quarta-feira, 20 de março de 2019

Matérias - Versão Brasileira Riosom


Enviado em 20/11/2015

Tudo começou em 12 de Dezembro de 1922 com o nascimento de Pedro Kullock, futuro fundador da Riosom. Filho de Manuel Kullock e Sara Kullock, Pedro nasceu e foi criado na cidade do Rio de Janeiro. Aos 18 anos se alistou no exército e fez parte da CPOR - Centro de Preparação de Oficiais da Reserva. 4 anos mais tarde em 8 de Fevereiro de 1945, vai com a FEB (Força Expedicionária Brasileira, força militar brasileira que participa da Segunda Guerra Mundial) para Florença na Itália. Em Abril do mesmo ano, seu pelotão teve como prisioneiros mais de 20 mil homens da 148ª Divisão de Infantaria Alemã, entregando-os para o V Exército Americano que os levou para o campo de prisioneiros de Modena, já que a FEB não dispunha de meios para realizar a guarda desses soldados. Retorna ao Brasil em 3 de Outubro de 1945, ficando por mais de 6 meses em solo europeu.

No final da década de 1940, vai trabalhar na parte de contabilidade e controle financeiro da construtora Servenco ao lado de Saul Perelberg. Posteriormente se torna sócio e diretor da construtora.

A Riosom

Por volta de 1958/59, Pedro Kullock da início a seu estúdio sonoro, a Riosom, ou Rio-Som. Na época era normal cinematográficas e gravadoras procurarem estúdios sonoros para realizarem suas gravações. Foi com essa intenção que Pedro criou o estúdio.

 

Um estúdio comum contava com microfones, aparelhos de gravação sonora, televisores para a dublagem de películas de filmes, um local para realizar a fusão do som e imagem, os projetores, amplificadores, e o material adequado para forração dos estúdios para serem a prova de som, e assim era a Riosom.

 

Foto de 2011 do nº 185 da Rua do Senado. O prédio cinza à esquerda é aonde funcionava a Riosom.

 

A empresa foi fundada na Rua do Senado, nº 185, Centro do Rio de Janeiro. Atualmente no local funciona um estacionamento de automóveis.

 

Com a chegada da dublagem pra TV, a empresa também foi procurada pra ingressar nesse mercado. Como já dispunha de todo o material para tal, começou a dublar.

 

A primeira emissora a procurá-la foi a TV Tupi do Rio de Janeiro, que começou a mandar filmes para serem dublados no estúdio. A empresa dublava principalmente produções da Metro Goldyn Mayer, além de produções da Warner Bros que eram distribuídas no Brasil pela United Artists, e eventualmente pela Teleshow, da Disney distribuídas pela Organizações Arthur Rank e posteriormente pela MGM, da Toei Animation distribuídas pela Teleshow, e da Marvel pela distribuidora Cast.

 

Um dos diferenciais do estúdio era a colocação do emblema da empresa em algumas produções, costume esse que havia começado em São Paulo pela GravaSon, e seguido pela Ibrasom e CineCastro. Além disso também narravam os nomes de quem havia dublado os personagens principais nas produções, algo que somente o estúdio fazia, e que 50 anos depois se tornaria lei, abrangendo não só os dubladores de protagonistas, mas todos os que participavam da produção.

 

Profissionais do Estúdio

 

Os profissionais que começaram a atuar na empresa vieram principalmente das rádios Tupi e Tamoio, mas também houveram profissionais que vieram da Mayrink Veiga, Nacional, entre outras rádios. Alguns dubladores ficaram conhecidos por passar na empresa, entre eles Luís Motta, Lauro Fabiano, Telmo de Avelar, Milton Rangel, Gualter de França, Ribeiro Santos, Norka Smith, Luiz Carlos de Moraes, Domício Costa, Sônia de Moraes, Paulo Pereira, Léo Batista, Selma Lopes, entre outros.

 

Por volta de início dos anos de 1960, a Riosom foi a primeira empresa a contratar dubladores com carteira assinada. O primeiro grupo de contratados compunha-se por 11 dubladores.

 

O técnico de som do estúdio era Manoel Cardoso, que além de cuidar das dublagens também cuidava da parte sonora dos LP's lançados na emissora. Também trabalhou como editor musical e montador de som no curta-metragem O Cajueiro Nordestino em 1962.

 

          Lauro Fabiano

 

Já a direção artística do estúdio ficava por conta do ator, narrador, dublador e diretor de dublagem Lauro Fabiano, oriundo das rádios Tupi e Tamoio, e que já trazia experiência na dublagem por ter participado da dublagem de Peter Pan em 1954. Lauro foi um dos principais profissionais do estúdio. Trabalhou no estúdio até seu término. Entre seus trabalhos na empresa estão Marshall Thompson na série Daktari, Namor na animação Namor, o Príncipe Submarino, a locução do filme Rio Vermelho e do desenho Super Mouse. Na direção de dublagem fez trabalhos como nos filmes A Máscara de Dimitrios, Anjos de Cara Suja, entre muitos outros. Era Lauro quem dizia a célebre frase: Uma Versão Riosom.

 

 

Outro profissional de grande empenho no estúdio era Luís Motta. Oriundo da Rádio Tupi, Luís chegou a ser um dos narradores e também diretores de dublagem do estúdio. Entre seus trabalhos no estúdio esta a direção de dublagem de Mares da China, o ator James Stephenson em A Carta, George Sanders em Dorian Gray, Capitão América no desenho de mesmo nome, John Wayne em Rio Vermelho, Espelho Mágico e Feliz em Branca de Neve e Os Sete Anões, Gepetto em Pinóquio, Bagheera em Molgi - O Menino Lobo, Mister Magoo em As Maiores Histórias de Todos os Tempos, entre outros.

 

         Ribeiro Santos

 

Ribeiro Santos foi outra figura importante no estúdio. Oriundo da Rádio Tupi, além de diretor de dublagem também foi diretor artístico do estúdio. Posteriormente foi um dos donos da Dublasom Guanabara, mas não deixou de atuar na Riosom. Entre seus personagens estão Black Bart em A Espada Era a Lei, Espadachim em Capitão América, entre outros.

 

       Telmo de Avelar

 

Telmo de Avelar foi outra figura importante no estúdio. Oriundo do Rádio, e atuante principalmente na Rádio Tamoio, Telmo sempre foi um profissional versátil, e no estúdio atuava tanto quando tradutor, quanto diretor de dublagem, quanto dublador. É dele as traduções no estúdio de clássicos Disney como A Espada Era a Lei, A Branca de Neve e Os Sete Anões, Pinóquio, Mogli, o Menino Lobo, Bambi, além dos curtas do Ursinho Puff. Como dublador fez Peter Lorre em A Máscara de Dimitrios, Sir Pellinore em A Espada Era a Lei, Hamma em Mogli - O Menino Lobo, entre outros.

 

Outra figura muito importante no estúdio foi Gualter de França. Também oriundo do rádio e da Rádio Tupi, Gualter além de diretor de dublagem também foi uma das vozes mais escaladas para protagonistas. Entre seus trabalhos estão Spencer Tracy em Mar Verde, Mandarim em Homem de Ferro, Herbert Marshall em A Carta, A Coisa em Os Quatro Fantásticos, Clark Gable em O Mar é Nosso Túmulo, Claude Rains em Passagem Para Marselha, além de direções de dublagem de filmes como Mar Verde, entre outros.
 

          Norka Smith

 

Norka Smith, também oriunda da Rádio Tupi foi também uma das principais vozes da casa, tendo dado voz a Joanne Dru em Rio Vermelho, Beth em Homem Aranha, Danielle Darrieux em Alexandre, Cheryl Miller em Daktari, entre muitos outros.

 

          Paulo Pereira

 

Paulo Pereira, como Guálter de França foi outra das vozes de protagonistas na emissora, como em atores como Humphrey Bogart em À Beira de Abismo, A Condessa Descalça, Passagem Para Marselha, e em Paixões em Fúria, Wallace Beery em Mares da China, Pops em Speed Racer, entre outros.

 

           Léo Batista

 

Além de Lauro Fabiano, também houve outro narrador do estúdio, e esse sendo a principal e mais atuante voz das narrações de filmes, séries e desenhos: Léo Batista. Léo começou a carreira artística na Rádio Globo como redator na década de 1950, e anos depois foi trabalhar com jornalismo na TV Rio, mas foi na década de 1970 que ficou conhecido quando começou a trabalhar como jornalista na emissora. Na Riosom entrou logo no início da mesma, tendo narrado produções como, Namor, O Príncipe Submarino, Paixões em Fúria, Tudo Isso e o Céu Também, Zorro, Super Robin Hood, Homem Aranha, O Poderoso Thor, O Incrível Hulk, Capitão América, Super Mouse, entre outros.
 

Outros profissionais também foram muito atuantes no estúdio, como Domício Costa que dublou Clark Gable em Mares da China, Caçador em Branca de Neve e Os Sete Anões, Paulo Gonçalves que dublou Pat O'Brien em Anjos de Cara Suja, Homem de Ferro no desenho de mesmo nome, Sir Kay em A Espada Era a Lei, Luiz Carlos de Moraes que dublou Stan Laurel em O Gordo & O Magro (1966), Castro Gonzaga que dublou Stromboli em Pinóquio, Coronel Hathi / Buzzie em Mogli - O Menino Lobo, Coruja nos curtas do Ursinho Puff, Magalhães Graça que dublou Merlin em A Espada Era a Lei, Mestre em Branca de Neve e Os Sete Anões, Buzzie em Mogli - O Menino Lobo, Coelho nos curta do Ursinho Puff, Orlando Drummond que dublou Arquimedes em A Espada Era a Lei, Atchim em Branca de Neve e Os Sete Anões, Cocheiro em Pinóquio, Jaime em Homem Aranha, o papagaio Calado em Sinbad Jr., Oliver Hardy em O Gordo & O Magro (1966), Roberto Mendes que dublou Sentinela em A Espada Era a Lei, Sydney Greenstreet em A Máscara de Dimitrios, Selma Lopes que dublou Bette Davis em A Carta, Sônia de Moraes que dublou Lili Palmer em O Grande Segredo, Jean Harlow em Mares da China, entre outros profissionais.

 

Produções

 

 

Entre as produções trazidas para a emissora estão primeiramente os filmes, como Mares da China, com Clark Gable (Domício Costa), Jean Harlow (Sônia de Moraes) e Wallace Beery (Paulo Pereira), Paixões em Fúria, com Huphrey Bogart (Paulo Pereira), Edward G. Robinson e Lauren Bacall, Rio Vermelho com Johan Wayne (Luís Motta), Montgomery Clift e Joanne Dru (Norka Smith), Passagem Pra Marselha com Humphrey Bogart (Paulo Pereira), Claude Rains (Gualter de França) e Michèle Morgan (Norka Smith), A Carta com Bette Davis (Selma Lopes), Herbert Marshall (Gualter de Franca) e James Stephenson, Alexandre, o Grande com Richard Burton (Lauro Fabiano), Fredric March (Luís Motta) e Claire Bloom, entre outros.

 

 

Já as séries de TV tivemos produções como Honey West com Anne Francis (Selma Lopes) e John Ericson (Paulo Pereira), a primeira dublagem de Daktari com Marshall Thompson (Lauro Fabiano) e Cheryl Miller, a segunda dublagem de Zorro com Guy Williams (Lauro Fabiano) e Henry Calvin (Orlando Drummond), a primeira temporada de O Rei dos Ladrões com Robert Wagner (Celso Vasconcellos), entre outros.

 

 

Em desenhos tivemos Homem Aranha com Peter Parker (Alfredo Martins), J. Jonah Jameson (Orlando Drummond), Betty Brant (Norka Smith), Homem de Ferro com Tony Stark (Paulo Gonçalves), Virginia Potts "Pimentinha" (Selma Lopes) Mandarim (Gualter de França), Gavião Arqueiro (Lauro Fabiano), O Incrível Hulk com Dr. Banner (Orlando Drummond), Hulk (Luís Motta), Homem de Ferro (Carlos Marques), Thor (Paulo Gonçalves), Namor, o Príncipe Submarino com Namor (Lauro Fabiano), Senhora B (Selma Lopes), Lord Vashti (Gualter de França), O Poderoso Thor com Thor (Allan Lima), Loki (Orlando Drummond), Odin (Milton Luís), Capitão América com Capitão América (Luís Motta), Speed Racer com Speed Racer (Cleonir dos Santos), Pops Racer (Paulo Pereira), Gorducho (Nair Amorim), entre outros.

 

Temas Musicais

 

 

A empresa também foi pioneira na criação de músicas em português para desenhos animados. Os desenhos da Márvel: Capitão América, Homem Aranha, Homem de Ferro, O Poderoso Hulk, O Poderoso Thor, Super Heróis Marvel e Super Robin Hood; tiveram suas versões cantadas. Havia a abertura do todos os desenhos que era chamada de Super Heróis Shell, que eram os super heróis marvel, só que patrocinados pelo posto de gasolina Shell. Na ocasião o estúdio trabalhava com diversos músicos que era usado pela gravadora Elenco, entre eles estava o grupo MPB-4. Com a tradução de Abdon Torres, as músicas foram todas interpretadas pelo grupo MPB-4. Abdon Torres foi diretor artístico da TV Tupi no Rio de Janeiro na década de 1950 até meados da década de 1960. Na ocasião da tradução das músicas era um dos diretores artísticos da Rede Globo, além de também ter supervisionado várias produções no canal.

 

Com o sucesso dos desenhos a Ebal (Editora Brasil-América), adquiriu os direitos dos personagens Marvel no Brasil, e fez uma parceria com os postos Shell e lançaram edições especiais em quadrinhos de Homem de Ferro e Capitão América, Namor e Hulk, e Thor.

 

Gravadora Elenco

 

       Carlinhos Lyra, Aloysio de Oliveira,

         Nara Leão e Vinicius de Moraes

 

Após o falecimento de Carmen Miranda em 1955, Aloysio de Oliveira retorna ao Brasil e instala como diretor artístico da gravadora Odeon Records. Fica algum tempo na empresa, e retorna para as noites cariocas. Na mesma época também trabalha junto com Aurora Miranda e Vadico na Rádio Mayrink Veiga.

 

Em Outubro de 1963, Aloysio de Oliveira cria a gravadora Discos Elenco Ltda. Por conta de não ter um estúdio próprio, Aloysio encontra a Riosom, no qual realiza uma parceria que dura por 5 anos, aonde a gravadora usa os estúdios da empresa para realizar a gravação de seus vinis. Ao longo de 5 anos, Aloysio lançou LP's de diversos cantores famosos, como também fez LP's de cantores que eles mesmo lançava. Entre eles estão Vinicius de Moraes, Odette Lara, Sylvia Telles, Nara Leão, Maysa, Tom Jobim, Dick Farney, Dorival Caymmi, Edu Lobo, Nana Caymmi, MPB-4, Quarteto em Cy, Baden Powell, entre outros.

 

Os discos eram fabricados pela Cia. Industrial de Discos, que depois adotou o nome de CID Entertainment Ltda. As capas dos LP's eram feitas por Cesar G. Villela, que muitas vezes eram modificadas a partir de fotografias tiradas por Francisco Pereira, e em vários discos as capas eram feitas com pinturas espalhadas com pequenos pontos vermelhos que simbolizavam o emblema da Elenco.

 

Outra característica única da gravadora foi a gravação de LP's ao vivo, algo que na época ainda não existia no Brasil.

 

Na parte técnica da emissora Aloysio atuava como produtor e diretor musical, seguido de José DeLPhino Neto que era assistente de direção, Peter Keller que era gerente de produção, seguido de Norman Sternberg que era engenheiro e técnico de som.

 

A empresa ficou conhecida por popularizar o gênero de Bossa Nova no Brasil e no mundo. Um dos países que mais são apaixonados por Mpb é o Japão, seguido da China. Encontra-se muitos LP's lançados pela Elenco em sites japoneses para a venda.

 

O fim da gravadora se deu no ano de 1968, na qual ela vende seu selo para a gravadora Philips, que posteriormente foi adotado pela gravadora Polygram, empresa parceira da Philips, e que transformou o selo Elenco no nome da própria gravadora, Polygram. Após ser vendida, ainda continuou lançando LP's dos antigos artistas que lá haviam lançado discos, e também abrangeu suas vendas para fora do país, como foi o caso do disco de Baden Powell, A Su Gusto lançado em 1969 no México.

 

Após o término da Elenco, Aloysio de Oliveira retorna para os Estados Unidos e vai trabalhar como produtor de discos na Warner Music lançando artistas brasileiros em solo americano. Entre eles estão o Quarteto em Cy, no qual Aloysio sempre ajudou a se popularizar, e que lançou diversos discos do grupo na Elenco.

 

Walt Disney

 

Os estúdios Walt Disney trabalharam por 16 anos com João de Barro e sua equipe, de 1938 à 1954. Com o término da parceria e o fim também de outra parceria que foi de Gilberto Souto e Walt Disney, os estúdios americanos só puderam contam com Aloysio de Oliveira, seu último braço direito no Brasil. Aloysio sempre indicou vários estúdios para as dublagens dos longas-metragens Disney, entre eles a Odeon, a Atlântida e a Herbert Richers.

 

Em 1962 foi gravado na Herbert Richers, A Guerra dos Dálmatas. No ano seguinte, os estúdios da Herbert Richers no Edifício Estória pegam fogo, e o estúdio é transferido às pressas para os antigos estúdios da Brasil Vita Films, conhecido como barração, na Tijuca. No mesmo ano a Herbert compra os estúdios, e transforma nos estúdios Herbert Richers, mas para chegar a ser novamente um estúdio de qualidade como antes, a empresa precisou ganhar algum dinheiro para recuperar tudo o que foi perdido e equipar todos os estúdios decentemente. Por conta disso em 1964, os estúdios Walt Disney novamente recorrem a Aloysio de Oliveira para encontrarem novo estúdio equipado com qualidade para dublar um longa Disney. Na ocasião Aloysio já comandava a Elenco e usava os estúdios da Riosom. Por conta disso, indica os estúdios para a Disney, que envia o longa A Espada Era a Lei para ser dublado.

 

             A Espada Era a Lei

 

Na ocasião traduzia e dirigia na empresa Telmo de Avelar, e a Disney muito exigente escolheu o profissional para desempenhar as duas funções. Telmo então fica encarregado de escalar os profissionais, e chama principalmente profissionais que já atuavam na empresa, Orlando Drummond, Magalhães Graça, Ribeiro Santos, Paulo Gonçalves, e atores de rádio e TV para chamarem um certo publico, como Vitória Régia (da Rádio Mec), Macedo Neto (da Rádio Tupi), Ida Gomes (da TV Tupi, e também atuava em outras casas, menos na Riosom) e Ayrton Cardoso (da TV Continental). Na época não haviam crianças na dublagem, e a Disney exigia que criança tinha que ser dublada por criança. Então Telmo foi atrás de alguma criança conhecida da época, e encontrou João Carlos Barroso, que havia feito pequenos papeis na TV no Rio, entre elas na Rede Globo. Também convidou o cantor lírico João Alberto Persson para cantar a canção de introdução do longa. Pra fechar o elenco, chamou (ou foi exigido dos Estados Unidos) Aloysio de Oliveira para a narração. Na ocasião Eugene Armstrong, representante da Disney veio supervisionar a dublagem, como fez em várias outras dublagens de longas-metragens. O filme foi lançado em 6 de Julho de 1965 nos cinemas. Esse método de escalação se seguiu com todos os longas Disney dublados na casa.

 

  Branca de Neve e Os Sete Anões

 

Em 1965, foi a vez da redublagem de Branca de Neve e Os Sete Anões. Por se tratar de um longa especial, a redublagem foi muito cuidadosa. Walt Disney pediu para chamar Gilberto Souto, que não trabalhava pra Disney desde 1954, para traduzir o filme junto com Telmo de Avelar. Foi a primeira e única vez que Telmo dividiu a tradução de um longa Disney. Telmo ficou com a direção do filme, e os escalados para o papel eram velhos conhecidos do estúdio: Luís Motta, Domício Costa, Orlando Drummond, Allan Lima, Ênio Santos e Magalhães Graça. Os convidados ilustres foram: Maria Alice Barreto (da Rádio Nacional), Lourdes Mayer (da Rádio Nacional), Estelita Bell (da Rede Globo), e Navarro de Andrade (da Rádio Globo). Novamente Telmo convida João Alberto Persson para cantar em um longa, dessa vez dando voz ao Príncipe Encantado. Aloysio fica com a parte musical e convida Cybele Freire do Quarteto em Cy, que gravava muito nos estúdios da Riosom pelo selo Elenco de Aloysio, para cantar pela Branca de Neve. O filme é lançado em 1 de Janeiro de 1966.

 

                        Pinóquio

 

Em 1966, mais um filme precisou ser redublado, agora Pinóquio. Com a confiança da Disney no trabalho de Telmo, tanto a tradução quanto a direção ficam a cargo do próprio. Luís Motta, Magalhães Graça, Selma Lopes, Castro Gonzaga, Orlando Drummond e Ênio Santos, atuantes na empresa, atuam no filme. Para as crianças (Pinóquio e Espoleta), Telmo vai até a Rádio Tupi e convida o jovem Carlos Alberto Mello. Já Milton Rangel Filho foi sugerido por seu pai o dublador Milton Rangel, que também trabalhava na empresa. O filme é lançado em Dezembro de 1966.

 

              Mogli, o Menino Lobo

 

Em 1969, chega Mogli, o Menino Lobo. O segundo filme inédito dublado na Riosom. Luís Motta, Magalhães Graça, Castro Gonzaga, Orlando Drummond, e Waldir Fiori eram atuantes na casa e fora escalados para o filme. Os convidaram foram: Alberto Perez (que atuava na Peri Filmes, que havia fechado recentemente, e na TV Tupi), José Manoel (não temos informações da onde veio, mas provavelmente veio ou do Rádio ou da Televisão), Roberto Maya (da TV Excelsior), Estelita Bell (da Rede Globo, novamente sendo chamada pra um longa Disney), Paulo Scarpallo (provavelmente veio do Rádio ou da Televisão, igual à José Manoel), e Mário Monjardim (que atuava na Herbert Richers e na CineCastro, além de também ser da Radio Nacional e da Rede Globo). A parte musical novamente fica com Aloysio de Oliveira, que escala o grupo MPB-4, acostumado já com os estúdios da Riosom, o cantor americano Booker Pittman, pai da cantora brasileira Eliana Pittman, e uma integrante do Quarteto em Cy que até hoje não sabemos seu nome. O filme é lançado nos cinemas em 8 de Julho de 1969.

 

                          Bambi

 

Também em 1969, é redublado outro clássico, Bambi. Houve um teste na ocasião e a jovem Glória Pires de apenas 5 anos, que havia acabado de entrar na televisão por meio da TV Excelsior, foi convidada, mas acabou não conseguindo dublar. Ela iria dublar Bambi. Não sabemos quem dublou o personagem nessa segunda e também perdida (como a primeira) dublagem de Bambi. Antonieta Matos que atuava na recém fechada Peri Filmes e na CineCastro, foi convidada para dublar o personagem Tambor quando criança. A parte musical mais uma vez ficou a cargo de Aloysio de Oliveira, que convidou o Coro de Roberto de Regina para interpretar as canções no longa.

 

Na ocasião da dublagem do filme, a embaixatriz da Disney, Shari Bescon, veio ao Brasil com dois atores vestidos de personagens de Mogli o Menino Lobo para ajudar a promover o filme que ia ser lançado em breve no país, e aproveitou e passou nos estúdio da Riosom para acompanhar a dublagem de Bambi, junto com Eugene Armstrong, representante da Disney que sempre estava presente durante as dublagens de longas-metragens. Bambi foi lançado em Dezembro de 1969.

 

Também por volta de 1969, é dublado para a televisão 2 curtas-metragens do Ursinho Puff na empresa: Puff e a Àrvore de Mel (1966), e Puff e o Dia Chuvoso (1968). Telmo também toma conta das dublagens, e Aloysio é o narrador dos curtas. Cleonir dos Santos, Luís Motta, Magalhães Graça, Ronaldo Magalhães e Selma Lopes que já trabalhavam na emissora, foram escalados pra dublar os curtas. O jovem José Manoel que dublou em Mogli, também é aproveitado nos curtas. Esses curtas mais tarde são lançados juntos com mais um outro curta chamado Puff e o Tigre Saltador dublado na Tecnisom por volta de 1975, como um longa-metragem chamado O Ursinho Guloso em 1977.

 

É importante destacar que muitos profissionais do Rádio e da Televisão que foram convidados para dublar nos longas Disney, entraram na dublagem por conta disso. Muitos acabaram percebendo que tinham queda para profissão, e agregaram mais uma vertente do trabalho de ator a suas carreiras. Outra coisa que é importante é que Telmo sempre convidava profissionais de primeira qualidade, mesmo que sendo obrigado a convidar profissionais para chamar gente para os cinemas. Uma outra coisa também que ocorria, é que Telmo criava um laço de confiança com os profissionais, e os convidava sempre para futuros longas, para os mesmos continuarem sendo garantia de sucesso como os atuais estavam sendo.

 

O longa Aristogatas chega ao Brasil em 1971. Na ocasião a Riosom já havia fechado suas portas, e por tanto o longa é enviado para outra empresa, a Somil.

 

Com os términos dos trabalhos da Elenco e dos curtas e longas Disney no ano de 1969, Aloysio se retira definitivamente do Brasil, indo para a gravadora Warner Music nos Estados Unidos, retornando 2 anos depois para trabalhar no longa Aristogatas na Somil, e só em 1972 que retorna definitivamente para o Brasil para trabalhar nas gravadoras Rca Victor e Som Livre, e também dar continuidade a seus trabalhos nos longas da Disney.

 

Curiosidades Sobre a Empresa

 

Em 1964 fez a masterização (a junção de todos os sons) do disco de Eumir Deodato e Os Catedráticos, chamado Tremendão, gravado na CBS Studios no Rio de Janeiro, com o selo Equipe.

 

No mesmo ano a Riosom fez a parte musical do filme Um Dia Qualquer, de Libero Luxardo, aonde Pixinguinha atua como regente da orquestra que da trilha ao filme.

 

Em 1965 houve um concurso internacional de violinistas em Paris, França, no qual o brasileiro Darcy Villa Verde Fonseca foi escolhido como um dos 5 maiores violinistas do mundo. Na ocasião para o concurso, o brasileiro precisava gravar 5 peças musicais clássicas, e os estúdios da Riosom foram escolhidos para essas gravações.

 

Outro fato curioso envolvendo a Riosom aconteceu em Novembro de 1967. A empresa sediou a assembléia geral de fundação da associação fonográfica brasileira dos produtores independentes. Na ocasião, abordaram sobre os direitos artísticos, conexos e autorais, além de falarem sobre a venda de discos no país que na ocasião tinha a estimativa de 4 milhões e meio de discos lançados por ano, o que os preocupava, pois na ocasião haviam 8 milhões de pessoas, e assim sendo ficava 1 disco para cada 18 pessoas, sendo esse o índice mais baixo do mundo. Também discutiram sobre a alíquota de impostos que o governo federal queria impor sobre produtos industrializados. Entre outros assuntos.

 

A primeira diretoria da assembléia ficou como presidente Stockler de Moraes, vice-presidente Afrânio Devely, 1º secretário Célia Santos, 1º tesoureiro o dono da Riosom, Pedro Kullock, e 2º tesoureiro Adel de Carvalho.

 

A Riosom também cedeu estúdio para a gravação de discos de outras gravadoras, entre elas Forma, Philips, Caravelle, MPS, entre outras.

 

Em 1970, foi um dos estúdios usados como laboratório para o filme nacional Na Boca da Noite.

 

Selo Hot (da Riosom)

 

 

Em 1968, foi a vez da própria Riosom criar um selo de gravação de discos, o Hot. O selo durou pouco mais de 1 ano, mas lançou discos de diversos artistas, entre eles Thereza Kury, Cauby Peixoto, Ladico, entre outros.

 

A parte técnica dos discos era cuidada primeiramente por Chico Feitosa, posteriormente por Luiz Mergulhão, e no final pelo Maestro João Negrão. Já os técnicos de som se manteve Manoel Cardoso, e em outras ocasiões, Roberto, Nelson, T. Oliveira, entre outros. As capas ficavam a cargo de Paulo Breves, Planifoto e Equipe Riversong, entre outros. As fotos ficavam a cargo de Marconi, entre outros. Já na chefia de relações públicas, Arnaldo Brício desenvolveu a função até 1969. E. Castro também foi técnico de som na empresa, mas não sabemos em qual selo da empresa ele atuou.

 

Os discos eram fabricados pela Cia. Industrial de Discos, que depois adotou o nome de CID Entertainment Ltda, e distribuídos pela Codil - Comercial de Discos Ltda.

 

Na época em que Luiz Mergulhão era produtor da Riosom, o próprio pediu à Silvio Santos para fazer propaganda do selo Hot em seus programa na TV Tupi. Por conta disso Silvio Santos ficou marcado na ocasião por sempre falar sobre o selo.

 

Chico Feitosa além de ter sido produtor na Riosom, era também compositor, no qual escreveu a música Trata-Se de Comunicação interpretada por Elza Soares, e Lero, Lero ao lado de Marcelo Silva, interpretada por Luís Carlos Ismail.

 

Com o final do selo Hot em 1969, a Riosom o vendou para outra gravadora. Posteriormente o selo lançou outros discos, como Júlio Baroso - Essa Tal de Gang 90 & Absurdettes em 1983, entre outros.

 

Célia Gonçalves em 1966, músicas de Ataúlfo Alves (?)

 

Big e Classic

 

A Riosom também teve outros 2 selos: O Big, e o Classic.

 

O selo Big cuidava da gravação de discos principalmente de trios e conjuntos musicais. Entre os lançamentos está Peter Tomas e Seu Conjunto, Os Abutres, entre outros. A parte técnica dos discos Big era produzido primeiramente por Luiz Mergulhão, e posteriormente por José DeLPhino da Elenco, entre outros. Já na parte técnica primeiramente tínhamos Jorge Cardoso e Joaquim Figueira, e posteriormente Umberto Contardi, entre outros. As capas eram feitas por Foto Mafra, e posteriormente por Cesar Vilela, entre outros.

 

Já o selo Classic, como o próprio nome já diz, era especializado discos aonde cantores, músicos e maestros interpretavam a música clássica. Chegou a lançar entre outros discos do Maestro Villa-Lobos. A parte técnica do selo Classic era comandada por Luiz Mergulhão que produzia os discos e as capas, e Manoel Cardoso que cuidava da parte da técnica de som.

 

Encerramento da Empresa

 

Com a criação e fortalecimento dos demais estúdios de dublagem, a inauguração de vários canais de televisão, e principalmente da Rede Globo que começa uma parceria sólida com a Herbert Richers no final dos anos de 1960, a Riosom não consegue se sustentar, e encerra suas atividades entre 1970/71, não mais do que isso.

 

Outro goLPe forte para a empresa foi o encerramento da gravadora Elenco em 1968, que fortaleceu financeiramente a empresa e a tornou conhecida. Percebemos que para a Riosom também não foi interessante continuar produzindo discos com o encerramento da Elenco, pois a gravadora parceira era quem atraia na maioria das vezes cantores para usarem o estúdio, e por conta disso termina sua produção musical 1 ano depois, em 1969.

 

Com o fechamento da empresa, a mesma é comprada pela empresa de dublagem Dublasom Guanabara, que na ocasião tinha estúdios também na Rua do Senado, aonde funcionava a Riosom.

 

Seus profissionais migraram para outras empresas como CineCastro, Dublasom Guanabara, Herbert Richers, e posteriormente Tecnisom e Peri Filmes.

 

Lista de Produções Dubladas na Riosom

 

A baixo a lista em ordem alfabética dos filmes, séries e desenhos dublados na Riosom.

 

Filmes:
 

       Paixões em Fúria


30 Segundos Sobre Tóquio
À Beira do Abismo
A Carta
A Condessa Descalça
A Ilha do Tesouro (1950 - 1ª Dublagem)
A Máscara de Dimitrios
A Paixão de Andy Hardy
A Patrulha da Madrugada
A Sétima Cruz
Alexandre, o Grande (1956)
Anjos de Cara Suja
Conflitos da Lama
Esse Mundo é Um Hospício
Fúria no Céu
Mar Verde
Mares da China
Mrs. Parkington, A Mulher Inspiração
O Cão dos Baskerville
O Grande Segredo
O Lobo do Mar
O Mar é Nosso Túmulo

O Retrato de Dorian Gray
Paixões Em Fúria
Passagem Para Marselha (1ª Dublagem)
Patrulha da Madrugada
Rio Vermelho (1ª Dublagem)
Trinta Segundos Sobre Tóquio (1ª Dublagem)
Tudo Isso e o Céu Também

Séries:
 

                Zorro


Daktari (1ª Dublagem)
Honey West
Jericó
Maya
O Rei dos Ladrões (1ª Temporada)
O Tenente (1963)
Zorro (2ª Dublagem)
Vingadores do Espaço

Desenhos:
 

        Capitão América


A Espada Era a Lei
As Maiores Histórias de Todos os Tempos
Asterix, o Gaulês
Bambi (2ª Dublagem)
Branca de Neve e Os Sete Anões (2ª Dublagem)
Capitão América (1ª Dublagem)
Clube Marvel
Homem Aranha (1ª Temporada)
Homem de Ferro (1ª Dublagem)
Mowgli – O Menino Lobo (1ª Dublagem)
Namor, o Príncipe Submarino
O Homem Elástico
O Gordo e o Magro
O Poderoso Hulk (1ª Dublagem)
O Poderoso Thor
Os Quatro Fantástico (1967 – 2 Episódios)
Pinóquio (2ª Dublagem)
Sinbar Jr.
Speed Racer (1ª Dublagem)
Super Heróis Marvel
Super Mouse
Super Robin Hood (1ª Dublagem)

 

*listas sujeitas a alterações.

 

Galeria de Dubladores

 

A baixo a galeria de todos os profissionais de dublagem que trabalharam na Riosom.

 

Alberto Perez / Alfredo Martins / Aliomar de Matos / Allan Lima / Aloysio de Oliveira / Amélia Simone / Antonieta Matos / Ayrton Cardoso / Booker Pittman / Carlos Alberto Mello / Carlos Marques / Castro Gonzaga / Carlos Alberto Mello / Celso Vasconcellos / Cleonir dos Santos / Domício Costa / Elza Martins / Ênio Santos / Estelita Bell / Gualter de França /Ida Gomes / Iomar de Barros / João Carlos Barroso / José Manoel / Lauro Fabiano / Léo Batista / Lourdes Mayer / Luiz Manoel / Luís Motta / Luiz Carlos de Moraes / Macedo Neto / Magalhães Graça / Maria Alice Barreto / Maria de Lourdes Scolari / Mário Lago / Mário Monjardim / Milton Luís / Milton Rangel / Milton Rangel Filho / Nair Amorim / Navarro de Andrade / Nelly Amaral / Newton da Matta / Neyda Rodrigues / Nilton Valério / Norka Smith / Orlando Drummond / Orlando Prado / Paulo Gonçalves / Paulo Pereira / Paulo Scarpallo / Reinaldo Gonzaga / Roberto Maya / Roberto Mendes / Ronaldo Magalhães / Selma Lopes / Silvio Matos / Sônia de Moraes / Waldir Fiori / Vitória Régia

 

*lista sujeita a alteração.

 

Lista de Discos Produzidos na Riosom

 

A baixo a lista de discos produzidos na Riosom por selos da casa e selos de outras gravadoras. As listas a baixo se tratam das mais completas já postadas na internet até o momento sobre os selos Hot, Big, Classic e Elenco.

 

 

- Selo Hot:

 

Os discos era catalogados como LPH e HLP, sendo o LPH usado até o 18º disco, e o HLP usado a partir do 19ª disco. Geralmente o nome LPH e o nome HLP na frente dos números vinham impressos no discos, e o nome HOT vinha impresso na capa na frente dos números daquela edição. As vezes o nome LPH e o nome HLP vinha impresso tanto no disco, quanto na capa. Também houve a catalogação HCD que não fazia parte do catálogo LPH/LHP, mas que também era lançado com o selo Hot.

 

(1968) (LPH-5001) Thereza Kury – Thereza no Sarau

(1968) (LPH-5002) Dilermando Pinheiro - Batuque na Palhinha

(1968) (LPH-5003) Leny Eversong e Cauby Peixoto - Um Drink Com Cauby e Leny

(1968) (LPH-5004) Os Melhores dos Festivais

(1968) (LPH-5005) Raul Caruso - Eu Serei Teu Cantor...

(1968) (LPH-5006) Brasas Seis - Som Quente

(1968) (LPH-5007) Sociedade Recreativa Bloco Carnavalesco Vai Se Quizer - Vai Se Quizer

(1968) (LPH-5008) ?

(1969) (LPH-5009) V.A. - Hot Carnaval 69

(1969) (LPH-5010) V.A. - Carnaval da Pilantragem

(1969) (LPH-5011) Zito Righi e Seu Conjunto ‎– Alucinolândia

(1969) (LPH-5012) Pereira e Parreirinha - Encontro Com Pereira e Parreirinha

(1969) (LPH-5013) Nelson Piló - Seu Violão e Sua Arte

(1969) (LPH-5014) ?

(1969) (LPH-5015) Conjunto Belsom - O Som Internacional do Belsom

(1969) (LPH-5016) Copa Vips - Samba Espetacular

(1969) (LPH-5017) Norato – Um Trombone Ao Sol

(1969) (LPH-5018) Various ‎– Macumba

(1969) (HLP-5019) Ladico - Ladico

(1969) (HLP-5020) ?

(1969) (HLP-5021) Modern Sound Six ‎– Modern Sound Six

 

Entre 1968 e 1969, o selo Hot lançou outros cantores no qual não conseguimos achar suas catalogações. Entre eles estão Gerson Moreira (com o disco Cidade Contra o Crime), Marcos César, Embaixador, Paulo Silvino (com o disco O Riso e a Lágrima), Rose Márcia, Fernando Antônio, Sérgio Luiz, Francineth, entre outros.

 

Outros lançamentos da Hot:

 

(1969) (HOT-125 CS) Marion Duarte - Preciso de Você Urgentemente

 

 

- Selo: Big

 

O selo Big era catalogado como RSLP, e lançava principalmente álbuns de trios e conjuntos musicais.
 

(1967) (RSLP-1001) Peter Thomas e Seu Conjunto - Por Dentro do Sucesso

(1967) (RSLP-1002) Esteban Montano e Fábio Torres - Cumbia & Merengue

(1968) (RSLP-1003) Trio Copacabana - Máscara Negra

(1968) (RSLP-1004) Peter Thomas & The Spirituals - Festinha Legal

(1968) (RSLP-1008) Peter Thomas e Seu Conjunto - Por Dentro do Sucesso Vol. 2
(1969) (RSLP-1010) Os Abutres - Os Abutres Atacam

 

 

- Selo Classic:

 

O selo Classic era catalogado como RSCL, e lançava cantores, músicos e maestros pertencentes a música clássica e orquestral.

 

(1968) (RSCL-4004) Emil Gilels - Beethoven

(1968) (RSCL-4005) Villa-Lobos - Sonatas, com Arnaldo Estrela (Violão) e Mariuccia Lacovino (Canto)

(1968) (RSCL-4006) Villa-Lobos - Prelúdios e Canções, com Jodacil Damaceno (Violão) e Ludna M. Biesek (Canto)

(1969) (RSCL-5007) Oscar Caceres - De Bach a Villa-Lobos

 

 

 - Selo Elenco

 

A gravadora Elenco é lançada no mercado em Outubro de 1963, por Aloysio de Oliveira, músico, cantor, dublador, narrador, ex-integrante do Bando da Lua que atuava junto com Carmen Miranda nos Estados Unidos, e ex-diretor da gravadora Odeon. Durante 6 anos de existência a gravadora lançou discos de diversos artistas conhecidos, e lançou muitos outros. Entre eles temos Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Nana Caymmi, Nara Leão, Maysa, Quarteto em Cy, Mpb-4, Cynara, Edu Lobo, Sylvia Telles, entre muitos outros. Durante os 6 anos de existência usou os estúdios da Riosom para suas gravações, e de vez em quando os estúdios da Rca. Também gravou muitos discos ao vivo, o que era algo diferente na época. A empresa fecha as portas em 1969, e o selo Elenco é comprado pela gravadora Philips, se transformando em Polygram em 1972, e lançando discos de diversos cantores como Tom Jobim, Cazuza, Sílvio Brito, Raul Seixas, Nara Leão e Caetano Veloso.

 

O selo teve vários tipos de coleções, entre elas a ME, CE, SE, CED, MEV e SRD-M.

 

Abaixo a coleção principal da Elenco, descrita pela sílaba ME, que se tratava dos lançamentos de álbuns.


(1963) (ME-1) Vinícius & Odette Lara ‎– Vinicius & Odette Lara
(1963) (ME-2) Lúcio Alves ‎– Balançamba
(1963) (ME-3) Roberto Menescal e Seu Conjunto ‎– A Bossa Nova de Roberto Menescal e Seu Conjunto
(1963) (ME-4) Baden Powell, Jimmy Pratt ‎– Baden Powell Swings With Jimmy Pratt
(1963) (ME-5) Sylvia Telles ‎– Bossa Balanço Balada
(1963) (ME-6) V.A. - Première
(1963) (ME-7) Sérgio Ricardo ‎– Um Sr. Talento
(1963) (ME-8) Maysa - Maysa
(1963) (ME-9) Antonio Carlos Jobim ‎– Antonio Carlos Jobim
(1964) (ME-10) Nara Leão - Nara
(1964) (ME-11) Baden Powell ‎- À Vontade
(1964) (ME-12) Lennie Dale e Bossa Três: Um Show de Bossa
(1964) (ME-13) Sylvia Telles, Lúcio Alves, Roberto Menescal e Seu Conjunto ‎– Bossa Session
(1964) (ME-14) Roberto Menescal e Seu Conjunto ‎– A Nova Bossa Nova de Roberto Menescal e Seu Conjunto
(1964) (ME-15) Dick Farney - Dick Farney
(1964) (ME-16) Rosinha de Valença - Apresentando Rosinha de Valença
(1964) (ME-17) Dorival Caymmi & Tom Jobim ‎– Caymmi Visita Tom e Leva Seus Filhos, Nana, Dori e Danilo
(1964) (ME-18) V.A. - Rio, Capital de Bossa Nova
(1964) (ME-19) Edu Lobo com Tamba Trio - A Música de Edu Lobo por Edu Lobo
(1964) (ME-20) Carlos Machado - Rio de 400 Janeiros
(1965) (ME-21) Lennie Dale e Sambalanço Trio: Lennie Dale e o Sambalanço Trio
(1965) (ME-22) Mario Reis - Ao Meu Rio
(1965) (ME-23) Vinicius / Caymmi Com o Quarteto Em Cy, e o Conjunto Oscar Castro Neves ‎– No Zum Zum
(1965) (ME-24) Ciro Monteiro ‎– De Vinicius e Baden Especialmente Para Ciro Monteiro
(1965) (ME-25) Nana Caymmi - Nana
(1966) (ME-26) Agostinho dos Santos - Agostinho dos Santos
(1966) (ME-27) Dick Farney - Piano e Orquestra Gaya
(1966) (ME-28) Carlos Lacerda - Trechos de Júlio Cesar de William Shakespeare
(1966) (ME-29) Billy Blanco - Músicas de Billy Blanco na Voz do Próprio
(1966) (ME-30) Baden Powell - Ao Vivo no Teatro Santa Rosa
(1966) (ME-31) Sylvia Telles, Edu Lobo, Trio Tamba, Quinteto Villa-Lobos - Reencontro
(1966) (ME-32) Mpb-4 - Mpb-4
(1966) (ME-33) Quarteto em Cy - Cy
(1966) (ME-34) Sérgio Pôrto, Aracy de Almeida, Billy Blanco - No Zum-Zum
(1966) (ME-35) Aracy de Almeida - Samba é Aracy de Almeida
(1967) (ME-36) Lennie Dale com o Trio 3-D - A 3ª Dimensão de Lennie Dale
(1967) (ME-37) Edu Lobo & Maria Bethania - Edu e Bethania
(1967) (ME-38) Odette Lara - Contrastes
(1967) (ME-39) Antonio Carlos Jobim, Astrud Gilberto, Baden Powell, Ciro Monteiro, Nara Leão, Quarteto Em Cy, Mário Reis, Edu Lobo, Rosinha de Valença, Sérgio Ricardo, Odette Lara, Dick Farney - Grande Parada Elenco 1
(1967) (ME-40) Antonio Carlos Jobim, Astrud Gilberto, Baden Powell, Ciro Monteiro, Nara Leão, Quarteto Em Cy, Mário Reis, Edu Lobo, Rosinha de Valença, Sérgio Ricardo, Odette Lara, Dick Farney - Grande Parada Elenco 2
(1967) (ME-41) Quarteto Em Cy - De Marré de Cy
(1967) (ME-42) Tamba Trio - Tamba Trio
(1967) (ME-43) Mpb-4 - Mpb-4
(1967) (ME-44) Grupo Manifesto - Manifesto Musical
(1967) (ME-45) Sidney Miller - Sidney Miller
(1967) (ME-46) V.A. - O Melhor de Samba
(1968) (ME-47) Quarteto Em Cy - Em Cy Maior
(1968) (ME-48) Baden Powell - O Som de Baden
(1968) (ME-49) Grupo Manifesto - No. 2
(1968) (ME-50) Mpb4 - Mpb4
(1968) (ME-51) Sidney Miller - Brasil, do Guarani ao Guarana
(1969) (ME-52) Mpb4 - Mpb4
(1969) (ME-53) ?
(1969) (ME-54) Egberto Gismonti - Incluindo o Sonho
(1969) (ME-55) Terra Trio - Terra a Vista
(1969) (ME-56) Cynara ‎– Pronta Pra Consumo
(1969) (ME-57) Baden - 27 Horas de Estúdio
(1970) (ME-58) Wilson das Neves ‎– Samba - Tropi
(1970) (ME-59) Formiga e Sua Orquestra ‎– Big Parada
(1970) (ME-60) Márcia - Márcia Vol. 3
(1970) (ME-61) Mpb-4 - Deixa Estar
(1970) (ME-62) José Briamonte - Briamonte Orchestra
(1970) (ME-63) Baden Powell e Os Cantores da Lapinha - As Músicas de Baden Powell e Paulo César Pinheiro
(1971) (ME-64) Mpb-4 - De Palavra... Em Palavra...

A coleção CE tratava-se de uma colação de Singles, ou Ep's como eram chamados na época. Cada disco vinha com apenas 2 músicas, sendo uma no Lado A e outra no Lado B.

(1964) (CE-1) Nara Leão ‎– Maria Moita / Diz Que Fui Por Aí
(1964) (CE-2) Sergio Ricardo - N/D
(1964) (CE-3) Lúcio Alves - N/D
(1964) (CE-4) Sylvia Telles - Vivo Sonhando
(1964) (CE-5) Vinicius de Moraes - Astronauta / Berimbau
(1964) (CE-6) Nara Leão ‎– Consolação / O Sol Nascerá
(1964) (CE-7) Dorival Caymmi - ...Das Rosas / Inútil Paisagem
(1964) (CE-8) Silvia Telles - Primavera / Definitivamente

(1963) (CE-9) Vinicius de Moraes - Samba da Benção / Deixa
(1964) (CE-10) Maysa - Fim de Noite / Por Causa de Você

(1964) (CE-11) Dick Farney Featuring Norma Bengell - Você / Fotografia

(1964) (CE-12) Cyro Monteiro - Formosa / Amei Tanto
(1964) (CE-13) Silvia Telles - Minha Namorada / Preciso Aprender a Ser Só
(1964) (CE-14) Edu Lobo & Tamba Trio - Arrastão / Reza
(1965) (CE-15) Lennie Dale e o Sambalanco Trio - Quem é Homem Não Chora

(1965) (CE-16) Mario Reis - Cadê Mimi / O Destino Deus é Quem Dá
(1965) (CE-17) Astrud Gilberto With Tom Jobim - Só Tinha de Ser Com Você / O Morro Não Tem Vez
(1965) (CE-18) Vinicius de Moraes & Quarteto Em Cy - Broto Maroto / Tem Dó De Mim
(1966) (CE-19) Agostinho dos Santos ‎– ... Das Rosas / Último Canto
(1966) (CE-20) Mpb-4 - Samba Lamento - São Salvador
(1966) (CE-21) Quarteto Em Cy - Pedro Pedreiro / Amaralina
(1966) (CE-22) Edu Lobo - Zambi / Estatuinha
(1966) (CE-23) Norma Bengell - Canto de Ossanha / Água de Beber
(1966) (CE-24) Odette Lara - Funeral de Lavrador / Sabe Você
(1966) (CE-25) Aracy de Almeida - Sabotagem no Morro / 3 Apitos
(1966) (CE-26) Quarteto Em Cy - Canto de Ossanha / Vamos Pranchar
(1966) (CE-27) Silvia Telles e Mário Telles - Canto de Paz / Não Quero Ver Você Triste
(1966) (CE-28) Mpb-4 - Olé Olá / Lamento
(1966) (CE-29) Nana Caymmi - Saveiros / Velho Pescador
(1966) (CE-30) Edú Lôbo ‎– Upa Neguinho / Pra Você Que Chora
(1966) (CE-31) Quarteto Em Cy ‎– A Banda / Morrer de Amor
(1966) (CE-32) Mpb-4 - É Preciso Perdoar
(1966) (CE-33) Quarteto Em Cy e Mpb-4 - Canção do Medo / Redenção

(196?) (CE-34) ?
(1967) (CE-35) Mpb-4 - Morena dos Olhos D'Água / Brincadeira de Angola

(1967) (CE-36) Quarteto Em Cy - Mundo Melhor / A Baiana e o Tabuleiro
(1967) (CE-37) Wilma Regina - N/D
(1967) (CE-38) Karandré - N/D

(1967) (CE-39) ?
(1967) (CE-40) Mpb-4 - Quem Te Viu Quem Te Vê / Malandro

(1967) (CE-40 à CE49) ?
(1967) (CE-50) Gutemberg Guarabyra e Grupo Manifesto - Margarida / Canção de Esperar Você
(1967) (CE-51) Quarteto Em Cy - Samba do Crioulo Doido / Rancho de Ano Novo
(1968) (CE-52) Vinicius de Moraes - Samba de Benção / Dia da Criação / Broto Maroto
(1968) (CE-53) Quarteto Em Cy - Samba do Carpinteiro / Minha Palhoça
(1968) (CE-54) Quarteto Em Cy - Retrato em Branco e Preto / Juliana
(1968) (CE-55) Grupo Manifesto - Garoto Paissandu / Pra Que Brigar
(1968) (CE-56) Mpb-4 - Quem Dera / Até Pensei
(1968) (CE-57) Grupo Manifesto - Bloco da Vida (Canta: Lucelena)
(1969) (CE-58) Mpb-4 - Onde é Que Você Estava? / O Nosso Amor
(1969) (CE-59) Cynara - Umas e Outras / Deus Vos Salve Esta Casa Santa

(1969) (CE-60) ?
(1969) (CE-61) Mpb-4 - Onde e Que Você Estava / Sentinela
(1969) (CE-62) Mpb-4 - N/D
(1970) (CE-63) Sergio Ricardo - Juliana do Amor Perdido / Mundo Velho
(1970) (CE-64) Mpb-4 - O Cafona / Eu Cheguei Lá
(1971) (CE-65) Chico Buarque - Minha História / Valsinha

 

A coleção CED se tratava de compactos com 4 músicas, sendo duas no lado A e 2 no lado B.

 

(1967) (CED-1) Lennie Dale e o Sambalaco Trio - Upa Neguinho

(1967) (CED-2) Quarteto Em Cy - Tem Mais Samba

(1967) (CED-3) Mpb-4 - Olé Olá

(1967) (CED-4) Edu Lobo¨& Maria Bethania - Upa Neguinho

(1967) (CED-5) Nara Leão - Marcha da 4ª Feira de Cinzas
(1967) (CED-6) Quarteto Em Cy - Samba da Lagoa
(1967) (CED-7) Mpb-4 - Nos Festivais da Música Popular
(1968) (CED-8) Quarteto Em Cy - Juliana
(1968) (CED-9) Quarteto Em Cy - Gente do Morro

(1968) (CED-10) ?

(1968) (CED-11) ?

(1968) (CED-12) Antônio Carlos Jobim - Garota de Ipanema (1ª Versão - Instrumental)
(1971) (CED-13) Mpb-4 - Mudei de Idéia

A coleção SE variava entre lançamentos de álbuns até coletâneas, no qual sempre eram lançadas por volta de 12 faixas.SE gravados nos estúdios C.D.B. em 1970.

(1968) (SE 1001) V.A. - Kaleidoscópio
(1968) (SE 1002) V.A. - Kaleidoscópio Nº 2

(1968) (SE-1003) Edu Lobo - Edu Canta Zumbi
(1968) (SE 1004) Quarteto Em Cy - Em Cy Maior
(1970) (SE 1005) Luiz Eça - Luiz Eça, Piano e Corda Vol. II (gravado na C.B.D - Companhia Brasileira de Discos)
(1970) (SE 1006) Edu Lobo - Cantiga de Longe
(1971) (SE 1007) Baden Powell - Estudos

(1968) (SE-1008/1009) Astor Piazzolla - Maria de Buenos Aires
(1977) (SE 1010) Rick Ferreira - Portal das Maravilhas
(1977) (SE 1011) Norma Bengell - Norma Canta Mulheres

 

A coleção SRD-M e SRD-S, se tratava de lançamentos de coletâneas de vários discos em 1 só box. Houve apenas 2 lançamentos dessa coleção, sendo o primeiro box com 10 discos e o som em mono, e o segundo o som estéreo da mesma coleção do primeiro box. Os box também trouxeram uma entrevista de Aloysio de Oliveira aos cantores que participaram da coletânea.


(1967) (SRD-M1/10) V.A. - Máximo da Bossa (Box Mono)

(1967) (SRD-S1/10) V.A. - Máximo da Bossa (Box Etéreo)

 

A coleção MEV se tratava de outra espécie de lançamentos de álbuns.

(1964) (MEV-1) Chris Connor - Chris Connor at the Village Gate
(1964) (MEV-2) Sergio Mendes Trio - Bossa Nova York
(1965) (MEV-3) Cannonball Adderley with Gil Evans and his Orchestra - Jazz Series
(1965) (MEV-4) Astrud Gilberto - The Astrud Gilberto Album
(1965) (MEV-5) Sylvia Telles - The Music of Mr. Jobim by Sylvia Telle
(1965) (MEV-6) Antônio Carlos Jobim & Nelson Riddle Orquestra - Antônio Carlos Jobim com Nelson Riddle Orquestra
(1965) (MEV-7) Dizzy Gillespie and Gil Fuller - Jazz Series
(1965) (MEV-8) Bud Shank, João Donato, Rosinha de Valença - Bud Shank, João Donato, Rosinha de Valença
(1966) (MEV-9) Roberto Menescal e Seu Conjunto - Surfboard
(1966) (MEV-10) Antônio Carlos Jobim - Tom Jobim Apresenta...
(1966) (MEV-11) Sylvia Telles - It Might As Well Be Spring
(1967) (MEV-12) Antônio Carlos Jobim & Sergio Mendes - Antônio Carlos Jobim & Sergio Mendes
 


- Selo: Forma

 

A gravadora forma foi criada em 1963 por Roberto Quartin. A empresa existiu até meados dos anos de 1970, e lançou alguns artistas conhecidos como Moacir Santos, Baden Powell, Vinicius de Moraes, entre outros. Posteriormente o selo se tornou da Universal Music. Nos estúdios da Riosom gravou no dia 28 de Maio e nos dias 24, 25 e 26 de Outubro de 1965 o álbum Som Definitivo do Quarteto Em Cy junto com o Tamba Trio. A supervisão ficou a cargo de Roberto Quartin, e os arranjos vocais a cargo de Luiz Eça.

(1966) Quarteto Em Cy / Tamba Trio ‎– Som Definitivo

- Selo: Phillips

 

 

A gravadora Philips se instala no Brasil em 1958 ao comprar a empresa CBD - Companhia Brasileira de Discos, que já era pioneira na época na fabricação de discos estereofônicos. O selo Philips só foi aparecer na década de 1960. Em 1969 compra o selo Elenco, e em 1972 o transforma em selo Polygram, lançando discos de diversos cantores conhecidos, entre eles Tom Jobim, Cazuza, Sílvio Brito, Raul Seixas, Nara Leão e Caetano Veloso. Na Riosom foi gravado algumas faixas do disco Samba, Eu Canto Assim, de Elis Regina em 1965, sendo as demais gravadas na CBD - Companhia Brasileira de Discos.


(1965) Elis Regina ‎- Samba, Eu Canto Assim (gravado na Riosom e na CBD - Companhia Brasileira de Discos)
 


- Selo: Riversong

 

A Riversong foi um selo que começou a existir no início da década de 1970, e funcionava na Rua do Senado, nº 178, 1º andar, aonde eram distribuídos e vendidos os discos. A gravadora lançou discos diversificados, Tribo Massáui de Embaixador, Seleção de Ouro, entre outros. Na Riosom foi gravado algumas faixas do disco Coral da Universidade de Gama Filho, lançado um tempo depois pelo selo Riversong, já que na ocasião do lançamento a Riosom já não existia mais, o que fez os produtores do disco procurarem por outro selo para o lançamento do disco.


(1972) Coral da Universidade de Gama Filho (gravado na Riosom e na Escola de Música da UFRJ em 1970)
 


- Selo: Caravelle
 

A gravadora Caravelle começou a funcionar no início dos anos de 1960. A empresa lançou discos de cantores como Paulo Sérgio, Marcília Cardoso, Maria José Vilar, Trio Boreal, entre outros. O disco Gênio da Batucada, de Jadir de Castro, foi lançado gravado em 1965 nos estúdios da Riosom.


(1965) Jadir de Castro ‎– Gênio da Batucada
 


- Selo:

 

A Gravadora MPS (Musik Production Schwarzwald) foi fundada pelo especialista em jazz, Joachim E. Berendt. O principal intuito de Joachim era promover o Jazz pela Europa, mas também estimulou cantores do gênero em outras partes do mundo, como no Brasil com cantores e bandas como Vg, Baden Powell, Egberto Gismonti e Ira Kris. A gravadora também era dona do antigo selo SABA, entre outros selos afiliados a BASF. Na Riosom foi gravado algumas faixas do álbum Tristeza On Guitar de Baden Powell, disco produzido por Joachim E. Berendt e Wadi Gebara Netto.

 (1966) Baden Powell ‎– Tristeza On Guitar (gravado na Riosom e no Studio Atonal Ltda.)
 

Fontes: Augusto Bisson, Luciano dos Santos Manganelli, Silvio Matos, Ricardo Salles Zardoz, Canal Marcelo R.S., Capoeira Angola - Ensaio Sócio-Emográfico, Waldeloir Rego, Soldados Que Vieram de Longe, Cds e LPs de Umbanda, Popsike.com, Mercado Livre, Cinemateca Paraense.Org, Jornal do Brasil, Diário de Notícias, Correio da Manhã, Discogs.com, Servenco.com.br, Wikipédia, Revista Trip de Abril de 2003, Toque Musicall.com, Festivales de Mpb.blogspot.com.br, Dicionario Mpb.com.br, Edison Machado.blogspot.com, Digitalk7.com, Elenco Recors.blogspot.com.br, 300 Discos.wordpress.com, Mara Records Data.com, Caetano En Detalle.blogspot.com.br, Mundão Mundo Doido.blogspot.com, Cd And LP.com, Gripsweat.com, Popsike.com, Collectors Frenzy.com, Supernut MaraRecords FanPage, Arquivos Tio Sam.blogspot.com.br, Parallel Realities Studio.wordpress.com, José Eduardo Gonçalves Magossi, Dicionário Mpb.com.br, Grande Otelo: Uma Biografia, Maysa dos Pobres.blogspot.com, Vinyl Maniac.com.br, Prefiro Vinil.com.br, Discos do Brasil.com.br, Jazz Seen.blogspot.com.br, Canal Luciano Hortencio, Tropicall.wordpress.com, Sanduiche Musical.blogspot.com.br, Valle Marcos.blogspot.com.br, Canal Zosblinha, Cinemateca.gov.br, O Livro do Boni, Sol1960, RetrôTV, Revista do Rádio, Uol, Video Buster.de, Canal Ya'Ya high-fi TV, Amazon.com, Hnna Barbaera Parte 2.blogspot.com.br, Mdcu-Comics.fr, Brasileiros.com.br.

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