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sábado, 17 de agosto de 2024

Silvio Santos e a Dublagem


Silvio Santos também foi importante para a dublagem. Gostaria de contar pra vocês duas passagens do Silvio com a dublagem.

CineCastro, Emerson Camargo e Silvio Santos

A primeira, foi em 1972, quando o Silvio trabalhava na TV Tupi, e apresentava um programa de curiosidades mundiais chamado "Fique Por Dentro". Na ocasião, a TV Tupi não dispunha de um bom estúdio de gravação para as narrações do programa, então Silvio procurou a CineCastro de São Paulo para realizar esse serviço. Na ocasião, quem o dirigiu foi Emerson Camargo, diretor de dublagem e responsável pelo estúdio na época. O próprio Emerson disse que foi uma das passagens mais importantes de sua vida, dirigir o maior apresentador da televisão brasileira em um estúdio fazendo narrações. E ele também disse que Silvio era humilde, e perguntava como tinha que fazer, aonde ele entrava e etc... Esse episódio foi contado pelo Emerson na minha antiga comunidade no Orkut dedicada aos estúdios da CineCastro.

Felipe Di Nardo e Marcelo Gastaldi

A segunda passagem, foi em 1978, quando o Silvio compra o terreno na Anhanguera, aonde hoje funciona o SBT. Lá, funcionava os primeiros estúdios de dublagem do canal (na época, TVS), ainda instalados em um barracão. Foi lá, por exemplo, que foi dublado Spectreman. Na ocasião, os dubladores da Com-Arte; cooperativa de dubladores de São Paulo, criada após a greve de 77; é quem trabalhavam nos estúdios. Por volta de 1982/83, os Estúdios de Dublagem da TVS (como eram conhecidos), foram transferidos para a Ataliba Leonel, aonde funcionava o SBT. Nessa fase, Felipe Di Nardo e Marcelo Gastaldi, ficam responsáveis, cada um por um estúdio, respectivamente Elenco e Maga, que funcionaram até 1989. Foi no Núcleo de Dublagem que foi trazida a primeira novela mexicana "Os Ricos Também Choram", com Márcia Gomes e Antônio Moreno nos protagonistas. Em 1984, chega a vez de Chaves, aquele que seria o maior sucesso de audiência da história da emissora. Os astros estavam alinhados naquele momento, pois, Helena Samara (a Bruxa do 71), voltara a dublar naquele momento através do Núcleo, Osmiro Campos e Marcelo Gastaldi, dublavam apenas no Núcleo, Marta Volpiani tinha se mudado há poucos para a teledramaturgia da emissora e Sandra Mara começara há poucos na dublagem pelo Núcleo, fazendo o elenco de vozes completo de Chaves estar presente naquela ocasião da dublagem.

Outra coisa que me chama muita atenção no Silvio Santos foi o reconhecimento e gratidão com seus colegas. Boa parte de seus colegas, que trabalhavam na primeira emissora em que esteve, a TV Paulista, foram levados por ele para o SBT. Temos os exemplos de Carlos Alberto de Nóbrega, Gibi, Moacyr Franco, Ronald Golias, Valentino Guzzo, Borges de Barros e tantos outros. Na dublagem não foi diferente. Marcelo Gastaldi e Mário Lúcio de Freitas, que também foram colegas de Silvio na TV Paulista, também tiveram a confiança de Silvio no canal, que os contrata, sabendo de seus talentos. Gastaldi fica no Núcleo de Dublagem e Mário Lúcio cuida das músicas das novelas e desenhos da emissora.

Chaves, Punky, a Levada da Breca e Charlie Brown

Além dessas duas passagens citadas anteriormente, é importante lembrar a importância do próprio SBT para a dublagem brasileira. Além do Núcleo de Dublagem ter trazido séries inesquecíveis como Punky, A Levada da Breca, O Super-Heroi Americano, Chaves, novelas como Os Ricos Também Choram, O Direito de Nascer, Chispita, desenhos como Charlie Brown, Popples e filmes como Superman III, Elvira: A Rainha das Trevas e a franquia A Hora do Pesadelo, também tivemos a importância de outros estúdios dublando para o canal.

Um Maluco no Pedaço, A Usurpadora, A Hora do Rush, Dennis, o Pimentinha e Dragon Ball

Séries clássicas como Blossom, Um Maluco no Pedaço, Eu, a Patroa e as Crianças, Sobrenatural, Arnold, As Visões da Haven, Três é Demais, Smallville, novelas como Maria do Bairro (com Thalia), Carrossel, A Usurpadora (com Gabriela Spanic), Rebelde, Rubi, além de novelas infantis como Luz Clarita, Gotinha de Amor, Carinha de Anjo, O Diário de Daniela, filmes como Lagoa Azul, Rambo: Programado Para Matar, A Coisa, Braddock - O Supercomando, Gremlins, Mad Max, O Exterminador do Futuro, A Hora do Rush, True Lies, Fim dos Dias, Junior, O Sexto Sentido, Matrix, Spawn, A História Sem Fim, Dennis, O Pimentinha, Mr. Nice Guy: Bom de Briga, À Espera De Um Milagre, A Senha: Swordfish, Romeu Tem Que Morrer, desenhos como O Pequeno Príncipe, Punky, O Fantástico Mundo de Bobby, Dennis, o Pimentinha, Megaman, Inspetor Bugiganga, O Máskara, Liga da Justiça, Super Choque, X-Men Evolution, Muppet Babies, Duck Tales, Nossa Turma, ThunderCats, Jambo e Ruivão, Gato Felix, e animês como As Guerreiras Mágicas de Rayearth, Dragon Ball, Street Fghter II V e Fly, o Pequeno Guerreiro, fizeram história no canal.  

Herbert Richers

Sobre os estúdios, nos anos 80, tivemos além do Núcleo de Dublagem do SBT, a BKS, dublando filmes, desenhos e novelas para o canal. Já nos anos de 1990 e 2000, a Herbert Richers dominou. Os animês, iam quase todos para a Gota Mágica (empresa que existia praticamente por causa do SBT e Manchete). Já no final dos anos 2000, entram Delart e Wan Macher. E na volta das novelas mexicanas para a emissora, temos a Rio Sound. Álamo, Sincrovídeo, Megasom, Marshmellow e outras, tiveram alguns períodos dublando para o SBT.

TVS/SBT (Ataliba Leonel)

Concluímos com isso que, o reconhecimento do Silvio com a dublagem (CineCastro), a implantação da dublagem em seu canal (Núcleo de Dublagem da TVS), e décadas dedicadas à trazer diversas produções estrangeiras para o canal, fizeram com que sua emissora tivesse tido um papel importantíssimo na história da dublagem e na chegada de tantos talentos aos microfones para preencher a lacuna de tantos personagens importantes que surgiram na televisão ao longo do tempo. Certas produções marcantes e certos dubladores e estúdios talvez nunca tivesse chegado nem existido se não fosse o papel do SBT em trazer entretenimento e de qualidade à televisão brasileira. Falar da dublagem no Brasil sem não citar Silvio Santos e SBT, é deixar de falar de um importante capítulo da história da arte no Brasil.

Muito obrigado, Silvio Santos, pela história que você construir no nosso país. Você já é sem dúvida e há muito tempo, um dos maiores brasileiros de todos os tempos, e ainda será lembrado por muito séculos dessa forma.

quarta-feira, 20 de março de 2019

Notas







Notas - Morre Waldir Fiori


Enviado em 16/01/2013
 
Faleceu na madrugada de hoje, quarta-feira dia 16 de Janeiro de 2013, o dublador e diretor de dublagem Waldir Fiori.

Waldir era carioca. Começou a carreira no cinema na década de 1950. Entre os vários filmes que atuou, está Cinco Vezes Favela em 1962.
         
 
Na dublagem ele foi um dos pioneiros, trabalhando em todas as empresas da época. Na Herbert Richers fez história, trabalhando por mais de 40 anos na empresa.

Como diretor de dublagem, foi o responsável pelo primeiro curso de dublagem na Herbert Richers, e talvez o primeiro do Brasil, aberto ao publico, anunciando no jornal O Globo. Foi das mãos dele que vieram os grandes dubladores, que fariam carreira na empresa e na dublagem: Márcio Seixas e José Santana; no curso ministrado por ele em 1974 na empresa. Após isso, muitos outros começaram a tomar essa iniciativa, que expandiu os horizontes da dublagem, além do só meio artístico: televisivo, cinematográfico e radiofônico; da onde era oriundo seus profissionais.

Waldir fez diversos atores e personagens em desenhos e filmes, ao longo de sua longínqua carreira. Entre eles destacamos o ator Michael Gough nos filmes Batman (1989), Batman – O Retorno, Batman e Robin e Batman Eternamente, interpretando o mordomo Alfred Pennyworth, o ator David Bradley da trilogia Harry Potter, interpretando Argus Filch, além de atores como Jack Lemon, George R. Robertson, entre outros.
 
Michael Gough
 
As novelas também garantiram fama para Waldir, como o ator mexicano Ignacio López Tarso, aonde Waldir o dublou nas novelas Camila, Esmeralda, Poucas, Poucas Pulgas e Viva As Crianças - Carrossel 2, além da segunda voz de Fernando de La Vega interpretado por Ricardo Blume em Maria do Bairro, substituindo Miguel Rosenberg.
 
Ignacio López Tarso
 
Nos desenhos Waldir também teve sua marca registrada, como Jaiminho em Chaves, Posseidon em Hércules - Série Animada, Toupeira em O Novo Pica Pau, Professor Hector Alembick em As Aventuras de Tintin, entre muitos outros.
 
Professor Hector Alembick
 
Waldir também foi um dublador muito chamado para dublar para a Disney. Desde os anos de 1960, era sempre chamado por Telmo de Avelar para estrelar em longas, como Biruta em Robin Hood, Um Abutre em Mogli, o Menino Lobo, Napoleão em Aristogatas, Abílio em Bernardo e Bianca, Chefe em O Cão e a Raposa 1 e 2, Velho Prisioneiro em O Corcunda de Notre-Dame, Mortimer em Como é Bom Se Divertir, Dr. Finklestein em O Estranho Mundo de Jack (2ª Dublagem), entre outros.
 
Napoleão e Lafayette
 
Em séries Waldir também teve algumas participações, como a segunda voz de Jonathan Kent interpretado por Eddie Jones em Lois e Clark - As Novas Aventuras do Superman, a segunda voz de Agamemnon Busmalis interpretado por Tom Mardirosian em Oz - A Vida é Uma Prisão, entre outros.
 
Tom Mardirosian
 
Waldir tinha um aneurisma no coração, e sabia que podia morrer a qualquer momento. Dizia sempre que o maior medo era deixar a esposa Ilka sozinha, com quem era casado a 60 anos.

Waldir ainda dublava, e esperava um processo contra a Herbert Richers pelos direitos que tinha dos anos que trabalhou na empresa. Comentava com os amigos que tinha medo que não desse tempo de ver o resultado desse processo.

Waldir deixa um legado de ótimo profissionalismo, de pioneirismo, e mais do que isso, de bom humor com todos, como sempre se soube e como sempre os amigos relatavam. Um profissional e pessoa que realmente fará muita falta para a dublagem brasileira. Que vá em paz.

Notas - Morre Waldir de Oliveira


Enviado em 02/01/2011
 
Morreu ontem as 16 horas aos 85 anos de idade, o dublador, diretor, tradutor e narrador Waldir de Oliveira, vitima de uma pneumonia, deixando duas filhas.
 
Waldir de Oliveira nasceu em 28 de Dezembro de 1925. Desde jovem fazia parte do elenco de rádio atores da Radio Nacional, junto da esposa Nícia Soares.

Em 1956 recebeu junto a esposa o maior premio radiofônico da época que foi o Roquete Pinto, por serem os melhores radio-atores do ano.

Foto na cerimônia de entrega do prêmio Roquete Pinto.
 
Por volta de 1957 foi convidado para trabalhar na GravaSon de São Paulo, ao lado de poucos profissionais, numa nova profissão ainda desconhecida chamada dublagem. Waldir começa e logo desenvolve um trabalho intenso nesse ramo, e também se torna tradutor e diretor de dublagem. Com a chegada da AIC São Paulo em 1962, Waldir amplia o seu leque de trabalho quase se dedicando única e exclusivamente à dublagem, trabalhando quase raramente no Rádio. Sua esposa Nícia Soares também o acompanha desde os tempos de GravaSon, e ainda na GravaSon fazem parte de uma obra primorosa chamada Os Flintstones, ao lado de outras lendas da época como Marthus Mathias, Rogério Márcico e Helena Samara.
 
Senhor Pedregulho
 
Seu personagem é o Senhor Pedregulho, chefe de Fred Flinstone, no qual Wadir dava o tom certo. Na série Os Jetsons, no começo dos trabalhos da AIC, surge outro personagem marcante para Waldir, Sr. Spacely.
 
Sr. Spacely
 
Esse também era um chefe escandaloso, porem mais ambicioso e sarcástico, e também um pouco sorridente quando armava suas artimanhas contra a concorrência.

Waldir teve outros personagens em séries, desenhos e filmes, porem se dedicou mais a direção. Sua esposa também fez muitos personagens, porem por volta de 1965/66, se afasta da AIC, e dedica-se a outra atividade que não temos informação.
 
Waldir e Nícia
 
Waldir continua na AIC nos anos de 1970 e automaticamente vai para a BKS em 1976. Por volta de 1977 surge outro personagem famoso em desenho, Zé Jacaré de Pica-Pau, no qual Waldir faz uma voz fininha para o personagem, e ao mesmo tempo mudando seu timbre para mais grosso quando o Jacaré mudava de animo, uma brilhantia no ato de dublar.
 
Pica-Pau e Zé Jacaré
 
Nos anos de 1980 seus 2 personagens de Os Flintstones e Os Jetsons ganham um filme juntos e ele os dubla novamente, isso por volta de 1988. Nesse período sua esposa também retorna para a personagem em Os Flintstones. Nícia falece 2 anos depois em 1990.

Nos anos de 1990 parte para a Marshmellow, aonde se torna diretor e o narrador oficial da empresa. Permaneceu na empresa e também dublando em outras empresas paulistas até o ano de 2008, quando resolve se aposentar e ir morar com as filhas no Rio.

Este que vos escreve, no mês de Dezembro procurou sua filha Fátima para entrevistar Waldir, porem não obtive resposta, e poucas semanas depois Waldir nos deixa. Uma pena não ter consigo um depoimento da vida deste grande homem e talvez curiosidades que só ele saberia, mais fica aqui a nossa homenagem por esse grande profissional, que desempenhou praticamente todas as funções na dublagem, e que era um dublador de mão cheia, com uma entonação forte e uma dublagem impecável. Vá com Deus Waldir.

Notas - Morre Valter Santos


Enviado em 25/12/2013

Faleceu na tarde de Terça-Feira (24), o ator, dublador e diretor de dublagem Valter Santos.

Valter Borges dos Santos nasceu no Rio de Janeiro. Ainda bem jovem fez um curso de teatro no Conservatório Nacional de Teatro, no Rio de Janeiro.

Atuou em várias peças de teatro, entre elas Hair e A Semana, pelo qual foi premiado pela Apca (Associação Paulista de Críticos de Artes).

Na televisão, Valter começou a carreira na Rede Globo, na novela Roque Santeiro em 1975. Após isso não parou mais.

Valter Santos em Roque Santeiro

No mesmo ano participa de seu primeiro filme, Deixa, Amorzinho... Deixa.

Em 1977 se fixou em São Paulo, e começou a trabalhar na TV Tupi, aonde fez a novela Um Sol Maior em 1977.

Na mesma época, também entra para a dublagem na BKS. Nesse período, até 1985, dubla diversos filmes, entre eles Irmão Cara-de-Pau, Falcões da Noite, Aeroporto 79 - O Concorde, entre muitos outros. Mas foi em um desenho animado que Valter ficou muito famoso na época: A Família Urso, fazendo o pai da família, Ursolão.

Ursolão

Entre os dubladores que fizeram a voz de Ursolão anteriormente, Valter foi a mais constante e marcante voz para o personagem. Também participou de 2 episódios de Picolino dublando o cachorro Smedley.

Ainda na TV Tupi, fez a novela O Direito de Nascer e João Brasileiro, o Bom Baiano em 1978 e Aritana em 1979.

Também em 1979 participa do filme de pornochanchada Mulheres do Cais.

Em 1980 foi dirigido por Henrique Martins na novela Cavalo Amarelo da Rede Bandeirantes. No ano seguinte fez na emissora a novela Rosa Baiana.

Em 1982 foi a vez de atuar na TV Cultura, na novela Pic-Nic Classe C, ao lado do colega de dublagem, Older Cazarré.

No SBT, também em 1982, participou da novela A Leoa. No mesmo ano participou na emissora de outra novela, Destino, ao lado de outro colega de dublagem, Eleu Salvador. A Ponte do Amor foi sua última novela em São Paulo, exibida em 1983.

Em 1985, foi convidado pela Rede Globo para participar da segunda versão de Roque Santeiro. Lá trabalhou ao lado de outro colega de dublagem, Walter Breda. No mesmo ano surgiu a minissérie, Grande Sertão Veredas, também na emissora.

Nessa altura, Valter havia se fixado novamente na Rede Globo. Em 1986, participou da primeira versão de Sinhá Moça, também na Rede Globo. Em 1987 participou da novela O Outro, e em 1988 veio a minissérie Abolição. Em 1989, participou da novela O Salvador da Pátria e da minissérie República.

Em 1990, foi para a TV Manchete, na qual participou da novela Pantanal.

Nesse meio tempo retorna a São Paulo, e volta a trabalhar com dublagem. Nessa época dubla um de seus mais famosos longas-metragens: Junior; fazendo a voz de Arnold Schwarzenegger.

Arnold Schwarzenegger e Danny DeVito

Em 1994, volta a participar de uma novela da Manchete, dessa vez 74.5 - Uma Onda no Ar.

No mesmo ano retorna para São Paulo, e também para a dublagem, e é nessa época que surge um dos personagens mais marcantes que Valter dublou: Camus de Aquário, em Os Cavaleiros do Zodíaco, dublado na Gota Mágica.

Camus de Aquário

Esse trabalhou rendeu muitas outras participações de Valter na produção, como no longa-metragem A Lenda dos Defensores de Atena em 1995, na redublagem de Os Cavaleiros do Zodíaco em 2003 na Álamo, na redublagem para DVD do longa-metragem A Lenda dos Defensores de Atena na Álamo, e da Saga de Hades em 2006 na DuBrasil.

Também fez na série o personagem Jamian de Corvo, em ambas as dublagens.

Jamian de Corvo

Nessa mesma época, surgiu outro personagem famoso para Valter: Dubao (no original Dorai), o pai de Chun-Li em Street Fighter II V, dublado na Marshmellow.

Dubao

Em 1996 retorna à Rede Globo, na novela O Fim do Mundo. Ainda no Rio, participa da novela Mandacaru da Rede Manchete, em 1997.

No mesmo ano retorna a São Paulo e começa a participa do Telecurso 2000 na TV Cultura, interpretando o professor Silva, ensinando sobre engenharia.

Marcas da Paixão marca seu retorno à dramaturgia paulista, na Rede Record em 2000.

No ano seguinte, participa da novela do SBT, Amor e Ódio, ao lado de outra colega com quem trabalhou na dublagem, Maximira Figueiredo.

Nessa época já havia retornado a dublagem paulista, e começa a atuar como diretor de dublagem na empresa Marshmellow.

2006 marca sua volta a televisão, na minissérie da Rede Record, Cidadão Brasileiro.

Valter Santos em Cidadão Brasileiro

No ano seguinte retorna ao Rio, e participa da minissérie Amazônia - De Galvez a Chico Mendes, na Rede Globo.

Em 2009 participa do filme O Menino da Porteira, depois de anos sem fazer cinema.

Valter Santos em O Menino da Porteira

No mesmo ano participa de outra minissérie da Rede Globo, chamada Força-Tarefa.

Em 2010 começa a dirigir na Marshmellow séries para o National Geographic, além de eventualmente narrar em séries do mesmo.

Em 2012 participa de mais uma minissérie da Rede Globo, O Brado Retumbante.

Valter Santos em O Brado Retumbante.

No mesmo ano, Valter Santos participa ao lado de vários colegas dubladores, entre eles Antônio Moreno, Gessy Fonseca, Arlete Montenegro, Jorge Barcellos, Fábio Tomasini, Luiz Antônio Lobue, Orlando Viggiani, Carlos Silveira, Carlos Campanile, Gilberto Baroli, Marli Bortoletto, Luiz Carlos de Moraes, Ulisses Bezerra, entre outros, da rádio novela Memórias de Um Suicida, de autoria de Camilo Castelo Branco e Léon Denis, e psicografado pela falecida médium Yvonne do Amaral Pereira.

Dubladores nos bastidores da gravação da rádio novela

Em 24 de Dezembro de 2013, Valter Santos sofreu um ataque cardíaco fulminante, o levando a morte, o que foi uma surpresa para amigos e fãs, pois estava em completa atividade.

Valter também era poeta por hobbie, adorava escrever poemas para amigos, além de escrevê-los em redes sociais.

Valter também cuidava de um blog chamado Valter Borges dos Santos http://valterbs2.blogspot.com.br

Notas - Morre Ronaldo Baptista


Enviado em 03/02/2012
 
Faleceu na madrugada do dia 16 de Janeiro, o dublador, narrador e locutor Ronaldo Baptista aos 78 anos de idade, vitima de um ataque cardíaco.

Ronaldo nasceu em 17 de Setembro de 1933. Desde cedo trabalhou em rádio, foi locutor, narrador até chegar a ser rádioator.

Ronaldo na década de 1960

Na dublagem foi convidado por Glauco Laurieli em 1958 na Rádio Bandeirantes, pois Ronaldo tinha uma voz muito bonita, e teria um lugar em destaque na dublagem. E assim se fez, Ronaldo seguiu carreira dublando os mais diversos personagens. Entre eles esteve primeiramente o Tenente Rip Masters, em uma das primeiras séries dubladas no Brasil: As Aventuras de Rin-Tin-Tin, que contava a história de um cachorro que trabalhava pra uma brigada militar comandada pelo Tenente Rip, também tinha como companhia do cabo Rusty, um menino que acompanhava o Tenente e era o fiel amigo do cão Rin-Tin-Tin, que foi dublado por Zezinho Cútulo, outro marco da dublagem brasileira.

Tenente Rip Masters

Além disso também protagonizou outra série de sucesso: Viagem Ao Fundo do Mar, aonde dublava o famoso Almirante Nelson. Nessa época, que foi por volta de 1967, alem de estar em alta como dublador, também recebera o premio Governador do Estado como melhor radio ator na Rádio Bandeirantes.

Almirante Nelson

Também ficou muito famoso dublando nos anos de 1960 o ator norte-americano Tyrone Power em diversos filmes, entre eles o filme Melodia Imortal ao lado de Kim Novak.

Tyrone Power

No final da década de 1960 é chamado para participar de um disco humorístico, no qual se torna conhecido e logo em seguida é chamado para narrar histórias para a Disney ao lado de outros dubladores que interpretavam os mais diversos personagens. Narrou em discos até os anos de 1980, também narrando histórias Disney em curtas da Disney para a TV e para VHS como Mickey & Donald. Entre os discos narrados estão Bambi, Se Minha Cama Voasse, Chapeuzinho Vermelho, Pedro e o Lobo, Dumbo, O Alfaiate Valente (com Mickey Mouse), Ursinho Puff, O Natal do Tio Patinhas, Pinóquio, Peter Pan, Mogli, Cinderela, O Carro Que Falava, O Gafanhoto e as Formigas, João e Maria, Branca de Neve, Donald e a Bruxa, 101 Dalmatas, entre outros.

Disco de Vinil de Branca de Neve e Os Sete Anões

Além de todos esse trabalho como radialista, radio ator, dublador e narrador humorístico e infantil, também foi narrador em comerciais na TV, além de também ter feito novelas e peças de teatro.


Fica marcado a história de mais um talento artístico nacional, que pegou praticamente todas as vertentes da atuação, mostrando o quão talentoso e trabalhador era.

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