora. Um tempo depois, é colocado de improviso no programa Embaixatriz, de Lolita Rios, e descobre outra de suas veias: a interpretação.

Na emissora, também atua no Programa Ênio Santos (1943), o qual apresentava.

Ênio fica de 1941 à 1946 na Rádio Record, quando retorna novamente para o Rio. Na ocasião, havia terminado uma temporada na Boate Cliper, cantando músicas francesas, e músicas foxes.

Rádio Mayrink Veiga

Chegando no Rio, consegue um contrato de 1 ano com a Rádio Tupi, ficando apenas 25 dias na emissora, pois logo em seguida é convidado por Vandré para ingressar no elenco musical da Rádio Mayrink Veiga, ficando no lugar de Dick Farney que saíra.

Na emissora, Ênio adotou o nome artístico de Kenny Williams. Cantava músicas americanas e francesas.

Ênio Santos (1951)

Como Kenny Williams, cantou nos programas Poemas Nativos (1946), com Cesar Ladeira, Risos e Ritmos (1946), Estúdio (1946), Broadway Melody (1946), Jornal e Estúdio (1947-48), Melodias Famosas (1947), Horizontes Sonoros (1948), Orquestra de Salão (1948), Valsa, Divina Valsa (1948), A Margem da Música (1948), Passos e Sua Orquestra (1948), ao lado Margalô Bruce, Cantam As Ruas (1948), Cavalgada de Estrelas (1948), entre outros.

Tinha como parceira de cantorias na emissora, Margalô Bruce. Além disso, também cantou na emissora ao lado de Ivonete Miranda, Souza Filho, Hélio Chaves, Elizete Cardoso, Rosita Del Rio, Kitty France, Heleninha Costa, Ciro Monteiro, Fernando Barreto, Léa Coutinho, Patrício Teixeira, Vicky Frances, Quarteto de Bronze, entre outros.

Em programas diversos, esteve em Desfile da Juventude (1946), Panorama Político (1947), Estúdio e Jornal(1947), O Assunto do Dia (1948), entre outros.

Na emissora, também começa a escrever peças. Entre elas para os programas Teatro Romance, como A Ameaça (1946), Um Passo Além do Inferno (1946), Eu Culpo o Destino (1946), Reencarnarão (1947), Tára (1947), e Teatro Pelos Ares Plácido Ferreira, como Incerteza (1949). Entre outras.

Rádio Nacional

Em 1949, Castro Viana e Carlos Machado o chamaram para trabalhar na Rádio Nacional, pegando uma lacuna, pois Roberto Faissal havia saído de férias pra São Paulo, e alguém precisava atuar em seu lugar.

Ênio Santos (1951)

Na emissora, entre outros, atua nas novelas Concerto à Varsóvia (1950), A Canção da Felicidade (1950), A Última Lágrima (1950), A Vida Não é Um Romance (1951), A Última Ilusão (1951), Essa Estranha Mulher (1951), A Vida Não é Um Romance (1951), entre outras.

Rádio Tamoio

Em meados de 1951, vai para a Rádio Tamoio.

Ênio Santos (1951)

Na emissora, esteve no programa Pausa Para Meditação (1951), e principalmente nas novelas É Tarde Para Voltar (1951), As Nuvens Passam Depressa (1952), O Primo de Lisboa (1952) (aonde cantou, homenageando a colônia portuguesa, músicas como Coimbra, e O Tesouro da Serra do Seridó), Ubirajara, o Marca Olho (1952), entre outras.

Rádio Mayrink Veiga

Em meados de 1952, retorna a Rádio Mayrink Veiga, entrando para assumir o posto de diretor de rádio-teatro, vago pela ida de Urbano Lóes para a Rádio Continental.

Ênio Santos (1952)

Como diretor de rádio-teatro, esteve no comando das novelas Amor Impossível (1952), Atire a Primeira Pedra (1952), O Retrato de Cristina (1953), e Castigo de Uma Pecadora (1954), e O Homem Sem Passado (1957).

Amélia Simone, Miriam Pires, Sônia Reis, Idala Barros, Ênio Santos, e Talula Mayo (1957)

Em teatro, esteve na direção dos programas Histórias de História (1953), Tragédias de Bolso (1953), Teatro Pelos Ares (1954), Teatro Varma (1956), além de dirigir o elenco do programa Teatro de Comédias.

Ênio Santos (1953)

E por fim, foi também diretor de programas, como Buraco da Fechadura (1956), Lendas e Verdades de Todo o Mundo (1956), e Aquarela Sertaneja (1956), aonde também atuava.

Antônio Maria, Francisco Abreu, Ênio Santos, e Edmundo de Souza (1957)

Como escritor, escreveu as novelas Sublime Redenção (1953), Entre o Céu e a Terra (1956), e Três Histórias de Amor (1957).

Ênio Santos ao lado de Matinhos, Zé Trindade, Antônio Carlos, Nanci Vanderlei, Newton da Matta, Peri Borges, e outro não identificado (1953)

Em programas teatrais, escreveu as peças para Teatro das Três e Meia (1952-53), como A Cega (1953), e para Páginas de Romance (1954).

Além disso, também escreveu textos para o Programa Luís Cláudio (1957).

Ênio Santos (1953)

Em atuações, esteve nas novelas O Impostor (1955), A Legião dos Esquecidos (1955), As Sombras Tudo Encobrem (1956), O Grande Pecado (1956), O Coyote (1957), e O Homem Sem Passado (1957).

Também atuou no programa Grande Teatro da Mayrink, em peças como Mentira (1957).

 Baptista de Souza, Amélia Simone, Ênio Santos, e Luiz Gonzaga (1957)

Em programas diversos, esteve em Teatro das Três e Meia (1952-53), Programa Elizete Cardoso (1955), e Boa Noite, Sertanejo (1956).

Estelita Bell, Ênio Santos, Nanci Vanderley, e Ema D'Ávila (1957)

Em humorísticos, esteve em Um Dia Atrás do Outro (1956), e Regra de Três (1956). Em ambos ao lado de Altivo Diniz, Chico Anísio, Nancy Wanderley, Batista Rodrigues, Zé Trindade e Matinhos.

Como locutor, esteve por 2 anos no programa Aonde Nos Leva a Canção (1955-57), de Mário Brasini.

Com sua saída da emissora em 1957, é substituído no cargo de diretor de rádio-teatro por Sérgio de Oliveira.

Rádio Piratininga

Por volta de 1957/58, vai trabalhar em São Paulo, no departamento de Rádio Teatro da Rádio Bandeirantes, na recém-adquirida Rádio Piratininga, ao lado de Wolner Camargo, Neuza Maria, Ronaldo Baptista, Sônia de Moraes, entre outros.

Ênio Santos e Sônia de Moraes (1959)

Na emissora, atua nas novelas Meu Maior Amor (1958), As Flores Também Murcham (1958), e Ódio Que Perdoa (1958).

Em programas, esteve em Sessão das Nove (1958).
 
Ênio Santos, e Otávio Marlot (1959)

Como escritor, escreveu as novelas Três Homens Iguais (1958), a primeira novela escrita por ele na emissora, e O Céu é Ali na Esquina (1959).
 
Escreveu também peças para o programa teatral Vida de Artista (1959).
 
Alberto Saad, Edison Leite, José Leuzzi Jr., Ênio Santos, e Otávio Marlot (1959)

Em 1959, se torna diretor artístico da emissora.
 
Rádio Nacional (RJ)

Em 1961 já estava na Rádio Nacional.

Na ocasião, substitui, por um tempo o personagem de Álvaro Aguiar, na série Aventuras do Anjo (1961).


Ênio Santos (1959)

Em novelas, atua em A Intrusa (1967), Gloriosa Mentira (1967), e A Noite do Meu Destino (1972).

Esteve na emissora nos anos de 1961, 1964, 1966, 1967, e 1972. Não sabemos se esteve continuamente por todo esse período, ou se teve alguns hiatos durante esses anos.

Novelas e Peças Escritas
 
Além das novelas e peças já citadas escritas por Ênio, respectivas às rádio que já trabalhou, também escreveu pra outras rádios nas quais não atuava.
 
Ênio Santos (1956)

Entre elas, escreveu para a Rádio Tupi (RJ), como Conflitos (1952), e Um Amor e Três Romances (1952).

E para a Rádio Baré (AM), como Loucura (1954), Entre a Vida e a Morte (1954), Colégio de Moças (1954), Apenas Um Farrapo Humano (1954), A Justiça dos Homens (1954), O Eterno Triangulo (1955), Um Violino Cigano (1955), Um Bate Papo de Instrumentos Musicais (1955), Um Homem de Verdade (1956), Anjo da Guarda (1956), O Diamante Azul (1956), e Uma Hora no Inferno (1958).
 
TV Rio
 
Na TV, esteve na TV Rio, escrevendo o romance, Meu Destino é Pecar (1955).

Ênio Santos (1954)

Como ator, esteve no programa Teatro de Variedades, em peças como Pedacinho de Gente (1958).

TV Continental

Em 1959, entra na TV Continental.

Entre os programas que atua, está programas teatrais, como Teatro de Ontem, na peça Mania de Grandeza (1959), de Joracy Camargo. Teledrama Continental, nas peças Uma Rua Chamada Pecado (1960), O Cortiço (1960). Teatro das Quartas, nas peças Almas Esquecidas (1960). Entre outros.

Ênio Santos, Leila Cavalcanti, Batista Rodrigues, e Miriam Pires (1961)

Em programas humorísticos, esteve em Com Média Para Sorrir (1959).

Em programas diversos, esteve em Pequenas Misérias da Vida Conjugal (1959), Isto é Estória (1959), Aimée às 9 (1959-60), e Isto é Estória: O Detalhe (1960).

Não Identificada, Antonino Seabra, Thereza Amayo, e Ênio Santos (1960)

Como produtor, produziu o programa Mansão de Dona Emília (1960), apresentado por Maria Vidal.

Como escritor, escreveu as peças Uma Estrela Correu Lá no Céu (1960), e O Detalhe (1960).

Um tempo depois, se torna diretor de departamento de teleteatro da emissora, deixando seu posto em 1961 para Ayrton Cardoso.

TV Tupi (RJ)

Em 1961, vai para a TV Tupi, aonde atua no programa Teatro de Comédias, em peças como Feitiço (1961).

TV Continental

No mesmo ano, retorna a TV Continental, aonde atua nos teatrais, Tele-Teatro Brastemp, em peças como O Carteiro do Rei (1961), ao lado de Castro Gonzaga, Domício Costa, Miguel Rosenberg, e outros. E no Teatro em Cena (1962), com direção de Fernando Machado.

TV Rio

No ano seguinte, atua na minissérie, Nuvem de Fogo (1963-64), na TV Rio.

Rede Globo

Em 1967, vai para a Rede Globo, aonde atua na novela Anastácia, a Mulher Sem Destino (1967), seguida de Sangue e Areia (1968), e Véu de Noiva e Rosa Rebelde (1969).

O Astro (1977)

Nos anos de 1970, esteve nas novelas Irmãos Coragem (1970), O Homem Que Deve Morrer (1971), Uma Rosa Com Amor (1972), O Semideus (1973), Fogo Sobre Terra (1974), Pecado Capital (1975), Escalada (1975), Estúpido Cupido (1976), O Astro (1977), Dona Xepa (1977), Pecado Rasgado (1978), e Os Gigantes e Feijão Maravilha (1979).


Edwin Luisi, Ênio Santos e Dionísio Azevedo (1977)

E nos anos de 1980, esteve nas novelas Água Viva (1980), Olhai Os Lírios do Campo (1980), e Ciranda de Pedra (1981).

Caso Especial (1971)

Em séries, atuou em Caso Especial (1971). Também participou da série infantil, Sitio do Picapau Amarelo, no episódio O Outro Lado da Lua (1978).

TV Bandeirantes

Em 1981, vai para a TV Bandeirantes, em São Paulo, aonde atua na novela Os Imigrantes (1981).

TV Educativa
 
Retorna ao Rio em 1982, e atua no programa Teleromance, no episódio Casa de Pensão (1982).

Rede Globo

Ênio Santos

No mesmo ano, retorna a Rede Globo, nas novelas Final Feliz (1982), e Sétimo Sentido (1982), e Eu Prometo (1983).

Em séries, atua em Caso Verdade (1983).

Rede Manchete

No ano seguinte, atua na minisséries, Santa Marta Fabril S.A. (1984), na Rede Manchete,

Rede Globo

Selva de Pedra (1986)

Em 1984, Retorna mais uma vez a Rede Globo, aonde atua nas novelas Vereda Tropical (1984-85), Selva de Pedra (1986), Sinhá Moça (1986), Sassaricando (1987), Fera Radical (1988), Vida Nova (1988), Tieta (1989), Rainha da Sucata (1990), Salomé (1991), Pedra Sobre Pedra (1992), Mulheres de Areia (1993), História de Amor (1995), Quem é Você? (1996), Torre de Babel (1998), e O Cravo e a Rosa (2000).

Em séries, atua em Você Decide (1993-96).

Incidente em Antares (1994)

Em minisséries, atua em O Pagador de Promessas (1988), O Primo Basílio (1988), La Mamma (1990), e Incidente em Antares (1994).

Em especiais, esteve em Xuxa Especial: Luz da Paz (1997).

Cinema
 

As Moças Daquela Hora (1973)

No Cinema, atua nos filmes Fantasma Por Acaso (1946), Asas do Brasil (1947), Obrigado, Doutor e Poeira de Estrelas (1948), Todos Por Um (1950), Teus Olhos Castanhos (1961), Por Um Céu de Liberdade (1961), Copacabana Me Engana (1968), Chegou a Hora, Camaradas! (1969), Os Condenados 91973), As Moças Daquela Hora (1973), Divórcio à Brasileira (1973), Ipanema, Adeus (1975), As Meninas Querem... Os Coroas Podem (1976), Tem Folga na Direção (1976), e Nunca Fomos Tão Felizes (1984).

Teatro


Tássia Camargo, Sônia Zagury, Ênio Santos, e Lala Schneider (1990)

No teatro, atuou nas peças Crimeterapia (1973-74), ao lado de Iracema de Alencar, Mauro Mendonça, Roberto Pirilo, Cláudia Martins, Martin Francisco, e Beatriz Lyra, no Teatro da Glória.

 

Vesperal Corpo / Som (1977), show de Grande Otelo, ao lado de Claudionor Cruz, na Sala Corpo/Som, no Museu de Arte Moderna.

 

Mistérios de Curitiba (1990-91), ao lado de Armando Bogus, e Tássia Camargo, ivone Hoffmann, e outros, no Teatro Copacabana.

 

Mário Lago - Suas Histórias, Suas Músicas (1992), cantando ao lado de Chamon e Tânia Machado, no Teatro Dulcina.

 

E, O Cortiço / 2ª Parte (1993), ao lado de Nildo Parente, Neuza Borges, Leonardo Serrano, Sandra Louzada, e grande elenco, no Teatro Delfin.


Sonoart Filmes

Em 1950, funda ao lado de Samir de Montemor, Manoel Brandão, e Mario Brasini a Sonoart Filmes, que foi criada para realizar serviços de filmagens de batizados, aniversários, casamentos, e quaisquer outras festas. Também gravaram algumas coisas para a televisão. Na época, ter uma filmadora ou uma câmera fotográfica era artigo de luxo.

Nomes Iguais

Nos anos de 1940, existia um Ênio Santos que participava de Torneios de Tênis e Basquete no Tijuca T. Club, no Rio de Janeiro.

Nos anos de 1950 e 1960, existia um compositor e sambista chamado Ênio Santos, que entre outros, criou a música Foi Você (1951), ao lado de Paulo César.

Existiu um baixista chamado Ênio Santos, com grande atuação nos anos de 1970 e 1980, e menor atuação nos anos de 1990.

Prêmios

Em 1967, ganha o prêmio Rádio Nacional-67 Vitoriosa, pela Secretaria Estadual de Turismo, como grande artista da emissora, e também como dublador.

Também ganha no mesmo ano, o prêmio de melhor radioator do ano de 1966.

Vida Pessoal

Em sua vida pessoal, casou-se em 1946 com Thétsmir, e vivia com ela e seus cachorros.

Cachorro, Ênio Santos e Thétsmir Santos (1953)

Em 1954, nasceu seu primeiro filho, Paulo Eduardo.

Dublagem

Na dublagem, ingressou no início dos anos de 1960, passando principalmente pela Riosom e CineCastro. Também esteve na TV Cinesom e Herbert Richers na ocasião.

Cirano de Souza, Aliomar de Matos, Ênio Santos, e Domício Costa (1965)

Nos anos de 1970, permanece na Richers, e ingressa na Peri Filmes, Tecnisom e Telecine. Já nos anos de 1980, permanece na Richers e Telecine, e também ingressa na VTI.

Claude Rains

Entre seus trabalhos, temos primeiramente os filmes. Os atores que mais dublou, foram John Wayne em Hatari! e Fomos Os Sacrificados, Frank Morgan em Fruto Proibido, e Os Três Mosqueteiros (1948), Claude Rains nas duas primeiras dublagens de Casablanca, e O Gavião do Mar, David Niven em Elas Querem é Casar, e O Super Cérebro, John Mills em Corações Feridos, e Sahara (1983), e Cary Grant em Charada, e Papai Ganso.

Além disso, também deu voz aos atores Anthony Quinn em Retrato em Negro (1ª Dublagem), Yul Brynner em Os Irmãos Karamazov, Fred MacMurray em Armas Para Um Covarde, Cedric Hardwicke em O Retrato de Dorian Gray, Gene Wilder em A Fantástica Fábrica de Chocolates (1ª Dublagem), Ben Stein em Curtindo a Vida Adoidado, Don Ameche em Trocando As Bolas, Danny DeVito em Tudo Por Uma Esmeralda, Pat Hingle em Batman (1ª Dublagem), Alec Guinness em Dr. Jivago (2ª Dublagem), Peter Ustinov em Quo Vadis, José Ferrer em Sou Ou Não Sou, Paul L. Smith em Guerreiros de Fogo, Victor Mature em A Rainha do Mar, e Glenn Ford em A Pistola do Mal.

Thomas O'Malley

Em desenhos, foi a voz de diversos personagens de longas da Disney, principalmente nos anos de 1960, como o Narrador em Hércules, Thomas O'Malley em Aristogatas, Rei Kashekim Nedakh em Atlântida - O Reino Perdido, Zangado em Branca de Neve e Os Sete Anões, Grilo Falante em Pinóquio, Ratinho Timóteo em Dumbo, Fa Zhou em Mulan, entre outros. Além disso, também foi a primeira voz do Chefe Pondo em O Poderoso Mightor, e Veloz em Timão e Pumba - Série Animada.



Capitão Daniel Gregg

Em séries, teve pouquíssima atuação, já que sua constância de trabalhos na TV eram grande. Entre elas temos o Capitão Daniel Gregg em Nós e o Fantasma.

Ênio Santos não tinha um constante trabalho na dublagem por decorrência de sua vida ativa no cinema e na TV, mas sempre quando podia, voltava a dublar.


Em Novembro de 2001, sofreu um infarto, e teve agravamento na saúde após isso, vindo a falecer 2 meses depois, no dia 30 de Janeiro de 2002 na cidade do Rio de Janeiro, aonde residia.

Trabalhos:


Filmes

- John Wayne em Cahill, El Dorado, Xerife do Oeste, Fomos Os Sacrificados, Hatari!, McQ - Um Detetive Acima da Lei, e O Aventureiro no Pacífico
- Frank Morgan em Fruto Proibido / Fruto Maldito, e Os Três Mosqueteiros (1948)
- Claude Rains em Casablanca (1ª e 2ª Dublagens), e O Gavião do Mar
- David Niven em Elas Querem é Casar, e O Super Cérebro
- John Mills em Corações Feridos, e Sahara (1983)
- Cary Grant em Charada, e Papai Ganso
- Dr. David Rivera (Anthony Quinn) em Retrato em Negro (1ª Dublagem)
- Dmitri Karamazov (Yul Brynner) em Os Irmãos Karamazov
- Will Keough (Fred MacMurray) em Armas Para Um Covarde
- Narrador (Cedric Hardwicke) em O Retrato de Dorian Gray
- Willy Wonka (Gene Wilder) em A Fantástica Fábrica de Chocolates (1ª Dublagem)

- Presidente (Stanley Anderson) em Armageddon
- Professor de Economia (Ben Stein) em Curtindo a Vida Adoidado
- Senhor (Dan O'Herlihy) em Robocop - O Policial do Futuro
- Mortimer Duke (Don Ameche) em Trocando As Bolas
- Kevin Condon (Paul Sonkkila) em O Ano Que Vivemos Em Perigo
- Ralph (Danny DeVito) em Tudo Por Uma Esmeralda
- Comissário James Gordon (Pat Hingle) em Batman (1ª Dublagem)
- Dr. Carl Stoner (Strother Martin) em O Homem Cobra
- Dr. Watson (voz) (Michael Hordern) em O Enigma da Pirâmide
- Gen. Yevgraf Zhivago (Alec Guinness) em Dr. Jivago (2ª Dublagem)
- Nero (Peter Ustinov) em Quo Vadis
- Al Pellet (Richard Crenna) em Aluga-Se Para o Verão
- Prof. Siletski (José Ferrer) em Sou Ou Não Sou
- Falkon (Paul L. Smith) em Guerreiros de Fogo
- Cochise (Jeff Chandler) em O Levante dos Apaches
- Juiz (Thomas Chalmers) em Quatro Confissões
- Alonzo D. Emmerich (Louis Calhern) em O Segredo das Jóias
- Detetive Lou Brody (William Bendix) em Chaga de Fogo
- Velho Lun-Wa (Philip Ahn) em O Hino de Uma Consciência
- Emelius Browne (David Tomlinson) em Se a Minha Cama Voasse

- James Sullivan (Victor Mature) em A Rainha do Mar
- Lorn Warfield (Glenn Ford) em A Pistola do Mal

Séries

- Capitão Daniel Gregg (Edward Mulhare) em Nós e o Fantasma

Desenhos

- Narrador em Hércules (Longa-Metragem)
- Thomas O'Malley em Aristogatas (Longa-Metragem)
- Rei Kashekim Nedakh em Atlântida - O Reino Perdido (Longa-Metragem)

- Zangado em Branca de Neve e Os Sete Anões (Longa-Metragem - 2ª Dublagem)
- Grilo Falante em Pinóquio (Longa-Metragem - 2ª Dublagem)
- Ratinho Timóteo em Dumbo (Longa-Metragem - 2ª Dublagem)
- Fa Zhou em Mulan (Longa-Metragem)

- Chefe Pondo (primeira voz) em O Poderoso Mightor
- Narrador / Bob (primeira voz) em Hércules (Série)

- Veloz em Timão e Pumba - Série Animada

Links Relacionados:

Reportagem Com Alguns Dubladores da Época - 19/09/1965


Fontes: Dramaturgia Brasileira - In Memoriam, II Moscone, Diário de Notícias, A Scena Muda, Correio da Manhã, A Noite, Diário Carioca, IMDB, Jornal do Brasil, Fon Fon, Jornal do Commércio, Gazeta da Manhã, Correio Paulistano, Revista do Rádio, Radiolândia, Acervo Pessoal, Dublanet, Augusto Bisson.

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