segunda-feira, 24 de junho de 2019

Álvaro Aguiar


Arquivo de Som:

Xerife Aaron Whitaker (David Janssen) em A Noite do Lobo


Biografia:

Álvaro Aguiar foi um dublador Carioca.

Início

Álvaro Aguiar nasceu em 12 de maio de 1917 em Três Rios, Rio de Janeiro.

Nota da Revista A Scena Muda (1949)

Nascido em família de classe média-alta, com o pai como dono de bares e barbearias, Álvaro não teve muitas preocupações na infância, vivendo-a de forma plena.

Teatro em Três Rios
 
Escola Condessa do Rio Novo

Na pré-adolescência, foi inscrito no Grupo Escolar Condessa do Rio Novo, mas ele não se interessava muito. Um tempo depois, em uma festa do grupo, Álvaro aparece de casaca e cartola para cantar, mas o espetáculo de comédia que estava sendo apresentado nessa peça, sofreu uma baixa, e pediram para Álvaro substituir a integrante que faltava. Lhe vestiram com saia, avental, sapato de salto alto e uma bandeja, e ele tinha que entrar dizendo: "Patroa, aqui está o chá." Só que na hora que entrou em cena, tropeçou nos sapatos, e virou a bandeja na cabeça dos artistas, dizendo: "Cuidado, patroa! Olha o chá!" Seu início já começa envolvido pela comédia, fator esse que se repete outras vezes em sua vida, também momentos que se tornariam importantes em sua vida.

Teatro Viriato Corrêa (2012)

Aos 20 anos de idade, fundou uma companhia entre amigos, chamada Viriato Corrêa (posteriormente chamada de GATVC - Grupo de Amadores Teatrais Viriato Corrêa), em homenagem ao governador de mesmo nome que cedeu o espaço.

Viriato Corrêa

A primeira peça da companhia foi escrita pelo próprio Viriato, chamada Zuzu (1937), aonde Álvaro atuou ao lado de sua irmã Adde, e do autor da peça.

Com o desandar dos negócios de seu pai, Álvaro é orientado por seu pai a ir tentar a vida no Rio de Janeiro, dando-lhe uma quantia em dinheiro que o sustentaria por dois meses, tempo de encontrar emprego, mas gastou boa parte do dinheiro em bares pela cidade. Mas com a ajuda de seu pai, arranjou emprego de ferroviário na Central do Brasil. Com o tempo, seu salário foi ficando menor, e com isso foi tendo pequenos trabalhos, entre eles no escritório da empresa Hollerith, trabalhando até as 2 da manhã, e depois sendo enrolador de filmes no Cinema Metrópoles, na Av. Rio Branco.

Rádio Educadora

No rádio, começou a carreira em 1940, na Rádio Educadora, participando do Teatro de Amadores. Também atuou em novelas na emissora, como em: Uma Página Por Cortar (1941), entre outras.

Rádio Nacional


Alguns anos depois, em 1941, começou a atuar na Rádio Nacional, por frequentar assiduamente o programa Hora do Ensaio, de Barbosa Júnior no auditório da emissora. Um dia, faltou um inscrito, e Álvaro ofereceu-se para substituí-lo. O programa trazia competições de casais, e Álvaro fez par com uma moça, sendo treinado por Celso Guimarães rapidamente para sua aparição. Ganhou em primeiro lugar, recebendo 25 cruzeiros e uma dúzia de sabonetes. Ganhou tantas vezes esse programa, que vendia, e chegou até a fazer encomendas dos sabonetes que ganhava para seus amigos da Central do Brasil.

Rádio Tamoio

Por não conseguir ingressar de fato na Nacional, acaba ingressando na Rádio Tamoio, também em 1941.

Na emissora participou principalmente de peças de teatro, como no programa Teatro Policial PRB-7, em estórias, como: Mistério do Quarto 222 (1941), O Mistério do Cacau Envenenado (1941), A Bailarina Morta (1942), A Valsa Que Você Não Dançou (1943), entre outras, e em peças de teatro comum, como em: Como Nasceram As Obras Primas (1942), entre outras. 

Rádio Educadora

Em 1943, foi convidado pela secretária de Átila Nunes da Rádio Educadora, para participar da Hora da Peneira. Álvaro ficou feliz e surpreso, pois não esperava ser chamado, ainda mais sem ter feito teste algum. A secretária de Átila confundiu os Álvaros, levantando a ficha dos aprovados e calouros, e chamou o Álvaro Aguiar por engano. Átila aproveitou e testou Álvaro, pedindo-lhe que lesse um texto, e logo em seguida deu o papel de galã a ele na peça que se desenrolara em seu programa. E foi assim que retornou a sua primeira emissora.

Na emissora, participou de inúmeros trabalhos, entre eles no programa Trindades de Portugal (1943), que apresentava novelas. Entre as novelas que interpretou no programa, estão: Manuscrito Materno (1943), ao lado de Átila Nunes, entre outras. Participou também do programa Cisne Branco (1943).

Ficou na emissora por volta de dois à três meses.

Rádio Cruzeiro do Sul

Por volta de Março de 1943, já fazia parte do elenco da Rádio Cruzeiro do Sul.

Na emissora, participou de programas como Teatro Mistério (1943), e novelas como Por Quem Os Sinos Dobram (1943), entre outros.

Rádio Ministério da Educação

Em 1944, vai para a Rádio Ministério da Educação, aonde atua, entre outros em peças, como: Revolta (1944).

Rádio Tupi

Em 1944, entra para a Rádio Tupi, e larga a carreira ferroviária para se dedicar exclusivamente ao rádio.

Na época fazia na Rádio Tupi a novela A Família Borges, e como ganhava bem, não tinha mais necessidade de trabalhar na Central do Brasil. O problema é que o mundo estava em plena segunda guerra mundial, e sua saída seria encarada como deserção, e ele seria punido. Então foi conversar com o diretor da empresa, Alencastro Guimarães, futuro senador, que deu-lhe licença para trabalhar no rádio, tendo tempos depois saído oficialmente da empresa.

Além da novela A Família Borges (1944), também atuou em programas, como O Que Vai Pelo Mundo (1944), entre outros.

Esteve na emissora de meados de 1944 à Maio de 1945.

Rádio Globo

Em Maio 1945, Álvaro vai para a Rádio Globo, na qual fica dois anos.

Na emissora, atuou em novelas, como: Coração Partido (1945), O Imigrante (1945), e Os Filhos Mandam (1945).

Também atuou em peças, como: Santa Cecília (1945), Amizade (1945), As Duas Esposas (1945), e Ao Pé da Forca (1946).

No programa Cine Rádio Teatro, atuou em peças, como: Satan Janta Conosco (1945), e Irmãos Em Armas (1945).

Também participou do Grande Teatro da emissora, atuando nas peças: O Ciclone (1946), O Elefante (1946), A Inimiga (1946), Um Homem (1946), Santa Joana (1946), A Felicidade Pode Esperar (1946), O Portão de Ferro (1946), Sansão e Dalila (1946), entre outras.

Além das novelas e das peças, também atuou em programa humorístico, como Veneno de Eva (1945), e programas, como: Música Para Milhões (1945).

Sai da Rádio Globo por volta de 1947

Rádio Guanabara

Por conta de diversas peças que atuara em 1947 pela Companhia Os Artistas Unidos, se afasta do rádio, e só retorna no final de 1947, indo para a Rádio Guanabara.

Primeiramente, atua na emissora no programa Vidas Preciosas (1947), atuando em diversas estórias.

Também atua no programa: Serestas Brasileiras (1948), um programa de folclore nacional. Por conta de seu envolvimento no programa, passa, alguns meses depois a atuar no departamento de cultura da emissora.

Rádio Nacional

Ainda em 1948, assina contrato com a Rádio Nacional, estreando na mesma em 2 de Maio de 1948.

Um de seus primeiros programas foi As Aventuras do Anjo (1952), aonde Álvaro fazia o protagonista, e que depois escrevera e dirigira. Por se tornar famoso com o personagem, ficou conhecido como Anjo pelos colegas. Também dirigiu séries de histórias que ocorriam dentro da série. Esse foi o seu primeiro grande sucesso no rádio.

Em 1959, lança uma revista chamado Aventuras do Anjo, aonde conta histórias do personagem que até então interpretava há 11 anos.

Em séries, também participou de: O Sombra (1948), Sonata à Beira-Mar (1953), aonde também era ensaiador de elenco, Presídio de Mulheres (1956), Cidade Assassinada (1957), entre outras.

Também ficou conhecido na ocasião por seu personagem, o palhaço Angelito, na novela de Carlos Gutemberg, A Última Gargalhada, o personagem Jovino, na novela Também Há Flores no Céu (1950), e Padre Castilho em Noite Escura (1950), entre outros.

Entre seus maior trabalhos na emissora estão também as novelas, como: Onde a Terra Termina (1948), Uma Canção Dentro da Noite (1951), Covardia (1951), Os Homens do Vale Vermelho (1951), A Última Ilusão (1951), Em Nome do Amor (1952), História de Um Prisioneiro (1952), e Filhos Sem Nome (1952).

A partir de 1953, seu leque de novelas começa a aumentar. Nesse ano, atua em: Calvário de Mulher (1953), Sonata à Beira-Mar (1953-54), Se o Destino Permitir (1953), Azaléia Branca (1953), Calvário de Mulher (1953), Amores de Príncipe (1953), e Herança Maldita (1953-54).

Em 1954, participa das novelas: O Palacete Cinzento (1954), Noite de Chuva (1954), A Rebelde (1954), Gloriosa Traição (1954), Meu Castigo... E Meu Silêncio (1954), Quando As Mulheres Odeiam (1954), Martírio do Amor (1954), Também Há Lírios no Lodo (1954), Coração em Pânico (1954), Noite de Chuva (1954), A Filha Maldita (1954), e É Noite em Meu Coração (1954).

Em 1955, atua nas novelas: Num Recanto do Mundo (1955), Folhas Ao Vento (1955), Terra do Ódio (1955), Herança de Ódio (1955), Mariângela - A Que Não Via a Luz do Sol (1955), Um Amor e Sete Pecados (1955), A Última Esperança (1955), O Castelo Maldito (1955), e O Grande Segredo (1955).

Ainda nas atuações em novelas, temos em 1956 as produções: Uma Vida Estranha (1956), A Sombra Daquele Erro (1956), Mais Perto de Deus (1956), Uma Vida Estranha (1956), Meu Destino de Sombras (1956), Quando o Sol Se Esconde (1956), Perdão, Meu Filho (1956), Só Pelo Amor Vale a Vida (1956), Alma Errante das Ruas (1956), Só Pelo Amor Vale a Vida (1956), Meu Filho, Doutor (1956), e Noite Iluminada (1956);

Em 1957, temos as novelas: Vinte Anos de Solidão (1957), O Rosto e a Máscara (1957), O Culpado Sou Eu (1957), Vinte Anos de Solidão (1957), Perfídia (1957), e A Canção do Fugitivo (1957).

 
Álvaro Aguiar (1959)

E finalmente em 1959, suas últimas novelas na emissora; Alvorada (1959), e Maria Farrel (1959).

Álvaro também atuou em programa humorísticos na emissora. Entre eles, temos: Tancredo & Tancado (1948).

Outra de suas especialidades era a direção de novelas. Começa a desempenhar esse papel em 1952. Entre elas, temos: Entre o Céu e a Terra (1952), Em Nome do Amor (1952), e História de Um Prisioneiro (1952).

No ano seguinte, seu leque de direções aumenta, aonde dirige: Ouro Branco (1953), O Grande Amor de Adriana (1953), Azaléia Branca (1953), Amores de Príncipe (1953), Herança Maldita (1953-54), e Sonata à Beira-Mar (1953-54).

Em 1954, temos as direções de: Gloriosa Traição (1954), Venderam Uma Mulher (1954), O Caminho do Abismo (1954), Meu Castigo... E o Silêncio (1954), Uma Sombra Entre Os Dois (1954), Coração em Pânico (1954), O Mistério do Palacete Cinzento (1954), Noite de Chuva (1954), A Filha Maldita (1954), e É Noite em Meu Coração (1954).

Em 1955, dirige as novelas: Os Olhos de Teresa (1955), Num Recanto do Mundo (1955), Terra do Ódio (1955), Um Corpo no Espelho (1955), O Sublime Segredo (1955), e Um Amor e Sete Pecados (1955).

Em 1956, dirige: Mocinha (1956), Mais Perto de Deus (1956), Quando o Sol Se Esconde (1956), Perdão, Meu Filho (1956), A Garimpeiro (1956), Amor de Perdição (1956), Alma Errante (1956), Só Pelo Amor Vale a Vida (1956-57), Alma Errante das Ruas (1956), Um Drama nas Campinas (1956), Noite Iluminada (1956).

Ainda em direções de novelas, temos: O Culpado Sou Eu (1957), O Destino Não Tem Fronteiras (1957), O Vale dos Desenganados (1957), Os Três Cravos Vermelhos (1957), e Cara de Fogo (1957).

E finalmente sua última direção: Aventuras em Marrocos (1959).

Em programa, atuou em diversos. Entre eles, temos: Tribunal dos Calouros (1953), O Rio é do Barulho (1954), Viva a Marinha (1954), Revista Williams (1957), no qual apresentava, Não Há Problema Sem Solução (1957), ao lado de Isis de Oliveira, entre outros.

Oranice Franco e Álvaro Aguiar conversando sobre o programa (1955)

Apesar de ter atuado em vários programas, a atração que lhe tornou conhecido, foi o programa infantil: Histórias do Tio Janjão. O programa estreou em 7 de Janeiro de 1953. O nome do programa foi criado pela rádioatriz Isis de Oliveira para Oranice Franco, o criador da atração.

Disco do Tio Janjão lançado (1956)

O programa consistia na leitura e interpretação das histórias, leitura essa feita por Álvaro, acompanhado do elenco da emissora, entre eles os comediantes, que tinham facilidade de mudança de voz, e assim interpretando da melhor forma crianças, animais e outros personagens do universo das histórias infantis. O programa foi ao ar até 1956, retornando um tempo depois.

Em 1959, a produção já havia batido o record do rádio brasileiro em número de scripts, sendo 2000 no total. Com o sucesso do programa, Álvaro lança um disco em 1956 com algumas das historinhas que contava na atração.

Álvaro também atua na emissora como novelista, estreando em 9 de Maio de 1955, com a novela: Razões do Coração (1955). Também escreve a novela: A Última Esperança (1955).

Além das novelas e programas, também atuava na peças feitas na emissora, como no Grande Teatro de Mistério, em peças, como: Noite de Reis (1955), no Grande Teatro de Millus, nas peças: Vida e Morte (1955), Sétimo Céu (1955), Está Lá Fora Um Inspetor (1955), O Processo de Mary Dugan (1956), Assim é... Se Lhe Parece (1956), A Morte Civil (1956), entre outras, e no Grande Teatro, em peças, como: A Casa de Pedra (1957), A Intrusa (1957); entre outros.

Edmundo, Black-Out, Álvaro Aguiar, Nélio Pinheiro e outro jogador jogando no time de Futebol da Rádio Nacional (1950)

Na década de 1950, era comum empresas montarem times de futebol para lazer aos finais de semana, e a Rádio Nacional não era diferente. O time de futebol da emissora, comandado William Fassal, trazia muitos de seus astros para o campo, em campeonatos com outras rádios. Álvaro esteve algumas vezes nesses campeonatos.

Permaneceu na emissora até por volta de 1964/65.

Excursões

Álvaro também ficou muito marcado pelas viagens que fazia pelo Brasil em suas férias, se apresentando em teatros e TV's pelo país, para se aproximar mais de seus ouvintes. Começou essa prática em 1950, tendo viajado no início com diversos atores e atrizes, entre eles Henriqueta Brieba e Altivo Diniz, e até Daisy Lúcidi. Passou por estados como São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Goiás, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Amazonas, Bahia, e muitos outros

Chegou a trabalhar alguns meses na Rádio Inconfidência Mineira, em Belo Horizonte em 1951, ao lado de Henriqueta Brieba e Altivo Diniz, e logo em seguida retorna à Nacional.

Em final de 1952, o mesmo grupo, mais a acordeonista Eliane Martins, excursaram por São Paulo, Paraná e Santa Catarina.

Em 1953, foram para Guaçui, no Espírito Santo, Carangola e Manhumirim, em Minas Gerais, e Tombos, Porciúncula, Natividade e Patrocínio de Muriaé, no Rio de Janeiro.

Cinema

 
Vanda Lacerda, Mary Gonçalves, Mário Brasini e Álvaro Aguiar em Vidas Solitárias (1945)

Em 1945, estréia em seu primeiro longa-metragem, Vidas Solitárias (1945), convidado por Mário Brasini, com direção de Moacyr Fenelon na Atlântida. Atua em outros longas da empresa, como: Asas do Brasil (1947), O Homem Que Passa (1949) Dominó Negro (1949), O Noivo de Minha Mulher (1950), A Inconveniência de Ser Esposa (1950), e Bruma da Vida (1952).

Paulo Porto, Mary Gonçalves, Lourdinha Bittencourt e Álvaro Aguiar em Asas do Brasil (1947)

Em 1961, estreou no filme Teus Olhos Castanhos (1961). Pela Herbert Richers, realiza dois filmes: Os Cosmonautas (1962), e O Assalto Ao Trem Pagador (1962).

Álvaro Aguiar e Maria Cristina em O Noivo de Minha Mulher (1950)

No ano seguinte atua em: Crime no Sacopã (1963), e Três Cabras de Lampião (1963). Pela Condor Filmes, atuou nos filmes: Samba (1965), e El Justicero (1967).

Posteriormente atua em: Terra em Transe (1967), As Três Mulheres de Casanova (1968), Tempo de Violência (1969), e Em Família (1971). No mesmo ano, atua na produção da Rede Globo para a TV: Meus Filhos (1971).

Pela Sincro Filmes, atua no filme: A Viúva Virgem (1972). Posteriormente atua nos filmes: A Estrela Sobe (1974), Lucíola, o Anjo Pecador (1975), e O Cortiço (1978).

Teatro no Rio

No Teatro, a primeira companhia de que fez parte foi a Companhia Bibi Ferreira, atuando na peça Os Amores de Sinhazinha (1946), ensaiada por Meme, ao lado de Irena Isis, Ivan Neves, Pérola Negra, Branca Mauá, Nuripê Bittencourt, Ilidio Costa, Alexandre Carlo, Danilo Ramires, Dary Reis, e Graça Melo, no Teatro Fênix.

 

No mesmo ano, é convidado por Henriette Morineau para ingressar em sua companhia, a Companhia Os Artistas Unidos, aonde atua nas peças

 

Frenesi (1946), ao lado de Maria Castro, Flora May, Luiza Barreto Leite, Cléa Suzana, Dary Reis, Maria Luiza, e David Fink, no Teatro Regina.

 

Mademoiselle (1947), ao lado de Henriette Morineau, Manuel Pêra, Luiza B. Leite, Flora May, Dary Reis, Cleia Suzana, José Lemos, e Maria Luiza, no Teatro Regina.

 

O Pecado Original (1947), Henriette Morineau, Manuel Pêra, Luiza B. Leite, Luiz Titto, Flora May, Sadi Cabral, e Dary Reis, no Teatro Regina.

 

Frenesi (1947), nova montagem, ao lado de Maria Fernanda, Flora May, Henriette Morineau, Maria Castro, Luiza Leite, e Dary Reis, no Teatro Regina.

 

Elizabeth de Inglaterra (1947), ao lado de Carlos Medina, Luiz Titto, Sadi Cabral, Henriette Morineau, Dary Reis, e Flora May, no Teatro Regina.

 

Em 1947, também fez temporada em São Paulo, no Teatro Santana, com as peças Mademoiselle (1947), O Pecado Original (1947), Frenesi (1947), Elizabeth de Inglaterra (1947), ao lado de Henriette Morineau, Luiz Titto, Flora May, Manuel Pêra, Sadi Cabral, Luiza B. Leite, e Dary Reis.

 

E, Duas Mulheres (1947), ao lado de Henriette Morineau, Flora May, Manuel Pêra, Luiz Titto, Dary Reis, e Luiz Barreto Leite, no Teatro Regina, no Rio de Janeiro, e Teatro Santana, em São Paulo.


Álvaro Aguiar como Caifás em A Força do Perdão (1956)

Ao entrar em 1948 na Rádio Nacional, deixa o teatro, retornando apenas em 1956, justamente com colegas do rádio, na encenação de A Força do Perdão (1956), de Castro Viana, com a Companhia Os Nacionalistas, contando a história dos últimos dias de Jesus Cristo, ao lado de Mafra Junior, Castro Gonzaga, Cahuê Filho, Domício Costa, Isis de Oliveira, Roberto Faissal, Mário Lago e grande elenco, no Teatro Glória. Álvaro interpreta Caifás.

 

Em 1960, esteve na Companhia Eva e Seus Artistas, na peça O Amor em Hi-Fi (1960), ao lado de Íris Bruzzi, Sérgio de Oliveira, Vera Nunes, e Vera Regina, no Teatro Ginástico.

 

No mesmo ano, entra para a Companhia Studio A, aonde atua nas peças, Conheça Seu Homem (1960), ao lado de Vera Nunes, Dulce Martins, Sérgio de Oliveira, e Vera Regina, no Teatro Dulcina.

 

Blum (1960), ao lado de Ângela Bonatti, Anilza Leoni, Conchita de Moraes, Francisco Dantas, Rodolfo Mayer, Vera Nunes, e outros, no Teatro Dulcina.

 

Obrigada, Pelo Amor de Vocês (1961), ao lado de Rodolfo Mayer, Daisy Lúcidi, no Teatro Dulcina.

 

Casar ou Experimentar (1961), ao lado de Rildo Gonçalves, Ângela Bonatti, Irisi Bruzzi, e Gracinda Freire, no Teatro Dulcina.

 

E, Período de Ajustamento (1962), ao lado de André Villon, Ângela Bonatti, Ribeiro Fortes, Lourdes Mayer, Cecy Medina, e Yara Jati, no Teatro Mesbla.

 

Em 1962, ingressa na Companhia Nicette Bruno - Paulo Goulart, atuando na peça: Zefa Entre Os Homens (1962-63), com Nicette Bruno, Mário Brasini, Hamilton Ferreira, e Paulo Goulart.

 

No ano seguinte surge o convite para ingressar a Companhia Dulcina-Odilon, atuando na peça Os Sábios Se Divertem (1963), ao lado de Dulcina de Moraes, Odilon Azevedo, Magalhães Graça, e Ângela Bonatti.


Maria Cristina, Álvaro Aguiar e Elenco em Música, Divina Música (1966)

Em 1965, retorna ao teatro e à Companhia Eva e Seus Artistas, de Eva Todor, com a peça infantil Música, Divina Música (1965-66), ao lado de Maria Cristina, Renato Consorte, Norma Suely, Ana Maria Nabuco, Maria Henriques, Ari Fontoura, entre outros, além das crianças, como Lina Rossana, e outras, no Teatro Carlos Gomes.

 

Seguida de, A Moral do Adultério (1967), ao lado de Eva Todor, Ribeiro Fortes, Denair Machado, e Paulo Navarro, excursionando pelo Norte e Nordeste do Brasil.

 

Também excursiona pelo Brasil em 1968 com as peças Música, Divina Música, e A Moral do Adultério,  passando pelas cidades de Porto Alegre, São Paulo, Belo Horizonte, e outras.

 

Senhora na Boca do Lixo (1968), com Eva Todor, Lúcia Delor, Suzy Arruda, Alberto Perez, Elza Gomes, Ivone Hoffmann, Carlos Eduardo Dolabella, e outros, no Teatro Glaucio Gill.

 

E, A Moral do Adultério (1969), com Ribeiro Fortes, Suzy Arruda, e Paulo Navarro, no Teatro Gláucio Gill

 

Em 1970, volta ao teatro, e novamente com uma peça infantil, agora com Pop, a Garota Leal (1970), ao lado de Valentina Godoy, e Lígia Diniz, no Teatro Poeira.


Shows

Em 1959, participava continuamente do show Johnnie Walker Show, promovido pelo jornal Diário de Notícias, ao lado de Gerdal dos Santos, e outros, em vários clubes do Rio de Janeiro.

Em 1966, chegou a fazer um show de humor intitulado Na Hora, na casa de shows Bottle's, ao lado do comediante da TV Rio, Gastão Renê, e os cantores Marcos Moran, e Luiza Maura. O show ficou poucas semanas em cartaz.

TV Rio

Na TV, uma de suas primeiras participações foi no Grande Teatro Ornlex, que era dirigido por Floriano Faissal, e tinha como elenco, atores e atrizes da Rádio Nacional. Uma das peças que atuou no programa, foi: Do Mundo Nada Se Leva (1956).

TV Tupi

Na TV Tupi participou de alguns programas em 1957. Em 1958, participa do programa de Jaci Campos, Câmera Um (1958), ao lado de Carlos Duval, Roberto Duval, Araci Cardoso, Alberto Perez, Iara Cortez, Daniel Filho, Norma de Andrade e outros, interpretando suas passagens mais marcantes nas peças dirigidas por Jaci no canal, aonde atuou anteriormente.

Um de seus filhos também fez televisão, estreando em 1957 na peça A História dos Ovinhos (1957).

TV Rio

Retorna a TV Rio, agora atuando em programas teatrais exclusivos da casa, como do Teatro Walita, em peças como: O Assalto (1958), A Caixinha de Música (1958), e Casar Ou experimentar (1961).

Volta também a atuar no Grande Teatro Ornlex, nas peças: A Sereia Louca (1958), e Os Grandes Culpados (1958).

Em 1959, começa a atuar em peças de teatro no programa Stúdio A, como: A Hora Final (1959), ao lado de Mário Lago, Waldir Fiori, Antônio Patiño, Edmundo Maia, Neyda Rodrigues, Edson Silva e Ariel Dantas, A Pele de Onagro (1960), de Balzac, adaptado por Moisés Veltman, ao lado de Mário Lago, Castro Gonzaga, Edmundo Maia, Antônio Patiño, Domingos Martins, entre outros, A Gramática(1960), ao lado de Cláudio Corrêa e Castro e Dulce Martins, Eva Tudor, Antônio Patiño, entre outros, e A Cinderela (1960), ao lado de Eva Tudor, Elza Gomes, Dulce Martins, Antônio Patiño, entre outros.

TV Tupi
Por conta do teatro, se afasta da televisão, retornando as telinhas em 1963 pela TV Tupi no programa Grande Teatro, em peças, como: The Good Mary (1963).

TV Rio
 
Nota da Revista do Rádio (1964)

Em 1964, é contratado pela TV Rio. Já havia atuado na emissora, mas nunca com um contrato. Alvaro é contratado junto com Neide Pavani, Sônia de Moraes e Darci de Souza.

Entre os trabalhos que realizou na emissora, estão as novelas: O Porto dos Sete Destinos (1965), ao lado de Isaac Bardavid, Ana Ariel, Paulo Gracindo, Henrique Martins, Teresa Amayo, e Roberto Maya, A Noiva do Passado (1966), ao lado de Glauce Rocha, Nicete Bruno, Ida Gomes, Elza Gomes, Ana Ariel, Paulo Gracindo, Older Cazarré, e grande elenco, e Perdão Para Maria (1966).

No mesmo ano que estreou na emissora, pouco tempo depois ingressa também na emissora, Dercy Gonçalves, vinda da TV Excelsior de São Paulo. Dercy estréia em um teleteatro ao lado de Álvaro, e de Laura Suarez, Oscar Felipe, Araci Cardoso, entre outros.

Também em 1966, Álvaro assume a direção de diálogos da TV Rio, uma espécie de diretor geral da emissora, que fica responsável em analisar e aceitar o que vai ou não pro ar.

TV Globo

 
Álvaro Aguiar e Neuza Amaral em Véu de Noiva (1969)

Ainda em 1967, começa a ser escrita uma outra página na carreira de Álvaro, sua história na Rede Globo. Estréia na novela A Sombra de Rebeca (1967), inspirada na ópera Madame Butterfly, de Giacomo Puccini e no romance Rebecca, de Daphne du Maurier, atuando ao lado de Neuza Maria, Carlos Alberto, Yoná Magalhães, Mário Lago, Norma Bengell, Ênio Santos, Luís Orione e grande elenco.

Álvaro Aguiar, Maria Luiza Castelli, Marcos Paulo e Tônia Carrero em Pigmalião 70 (1970)

Atuou em diversas outras novelas na emissora, como: Demian, O Justiceiro (1968), Véu de Noiva (1969), Assim na Terra Como no Céu (1970), Pigmalião 70 (1970), A Próxima Atração (1970), O Cafona (1971), Selva de Pedra (1972), Bem Amado estreou (1973), O Grito (1975), Água Viva (1980), Guerra dos Sexos (1983),

Também atuou em seriados da casa, com em Caso Verdade, no episódio: Feliz na Ilusão (1974), com direção de Fábio Sabag, antigo produtor na TV Tupi do Rio. Cada episódio do seriado tinha em média 1 hora de duração, o que era equivalente a um longa-metragem.

Em 1983, a Rede Globo fez uma homenagem aos 60 anos do rádio no Brasil no programa Globo Repórter, chamado Alô, Alô, Brasil - 60 Anos de Rádio (1983), no qual entre outros Álvaro foi chamado, ao lado de Osvaldo Elias e Domício Costa, para reconstruir na própria Rádio Nacional o programa As Aventuras do Anjo, um dos grandes sucessos de audiência da emissora, que ficou mais de 12 anos ininterruptos no ar.

Chico Anyzio e Álvaro Aguiar em Azambuja & Cia (1975)

Álvaro também trabalhou em muitos programas humorísticos na casa. Entre eles: Azambuja & Cia (1975), ao lado de Chico Anyzio e grande elenco, Faça Humor, Não Faça Guerra (1970-73), Satiricom (1973-75), e Planeta dos Homens (1980), e Balança Mais Não Cai (1982), criado por Max Nunes e Paulo Gracindo ainda na época da Rádio Nacional.

Lúcio Mauro, Marcos Plonka, Álvaro Aguiar, Jomeri Pozzoli, Roberto Guilherme e Alfredo Murphy em Balança Mas Não Cai (1982)

Nesses programas, trabalhou com diversos comediantes e atores. Entre eles Chico Anyzio, Jô Soares, José Vasconcellos, Renato Corte Real, Paulo Silvino, Brandão Filho, Lúcio Mauro, Roberto Faissal, Costinha, Tutuca, Zezé Macedo, Ferrugem, Marcos Plonka, José Santa Cruz, Nizo Neto, Lug de Paula, Arnaud Rodrigues, Orival Pessini, entre muitos outros.

Prêmios

Em 1959, ganha o título de Cidadão Carioca. Também em 1959, no final do ano, ganha o prêmio de melhor rádioator do país, ao lado de Ida Gomes, que ganhou o prêmio de melhor rádioatriz do país. O prêmio é realizado pela Revista do Rádio. Em 1967, também recebe um premio pela Revista de Rádio.

Homenagem
 
Capa do Filme O Escorpião Escarlate (1990)

Em 1990, estreou o filme de Ivan Cardoso, O Escorpião Escarlate - Uma Aventura do Anjo, filme em homenagem ao personagem Anjo, interpretado originalmente por Álvaro Aguiar no programa As Aventuras do Anjo na Rádio Nacional. No filme, Herson Capri interpreta o papel de Álvaro e Anjo. Ao lado dele estão Andréa Beltrão, Nuno Leal Maia, Monique Evans, Susana Matos, Cláudio Mamberti, Ivon Cury, Zezé Macedo, Wilson Grey, Ankito, Consuelo Leandro, Leo Jaime, entre outros.

Outra curiosidade do filme é a questão de alguns personagens serem dublados, para dar um ar de filme americano, do qual também as rádionovelas se inspiravam, e automaticamente muitos dos que dublavam também vieram do rádio, tornando a coisa bem original. Entre os dubladores, estão Nair Amorim, Pietro Mário, Rodney Gomes, Silvio Navas, Leonardo José, Alfredo Martins, Isaac Bardavid, entre outros. Dublagem essa que muito provavelmente foi feita na Herbert Richers.

Outra curiosidade a respeito do filme é que, em 1988, quando o filme começou a ser rodado (mais precisamente em Julho), o ator convidado para o papel de Álvaro / Anjo tinha sido José Wilker, que acabou sendo trocado. Na ocasião o diretor do filme, Ivan Cardoso, cogitava uma participação de Álvaro no longa, mas não sei se isso foi cancelado, ou foi devido ao falecimento de Álvaro no final do mesmo ano. A real é que Álvaro deve ter ficado sabendo que um filme homenageando seu personagem estava sendo feito. Uma pena que não pudera ter visto o mesmo pronto.

Curiosidades

Na década de 1940, tinha fama um jornalista chamado Álvaro de Aguiar, e nas décadas de 1940, 1950 e 1960 era muito conhecido um doutor que foi presidente da instituição de pediatria na ocasião, chamado Álvaro Aguiar. Em 1957, o doutor Álvaro chegou a comentar com o colunista do jornal A Noite, Nestor de Holanda, que recebia telefonemas de fãs do rádioator Álvaro, que o confundiam com o mesmo.

Vida Pessoal
 
Álvaro, Esposa e Filhos em 1953

Em 1939, quando conheceu sua futura esposa, Helena, aconteceu um episódio engraçado. Álvaro namorava com uma menina grudenta, e ele não aguentava mais esse tipo de relacionamento. Um belo dia, ambos foram em uma festa, e Álvaro fez sinal do outro lado do salão para ela, mostrando que iria tirá-la pra dançar. Quando chegou lá, tirou outra mulher do lado dela pra dançar, fazendo sua namorada nunca mais falar com ele. Essa moça que ele tirou pra dançar era Helena, que viria a ser sua futura esposa anos depois.

Álvaro e Seus Filhos (1953)

Em 12 de Maio de 1943, casa-se com Helena, e no final da década de 1940, nascem seus dois únicos filhos. Álvaro Aguiar Junior, Eduardo Aguiar (1950).

Dona Marcelina, avó de Álvaro, e Álvaro Aguiar em 1956

No mesmo ano (1956) foi notícia na Revista do Rádio, sua avó, dona Marcelina Alves Chaves, que completara 100 anos de idade, e Álvaro e a família foram comemorar seu aniversário. Na época era muito difícil alguém chegar a essa idade, por isso a foto de Álvaro com sua avó acabou ilustrando uma página na revista, foto essa intitulada de A Foto da Semana.

Dublagem

Na dublagem, Álvaro entrou por volta de final dos anos de 1950, na Herbert Richers. Nos anos seguintes, atuou em praticamente todos os estúdios de dublagem, como Dublasom Guanabara, TV Cinesom, CineCastro, Telecine, Combate, entre outros.

Na década de 1960, um dos estúdios aonde teve maior atuação foi na Dublasom Guanabara, principalmente em seu auge. O estúdio dublava boa parte dos longas-metragens pra TV, e foi nesse seguimento que Álvaro mais se destacou. Entre os personagens que fez, estão Fergusson interpretado por Cedric Hardwicke em Cinco Semanas Num Balão, George Pratt interpretado por Stewart Granger em Fuga no Alasca, entre outros.

Vic Morrow em Combate

Com a chegada da TV Cinesom, e a parceria do estúdio com distribuidoras que tinham como produto mais famoso as séries. Álvaro se destaca em uma delas, a série Combate, fazendo o ator principal, Vic Morrow, interpretando o Sargento Saunders, entre outros. A série posteriormente vai para a CineCastro, no qual a empresa conserva sua voz no personagem principal.

No final dos anos de 1960, início dos anos de 1970, Álvaro começa a atuar mais fortemente na CineCastro, tanto como ator quanto narrador em alguns longas-metranges. Entre os filmes que dublou, estão George Pratt interpretado por Stewart Granger em Fuga no Alasca, Roland Hesketh-Baggott, e Gerente da Agência de Emprego em Londres interpretados por Noel Coward em A Volta Ao Mundo em 80 Dias, entre outros. Além das últimas temporadas de Combate, também substituiu Gualter de França no personagem Fred Mertz interpretado por William Frawley na primeira dublagem de I Love Lucy, entre outros.

Nos anos de 1970, também dubla na Tecnisom, personagens como Waldemar Fitzurse interpretado por Basil Sydney em Ivanhoe, entre outros.

Mel Ferrer em Os Cavaleiros da Távola Redonda

Com o fim da CineCastro em 1974, Álvaro começa a atuar quase que única e exclusivamente na Herbert Richers, na qual segue por muitos anos dublando. Entre suas dublagens na emissora, está o ator Mel Ferrer nas primeiras dublagens de Scaramouche e Os Cavaleiros da Távola Redonda, Xerife Aaron Whitaker interpretado por David Janssen em A Noite do Lobo, Dick Ennis interpretado por Robert Mitchum em A Batalha de Anzio, Tenente Comandante Pagnolini interpretado por Michael Conrad em O Triângulo do Diabo, Milo Tindle interpretado por Michael Caine na primeira dublagem de Jogo Mortal, além de Matt Helm interpretado por Tony Franciosa na série de mesmo nome, entre outros.

Em meados dos anos de 1970, também ingressou na Telecine, aonde fez alguns trabalhos, como Jean-Pierre Sarti interpretado por Yves Montand na segunda dublagem de Grand Prix (1966), entre outros.

Com a greve de dubladores em 1977, Álvaro se organiza junto com os dubladores que criaram a cooperativa Combate, que usava alguns estúdios para realizarem suas dublagens, entre eles a Peri Filmes e a Tecnisom. Nessa cooperativa dubla entre outros o Comandante Andy Crewson interpretado por Cary Grant em O Beijo da Despedida.

Apesar de ter trabalhado em quase todas as empresas da época, ter dublado diversos filmes e fixos em séries, Álvaro não era tão constante como outros de seus colegas, já que tinha um trabalho intenso na Rede Globo, aonde participou de diversas novelas e programas humorísticos.

Nos primeiros anos da década de 1980, se ausenta da dublagem, e apenas atua de vez em quando na Rede Globo, em pequenos papeis em programas humorísticos.

Álvaro veio a falecer em final de Outubro de 1988. Seu falecimento foi noticiado em apenas um jornal da época, o Jornal do Brasil, e provavelmente na Rede Globo.

Trabalhos:

Filmes


- Mel Ferrer em Scaramouche (1ª Dublagem) e Os Cavaleiros da Távola Redonda (1ª Dublagem)
- Milo Tindle (Michael Caine) em Jogo Mortal (1ª Dublagem)
- Jean-Pierre Sarti (Yves Montand) em Grand Prix (1966 - 1ª Dublagem)
- Xerife Aaron Whitaker (David Janssen) em A Noite do Lobo
- Fergusson (Cedric Hardwicke) em Cinco Semanas Num Balão
- Dick Ennis (Robert Mitchum) em A Batalha de Anzio
- Tenente Comandante Pagnolini (Michael Conrad) em O Triângulo do Diabo
- Cmdr. Andy Crewson (Cary Grant) em O Beijo da Despedida
- Waldemar Fitzurse (Basil Sydney) em Ivanhoe
- George Pratt (Stewart Granger) em Fuga no Alasca
- Roland Hesketh-Baggott, e Gerente da Agência de Empregos em Londres (Noel Coward) em A Volta Ao Mundo em 80 Dias
- Barry Morland (Robert Taylor) em Quando Descem As Sombras
- Bo Gillis (Dean Martin) em Ada
- Bibikov (Dick Bogarde) em O Homem de Kiev
- Coronel Pieter Deventer (Clark Gable) em Atraiçoados
- Napoleon Solo (Robert Vaughn) em Para Agarrar Um Espião
- Jean Benoit Aubrey (Arturo de Cordova) em A Gaivota Negra
- Dr. Schuler (Anton Diffring) em O Circo dos Horrores
- Franz Roberti (Charles Boyer) em Corações em Ruínas / Corações Partidos / Ao Despertar da Glória

Séries

- SGT. Saunders (Vic Morrow) em Combate
- Matt Helm (Tony Franciosa) em Matt Helm
- Fred Mertz (William Frawley) (segunda voz) em I Love Lucy (1ª Dublagem)
- Tenente Harrelson "Hondo" (Steve Forrest) em Swat - Comando Tático Especial

Fontes: Marcelo Almeida, Augusto Bisson, A História da Dublagem, Dublanet, Revista do Rádio, Enciclopédia Itau Digital, IMDB, Wikipedia, A Scena Muda, O Cruzeiro, Jornal do Brasil, Canal Viva, Mercado Livre, Brasil Musical, Canal Na Telinha, Adorocinema, Rio Postal, Esquerda.net, Mapa de Cultura, Pinterest, Gettyimages, Carlos Amorim, Antonio Luiz Carreira de Barros, O Jornal, Todo Teatro Carioca, O Jornal, Diário de Notícias, Marco Antônio Silva Santos, Mário Spyker.

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