sábado, 30 de março de 2019

Raimundo Duprat


Arquivo de Som:

Larry Tate (David White) (terceira voz) em A Feiticeira


Biografia:

Raimundo Duprat foi um dublador Paulistano.

Teatro

Raimundo Duprat Filho (também conhecido como Raymundo Duprat, e Ray Duprat) começou a carreira como ator no teatro em São Paulo no final da década de 1940, início de 1950, passando pelo Grupo Teatro Amador, ao lado de Rubens de Falco, e Ítalo Rossi.

 

Posteriormente, ingressa na companhia Armando Couto - Ludy Veloso, atuando nas peças Pantomima Trágica (1951), ao lado de Ítalo Rossi, e Any Autran, no Teatro de Cultura Artística, e Pedro Mamaco, e Repórter Impossível (1952), peça patrocinada pelo SESC, provavelmente no Teatro de Cultura Artística, substituindo Armando Couto no papel principal, e assim estreando no teatro profissional. Na companhia também esteve ao lado de Edson França.

 

Na Companhia Teatro Permanente das Segundas-Feiras, atua na peça Conflitos Sem Paixões (1954), com direção de Carla Civelli, ao lado de Walmor Chagas, Rubens de Falco, Diná Lisboa, Italo Rossi, Moná Delacy, e Honório Martinez, no Teatro Tinb.

 

No Teatro Brasileiro de Comédia, esteve na peça Leonor de Mendonça (1954), ao lado de Cleide Iaconis, Paulo Autran, Leonardo Villar, Sérgio Cardoso, e outros, no TBC.

 

No mesmo ano, atuou na peça A Filha de Iorio (1954), organizada por Sérgio Cardoso, ao lado de Leonardo Villar, Diná Lisboa, Carlos Zara, Aracy Cardoso, Cacilda Becker, Sérgio Cardoso, Wanda Kosmo, e grande elenco, no Teatro Cultura Artística.

 

E na peça Lampeão (1954), também organizada por Sérgio Cardoso, ao lado de Rubens Costa, Zeluiz Pinho, Leonardo Villar, Edson Silva, e outros, no Teatro Leopoldo Fróes.

 

Ainda no mesmo ano, retorna a Companhia Teatro Permanente das Segundas-Feiras, aonde atua nas peças Os Três Maridos de Madame (1955), ao lado de Vanda Kosmo, Ítalo Rossi, Guilherme Correia, Rita Cléos, Walmor Chagas, Rubem de Falco, e outros, no Teatro Leopoldo Froes, e Teako (1955), de Takada Izumo, tradução de Ivone Hirata, ao lado de Ivone Hirata, Walmor Chagas, e Ítalo Rossi, no Teatro Leopoldo Froes.

 

Em seguida, fez parte do Teatro Experimental Bandeirante, na peça Os 3 Cavalheiros a Rigor (1955), de Hermílio Borba Filho, ao lado de Osmano Cardoso, Rachel Forner, Carlos Cotrim, José Lima, e José de Anchieta, no Teatro Leopoldo Fróes.

 

No Teatro dos Novos Comediantes, esteve nas peças Noite de Arlequim (1955), Adeus Mocidade (1955), como diretor, tendo a última sido traduzida por Carla Civelli e Ruggero Jacobbi, e Um Inspetor Nos Procura / Está Lá Fora Um Inspetor (1955), também como diretor, ambas apresentadas no Teatro Paulista de Estudantes.

 

Também dirigiu a peça Seis Personagens em Busca de Autor (1955), de Pirandello, pela Sociedade dos Artistas Independentes, inicialmente dirigido por Osvaldo Pizani, e apresentado no II Festival do Teatro Amador, no Teatro São Paulo. Posteriormente teve sessões independentes no mesmo teatro.


 Sidnéia Rossi, Raimundo Duprat, Guilherme Correia e Gustavo Pinheiro (1957)

Pouco tempo depois, ingressou na Companhia Nídia Lícia - Sérgio Cardoso, aonde permaneceu por alguns anos. Na companhia, atuou em peças, como Príncipe da Dinamarca (1955-56), direção de Sérgio Cardoso, A Tragédia de Hamlet (1956), Comício (1956-57), A Menina Sem Nome (1957), de Guilherme de Figueiredo, Henrique IV (1957), O Comício (1957), Chá e Simpatia (1958), O Casamento Suspeitoso (1958), Vestido de Noiva (1958), Sexy (1959), Nu Com Violino (1959), entre outras, todas representadas no Teatro Boa Vista.

Marina Freire, Ritá Cléos, Ruthnéa de Moraes, Raimundo Duprat, Emanuele Corinardi, e Sérgio Cardoso (1959)



Na companhia, atuou ao lado de Rubens de Falco, José Miziara, Leonardo Villar, Carlos Zara, Líbero Miguel, Jaime Costa, Nídia Lícia, Sérgio Cardoso, Wanda Cosmo, Rita Cléos, entre muitos outros.

 

 Rita Cléos, Marina Freire, Ruthnéia de Moraes, Raimundo Duprat, Emanuele Corinaldi e Sérgio Cardoso (1959)


Em 1956, ficou responsável pelo setor de peças infantis da companhia, dirigindo todos os domingos peças do gênero no Teatro Bela Vista. A peça de estréia foi A Menina Sem Nome (1957).

 

Também chegou a se apresentar inúmeras vezes no Rio de Janeiro, como com a peça Chá e Simpatia (1958), aonde, entre outros se apresentou no Teatro Copacabana.

 

Elenco de Homens de Papel (1967)


Depois de um longo tempo afastado dos palcos, atua na peça Homens de Papel (1967), de Plínio Marcos, ao lado de Osvaldo Louzada, Maria Della Costa, Fernando Baleroni, Elias Gleizer, entre outros, no Teatro Maria Della Costa. A peça também é levado ao Rio de Janeiro no mesmo ano.

 

E por fim, Hans Staden no País da Antropofagia (1971), ao lado de Rosamaria Murtinho, Older Cazarré, Potiguara Lopes, Rosamaria Murtinho, Mauro Mendonça, Laerte Morrone, entre outros, com parte musical de Rogério Duprat. A peça foi apresentada inicialmente no Teatro São Paulo, e posteriormente no Teatro São Pedro, ambos em São Paulo.


Cinema

Míria Pércia, Raimundo Duprat e Gianfrancesco Guarnieri (1958)

Raimundo também atuou no cinema. Entre os filmes que fez, estão: Alameda da Saudade 113 (1950), O Grande Momento (1958), Regina e o Dragão de Ouro (1974), e Os Insaciados (1981).

Cecília Lemes e Raimundo Duprat (1974)

Além de ator, também atuou no cinema desempenhando outras funções, como a de editor e diretor assistente, em: Alameda da Saudade 113 (1950); a de anotador, em: O Saci (1951), e a de produtor, em: Parafernália, o Dia da Caça (1970).

TV Tupi (SP)

Na TV, começou em meados dos anos de 1950. Atuou no programa Teatro 3 Leões, em peças, como: Felipe II (1955), Virgínia (1956), entre outros.

TV Rio

Quando estava na Companhia Lídia Lícia - Sérgio Cardoso, se apresentou por muito tempo no Rio de Janeiro, e com isso acabou ingressando em emissoras de TV no Rio. Entre elas está a TV Rio.

Entre as produções que atuou na emissora, está a peça: Dido e Enéas (1957), de Moreira da Fonseca, pela Companhia Cacilda Becker, ao lado de Cleyde Yaconis, Leonardo Villar, Glauce Rocha, e grande elenco; entre outros.

TV Tupi (RJ)

Um tempo depois, esteve na TV Tupi do Rio, atuando entre outros no programa Grande Teatro Infantil, em peças, como: Princesa na Pele de Burro (1958), com direção de Fábio Sabag, ao lado de Edson Silva, Roberto de Cleto, e outros; entre outros.

TV Tupi (SP)

De volta à São Paulo, retorna a TV Tupi de São Paulo, e atua na novela: Yoshico, Um Poema de Amor (1958).

Grande Teatro: Inês de Castro (1958), Deslumbramento (1958), peças que atuou ao lados dos colegas da Companhia Lídia Lícia - Sérgio Cardoso.

TV Paulista

Márcio Trunkel, Suzi Arruda e Raimundo Duprat (1958)

Na mesma época, também atua na TV Paulista, participando da novela: David Copperfield (1958), A Princesinha (1959).

Vida Pessoal

Raimundo foi casado com a coreógrafa húngara Marika Gidali, com a qual teve um filho chamado Edgard Duprat, mas se separou da esposa ainda quando o filho era pequeno, em meado dos anos de 1960.

Edgard Duprat tem uma produtora de vídeo e eventos, chamada Hiperaktv.

Dublagem

George Jetson

Na dublagem, ingressou no início da AIC, por volta de 1962/63, dublando principalmente personagens em desenhos, como George Jetson na versão dos anos de 1960 de Os Jetsons, dando uma ótima caracterizada na voz, a qual se tornou muito marcante. Também foi a voz mais frequente do Guarda Smith no desenho o Show do Zé Colméia.

Por ter uma veia cômica, alem dos desenhos, no qual tinha uma queda grande em voz e interpretação, também participava em séries de comédia, como foi o caso do personagem Larry Tate interpretado por David White em A Feiticeira, no qual foi sua terceira voz na terceira temporada da série, dando um timbre todo engraçado ao personagem, que era um pouco exagerado, e um puxa-saco com seus clientes. Foi substituído por Waldyr Guedes nos últimos episódios da 3ª temporada.

Alem disso, também fez atores convidados em séries, como Phanzig interpretado por Marcel Hillaire no episódio Os Condenados, e o Diretor Wardin interpretado por Tol Avery no episódio Os Fugitivos, ambos na 3ª temporada de Perdidos no Espaço, Sr. Jaeger interpretado por Richard Charlye no episódio O Senhor de Gothos, Embaixador Fox interpretado por Gene Lyons no episódio Um Gosto de Armagedon, e Ayelborne interpretado por John Abbott no episódio Missão de Misericórdia, ambos na 1ª temporada de Jornada nas Estrelas, entre outros.

Caco

Por volta de 1971/72, chegou ao Brasil a série infantil americano Vila Sésamo. Alem de ser aproveitado cenas estrangeiras, também eram feitas cenas aqui no Brasil. As cenas estrangeiras necessitavam de dublagem, então a TV Cultura que exibiu e produziu a versão brasileira da série, mandou essas cenas para a Odil Fono Brasil, aonde Raimundo Duprat dublou o personagem Caco. O dublou apenas nessa época específica. Por essa época se afasta da dublagem, dedicando-se a outras atividades.

Há a informação de que Raimundo teria voltado a dublar na BKS no início dos anos de 1980, e falecido logo depois, porem, não sabemos se essa informação é correta. A única informação correta que temos, é que Raimundo já é falecido.

Trabalhos:

Séries

- Phanzig (Marcel Hillaire) e Diretor Wardin (Tol Avery) em Perdidos no Espaço
- Larry Tate (David White) (terceira voz) em A Feiticeira
- Sr. Jaeger (Richard Charlye), Embaixador Fox (Gene Lyons) e Ayelborne (John Abbott) em Jornada nas Estrelas (1ª Dublagem)
- Caco (Jim Henson) em Vila Sésamo

Desenhos

- George Jetson em Os Jetsons (Anos de 1960)
- Guarda Smith (primeira e mais constante voz) em O Show do Zé Colméia
- Sr. Pedregulho (em apenas 1 episódio) em Os Flintstones
- Coronel Carvana no episódio E o Bombeiro Entrou Pelo Cano em Dom Pixote
- Máscara de Vulcano em O Poderoso Hércules (1ª Dublagem)

Fontes: Universo AIC, Diário da Noite, Itaú Cultural, Última Hora, Jornal do Brasil, Tribuna da Imprensa, Correio da Manhã, Diário de Notícias, Wikipédia, Teatropédia, O Cruzeiro, Diário da Noite, Revista da Semana, Wikipédia, Cartoon-Characters.com, Muppet.Wikia.com, Correio Paulistano, Diário da Noite (SP), Revista Manchete, Coleção Aplauso.

Total de visualizações de página