sábado, 30 de março de 2019

Alberto Perez

  

Arquivo de Som:

Balu em Mogli - O Menino Lobo (Longa-Metragem)


Biografia:

Alberto Perez foi uma dubladora Carioca.

Início

Alberto Perez (também conhecido como Alberto Peres) nasceu em 18 de Maio de 1928, na cidade do Rio de Janeiro. Quando criança, estudou violino na escola, e segundo o próprio, se não tivesse se tornado ator, teria sido maestro. Na adolescência, trabalhou como bancário, e foi nessa época que estava no Teatro do Estudante.

Teatro

Alberto Perez

Entrou no Teatro do Estudante do Brasil / Teatro Universitário, em 1942, se apresentando no Teatro Ginásio. A companhia teve em grande parte a direção de Jerusa Camões (a partir de 1943).

Pela companhia, estreou nas peças: Os Romanescos (1942), de Rostand, A Viúva Alegre (1943), com direção de Jerusa Camões e Mario Brasini, ao lado de Milton Carneiro e Mario Brasini, Dias Felizes (1943), com Vanda Lacerda, Jane Gipsy, e Mario Brasini, Romeu e Julieta (1945), e Gonzaga (1947).

Comitantemente com o Teatro do Estudante, também participava da Companhia Bibi Ferreira. No grupo, começou também em 1942. Na companhia, esteve nas peças: É Proibido Suicidar-Se na Primavera (1942), com Hamilton Ferreira, A Carreira da Zuzu (1945), ao lado de Sady Cabral, Delicioso Veneno (1945), e Bonde da Laite (1945), ao lado de Bibi Ferreira, Mesquitinha, e outros.

Em 1946, ingressa na Companhia Maria Sampaio, atuando ao lado de atores, como Castro Viana, Rodolfo Mayer, Maria Sampaio, Wahita Brasil, Altivo Diniz, e outros. Na companhia, esteve fazendo as peças: Perfídia (1946), A Família Barrett (1946), e Uma Mulher Sem Importância (1946)

Logo em seguida, atua nas peças: Mistério (1946), na Companhia Valter Sequeira, Quero Ser Feliz (1947), ao lado de Vitória Régia, O Garçom do Casamento (1947), da Companhia de Comédias Mesquitinha, e Ser Ou Não Ser (1947), de José Wanderley e Mário Lago.

Alberto Perez (1945)

Em 1947, funda ao lado de Mário Brasini (que encabeçava o grupo), Vanda Lacerda, Milton Carneiro e Íris Del Mar a Companhia Os Artistas do Povo, que não chegou a durar 1 ano. Com a companhia, Alberto e seus companheiros percorreram o Brasil. Entre as peças que participou na companhia, estão: O Amor Que Não Morreu (1947), e Um Raio de Sol (1947).

Também em 1947, é contratado pela companhia Companhia Barreto Junior, ao lado de Íris Del Mar, para ingressar na mesma para apresentações no norte do país, como em Manaus, por exemplo, mas obtemos confirmação se de fato eles estrearam na companhia.

Em 1949, participa no Festa Shakespeare, no Teatro dos Doze, ao lado de Sônia Oiticica e Paulo Porto, dois ícones da época, que interpretavam Romeu e Julieta, além de Sérgio Cardoso, Maria Fernanda, Ambrósio Fregolente e outros, que interpretando Hamelet.

Ainda no mesmo ano, ingressa na Companhia Aimée, na peça: Minha Prima Polonesa (1949).

Em 1950, entra na Companhia Eva Todor, sendo uma das companhias que mais Alberto trabalhou. Entre as peças que atuou na companhia, estão: Ai Tereza (1950), com Arthur Costa Filho, A Moral Vem Depois (1950), com Elza Gomes, Afonso Stuart, Villon, Braga, e Iris Del Mar, Bagaço (1951), de Joracy Camargo, ao de Íris Del Mar, A Amiga da Onça (1951-52), ao lado de Afonso Stuart, A Mancha (1952), com Pedro Bloch, e O Freguês da Madrugada (1952), com Jorge Doria, e Afonso Stuart.

Depois esteve nas peças Que Mulher! (1952), com Carlos Tovar, pela Companhia Aimée, Carroussel Paulista (1954), com Dorinha Duval, Hamilton Ferreira, e Chocolate, e Sua Majestade, o Amor (1954), com Consuelo Leandro, Anilza Leoni, Hamilton Ferreira, e Chocolate.

Também em 1954, trabalha em teatro de revista na Boate Night And Day, encerrando seu contrato um tempo depois no mesmo ano, por conta do enorme trabalho que tinha na televisão.

Posteriormente, retorna à Companhia Bibi Ferreira, aonde atua na peça: Senhorita Barba Azul (1955).

Alberto Perez, Aimée, e Carlos Duval (1956)

Um tempo depois, esteve novamente na Companhia Aimée, com a peça: Os Dois Maridos de Madame (1956), ao lado de Aimée, e Carlos Duval.

Em 1957, participou da homenagem aos 25 anos de carreira do colega Armando Nascimento, interpretando as peças A Ceia dos Cardiais (1957), ao lado de atores do rádio, TV e teatro, e A Severa (1957), ao lado do elenco do programa da TV Tupi, Câmera Um, no Teatro República.

Por conta principalmente da televisão, fica 13 anos longe do teatro, retornando na peça Senhora na Boca do Lixo (1968), com Eva Todor, Lúcia Delor, Suzy Arruda, Álvaro Aguiar, Eduardo Dolabella, Paulo Navarro, e Elza Gomes.

Em 1968, entra para a Companhia Antonio de Cabo, atuando nas peças: Crime Perfeito (1968-69), ao lado de Tereza Raquel, Rubens de Falco, Cécil Thiré, e Ari Fontoura, Catarina da Rússia... Naturalmente! (1969), com Dulcina de Moraes, Tereza Rachel, Lourdes Mayer, e Rubens de Falco, Meu Bem, Como é Que Eu Posso Ouvir Você Com a Torneira Aberta? (1969-70), Dulcina de Moraes, e Ari Fontoura.

Posteriormente atuou nas peças: Pai de Hippie Não Tem Vez (1970), Roberto Pirillo, e Arlette Salles, Deixe a Tristeza de Lado (1978), direção de Antônio Abujamra, ao lado de Jorge Dória, Iris Bruzzi, Classe Média (1978), com Jorge Dória, Iris Bruzzi, e Catalano, e Festival de Ladrões (1979-80), com André Villon.

TV Tupi (RJ)

Na TV, começou na TV Tupi em 1951.

Nesse mesmo ano, participou de várias produções, como no Grande Revista Philco: O Samba Foi Viajar (1951). Vieram também os Tele-Teatro: Surpresas do Divorcio (1951), com Lourdes Mayer, com direção de Olvado de Barros. E programas especiais, como História do Teatro Brasileiro: O Badejo (1951), com Paulo Porto, Jací Campos e Fernanda Montenegro, entre outras.

Esteve também no Teatro Policial, fazendo: O Degrau (1951), com Paulo Porto, Luiza Nazareth, e Ambrósio Fregolente, e no Programa Policial: Seja Você Detetive (1951), com Fernanda Montenegro, Sadí Cabral, Ambrósio Fregolente, Paulo Porto, Miguel Rosenberg, Antônio Patiño, e narração de Luís Jatobá, entre outras.

Alberto Perez (1955)

Em novelas, começou em 1953, tendo participado por 17 anos desse gênero na emissora. Entre elas, estão: Eu, a Mulher e Os Filhos (1953), As Professoras (1955), Um Passo no Escuro (1956), Se Eles Voltarem (1956), Moreninha (1956), A Aranha Prateada (1956), vivendo o papel de Gustavo adulto, vivido em criança por Cleonir dos Santos, O Dragão de Ouro (1958), Primavera (1958), A Canção de Bernadette (1958), Trágica Mentira (1959), A Triste Canção do Vento (1959), A Cidadela (1959), O Retrato de Laura (1969), Enquanto Houver Estrelas (1969), e E Nós Aonde Vamos? (1970).

Alberto Perez (1954)

Em programas na emissora, esteve em: Grande Show Regina (1954), ao lado de Renata Fronzi, Miguel Rosenberg, José Vasconcelos, e grande elenco, Show Dixie (1956), com Anilza Leoni, Sonhos Musicais Probel (1958), Tribunal dos Deuses (1965), ao lado de Lígia Rinelli, Bibi Ao Vivo (1971), com Bibi Ferreira, Teresa Raquel, e Rubéns de Falco, entre outros.

Participou também do Grande Teatro Infantil, fazendo: Aventuras de Pinocchio (1956), com Ítalo Rossi, O Falso Valente (1957), entre outros. Também esteve nos Espetáculos Tonelux, e no Teatrinho TV, fazendo: O Galã de Cinema (1958), entre ouros. Outro programa foi Sonata a Quatro Mãos: A Sombra (1959), entre outras.

Outro dos grandes programas da emissora, foi o Teatro Walita, aonde fez: Silêncio, Noite (1956), com Sônia Oiticica, e Maurício Sherman, O Assalto (1958), com Álvaro Aguiar, Thereza Amayo, Maurício Sherman e Elísio de Albuquerque, A Caixinha de Música (1958), com Lourdes Mayer e Álvaro Aguiar, Domingo Tempestuoso (1958), com Cleonir dos Santos, O Assalto (1958), com Renato Restier, Roberto Duval, e Américo Luiz, Alguém Precisa Pagar (1958), com Ida Gomes, Paulo Padilha, Ribeiro Fortes, O Caso Craddock (1958), com Heloisa Helena, Ioná Magalhães, e Ribeiro Fortes

Participava também de programas especiais, como o de final de ano, Feliz Ano Novo (1957), ao lado de Gessy Santos, Nair Amorim, e Paulo Max, entre outros.

Alberto Perez e Conchita Mascarenhas (1958)

Participou por alguns anos de peças no importante programa Teatro de Equipe, fazendo: As Doutoras (1958), 3.200 Metros de Altitude (1958), O Processo de Mary Duncan (1958), Sangue do Meu Sangue (1958), Quinteto da Morte (1959), Um Loura Oxigenada (1959), Ídolo Caído (1959), Divino Perfume (1959), Arco do Triunfo (1959), Sunset Boulevard (1959), Quinteto da Morte (1959), entre outras.

Também tivemos outro programa de grande importância na emissora, Teatro de Comédia, fazendo: A Estranha Conquista (1958), Sindicato dos Maridos (1958), Hás de Ser Minha (1958), A Tal do Segundo Andar (1958), Beija-Me e Verás (1958), A Sombra (1959), entre outras.

Seguindo a linha no Teatro de Equipe e o Teatro de Comédia, temos o Teatro Romance, aonde atuou em: Casablanca (1958), Lídia (1958), no qual também dirigiu, As Quatro Penas Brancas (1958), Tudo Isto e o Céu Também (1958), Dois Contra Uma Cidade Inteira (1958), entre outras.

Alberto Perez, Aliomar de Matos, Yoná Magalhães, Herval Rossano, e Nair Amorim (1959)

No Teatro Romance também foi diretor de peças, como: Meu Filho, Meu Filho (1958), Seu Único Pecado (1958), entre outros. Também dirigiu elenco e ensaio no programa, ao lado de Mario Provenzano, e Carlos Duval. Como diretor, também dirigiu outras produções no canal, como o programa O Riso Mora Ao Lado (1967), de Roberto Silveira, com Ema D'Ávila, entre outros.

Também participou de outro programa famoso na emissora, chamado Câmera Um: Candidato a Defunto (1958), entre outras.

Em seriados, esteve no famoso O Falcão Negro (1959).

Um curiosidade, Alberto foi produtor na emissora no início da década de 1950, usando o pseudônimo de Alberto Fernandez.

Também chegou a ser produtor na emissora, tendo produziu e adaptado o famoso programa de rádio, Incrível, Fantástico, Extraordinário (1964), marcando a volta de Almirante a carreira artística. Almirante apresentava esse programa na Rádio Tupi, quando em 1957 teve problemas de saúde que o afastaram da profissão.

Outros dos programas que participou foi Clube dos Morcegos, fazendo: Sete Gerações (1965), ao lado de Altivio Diniz, Bruno Neto, Suely Franco, e Jomeri Pozzoli, entre outros, e Teatro de Novela Coty, fazendo: Feliz Ano Novo (1957), entre outros.

Desenho de Alberto Perez

Outra marca da TV Tupi foram os programas de comédia. Alberto se fez presente em vários, como Os Comediantes (1967), ao lado de Jorge Loredo, Brandão Filho, Alberto Perez, Neyda Aparecida, Rachel Martins, e grande elenco, Zé Bonitinho, o Agente Atômico (1968), ao lado de Brandão Filho, Neide Aparecida, Zé Trindade, Raquel Martins, Alberto Perez e outros, Balança Mas Não Cai (1972), ao lado de Brandão Filho, Gracindo Junior, Paulo Celestino, Orlando Drummond, Zé Trindade, José Vasconcellos, Nair Belo, Costinha, Renato Aragão, Castrinho, Wellington Botelho, José Santa Cruz, entre outros.

TV Paulista

Em 1958, teve uma breve passagem pela TV Paulista em São Paulo, aonde participou do programa Câmera Um, na peça: O Paralítico (1958), entre outros. Retorna ao Rio poucas semanas depois.

TV Globo

Em 1975, entra para a Rede Globo.

Alberto Perez em Vejo a Lua no Céu (1976)

Inicialmente, começa a atuar em novelas na emissora. Entre elas, estão: Senhora (1975), Vejo a Lua no Céu (1976), Duas Vidas (1976-77), Terra do Sem Fim (1981), A Gata Comeu (1985), Quem é Você? (1996), e Terra Nostra (1999).

Alberto Perez

Em programas humorísticos, esteve presente em: Chico City (1977), Os Trapalhões (1982), Chico Anysio Show (1996), entre outros.

Em séries, teve pequenas participações, como em: Plantão Policial / Plantão de Polícia (1981), Bem Amado (Série) (1982), Terça Nobre (1995), Você Decide (1996), Caminho do Vento (1996), entre outros.

Cinema

O Homem do Sputnik (1959)

No cinema, começou na década de 1940, e fez filmes por um período de 17 anos. Entre os filmes que atuou, estão: Gente Honesta (1944), Sob a Luz do Meu Bairro (1946), O Primo do Cangaceiro (1955), Com Água na Boca e Fuzileiro do Amor (1956), A Canção de Bernadete (1957), O Homem do Sputnik (1959), Mulheres, Cheguei! (1959), Dona Xepa (1959), Teus Olhos Castanhos (1961), e Bom Mesmo é Carnaval (1962).

Rádio Tupi

Teve uma breve passagem na emissora, por volta de 1955/56, já que pertencia ao Grupo Diários Associadas, donos da TV e Rádio Tupi.

Vida Pessoal

Alberto Perez, Carlos Perez e Eny Perez (1957)

Na vida pessoal, Alberto, segundo muitos sites, foi casado com sua companheira de teatro, Íris Del Mar, por volta de final dos anos de 1940, início dos anos de 1950, porém não encontrei nenhum relato sobre isso em minhas pesquisas. Íris namorou em 1952, o ator e cantor Cláudio Novelli.

Por volta de 1951, conhece Eny Mendonça (posteriormente Eny Perez), moça da alta sociedade carioca. Na época, tinha voltado há poucos de Portugal com a Companhia Eva Todor. Casa-se em 1952. Na ocasião, ingressava a Companhia Aimée. Namorou, noivou e se casou com Eny em apenas 1 ano e meio. Em 1953, nasceu seu filho, Carlos Perez.

Prêmios

ganhou o prêmio de melhor tele-ator do Brasil do ano de 1955, pelo prêmio Melhores da Televisão, feito pela revista Radiolândia.

Outros

Foi entrevistado no programa Front Page, na TV Educativa em 1994.

Dublagem

Como dublador entrou no começo dos anos de 1960, passando principalmente pela CineCastro e Herbert Richers.

Entre suas dublagens se encontra o urso Balu no clássico longa-metragem da Disney, Mogli - O Menino Lobo, foi o Senhor Barra Funda no desenho de Jerry Lewis, no clássico de Western foi Donaldson interpretado por Giuseppe Addobbati em O Dólar Furado, entre muitos outros.

Balu em Mogli - O Menino Lobo

Como diretor dirigiu em varias casas, principalmente na Herbert Richers, tendo em seu currículo a direção de séries como Carro Comando, Casal 20, Chumbo Grosso, Magnum, entre outros. Também foi diretor de dublagem na Peri Filmes.

Diretor de Dublagem de Magnum, na Herbert Richers

Permaneceu na dublagem até o final dos anos de 1980.

Falecimento

Veio a falecer em 2002.

Trabalhos:

Desenhos

- Balu em Mogli - O Menino Lobo (Longa-Metragem)
- Sr. Barra Funda em Jerry Lewis (Desenho)
- Doutor Furutsuki em Zoran, o Garoto do Espaço

Filmes

- Donaldson (Giuseppe Addobbati) em O Dólar Furado
- Banjo (Jimmy Durante) em Satã Janta Conosco (DVD)
- Sir Simon Flaquer (Charles Coburn) em Agonia de Amor
- Cornelius Cobb (Lionel Stander) em O Galante Mr. Deeds
- O Coronel (Walter Brennan) em Adorável Vagabundo
- Banjo (Jimmy Durante) em Satã Janta Conosco (Segunda Dublagem)

Séries

- Reese Bennett (Neville Brand) em Laredo

Trabalhos de Direção de Dublagem

Filmes

- O Homem de Seis Milhões de Dólares
- Superman - O Filme
- Os Grandes Heróis da Bíblia
- O Vento e o Leão

Séries

- Magnum
- Carro Comando
- Casal 20
- Chumbo Grosso

Fontes: Dramaturgia Brasileira - In Memoriam, Correio da Manhã, O Jornal, A Noite, O Cruzeiro, Revista do Rádio, Jornal do Commercio, Augusto Bisson, Carlos Amorim, IMDB.

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