quarta-feira, 20 de março de 2019

Cahuê Filho


Arquivo de Som:

Pernalonga em Looney Tunes / 
Padre Manfredo em A Sucessora (1978)


Biografia:

Cahuê Filho foi um dublador Carioca.

Início

Tomaz Cahuê Llopi nasceu em 21 de Abril de 1911, na cidade do Rio de Janeiro.

Quando jovem, chegou a estudar Química Industrial. Um tempo depois, trabalhou por um tempo como professor particular, ensinando línguas. Era fluente em inglês, francês, espanhol e catalão. Também trabalhou como desenhista.

Teatro

Seu ingresso no teatro se deu em 1938, sendo aluno do Curso Prático de Teatro, do Serviço Nacional de Teatro, que estava renovando seu quadro de intérpretes. O curso contava com a professora Lucilia Peres, o ator e ensaiador Octávio Rangel, a maestra Grizelda Lazaro, e a bailarina Heros Volusia. Foi desse curso que saiu, por exemplo, o ator Paulo Porto, entre tantos outros.

Romeu e Julieta (1938)

Logo em seguinte, ingressou no Teatro do Estudante / Casa do Estudante do Brasil, fazendo as peças: Romeu e Julieta (1938), e Romanescos (1939), ao lado de Sonia Oiticica, e Paulo Porto, entre outras.

Um tempo depois, ingressou na Companhia Luiz Iglezias, nas peças: Feia (1940), ao lado de Sonia Oiticica, Heloísa Helena, Eva Todor, e outros, e O Troféu (1940).

Sua primeira grande companhia, foi a Companhia Eva Todor, atuando na peça: Chuvas de Verão (1941), ao lado Afonso Stuart, Manuel Pêra, Iracema de Alencar, e outros. Na companhia, atuou ao lado de atores como Sonia Oiticica, Belmira de Almeida, Modesto de Souza, Ribeiro Fortes, Danilo Ramirez, entre outros.

Em seguida, ingressou na Companhia Procópio Ferreira, atuando nas peças: Um Noivo do Outro Mundo (1941), O Burro (1942), de Joracy Camargo, O Amigo da Paz (1942), Bilú-Bilú (1942), O Cura da Aldeia (1942), e O Pão Duro (1942). Na Companhia, atuou ao lado de Restier Junior, Carlos Duval, Procópio Ferreira, Francisco Moreno, Norma de Andrade, Alma Flora, entre outros.

Em final de 1942, ingressa na Companhia Palmerim Silva, atuando nas peças: O V de Vitória (1942), e Maria Cachucha (1942), de Joracy Camargo.

Posteriormente atuou na peça: Obcessão (1943), de Mário Lago e José Wanderley, ao lado dos artistas da Rádio Nacional, Rodolfo Mayer, Floriano Faissal, Brandão Filho, Henriqueta Brieba e Ligia Sarmento, no clube do Grajaú T.C..

Cahuê Filho (1944)

Retorna um tempo depois a Companhia Procópio Ferreira, aonde atua na peça: Zeca Diabo (1944).

Um tempo depois, participou do Festival Artístico de Paulo Ferraz e Pachoal Américo, um importante festival realizado na época, atuando na peça: Os Dois Nenés (1946), ao lado de Procópio Ferreira, Lígia Sarmento, Rodolfo Mayer, Henriqueta Brieba, Floriano Faisal, Brandão Filho, e grande elenco.

Depois de 10 anos sem ser contratado por uma companhia, por conta de seu extenso trabalho na rádio, Cahuê ingressa na Companhia Grace Moema, atuando nas peças: Não Te Condeno (1954-55), Deus Lhe Pague (1954-55), de Joracy Camargo, e Um Negócio Com América (1955). Na companhia, atuou ao lado de Déa Selva, Older Cazarré, Marilú Dantas, Francisco Dantas, Cora Costa, e Joyce de Oliveira.

Cahuê como Judas (1956)

Na mesma época, ingressa na Companhia Nacionalistas, ao lado de vários colegas da Rádio Nacional, estreando na peça: A Belezinha do Papai (1954), ao lado de Castro Viana, Isis de Oliveira, Henrique Brieba, e Milton Rangel.

 

No ano seguinte, esteve na peça: A Dama do Camarote (1955), ao lado de Castro Viana, Henriqueta Brieba, Domício Costa, e Milton Rangel, junto com um espetáculo na sede do Clube do Flamengo.

 

E por fim, esteve na peça: A Força do Perdão (1956), de Castro Viana, que foi a versão teatral de Paixão de Cristo, ao lado de Domício Costa, Álvaro Aguiar, Roberto Faissal, Isis de Oliveira, Cahuê Filho, Milton Rangel, e grande elenco, no Teatro Glória. A Força do Perdão foi apresentava novamente em Abril de 1957, em Belo Horizonte. A peça foi apresentada em outros anos, mas já sem a participação de Cahuê.


Em seguida, foi contratado pela Companhia Nicette Bruno - Paulo Goulart, aonde atuou na peça: Os Amantes (1957)

Depois de novamente ter ficado 10 anos longe dos palcos, Cahuê retorna, e atua em diversas peças, como: A Gata Borralheira (1967), O Versátil Mr. Sloane (1967), ao lado de Iolanda Cardoso, Deus Lhe Pague (1967), de Joracy Camargo, com André Villon, e Luiz Carlos Moraes, e O Mágico de Oz (1967).

Em 1971, se torna vice-presidente da ATA, Associação do Teatro Amador.

Rádio Mayrink Veiga

Começou a carreira no rádio também em 1938, no programa Casé (1938), na Rádio Mayrink Veiga.

Rádio Nacional

Em 1939, ingressa na Rádio Nacional.

No mesmo ano, atua no programa Dona Júlia e Sua Obra (1939), cujo objetivo era divulgar a obra da escritora Júlia Lopes de Almeida, entre outros.

Por conta de sua intensa atuação no Teatro, se afasta ainda em 1939 da Rádio Nacional, sendo contratado novamente pela emissora em 1943.

Na época, esteve presente no programa Hollywood (1943), apresentado pelo próprio, aonde falava sobre notícias, boatos e estórias do cinema, ao lado de Mariza Martins.

Cahuê Filho (1944)

Também atuou em algumas novelas, como: Diário de Janine (1944), Ressurreição (1944), Mestiça (1944), Conquista do Sertão (1944), Um Raio de Luz (1944), entre outros.

Rádio Guanabara

Em 1945, tem uma breve passagem pela Rádio Guanabara, sendo adaptador de peças, para o programa Teatro Eucalol. Entre as peças, estão: O Desastre (1945), O Retrato de Dorian Grey (1945), e Guilherme Tell (1945).

Rádio Nacional

Alguns meses depois, ainda em 1945, retorna a Rádio Nacional, e dessa vez ficando por longo tempo na emissora. Cahuê fez parte do elenco fixo da rádio por 30 anos.

Cahuê era muito versátil na voz, por isso atuava em diversas produções na emissora. De dramas, a comédias. De crianças, pretos velhos, a personagens sérios.

Cahuê Filho (1946)

Nas rádio novelas, esteve em: Fascinação (1945), Egoísmo (1945), Perseguido (1945), Pedacinho do Céu (1945), Três Homens Maus (1946), A Vida Brigou Comigo (1946), fazendo a voz de um preto velho, A Filha Adotiva (1946), Princesinha (1946), Feche a Porta do Destino (1947), A Grinalda de Rosas (1947), Caminho do Fim (1948), A Noite do Passado (1948), A Vida Não é Um Romance (1951), Laços de Sangue (1953), A Dama de Negro (1953), O Mestre do Silêncio (1954), Tudo Por Um Amor (1954), Uma Sombra Entre Os Dois (1954), A Filha de Israel (1955), Grilhões Partidos (1955), A Sombra Daquele Erro (1956), Sombras Que Voltam (1956), Do Mundo Nada Se Leva (1958), Srta. Rosalina (1960), entre outras.

Cahuê participou do programa de auditório de audições, Hora do Pato na década de 1940 e 1950, interpretando o pato na hora que era eliminado um concorrente. O personagem foi copiado de programas norte americanos, que criaram o pato em alusão ao Pato Donald. Muitos programas de audições posteriormente, inclusive de televisão, usaram um som de pato estrilando quando algum concorrente era eliminados, todos inspirados no pato do programa da Rádio Nacional.

Cahuê Filho (1946)

O programa Hora do Pato surgiu em 1942, apresentado por Heber do Bôscoli. Na ocasião Cahuê ainda não havia retornado ao rádio, então por isso não sabemos se os primeiros ruídos de pato eram feitos por Cahuê, ou se eram usados do original americano. O que sabemos é que Cahuê atuou no programa nas décadas de 1940, e 1950. O programa posteriormente se tornou um quadro no programa Caixa de Perguntas, de Almirante, que foi o primeiro programa de auditório do rádio, criado em 1936 na emissora. Houve outros apresentadores da Hora do Pato, como Jorge Cury, e Aurélio de Andrade.

Participou também do programa Festival de Gaitas (1955-56), como animador e produtor. Na década de 1960, o programa mudou o nome para Festival Hering de Gaitas e Acordeões, e foi apresentado por Bob Nelson

Foi o Aristides no programa Dom Camelo e Seu Grande Mundo (1955).

Em 1969, a emissora transmitia aos domingos o programa Domingo Nacional, aonde eram apresentadas atrações diversificadas. Cahuê fazia a parte sobre Teatro, falando sobre o meio e as peças em cartaz, entre outros, ao lado de outros colegas que falavam sobre outros temas, como cinema, música, crônica, entre outros. Além disso, Cahuê também era assistente do programa.

Cahuê Filho e Henriqueta Brieba (1957)

Também participou de programa humorístico na emissora, como: Rapsódias de Risos (1947), Divertimentos Brankiol (1955-56), Marlene, Meu Bem! (1955-56), Bom Bom (1957), no quadro A Quinota Comenta, ao lado de Henriqueta Brieba, entre outros.

Cahuê também era escrito. Escreveu a novela: Castigo (1947); e estórias para a série: Homem Pássaro (1945), como o episódio Uma Aventura Subterrânea (1946); entre outros.

Cahuê Filho (1953)

Em 1950, é contratado pela Canadian Broadcasting Corporation, dona da Rádio Canadá, para atuar em sua emissora como colaborador, trazendo talentos brasileiros para Montreal. Retorna ao Brasil em 1951, mas é novamente chamado para a emissora em 1952. Na época, o rádio brasileiro era mais avançado do que o canadense, e até que o norte-americano, e por isso a emissora o chamou, para trazer um pouco do que conhecia da profissão para a emissora. Cahuê fica na emissora até por volta de 1954, quando retorna para o Brasil, e para a Rádio Nacional.

Um fato curioso envolvendo o Canadá, aconteceu em 1953. Cahuê estava de férias, e resolveu visitar o Brasil. Como ia demorar para um navio partir de Montreal para o Brasil (meio de transporte que era comum na época), Cahuê embarcou em um navio-tanque, e para isso entrou no mesmo como marinheiro. No final, além de vir de graça, ainda ganhou por seus serviços.

Caricatura de Cahuê Filho (1957)

Esteve em muitos programas teatrais no rádio, como no Teatro de Mistério Philco, na peça: A Arma do Crime (1957), aonde fazia a narração; no Grande Teatro de Milus, nas peças: O Inspetor (1955), Monsieur Lambartier (1955), em muitas peças do: Revista Walita (1955); no Grande Teatro, na peça: O Delator (1958); entre outros.

Também participou do programa: Teatro de Mistério, escritos por Hélio do Soveral, interpretando o japonês Minoru.

Em séries, teve muitas participações, como na série Jerônimo, o Herói do Sertão, aonde fez o seu personagem mais conhecido, o fiel amigo de Jerônimo, o Moleque Saci. Atuou no programa de 1954 à 1968.

Esteve na série Presídio de Mulheres (1955-57), em episódios, como: Quando Surgiu a Madrugada (1956), Quando Surgiu a Madrugada (1957), e outros, fazendo o personagem Tomaz. Também esteve na série: As Aventuras de Sinbad (1960); e na série: As Aventuras do Anjo, episódios como A Lua Negra (1956); entre outros.

Na emissora, também atuou como diretor de programas, como: Clube Juvenil Toddy (1955), Tapete Mágico (1955), Consultório Sentimental (1955), entre outros.

Cahuê também fez parte da diretoria da emissora, tendo exercido o cargo em 1965, ao lado de outros colegas da rádio.

Permaneceu na Rádio Nacional até 1978, quando se afasta apenas para se dedicar a TV.

Rádio MEC

Por volta de 1972, fez parte do projeto Minerva, do Ministério da Educação e Cultura, ao lado de João Loredo, Elza Martins, Orlando Prado, e outros, dando ensino a distância.

TV Rio

Uma de suas primeiras aparições na televisão foi nos Grandes Teatros da TV Rio.

Entre as peças lá exibidas, participou, entre outras, das exibidas pelo Grande Teatro Orniex, como: A Pérola (1958), Do Mundo Nada Se Leva (1958), Sombrio Amanhecer (1958), entre outros. Todas com direção de Floriano Faissal, e elenco da Rádio Nacional.

Também participou de outras peças, como: A Sereia Louca (1959), ao lado de Daisy Lucidi, Domingos Martins, Álvaro Aguiar e grande elenco; entre outras.

TV Educativa

Foi chamado por Jacy Campos em 1973, para atuar em programas da TV Educadora, que na época era apenas uma produtora de programas para a TV.

Na emissora, entre outros, atuou na novela: João da Silva (1973), ao lado de Nelson Xavier, Zezé Macedo, Oswaldo Louzada, e outros. A novela foi exibida entre 1973-74, pela Rede Globo.

Com a inauguração da produtora como canal de TV em 1975, a novela e outros programas que Cahuê participou, foram exibidos na emissora.

TV Globo

Maria, Maria

Por volta de 1975, ingressa na Rede Globo, aonde atua nas novelas: Bravo! (1975), Maria, Maria (1978), Gina (1978), A Sucessora (1978), Cabocla (1979), e Olhai Os Lírios do Campo (1980).

Cinema

O Rei do Barulho (1973)

No Cinema, atuou nos filmes: Obrigado, Doutor (1948), Estou Aí (1949), O Homem Que Passa (1949), Milagre de Amor (1951), Coração Sem Rumo (1955), e O Rei do Baralho (1973).

Discos

Também atuou em discos, como: História do Brasil - Vol II (1960), ao lado de outros atores da Rádio Nacional, e Alberto Santos Dumont Centenário 1873-1973 (1973), ao lado de Arthur Costa Filho, Carmen Dolores, Carlos Leão, Carlos Marques, Célia de Castro, Daisy Lúcidi, Geraldo Avellar, Neuza Tavares, e Wilton Franco.

Ilusionismo

Cahuê também era ilusionista, fazendo parte do Circuito Brasileiro de Ilusionismo. Se apresentou muitas vezes apresentando números de ilusionismo, mágica e prestidigitação. Em 1957 a TV Rio, em cadeia com a Rádio Nacional, convidou para participar do programa Big-Show-Windsor, Cahuê, que na época era assistente do mágico Bressane.

na década de 1950, foi presidente do Círculo Brasileiro de Ilusionismo, e diretor de uma revista especializada no tema. Foi reeleito presidente outras vezes, como em 1964.

Em 17 de Setembro de 1957, participou do concurso para eleger o maior ilusionista do Brasil, realizado no auditório da Associação Atlética do Branco do Brasil. Participaram ilusionistas, hipnotizadores, prestidigitadores, entre outros. Cahuê acabou ficando em último lugar.

Artes Plásticas

Em 1954, as pinturas de Cahuê, e de outros rádioatores foi exposta na Primeira Exposição dos Pintores do Rádio, na ABI (Associação Brasileira de Imprensa). Na amostra, também haviam exposições de outros trabalhos artísticos dos rádioatores, como esculturas, por exemplo. Houve uma segunda exposição do gênero, chamada II Salão do Rádio, com apoio da ABR (Associação Brasileira de Rádio), na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, em 1956. As duas exposições foram organizadas pela revista Radiolândia.

Concurso

Em 1966, fez parte da comissão que organizou o I Festival de Rádio, Televisão e Disco, realizado pela Associação Brasileira de Rádio, em Teresópolis.

Homenagem

Em 1977, a escola de samba Unidos de São Carlos, fez uma homenagem aos 40 anos da Radio Nacional, com o samba enredo Alô! Alô! Brasil, Quarenta Anos de Rádio Nacional, aonde, entre outros citava o nome de Cahuê Filho. A letra foi de autoria de Dominguinhos do Estácio.

Vida Pessoal

Cahuê era filho de Thomas Cahuê, e Asuncion Llopi Cahuê. Cahuê era o primeiro de 4 filhos do casal Cahuê. Seus irmãos eram Assunção Cahuê Jorge, Eduardo Cahuê, e Rafael Cahuê. Eduardo também foi conhecido, ele trabalhou em final dos anos de 1940, início dos anos de 1950 no jornal A Noite. Thomas Cahuê faleceu em 26 de Setembro de 1950, e Assuncion Llopi faleceu em 31 de Julho de 1951

Cahuê foi morar na Casa dos Artistas em Fevereiro de 1982, após ter deixado a casa de sua irmã, que era idosa, e tinha problemas de saúde. Nessa mesma época, já estava quase cego das duas vistas, deficiência essa atribuída a ele pelas luzes dos estúdios de rádio e televisão, mas dizia não se arrepender da carreira artística que trilhou. Nos últimos anos de vida já estava completamente, sendo o seu último sonho de vida voltar a enxergar.

Dublagem

Pernalonga

Na dublagem, ingressou por volta de 1963, convidado para dublar o Coelho Pernalonga na CineCastro. Foi uma das vozes mais marcantes do coelho, tendo sido a base do falsete que mais tarde Mário Monjardim faria pro personagem, e o marcaria nacionalmente.

Encontramos uma informação de que Cahuê também teria dublado o Pato Donald por volta de 1965 para a TV, mas não conseguimos confirmação da veracidade dessa informação.

Cahuê também passou por outros estúdios de dublagem, como a TV Cinesom.

Em Fevereiro de 1982, se aposentou e foi morar no Retiro dos Artistas (Casa dos Artistas).

Falecimento

Faleceu em 14 de Agosto de 1984, no Hospital Cardoso Rodrigues em Cascadura, após uma crise renal. Foi enterrado no mesmo dia, as 14h no Cemitério do Caju.

Trabalhos:

Séries

- Bingo (Daws Butler) (voz) em Banana Splits

Desenhos

- Pernalonga (primeira voz) em Looney Tunes (CineCastro)
- Professor Aéreo em Corrida Maluca

Fontes: Revista do Rádio, Todo Teatro Carioca, Lojinha dos Discos, A Noite: Supplemento, Diário da Noite, A Noite, A Scena Muda, Jornal das Moças, Diário Carioca, Tribuna da Imprensa, ABI, Jornal do Comércio, Jornal do Brasil, Última Hora, Memória Globo, Jornal do Commercio, Correio da Manhã, Cinemetro, Diário de Notícias, Histórias do Frazão, Êgon Bonfim, IMDB, Maycon Vinicius.

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