terça-feira, 19 de março de 2019

Arthur Costa Filho


Arquivo de Som:

Sultão em Aladdin e Os 40 Ladrões (Longa-Metragem)



Biografia:

Arthur Costa Filho foi um dublador carioca.

Arthur Costa Filho nasceu em 30 de Julho de 1926, na cidade do Rio de Janeiro.

Início

 
Arthur Costa, pai de Arthur Costa Filho

Filho do ator de teatro de revista e cantor, Arthur Costa, e da dona de casa Carmela Costa, Arthur sempre foi ligado as artes. Aos 7 anos, cantava e dançava na Casa do Caboclo, no Teatro São José.

Rádio Cruzeiro do Sul

Sua carreira profissional começou no rádio como rádioator em 1939, quando tinha apenas 13 anos de idade, na Rádio Cruzeiro do Sul, no Programa do Garoto, com direção de Silvia Regina.

Na emissora, ficou até 1946, quando largou o rádio para ingressar na Companhia Eva Todor.

Rádio Nacional

Em Março de 1952, ingressa na Rádio Nacional, depois deixar a Companhia Dercy Gonçalves, com quem excursionou pelo interior do Brasil.

Arthur Costa Filho (1953)

Sua estréia na emissora foi no programa humorístico: A Família Braga (1952-53). Depois no mesmo seguimento atuou em: Eles Dois e... Alguém Mais (1957), ao lado de Floriano Faissal, Zezé Fonseca, Auricéia Araújo, e Abel Pêra, e Futebol de Graça (1959), ao lado de Wellington Botelho, Brandão Filho, e outros;

Na emissora, uma das produções que mais atuou foram nas novelas. Entre elas, temos: Óleo de Peroba (1953), Dois Irmãos... Dois Destinos (1953), Madalene (1953), Honra ao Mérito (1953), Uma Cruz de Madeira (1953), Jura Dizer a Verdade? (1953), Herança Maldita (1953), A Filha Maldita (1954), A Filha Maldita (1954), O Amor Que Não Era Meu (1954), Uma Nuvem Cobre o Sol (1954), O Preço da Esperança (1954), Filhos Sem Pais (1956), A Moça e a Rosa (1959), Noite do Meu Destino (1972), Último Natal, entre outros.

Em programas variados: foi por alguns anos o advogado de defesa em Tribunal dos Calouros (1952-54); além de atuar no programa Prós e Contras (1953); entre outros.

Em séries, entre outras participou de: Presídio de Mulheres (1954), e Atoman (1954).

Arthur Costa Filho (1966)

Arthur chegou a fazer excursões com artistas da Rádio Nacional pelo interior. Em 27 de Maio 1953, foi ao lado de Olga Nobre, Domício Costa, e o violinista Alvaro Arcoverde para o interior de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, e Mato Grosso, passando por cidades, como Bragança, Campinas, São José do Rio Preto, Mirassol, Taquaritinga, Sertãozinho, e outras, totalizando um total de 38 cidades em 22 dias.

Trabalhou na emissora por 12 anos seguidos, tendo retornado a mesma em outros períodos.

Teatro

Na época que estava atuando na Rádio Cruzeiro do Sul, entrou para o Teatro Infantil da Associação Brasileira de Críticos Teatrais, que tinha como diretor Olavo de Barros, futuro diretor de rádioteatro da Rádio Tupi do Rio.

 

Ao seu lado na associação, também estavam Daisy Lúcidi, Domingos Martins, Dolores Duran, Neyda Rodrigues, seu primo Domício Costa, e outros que viriam a se tornar conhecidos no futuro no rádio.

 

Pela Associação Brasileira de Críticos Teatrais (ABCTA), atuou nas peças Borboleta de Ouro (1941), Branca de Neve Os 7 Anões (1944), ao lado de Daisy Lúcidi, e Domingos Martins, Ana Lucia no País das Fadas (1944), ao lado de Daisy Lúcidi, Domingo Martins, e Nathália Timberg, entre outros.

 

Ainda no teatro infantil, entrou para o grupo Os Mascarados, atuando na peça natalina O Noviço (1942), no Teatro Ginástico.

 

4 anos depois, veio o seu primeiro convite profissional para o teatro: ingressar na Companhia Eva Todor. Permaneceu por 5 anos na companhia, atuando com grandes atores e atrizes, e se apresentando em várias partes do Brasil, inclusive até em Portugal.


Arthur Costa Filho (1955)

Entre as peças que atuou com a companhia, estão Cândida (1946), Se Eu Quisesse (1947), Lili do 47 (1949), de Joracy Camargo, Cândida (1949), Ai, Teresa! (1950), História de Uma Casa (1950), e Bagaço (1951), de Joracy Camargo, todas no Teatro Serrador.

 

Com a peça Cândida (1946), viajou para vários estados do país, e 3 vezes para Portugal: 1948, 1950, e 1960. Também se apresentou em países africanos, como Angola, Moçambique, Rodésia (hoje Zimbabwe), e nas cidades Salisburry e Untale na África do Sul.

 

Na companhia, trabalhou ao lado de Alberto Perez, Iris Del Mar, Eva Todor, André Villon, Elza Gomes, Afonso Stuart, Armando Braga, Judith Vargas, além do escritor das peças, Joracy Camargo.

 

Em 1951, entrou para a Companhia Dercy Gonçalves, aonde excursionou pelo norte do país no ano posterior a sua entrada. Deixou a companhia em Março de 1952, para ingressar na Rádio Nacional. Não temos informações das peças que atuou na companhia.

 

No mesmo ano, ingressa na Companhia Mário Brasini, aonde atua na peça O Culpado Foi Você (1952), do deputado Nelson Carneiro, ao lado de André Villon, Edmundo Maia, Ligia Sarmento, e outros, no Cineteatro Glória. Permanece na companhia até 1953.

 

Em 1955, retorna ao teatro depois de 2 anos afastado, ingressando na Companhia César Ladeira - Renata Fronzi, aonde atua nas peças Com Força Total (1955), no Teatro Serrador, Piu Piu Para Você (1955), no Teatro Dulcina, e Assim de Mulher! (1955), no Teatro Dulcina.

 

Na companhia, esteve ao lado de César Ladeira, Renata Fronzi, Gloria May, Lilian Fernandes, Dirce Pires, Ruy Cavalcanti, Nick Nicola, Chocolate, Tamaris, Gloria Norton, entre outros.

 

No ano seguinte vem a Companhia Silveira Sampaio, aonde atua nas peças No País dos Cadillacs (1956), ao lado de Diana Morel, e Brasil De Pedro a Pedro (1956), de Silveira Sampaio, ambas no Teatro Dulcina.

 

Na companhia, esteve ao lado de Raimundo Furtado, Bambi, Vera Regina, Vitoria Wilson, Claudia Monte, Godofredo Trindade, Tião, Nilza Benes, Olga Salvini, Ari, e outros.


Conchita de Moraes, Odilon Azevedo, Celme Silva, e Arthur Costa Filho (1957)

Em 1957, ingressa na Companhia Odilon Azevedo, genro de Conchita de Moraes, atuando com os dois na peça Vovó, Papai em Rock And Roll (1957), de Silveira Sampaio, também ao lado de Celme Silva e Lana Alba, no Teatro Rival.

 

Em 1959, entra em uma companhia de teatro musical chamada Companhia Brasileira de Espetáculos Musicados, aonde atua no musical, De Cabral a J.K. (1959), de J. Maia e Max Nunes, ao lado de Tereza Austregésimo, Manuel Vieira, Mione Amorim, Evilásio Marçal, Dinorah Marzulo, Ezequias Marques, Miguel Bastos, e Graça Melo Filho, e outros, no Teatro João Caetano.

 

No mesmo ano, atua na revista O Filé Vem de Fora (1959), ao lado de Manoel Vieira, Humberto Fredy, e Noel Carlos, no Teatro João Caetano.

 

Em 1960, ingressa na Companhia Estúdio A, na peça: Society em Baby Doll (1960), ao lado de André Villon, e Daisy Lúcidi.

 

No mesmo ano, retorna a Companhia Eva Todor, para algumas apresentações em Portugal, da premiada peça Cândida (1960).


Arthur Costa Filho, Daniel Filho, Joana Fomm, e Gláucio Gil (1962)

Nos anos de 1960, atua em diversas peças, como O Auto da Compadecida / A Compadecida (1962), ao lado de Agildo Ribeiro, Edson Silva, Renata Fronzi, Joana Fomm, e outros, no Teatro Santa Rosa.

 

Toda Donzela Tem Um Pai Que é Uma Fera (1962), com Joana Fomm, Renata Fronzi, Norma Benguel, Jece Valadão, e Daniel Filho, no Teatro Santa Rosa.

 

A Canção Dentro do Pão (1962-63), ao lado de Pietro Mário, e Milton Carneiro, no Teatro Santa Rosa.

 

Chica da Silva 63 (1963), com Grande Otelo, Paulo Celestino, Betty Faria, e outros

 

E, A Tia de Carlito (1963), com direção de Fábio Sabag, e ao lado de Agildo Ribeiro, Domingos Martins, Mário Lago, e outros, no Teatro Jardel.

 

Em 1963, vai para o Teatro Nacional de Cultura, na peça As Aventuras de Ripió Lacraia (1963), com Agildo Ribeiro, Francisco Milani, Milton Gonçalves, Tereza Rachel, e grande elenco.

 

Nessa ocasião de início dos anos de 1960, atua em muitas comédias, sendo muitas delas ao lado do humorista Agildo Ribeiro.

 

Posteriormente atua nas peças Os Cangurus (1964), de Ziraldo, com Adriano Reys, Dirce Migliáccio, Cláudio Cavalcanti, e outros

 

Caiu Primeiro de Abril (1964), com Elizabeth Gaspar, Roberto Faissal, Domício Costa, Elza Gomes, Milton Morais, Brigitte Blair, Milton Carneiro, Thelma Reston, e Ary Fontoura, no Teatro Rival.

 

Guerra + Ou - Santa (1965), com Antônio Patiño, Beatriz Veiga, e Elza Gomes, e outros, no Teatro Princesa Isabel.

 

Na Ponta da Corda (1965), com Renata Fronzi, Suely Franco, Iracema de Alencar, e Arlete Salles, no Teatro Dulcina.

 

A Vida Impressa em Dólar (1965-66), ao lado de Vanda Lacerda, Camilla Amado, Ivan Cândido, Antônio Ganzarolli, e Jorge Cherques, no Teatro Dulcina.

 

Esse Banheiro é Pequeno Demais Pra Nós Dois (1968), de Ziraldo, ao lado de Suely Franco, Paulo Araújo, Leila Santos, Milton Carneiro, Lilian Fernandes, e Miriam Carmem, no Teatro Santa Rosa.

 

E, Pepsi - Adultério Adulterado (1969), com Tereza Amayo, Maurício Barroso, Paulo Araújo, e Sônia Maria, no Teatro Santa Rosa.


José Luis Rodi e Arthur Costa Filho (1976)

Já nos anos de 1970, atua nas peças Que Preguiça... (1970-71), com Zilka Salaberry, Maria Helena Dias, Emílio Queiroz, e Fernando José no Teatro Santa Rosa.

 

Chicago 1930 (1971), ao lado de Jorge Dória, Ambrósio Fregolente, Milton Carneiro, Odulvado Vianna Filho, Iara Cortes, Francisco Milani, Fernando José, Mário Monjardim e outros, no Teatro Glória.

 

Alegro Desbum... (1973), com André Villon, Gracindo Júnior, Berta Loran, Regina Vianna, e Francisco Milani, no Teatro Ginástico.

 

Amanhã, Amélia, De Manhã (1973), ao lado de Suely Franco, Otávio Augusto, Zózimo Bulbul, Tamara Taxman, e Phototi, no Teatro Ginástico.

 

Dona Xepa (1974-75), ao lado de Cecília Loyola, Paulo Junqueira, Cleusa Muniz, Francisco Milani, Vanda Lacerda, Nilton Valério, e outros, no Teatro Nacional de Comédia.

 

A Família Que Mata Unida (1976), com Antônio Patiño, José Wilker, Suely Franco, e outros, no Teatro Santa Rosa.

 

A Longa Noite de Cristal (1976), ao lado de Oswaldo Loureiro, Dennis Carvalho, Maria Cláudia, Isabel Teresa, Pedro Paulo Rangel, Fernando José, José Luiz Rodi, Bentho Gomes, e outros, no Teatro Glória.

 

O Sapateiro do Rei (1976-77), peça infantil com direção de Gracindo Junior, ao lado de Daisy Poli, Bentho Gomes, José Luiz Rodi, e outros, no Teatro Glória.

 

Grite na Hora Certa (1977), ao lado de Nelson Caruso, Lady Francisco, Fernando Villar, e outros, no Teatro Nacional de Comédia.

 

Em 1978, fez leitura dramática no auditório do Senai, ao lado de Castro Gonzaga, Nair Amorim, Juraciara Diácovo, Lourdes Mayer, Clarice Abujamra, e grande elenco.


Elenco da peça Sábado, Domingo e Segunda (1986)

Nos anos de 1980, atuou nas peças Dom Quixote de La Pança (1980), com Elza Gomes, Henriqueta Brieba, Dirce Migliaccio, Flávio Migliaccio, Antônio Ganzarolli, Camila Amado, e outros, no Teatro Clara Nunes.

 

Viva Sapata (1981), com Olney Cazarré, Renata Fronzi, Oswaldo Louzada, Agnes Fontoura, Sônia Clara, e outros, no Teatro Glória.

 

Quem Gosta Demais de Sexo, Morre Fazendo Amor / O Espirro Milionário (1981-82), com Francisco Milani, José Santa Cruz, Margot Mello, Carvalhinho, e outros, no Teatro Copacabana.

 

O Dia Em Que Alfredo Virou a Mão (1983), com José Santa Cruz, Magalhães Graça, Leonardo José, Cláudio Corrêa e Castro, Thelma Reston, Elizângela, Margot Mello, Vera Holtz, e outros, no Teatro da Praia.

 

Brejhnez Janta Seu Alfaiate (1984), com Luiz Carlos Arutim, Dirce Migliáccio, Rogério Cardoso, Bertha Loran, Cláudio Corrêa e Castro, e Felipe Wagner, no Teatro da Praia.

 

Sábado, Domingo e Segunda (1986-87), com Yara Amaral, Ary Fontoura, Paulo Gracindo, Renata Fronzi, e Paulo Goulart, no Teatro dos 4.

 

Filumena Marturano (1988-89), com Yara Amaral, José Wilker, Yolanda Cardoso, e Nathalia Timberg, no Teatro dos 4.


Miguel Falabella e Arthur Costa Filho (1993)

Nos anos de 1990, atua nas peças Um Dia Muito Louco Ou As Bodas de Fígaro (1991), de Mozart, ao lado de Sueli Franco, Hélio Ary, Mário Borges, no Centro Cultural Banco do Brasil - Teatro I.

 

Mephisto (1993), com direção de José Wilker, ao lado de Cássia Kiss, Miguel Falabella, Othon Bastos, Paulo Gorgulho, Sérgio Brito, Cláudio Galvan, Thelma Reston, Cássia Kiss, Kiko Mascarenhas, Paulo Gorgulho, e outros, no Teatro dos 4.

 

O Reformador do Mundo (1994), ao lado de Luís de Lima, Maria Lúcia Dahl, e outros, no Centro Cultural Banco do Brasil - Teatro II.

 

E, Somos Irmãs (1998), direção de Ney Matogrosso, com Suely Franco, Nicette Bruno, Tamara Taxman, Otávio Augusto, Renato Rabelo, Garcia Junior, Izabella Bicalho, e outros, no Centro Cultural Banco do Brasil - Teatro I.


Cinema

No cinema fez alguns filmes como Cem Garotas e Um Capote em 1945, Vendaval Maravilhoso em 1949, Aí Vêm Os Cadetes em 1959, As Aventuras de Eva em 1961, O Enterro da Cafetina em 1970, O Grande Gozador em 1972, A Filha de Madame Bettina em 1973, Dona Flor e Seus Dois Maridos em 1976 e Romance da Empregada em 1987.

TV Tupi

Na TV, ingressou primeiramente na TV Tupi.

Entre alguns trabalhou que fez, está o programa Fantasia, em peças como: Um Pequeno Impulso (1954); e o programa Grande Teatro Tupi, em peças como: Cândida (1955).

TV Rio

Um tempo depois ingressou na TV Rio. Entre outros, atuou na emissora no programa Teatro da Radio Nacional, em peças como: A Sereia Louca (1958).

TV Continental

Em 1959, teve uma breve passagem pela TV Continental.

TV Rio

Em 1960, retorna a TV Rio. Na ocasião, atuou na emissora em programas teatrais como: Teatro de Comédias Piraquê (1960), e Estúdio A (1960).

TV Tupi

De volta a TV Tupi em 1961, atua no humorístico: As Aventuras de Eva (1961), ao lado de Eva Todor.

Um tempo depois, atua na novela: Não Quero Chorar (1966).

Rede Globo

Arthur Costa Filho e Glória Menezes (1970)

Na Rede Globo, ingressou em 1970. Na emissora, atuou principalmente em novelas, como: Irmãos Coragem (1970), O Homem Que Deve Morrer (1971), Bicho do Mato (1972), A Patroa (1972), Carinhoso (1973), O Casarão (1973), Estúpido Cupido (1973), À Sombra dos Laranjais (1977), Sinal de Alerta (1978), Feijão Maravilha (1979), Ciranda de Pedra (1971), Jogo da Vida (1981-82), Paraíso (1982), Roque Santeiro (1985), e Cambalacho (1986).

Arthur Costa Filho em Dona Flor e Seus Dois Maridos (1976)

Em séries, teve participações em Caso Verdade, em episódios como A Última Gota (1982), e Jornada de Amor (1982), nas séries Carga Pesada (1980), O Bem Amado (1984), Você Decide (1994-95), entre outros.

Participou também de minisséries, como: O Crime de Zé Bigorna (1974), Anos Dourados (1986), Engraçadinha... (1995), Seus Amores e Seus Pecados (1995), e Chiquinha Gonzaga (1999).

Participou também do humorístico: A Escolinha do Professor Raimundo (1990-93), interpretando o secretário da escola, Natanael, na qual teve poucas participações.

Outras TV's

Na década de 1950, chegou a se apresentar em 2 emissoras fora do Rio: TV Paulista em São Paulo, e TV Itacolomi, em Belo Horizonte. Acredito que isso tenha ocorrido quando foi viajar para essas capitais em turnê com alguma peça de teatro, e suspeito e tenha sido com a Companhia Renata Fronzi - César Ladeira, mas nada confirmado.

Música

 
Arthur Costa Filho (1966)

Arthur também era cantor e violinista, tendo participado no teatro algumas vezes tocando, como igualmente em novelas na TV, como na Globo, por exemplo. Também atuava assim nos intervalos de peças, como nas vezes que foi para Portugal, em 1948 e 1950 com a Companhia Eva Todor.

Disco

Em disco, participou do LP: Alberto Santos Dumont Centenário 1873-1973 (1973), ao lado de Carmen Dolores, Cahué Filho, Carlos Leão, Carlos Marques, Célia de Castro, Daisy Lúcidi, Geraldo Avellar, Neuza Tavares, e Wilton Franco, ambos rádioatores da Radio Nacional.

Vida Pessoal

Na vida pessoal, além de ser filho do ator Arthur Costa, também era primo do radioator Domício Costa.

Arthur, sua esposa e filha (1960)

Por volta de 1951, conhece Maria da Glória Barros, filha dos atores teatrais Andre Villon e Elza Gomes, com quem pouco tempo depois começou a namorar. Se casam no dia 26 de maio de 1952, as 17h, na Matriz de Nossa Senhora da Glória. Da união, nascem os filhos: Cláudia (1953), e Cláudio André (1954).

Arthur tinha um problema de saúde na coluna, que não o possibilitava de virar de forma comum seu pescoço para os lados, e mesmo com essa dificuldade, atuou no rádio, teatro e cinema, e ainda na dublagem, mostrando a força de vontade de quem almeja alcançar seus ideais diante de qualquer dificuldade.

Dublagem

Arthur começou na dublagem por volta de início dos anos de 1960 na Herbert Richers. Em seguida, ingressou na Dublasom Guanabara. Nos anos de 1970, ingressa na Tecnisom, aonde começa a dublar alguns clássicos para a Disney, e na Peri Filmes. Pouco tempo depois ingressa também na Telecine.

Nos anos de 1980, permanece apenas na Herbert Richers, e ingressa na VTI. No início dos anos de 1990, atua bastante na Delart, antiga Tecnisom, e também atua na Doublesound.

Dr. Zaius em O Planeta dos Macacos

Entre seus trabalhos, começamos com os filmes. Entre seus personagens, temos Engywook interpretados por Sydney Bromley e Tony Robinson, consecutivamente nos filmes A História Sem Fim I e A História Sem Fim III, e Dr. Zaius interpretado por Maurice Evans em O Planeta dos Macacos, e De Volta Ao Planeta dos Macacos. Além disso também foi o ator W.C. Fields em alguns filmes, como Se Eu Tivesse Um Milhão, e o ator Alec Guinness em A Queda do Império Romano.

Jeff Day em Vovô Viu a Uva

Em desenhos, foi a voz de Jeff Day em Vovô Viu a Uva, Super-Skrull em Os Quatro Fantásticos, e Tião Gavião na primeira dublagem de Os Apuros de Penélope Charmosa, e nos longas e séries Disney, personagens como Sacristão no longa Robin Hood, Imperador da China no longa Mulan, e Sultão de Agrabah no longa Aladdin e Os 40 Ladrões, e a segunda voz do mesmo na série Aladdin.

Em séries, foi a segunda voz do Vovô interpretado por Al Lewis na primeira dublagem de Os Monstros, além de ter feito fixos nas séries O Homem de Virgínia e Culpado e Inocente.

Há ainda informações errôneas na internet de que muitos personagens de Arthur feitos nos anos de 1960 teriam na verdade sido dublados por Amaury Gutemberg. Amaury passou apenas pelos anos de 1980, por não mais de 2 anos.

Arthur Costa Filho nos anos de 1990

Arthur dublou até o fim da vida, intercalando o seu trabalho como ator e o seu trabalho como dublador.

Veio a falecer em 31 de Janeiro de 2003 de infarto, aos 76 anos de idade no Bairro da Tijuca aonde residia.

Trabalhos:

Filmes


- Engywook (Sydney Bromley/Tony Robinson) em A História Sem Fim I e A História Sem Fim III
- Dr. Zaius (Maurice Evans) em O Planeta dos Macacos, e De Volta Ao Planeta dos Macacos
- Manny Rosen (Jack Albertson) O Destino de Poseidon
- Rollo La Rue (W.C. Fields) em Se Eu Tivesse Um Milhão
- Marcus Aurelius (Alec Guinness) em A Queda do Império Romano
- John Manchester (Lionel Barrymore) em Malaia
- Sr. Miller (Irving Bacon) em Música e Lágrimas
- Mike (William Fawcett) em Pistoleiro Relâmpago
- Chefe Cuyloga (Joseph Calleia) em O Tratado dos Moicanos
- Lorde Hartingdon (Hugh Williams) em Khartoum - A Batalha do Nilo
- Saito (Sab Shimono) em Fábrica de Loucuras
- Reverendo Mason (Patrick Cranshaw) em A Família Buscapé (1ª Dublagem)
- Senador William Duvall (Howard Duff) em Sem Saída
- Senador Phillips de Vermont (Eric Christmas) em O Enigma de Andrômeda

Séries

Vovô (Al Lewis) (segunda voz) em Os Monstros (1ª Dublagem)

Desenhos

- Darren McGavin em Gárgulas
- Sultão de Agrabah em Aladdin e Os 40 Ladrões (Longa-Metragem), e (segunda voz) em Aladdin (Série)
- Imperador da China em Mulan (Longa-Metragem)
- Sacristão em Robin Hood (Longa-Metragem)
- Barba Vermelha em A Turma da Gatolândia
- Treinador dos Rhinos em Os Tremendões
- Jeff Day em Vovô Viu a Uva
- Super-Skrull em Os Quatro Fantásticos
- Tião Gavião em Os Apuros de Penélope Charmosa (1ª Dublagem)
- Doutor Rato em Bernardo e Bianca na Terra dos Cangurus (Longa-Metragem)
- Corvo em Regresso ao Mundo Maravilhoso de OZ

Fontes: Dramaturgia Brasileira - In Memoriam, Acervo Pessoal, Dublanet, História da Dublagem, Revista do Rádio, Diário de Notícias, Última Hora, O Jornal, Gazeta de Notícias, A Noite, Jornal do Brasil, Todo Teatro Carioca, Lojinha dos Discos, Cinemetro, Antenados, A Manhã, Correio da Manhã, Marília Pera.com.br, Joana Fomm - Minha História é Viver, Livraria Imprensa Oficial, Wikipédia, Jornal do Brasil, Mundo Hanna-Barbera, Itaú Cultural.

3 comentários:

  1. Magnífico Ator. Sempre quis saber por que ele não conseguia virar o pescoço

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  2. A voz dele era hilária,um desenho chamado Abbott e Costelão me vem sempre a memória

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  3. Dilson, você se lembra de quem ele dublava nesse desenho?

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