segunda-feira, 29 de abril de 2019

O Direito de Nascer (El Derecho de Nacer)


Informações:

Ano: 1981
Versão
: Elenco
Direção: Carlos Seidl

Personagem / Ator / Dublador:

Maria Elena (Verónica Castro): Márcia Gomes
Dom Rafael (Ignacio López Tarso): Antônio Cardoso
José Luis Armenteros (Sergio Jiménez): Carlos Campanile
Albertinho Limonta (Humberto Zurita): Ézio Ramos
Mãe Dolores (Socorro Avelar): Isaura Gomes
Isabel Cristina Armenteros del Junco (Erika Buenfil): Denise Simonetto

Outras Vozes: Eleu Salvador

Ézio Ramos



Arquivo de Som:

Afrodite de Peixes em Cavaleiros do Zodíaco (1ª Dublagem)


Biografia:

Ézio Ramos foi um dublador Paulistano.

Ézio Ramos nasceu em 14 de Novembro de 1936, em São Paulo, Capital.

Rádio São Paulo

Ézio começou a carreira na Rádio São Paulo na década de 1950.

Na emissora, se tornou muito conhecido, e era cogitado pra maioria dos galãs nas novelas.

Maria Estela Barros, Gilmara Sanches, Ézio Ramos e Nícia Soares (1960)

Entre as novelas em que atuou na década de 1950, temos: O Garoto Do-Re-Mi (1956), Vidas Sem Rumo (1957), ...E As Estrelas Choraram (1957), Abismo (1958), A Grande Mentira (1958), Um Coação Está Dormindo (1959), A Força do Destino (1958), Sorrir... Sofrer... Chorar (1959), A Ilha dos Ventos (1958), Melindrosa (1958), Pecado Nos Trópicos (1958), E a Noite Transformou-se Em Luz (1958), O Mártir do Calvário (1959), A Canção do Lago do Encantamento (1959), Lua dos Meus Pesares (1959), Uma Escada Para o Céu (1959), Pelos Mesmos Caminhos (1959), Deus Prestarei Minhas Contas (1959), Carne de Minha Carne (1959), Vidas Entre Sombras (1959), Um Coração Sem Dono (1959), Algemas Partidas (1959), Anjos Sem Céu (1959), Violões em Serenata (1959), O Terceiro Pecado (1959), Alma Danada (1959), O Morro dos Ventos Uivantes (1959), e Sinceridade (1959).

Na década de 1960, atuou nas novelas: O Roteiro da Estrela Morta (1960), A Vida de Santa Rita de Cássia (1960), Além da Próxima Colina (1960), O Homem Que Perdeu a Alma (1960), Fartura de Sol! Miséria de Verde (1960), Uma Vida Pelo Teu Amor (1960), Corações em Tormenta (1960), A Porta dos Sonhos (1960), Um Clarão Riscou o Céu (1960), A Canção de Júlio Alves (1960), Helena... Apenas Helena... (1960), Nossas Vidas Sem Rumo (1960), Tinhorão (1960), A Grande Mentira (1960), Atlantis (1960), O Cavaleiro da Lagoa Azul (1960), É Minha Vingança (1960), Gloria a Deus Nas Alturas (1960), Maria do Cais (1960), Alma Diabólica (1960), Amarga Realidade (1960), A Mulher Que Perdeu a Alma (1961), Há Um Segredo em Cada Vida (1961), A Volta de Eleonora (1961), Terra de Um Homem Só (1961), A Mulher Que Veio de Longe (1961), Ben-Hur (1962), Maria Sem Pecado (1962),  Os Deuses Também Choram (1962), Um Homem na Solidão (1963), O Testamento (1963), O Segredo da Casa dos Rochedos (1963), A Cabana do Pai Tomas (1966-67), Rosa dos Ventos (1969), entre outras.

Também atuou em peças do programa Domingo Romântico, como Beiço de Boné (1958).

Ézio Ramos (1960)

Ézio se apresentou algumas vezes cantando no programa Correio Sem Selo (1959-60), de Roberto de Carvalho. Também participou do programa O Galã Canta Para Você (1959), cantando ao lado de Ivone Sampaio, acompanhados ao violão por Álvaro de Albuquerque.

No programa Correio Sem Selo (1959), foi considerado ao lado de outros colegas um dos melhores quadros da Rádio São Paulo.

Ézio também foi diretor de programas na emissora, como dos programas de Ivani Ribeiro, Programa dos Namorados (1960), e Livraria de Seu José (1960). 

Rádio Record

Ézio atuou na emissora na década de 1980, junto com colegas da antiga Rádio Sáo Paulo, e colegas da dublagem, como Ilka Ferreira, Gastão Malta, Waldemar Ciglioni, Maria Aparecida Alves, Urbano Reis, Maria Martins, Edgard Garcia e Denise Simonetto.

Entre outros, atuou no programa Grande Teatro Record, em peças, como Sol Inclemente (1983), O Santo de Juazeiro (1983), A Última Esperança (1984), entre outros. 

Rádio LBV

Em 1997, é convidado, junto a outros dubladores para a realização da rádionovela Nosso Lar (1997), que conta a história espírita sobre o livro homonimo. No elenco, Gilmara Sanches, Arlete Montenegro e Paulo Wolff. 

TV Paulista

Ézio Ramos (1961)

Na TV, ingressou nos anos de 1950 na TV Paulista, aonde atuou nas novelas A Grande Mentira (1958), e A Herdeira de Ferleac (1961).


TV Record

Na TV Record, ingressou em 1961, já como apresentador.

Ézio também foi criador de um programa na emissora, chamado Jornal da Mulher (1963), com a apresentação de Osvaldo Calfat, antigo colega seu na Rádio São Paulo.

Em novelas na emissora, atuou em Crueldade (1966), com Gilmara Sanches. 

Teatro

No teatro, Ézio fez parte da companhia Teatro Moderno de Arte, fundado pela esposa, Gilmara Sanches. Na companhia atuou na peça Esta Noite é Nossa (1972-73), ao lado de Gilmara Sanches, Décio Pitinini e Dráusio de Oliveira. A peça estreou no interior do Estado de São Paulo, e foi apresentada em outros locais, como em Brasília, na TV Brasília.

Vanessa Alves e Ézio Ramos

Posteriormente atuou em outras peças, como Caiu o Ministério (1973), de França Junior, ao lado de Tony Ramos, Cláudio Correa e Castro, Marcos Plonka, Lilian Fernandes, Carlos Silveira, e outros, no Teatro Popular do SESI.

Os Insaciados (1981)

No cinema atuou em um único filme, chamado Os Insaciados (1981).

Prêmios

Em 1961, ganha o Prêmio Roquette Pinto de melhor rádioator galã de São Paulo do ano de 1960. 

Curiosidades 

Em 1976, Ézio Ramos e a esposa Gilmara Sanches, tomavam contam de um estúdio de gravações. Não sei se de discos, ou de dublagens. 

Vida Pessoal

Por volta de 1959, começa a namorar a colega de Rádio São Paulo, Gilmara Sanches. A própria dizia publicamente que o namoraria.

Gilmara Sanches, Ézio Ramos e o filho Ézio, na Revista Sétimo Céu em Março (1974)

Posteriormente se casaram, e da união nasceu o filho Ézio. Ézio não seguiu a carreira dos pais, acabou ingressando na vida bancária. 

Ézio e Gilmara vieram a se separar em 1980. 

Dublagem

Ézio Ramos (Anos de 1990)

Na dublagem, entrou no início da década de de 1960 na AIC. Passou por todas as casas mais importantes de São Paulo como BKS, Álamo nos anos de 1970, 1980 e 1990, Núcleo de Dublagem da TVS nos anos de 1980, S&C nos anos de 1980 e 1990, e Gota Mágica, Mastersound, Megassom, Sigma, e Marshmallow nos anos de 1990.
 
Bill Murray e Os Caça-Fantasmas

Entre seus trabalhos, foi a voz dos atores Tom Hanks em Filadélfia, e Forrest Gump - O Contador de Histórias (2ª Dublagem), Rick Moranis em Querida, Encolhi as Crianças (1ª Dublagem), Querida, Estiquei o Bebê (1ª Dublagem), Richard Dreyfuss em Mr. Holland - Adorável Professor, e Tubarão, Crispin Glover em De Volta Para o Futuro I (1ª Dublagem), e De Volta Para o Futuro II (1ª Dublagem), Richard Chamberlain em Allan Quatermain e a Cidade do Ouro Perdido, e As Minas do Rei Salomão, John Travolta em Olha Quem Está Falando Agora! (VHS), e Perfeição, Marlon Brando em Sindicato de Ladrões, e Viva Zapata!, Terence Hill em Nós Jogamos Com Os Hipopótamos, e Trinity Ainda é o Meu Nome, Bill Murray em Feitiço do Tempo, Os Caça Fantasmas, e Os Caça Fantasmas 2, Kurt Russell em Carros Usados, e O Enigma do Outro Mundo, Tony Curtis em Hienas do Pano Verde, e Pavilhão Sete, e Elliott Gould em Capricórnio Um, e Fuga Para Atenas.

 

Além disso, também foi a voz dos atores Anthony LaPaglia em Uma Noiva e Tanto, Robert Redford em Golpe de Mestre, Stephen Collins em Chuva de Milhões, Val Kilmer em Willow - Na Terra da Magia, Michael Keaton em Eu, Minha Mulher e Minhas Cópias, Raul Julia em Havana, Dennis Hopper em O Massacre da Serra Elétrica - Parte 2, Bruce Lee em Besouro Verde - O Filme, Richard Dreyfuss em Tubarão, Jon Lovitz em Em Busca do Ouro Perdido, Martin Sheen em Gandhi (1ª Dublagem), Jeff Bridges em O Último Unicórnio, Elvis Presley em Estrela de Fogo, Dirk Benedict em Tatuagem - A Marca do Diabo, e David Hedison em Resgate Suicida.



Dirk Benedict em Esquadrão Classe A

Em séries também fez muitos trabalhos, tanto em séries infanto-juvenis japonesas, como em séries americanas. Entre seus personagens, estão Tony Villicana interpretado por Michael Paré em O Super Herói Americano, a primeira voz de Joshua Bolt interpretado por David Soul em E As Noivas Chegaram, Kato interpretado por Bruce Lee em Besouro Verde, Cara-de-Pau interpretado por Dirk Benedict em Esquadrão Classe A, Davy interpretado por Davy Jones em Os Monkees, Galdan interpretado por Yoshinori Okamoto em Comando Estelar Flashman, a segunda voz do Doutor Kenzo Igarashi interpretado por Hajime Izu em Policial de Aço Jiban, Kenji Sony / Spielvan interpretado por Hiroshi Watari em Guerreiros Dimensional Spielvan, entre outros.
Afrodite de Peixes em Os Cavaleiros do Zodíaco

Em desenho, foi a voz de Uruca em Bam Bam e Pedrita e Flintstones Especial, Ted em Goober e os Caçadores de Fantasmas, Butch Cassidy em Butch Cassidy e Os Sundance Kids, Afrodite de Peixes na primeira dublagem de Os Cavaleiros do Zodíaco e a primeira dublagem do filme Os Cavaleiros do Zodíaco - A Lenda dos Defensores de Atena, o Hippie cantor em Pica Pau, Sargento Verruga em A Pedra dos Sonhos, Doutor Peter Venkman em Os Caça Fantasmas, Race Bennon na versão dos anos 80 de Jonny Quest, entre outros.

Como diretor de dublagem, esteve na AIC (1960 e 1970), Álamo (1991), Megassom (1994), Mastersound (1996), entre outras. Na AIC, dirigiu o filme Sindicato de Ladrões. Na Álamo, dirigiu a série Guerreiro Dimensional Spielvan. Na Megassom, dirigiu a série O Quinteto. E na Mastersound, dirigiu o filme Desafio Mortal.

Ézio Ramos veio a falecer no dia 6 de Junho de 1999.

Trabalhos:
 

Filmes

 

- Tom Hanks em Apollo 13 - Do Desastre Ao Triunfo, Filadélfia, e Forrest Gump - O Contador de Histórias (2ª Dublagem)

- Rick Moranis em Querida, Encolhi as Crianças (1ª Dublagem), Querida, Estiquei o Bebê (1ª Dublagem)

- Richard Dreyfuss em Mr. Holland - Adorável Professor, O Grande Engano, Proibido Amar, e Tubarão

- Crispin Glover em De Volta Para o Futuro I (1ª Dublagem), e De Volta Para o Futuro II (1ª Dublagem)

- Richard Chamberlain em Allan Quatermain e a Cidade do Ouro Perdido, e As Minas do Rei Salomão

- John Travolta em Olha Quem Está Falando Agora! (VHS), Perfeição, e Vivendo Cada Momento

- Marlon Brando em Dois Farristas Irresistíveis, Sindicato de Ladrões, e Viva Zapata!

- Terence Hill em Nós Jogamos Com Os Hipopótamos, e Trinity Ainda é o Meu Nome

- Bill Murray em Feitiço do Tempo, Os Caça Fantasmas, e Os Caça Fantasmas 2

- Kurt Russell em Carros Usados, e O Enigma do Outro Mundo

- Loren Avedon em Render-Se Jamais 2, e Retroceder Nunca

- Tony Curtis em Hienas do Pano Verde, e Pavilhão Sete

- Elliott Gould em Capricórnio Um, e Fuga Para Atenas

- David Hyde Pierce em Lobo, e Sintonia de Amor

- Tony Giardino (Anthony LaPaglia) em Uma Noiva e Tanto

- Johnny Hooker (Robert Redford) em Golpe de Mestre

- Warren Cox (Stephen Collins) em Chuva de Milhões

- Madmartigan (Val Kilmer) em Willow - Na Terra da Magia

- Doug Kinney (Michael Keaton) em Eu, Minha Mulher e Minhas Cópias

- Arturo Duran (Raul Julia) em Havana

- Ten. Lefty Enright "Lefty" (Dennis Hopper) em O Massacre da Serra Elétrica - Parte 2

- Kato (Bruce Lee) em Besouro Verde - O Filme

- Matt Hooper (Richard Dreyfuss) em Tubarão

- Glen Robbins (Jon Lovitz) em Em Busca do Ouro Perdido

- Vince Walker (Martin Sheen) em Gandhi (1ª Dublagem)

- Principe Lír (Jeff Bridges) em O Último Unicórnio

- Pacer Burton (Elvis Presley) em Estrela de Fogo

- Lorde Henry Darnley (Timothy Dalton) em Mary Stuart - Rainha dos Escoceses (1971)

- Frank Rowlett (Dirk Benedict) em Tatuagem - A Marca do Diabo

- King (David Hedison) em Resgate Suicida

- Richard Blaney (Jon Finch) em Frenesi

- Blake Richards (John Saxon) em Retrato em Negro

- O Cavaleiro Negro (John Cleese) em Monty Python em Busca do Cálice Sagrado

- James Warren (John Rowley) em Terra dos Homens Maus

- Petzold (Ron Fassler) em Brinquedo Assassino 3

- Walter Russell (Kip Niven) em Terremoto

- Hasegawa (Shou Kosugi) em Ninja - A Maquina Assassina

- João Batista (Michael York) em Jesus de Nazaré

- Sensei (Mako) em Magic Kid 3

- Sonny Malone (Michael Beck) em Xanadu

- Dr. Tom Halman (Ron Silver) em Fúria Silenciosa

- Doug Fetterman (Keith Gordon) em Tubarão 2

- Príncipe João (Richard Lewis) em A Louca Louca História de Robin Hood

- Eddie Arkadian (Christopher Murney) em O Último Dragão

- Tony Villicana (Michael Paré) em O Super Herói Americano

- Joshua Bolt (David Soul) (primeira voz) em E As Noivas Chegaram

- Carl Bentley (David Alan Grier) em Jumanji

 

Séries

 

- Kato (Bruce Lee) em Besouro Verde

- Davy (Davy Jones) em Os Monkees

- Cara-de-Pau (Dirk Benedict) em Esquadrão Classe A

- Galdan (Yoshinori Okamoto) em Comando Estelar Flashman

- Dr. Kenzo Igarashi (Hajime Izu) (segunda voz) em Policial de Aço Jiban

- Kenji Sony / Spielvan (Hiroshi Watari) em Guerreiros Dimensional Spielvan

- Tony Villicana (Michael Paré) (segunda voz) em Super-Herói Americano
 

Desenhos

 

- Uruca em Bam Bam e Pedrita, e Flintstones Especial

- Ted em Goober e os Caçadores de Fantasmas

- Butch Cassidy em Butch Cassidy e Os Sundance Kids

- Afrodite de Peixes em Os Cavaleiros do Zodíaco (1ª Dublagem) e Os Cavaleiros do Zodíaco - A Lenda dos Defensores de Atena (1ª Dublagem)

- Race Bennon em Jonny Quest (Anos de 1980)

- Hippie em Pica Pau

- Sargento Verruga em A Pedra dos Sonhos

- Dr. Peter Venkman em Os Caça Fantasmas 

- Babar em O Natal de Babar (Longa-Metragem)

- Principe Ciprian em Protetores do Universo

- Bomb Man (segunda voz) em Mega Man (1994)

- Arséne Lupin III em Lupin III - O Ouro da Babilônia

- Ryo em Akira (VHS)

 

Novelas

 

- Albertinho Limonta (Humberto Zurita) em O Direito de Nascer

 

Trabalhos de Direção de Dublagem

 

Filmes

 

- Desafio Mortal

- Sindicato de Ladrões

 

Séries

 

- O Quinteto (1ª à 3ª Temporadas)

- Guerreiro Dimensional Spielvan

 

Fontes: Dublanet, Acervo Pessoal, Diário da Noite, Diário de Notícias, Radiolândia, Revista do Rádio, IMDB, Gilmara Sanches, Matheus Rian.

Isaura Gomes


Arquivo de Som:

Jane Jetson em Os Jetsons (Anos de 1960)



Biografia:

Isaura Gomes é uma dubladora Paulista.

Início

Isaura Gomes (também conhecida na época do rádio com Isaurinha Gomes) começou a carreira no rádio. Começou a carreira como radioatriz.

Rádio Piratininga

Em meados dos anos de 1950, vai para a Rádio Piratininga, atuando entre outros nas novelas: Adversidade (1954), de Reinaldo Santos, e nas novelas do programa Audições Nara Navarro, como Lágrimas de Madalena (1959), Volta Para o Meu Amor (1959), e Um Rosto Marcado (1959).

Também atuou na novela bíblica, Maria Madalena (1960), ao lado de Maria Estela Barros e Elaine Cristina, nas peças do Teatro Matinal, como O Caboclo Não Morre Sem Deus (1959), e em outras peças exibidas na emissora, como Terra, Sempre Terra (1959), aonde foi locutora.

No programa Teatro Matinal Sertanejo, atuou em peças como Santa Rita de Cássia (1958), e Padroeira do Brasil (1958).

Rádio São Paulo

Em 1961, é contratada pela Rádio São Paulo. Na emissora, entre outras, atua nas novelas Maria Madalena (1961), Terra do Sol (1961), A Mulher Que Veio de Longe (1961), Sem Sombras do Passado (1962), O Mundo Precisa de Amor (1962), e O Selvagem (1962).

Música

Isaura também é cantora, tendo seguido por um tempo nessa carreira, e também a exercido na dublagem de muitos filmes, inclusive cantando no idioma inglês. Além de cantora, também é acordeonista.

Isaura Gomes (1959)

Isaura chegou a se apresentar no programa sertanejo, Roda de Violeiros (1959), na Rádio Bandeirantes, interpretando no acordeom e na voz a canção de Cornélio Pires, Bonde Camarão.

Teatro

Nos anos de 1960, atuou na peça O Mártir do Calvário (1962), apresentada anualmente no teatro, e nesse ano em questão foi apresentada no Teatro Record. A peça era produzida e dirigida por Antônio de Freitas, e interpretada ao lado de outros atores da Rádio São Paulo, como Dalva Costa, Marcelo Ponce, Marthus Mathias, Walter Seyssel, Eunice de Castro, Celina Amaral e Osvaldo Calfat.

Vida Pessoal

Isaura se casou com Antônio Gaspar na década de 1950. Na década de 1960, teve seu único filho, de um romance que teve na ocasião. Na época já era desquitada de Antônio.

Dublagem

Na dublagem entrou por volta de 1962, na AIC. Nos anos de 1960 e 1970, foi uma das principais vozes na empresa e na dublagem paulista como um todo.

Nos anos de 1970, montou junto a seu filho uma empresa de dublagem em seu apartamento, mas o projeto não vingou por muito tempo e encerrou logo. Seguiu nos anos de 1970, principalmente na AIC e Álamo.

Nos anos de 1980, esteve presente na BKS e também nos núcleo de dublagem da TVS, na Elenco e Maga. Já nos anos de 1990, atuou nas principais empresas da época, como Álamo, BKS, Sigma, Megassom, Dublavideo, entre outras.

Nos anos 2000, continuou nos mesmos estúdios, com exceção da Megassom que havia fechado, e também amplia seu leque para a Vox Mundi e UniDub. Nos anos de 2010, permanece apenas na Vox Mundi e UniDub.

Jane Jetson

Entre seus personagens mais conhecidos primeiramente temos os desenhos, como Jane Jetson na primeira versão nos anos de 1960 de Os Jetsons, nos episódios feitos nos anos de 1980 de Os Jetsons e no longa-metragem Os Jetsons e Os Flintstones Se Encontram, Betty Rubble em Bam Bam e Pedrita, Flintstones Especial, Fred e Barney Show e As Novas Aventuras dos Flintstones, Álvida em One Piece, Yan Lin em W.i.t.c.h., Madame Teia na versão dos anos 90 de Homem Aranha, Zircônia em Sailor Moon Super S, Neherenia em Sailor Moon Stars, Eudial em Sailor Moon S, Cachorra em Beethoven, Leela em Futurama, entre outros.


Leela em Futurama

Em filmes fez Glenn Close interpretando a si própria em Será Que Ele é?, Michaela Odone interpretada por Susan Sarandon em O Óleo de Lorenzo, Penny Sycamore interpretada por Spring Byington em Do Mundo Nada Se Leva, Helen Dupler interpretada por Diane Ladd em Tudo Em Família (1981), Doutora Marcia Fieldstone interpretada por Caroline Aaron em Sintonia do Amor, Rainha Clarisse Renaldi interpretada por Julie Andrews em O Diário da Princesa e O Diário da Princesa 2, Linda interpretada por Patricia Barry em Não Me Mande Flores, Gladys interpretada por Elsie Randolph em Frenesi, Baby Suggs, Vovó Baby interpretada por Beah Richards em Bem Amada, alem das atrizes Vanessa Redgrave em Garota Interrompida e O Senhor dos Ladrões, Gena Rowlands em A Chave Mestra, Quando o Amor Acontece e Sempre Amigos, Judi Dench em 007 - O Amanhã Nunca Morre e Notas Sobre Um Escândalo, Anne Bancroft em Colcha de Retalhos e Tenha Fé, entre outros.

Gladys Karvitz em A Feiticeira

Em séries fez a Doutora Kate Westin interpretada por Melinda O. Fee em O Homem Invisível, Donna Garland interpretada por Donna Bescow em A Extraterrestre, Yolanda Salazar interpretada por Lillian Hurst e Juiza Heller interpretada por Anne Bellamy em Ugly Betty, Valerie Scott interpretada por Deanna Lund em Terra de Gigantes, Márcia, Rainha dos Diamantes interpretada por Carolyn Jones em Batman, Gladys Karvitz interpretada por Alice Pearce e Sandra Gould e a segunda voz de Phyllis Stephens interpretada por Mabel Albertson em A Feiticeira, Peg Bundy interpretada por Katey Sagal em Um Amor de Família, Betty Johnson interpretada por Susie Garrett nas duas dublagens de Punk, a Levada da Breca, entre outras.

Em novelas fez Bufula Branca em Zorro: A Espada e a Rosa, atriz não creditada na produção, Dona Cruz Olivares interpretada por Hada Bejar em Gata Selvagem, Dona Clementina interpretada por Magda Haller em A Vingança, Soledade Cruz interpretada por María Rojo em Amanhã é Para Sempre, Inés Peña de Gómez "Inesita" interpretada por Dora Cadavid em Betty, a Feia, entre outros.

Isaura Gomes é considerada uma das maiores dubladoras de todos os tempos, tendo ficado todas as épocas da dublagem, sempre com sua voz macia e sua facilidade em mudar de voz, como a voz característica pra senhoras negras que sempre gostou de fazer.

Isaura Gomes se aposentou no início de 2014, mas retornou por volta de 2016/17.

Trabalhos:

Desenhos

- Jane Jetson em Os Jetsons (Anos 1960), Os Jetsons (Anos 1980) e Os Jetsons e Os Flintstones Se Encontram
- Wiggy, Cindy e Betty Rubble em Bam Bam e Pedrita e Flintstones Especial
- Betty Rubble em Fred e Barney Show e As Novas Aventuras dos Flintstones
- Martha Wilson em Dennis, O Pimentinha (VHS)
- Álvida em One Piece
- Yan Lin em W.I.T.C.H.
- Madame Teia em Homem Aranha (Anos de 1990)
- Dona do Tom em Tom e Jerry (BKS)
- Zircônia em Sailor Moon Super S
- Rainha Neherenia em Sailor Moon Stars
- Eudial em Sailor Moon S
- Avó Nohara em Shin Chan
- Bruxa da Terra Abandonada em O Castelo Animado (Longa-Metragem)
- Dante em Full Metal Alchemist
- Jenna em Balto (Longa-Metragem)
- Cachorra em Beethoven
- Helen Bennett / Mãe Biônica em Os Seis Biônicos
- Leela em Futurama
- Magno Vivan em Vandread
- Lara em Super Homem (Anos de 1990)
- Cindy em Zé Colméia o Urso Amigo
- Harmonia em A Volta dos Ursinhos Carinhosos (Longa-Metragem)
- Elefanta em Ursinhos Carinhosos e o Quebra-Nozes (Longa-Metragem)

Filmes

- Gena Rowlands em A Chave Mestra, Quando o Amor Acontece e Sempre Amigos

- Judith Anderson em Cinderelo Sem Sapato, Os Dez Mandamentos (2ª Dublagem)
- Judi Dench em 007 - O Amanhã Nunca Morre e Notas Sobre Um Escândalo
- Vanessa Redgrave em Garota Interrompida e O Senhor dos Ladrões
- Sra. Patel (Charu Bala Chokshi) em Quem Não Herda... Fica Na Mesma
- Anne Stanton (Joanne Dru) em A Grande Ilusão
- Dona Clementina (Magda Haller) em A Vingança
- Baby Suggs, Vovó Baby (Beah Richards) em Bem Amada
- Bailarina (Tamara Toumanova) em Cortina Rasgada
- Mamma (Kate Murtagh) em Dr. Detroit e Suas Mulheres
- Mentxu, A Mãe do Salaminho (María Isbert) em Mortadelo e Salaminho
- Frances (Margot Kidder) em Semelhança Mortal
- Helen (Conchata Ferrell) em Edward Mãos de Tesoura
- Anne Bancroft em Colcha de Retalhos e Tenha Fé
- Linda (Patricia Barry) em Não Me Mande Flores
- Gladys (Elsie Randolph) em Frenesi
- Sra. Snell (Priscilla Pointer) em Carrie, A Estranha (2ª Dublagem)
- Rainha Clarisse Renaldi (Julie Andrews) em O Diário da Princesa e O Diário da Princesa 2
- Penny Sycamore (Spring Byington) em Do Mundo Nada Se Leva
- Helen Dupler (Diane Ladd) em Tudo Em Família (1981)
- Dra. Marcia Fieldstone (Caroline Aaron) em Sintonia do Amor
- Donna Garland (Donna Bescow) em A Extraterrestre
- Isabel (Marina Berth) em Jesus de Nazaré
- Juíza Marina R. Bickford (Francesca Roberts) em Legalmente Loira
- Libby Hauser (Dana Ivey) em Legalmente Loira 2
- Glenn Close (Glenn Close) em Será Que Ele é?
- Michaela Odone (Susan Sarandon) em O Óleo de Lorenzo
- Grace Foster (Elizabeth Franz) em O Segredo do Sucesso
- Mona (Brenda Fricker) em Tara Road - Aprendendo a Viver
- Angela (Pamela Reed) em Junior (1ª Dublagem)
- Dra. Kate Westin (Melinda O. Fee) em O Homem Invisível

Séries

- Gladys Karvitz (Alice Pearce e Sandra Gould) e Phyllis Stephens (Mabel Albertson) (segunda voz) em A Feiticeira
- Márcia, Rainha dos Diamentes (Carolyn Jones) em Batman (Anos de 1960)
- Valerie Scott (Deanna Lund) em Terra de Gigantes
- Betty Johnson (Susie Garrett) em Punk, a Levada da Breca (1ª e 2ª Dublagem)
- Peg Bundy (Katey Sagal) em Um Amor de Família
- Yolanda Salazar (Lillian Hurst) e Juiza Heller (Anne Bellamy) em Ugly Betty

Novelas

- Inés Peña de Gómez "Inesita" (Dora Cadavid) em Betty, a Feia
- Bufula Branca (não creditado) em Zorro: A Espada e a Rosa
- Soledade Cruz (María Rojo) em Amanhã é Para Sempre
- Dona Cruz Olivares (Hada Bejar) em Gata Selvagem

Fontes: Dublanet, História da Dublagem, Radiolândia, Revista do Rádio, Universo AIC, Correio Paulistano, Diário da Noite (SP).

sábado, 27 de abril de 2019

Carla Civelli



Biografia:

 

Carla Civelli foi uma diretora de dublagem Carioca.

 

Início

 

Carla Civelli (pronuncia-se Tivelli) nasceu em 1 de Fevereiro de 1920, em Milão, Itália. Nascida em família militar, Carla desde cedo era apaixonada pelo cinema, junto com o irmão Mário Civelli.

 

Cinema na Itália

 

Formou-se na escola Sacre-Coeur, e anos mais tarde estudou música e harpa, chegando a ser concertista por volta dos 18 anos de idade. Por permissão do seu avô, Mário começa a estudar cinema por volta de 1936, e Carla segue os caminhos do irmão um tempo depois. Carla teve como dois grandes professores na arte da montagem de filmes, Marcello Pagliero e Mário Serandei.

 

Com o início da segunda guerra mundial, por volta de 1939, seu pai deixa o posto de general, por haver mudanças dentro do governo, se exila da Itália, e falece 3 anos depois. Nessa ocasião, Mário e Carla tiveram que fazer pequenos filmes mostrando os horrores da guerra.

 

Por volta de 1946, Mário aceita o convite para ser assistente de direção de Dino de Laurentis em filmes no Brasil.

 

No mesmo ano, Carla trabalha como supervisora de roteiro no filme Un Americano In Vacanza, traduzido no Brasil na ocasião para Um Ianque na Itália.

 

Cinema no Brasil

 

Em 1947, Carla vai para São Paulo trabalhar com o irmão, o qual já era diretor dos filmes de Laurentis.

 

Em 1948, vai trabalhar na Atlântida Cinematográfica, de Fénelon e os irmãos Burle. Lá faz alguns trabalhos de relevância. Entre eles É Com Este Que Eu Vou (1948), como assistente montadora, e como montadora em O Caçula do Barulho (1949).

 

Carla Civelli ao lado do corpo técnico da Cinematográfica Maristela (1951)

 

Logo depois retorna para São Paulo, ingressando na Cinematográfica Maristela, que tinha como diretor e escritor seu marido. Trabalha como montadora nos filmes Presença de Anita (1951) e Suzana e o Presidente (1951), ambos escritos e dirigidos por Ruggero.

 

Nota sobre A Família Lero-Lero (1953)

 

Na mesma época também trabalhar na Vera Cruz, trabalhando nos filmes Caiçara (1950), como assistente montadora, O Cangaceiro (1953), montando os negativos de som, e A Família Lero-Lero (1953) e Esquina da Ilusão (1953), como como assistente montadora. Esse último dirigidos por Ruggero.

 

Ruggero Jaccobi, Dulce de Brito e Mário Civelli (1952)

 

Em 1952, seu irmão Mário Civelli monta uma cinematográfica chamada Cinematográfica Multifilmes, na qual ela também atua, nos filmes O Craque (1953) e A Sogra (1954). Ela também participa em outras películas em cinematográficas de menos expressão. Em 1954, da uma pausa no Cinema para se dedicar a TV, e posteriormente se dedica ao Teatro.

 

Em 1957 volta a trabalhar com seu irmão, Mário Civelli, que escreveu e dirigiu o documentário, O Grande Desconhecido.

 

Nota do Correio da Manhã de 3 de Novembro de 1971

 

O único filme dirigido por Carla, foi Um Caso de Polícia! (1959), com o apoio de Giussepe Baldacconi, que foi o responsável pela produção e montagem do filme. O roteiro ficou a cargo de Dias Gomes, que Giussepe contratara. No elenco do filme, figurinhas tarimbadas da TV Rio, como Renato Consorte, Cláudio Corrêa e Castro, Mara Di Carlos, Glória Ladany, Glauce Rocha, entre tantos outros. Muitos desses Carla convidou para ingressar na dublagem, quando ainda dirigia dublagem na ZIV, estúdio de dublagem que funcionava dentro da TV Rio.

 

Teatro

 

Em 1947, na mesma época que chegou em São Paulo, chega a companhia Piccolo Teatro Di Milano, que tinha como diretor Ruggero Jacobbi, pelo qual Carla se apaixonou, e se casou.

 

Por conta desse relacionamento com Ruggero, começa a atuar no teatro. Fazia roteiros, escrevia peças, controlava a direção. Era uma espécie de assistente de teatro.

 

Em 1949, ingressa com Ruggero no grupo Teatro dos Doze no Rio de Janeiro, aonde traduz Tragédia em New York (1949), Simbita e o Dragão (1949) (também no Teatro Alvorada), e Arlequim, Servidor de Dois Amos (1949), todas no Teatro Ginástico.

 

Pelo grupo, passaram os artistas Antônio Ventura, Elísio de Albuquerque, Jaime Barcelos, Luiz Linhares, Renato Restier, Sergio Britto, Sérgio Cardoso, Wilson Grey, Zilah Maria, Tarciso Zanotta, Rejane Ribeiro, e Beyla Ganauer.

 

Indo para São Paulo, entra para o Teatro Brasileiro de Comédia, aonde traduziu a peça A Ronda dos Malandros (1950), com direção de Ruggeri Jacobbi, com o elenco Cacilda Becker, Nydia Licia, Ruy Affonso, Sergio Cardoso, Zilah Maria, Marina Freire, e grande elenco.

 

No mesmo ano, esteve na peça O Homem, a Besta e a Virtude (1950), dirigindo ao lado de Sérgio Britto, com o elenco de Jaime Barcelos, Luiz Linhares, Madalena Nicol, Rejane Ribeiro, no Teatro Royal, em São Paulo.

 

Ainda no mesmo ano, atua como assistente de direção do monólogo A Voz Humana (1950), de Jean Cocteau, com montagem e direção de Ruggero Jacobbi, com o elenco de Madalena Nicol, no Teatro Royal.

 

Em mais uma montagem de Ruggeri Jacobbi, Carla traduz a peça Electra e Os Fantasmas (1950), com o elenco Elísio de Albuquerque, Luiz Linhares, Madalena Nicol, Myriam Carmen, Rejane Ribeiro, Sergio Britto, e Tito Fleury, no Teatro Royal.

 

A última montagem do ano de Ruggero foi Lady Godiva (1950), aonde atuou como assistente de direção, com o elenco Luiz Linhares, Sergio Britto, e Zilah Maria, no Teatro Royal.

 

No ano seguinte, ingressa na Sociedade Paulista de Teatro, aonde dirige a peça O Atentado (1951), de W. O. Somin, com elenco de Madalena Nicol, e Sérgio Brito, no Teatro São Paulo, e posteriormente no Teatro de Cultura Artística.

 

Em 1952, traduz a peça O Tenor Desafinou (1952), no Teatro Municipal, com elenco do Teatro Cômico da Sociedade Paulista de Teatro. Entre eles Sérgio Britto, Jayme Barcelos, Xandó Batista, Elísio de Albuquerque, Silvia Orthof, Salma Yanni, Cecília Garofalo, e David Garofalo.

 

Um tempo depois retorna aos palcos dirigindo pela Companhia Vera Nunes, as peças Pancada de Amor (1953), no Teatro de Cultura Artística, e Teatro Colombo, e Para Servi-la, Madame (1953), no Teatro São Paulo, e Fugir, Casar ou Morrer (1953), no Teatro de Cultura Artística.

 

Na companhia passaram Dinah Mezzomo, Eny Autran, Italo Rossi, Walmor Chagas, Dany Darcel, Francisco Arizza, Honório Martinez, Vera Nunes, entre outros.

 

No mesmo ano, cria a companhia Teatro Permanente das Segundas-Feiras, aonde, traduz a peça O Pequinez e o Diploma (1953), no Teatro Tinb, dirige Pinocchio (1954), no Teatro Tinb, dirige O Pensamento (1954), no Teatro Tinb, dirige a peça O Empréstimo (1954), de Clô Prado, no Teatro Leopoldo Froes, dirige Conflitos Sem Paixões (1954), no no Teatro Tinb, dirige O Prazer da Honestidade (1954), aonde também atua, no Teatro Leopoldo Froes, O Mais Feliz dos Três (1954), no Teatro Leopoldo Froes, e Os Três Maridos de Madame (1955), no Teatro Leopoldo Froes.

 

Uma curiosidade. Na peça O Mais Feliz dos Três, a mãe de Carla Civelli desenhou e costurou os chapéus de época que aparecem na peça.

 

A companhia passa por problemas em meados de 1954, e vários artistas ajudam Carla. Entre eles, a Companhia Os Artistas Unidos, que cederam seu dia de folga semanal no Teatro Leopoldo Froes para Carla apresentar suas peças. Também foi convidada para representar suas peças no Teatro da Cidade, quando o mesmo estivera funcionando.

 

Pela companhia, passaram Marly Bueno, Augusto Machado de Campos, Walmor Chagas, Neide Landy, Theo Braga, Gaetano Cherardi, Herval Rossano, Marcia de Oliveira, Luís Campos, entre outros.

 

Em seguida, dirige a peça O Prazer da Honestidade (1955), com elenco de Célia Helena, Floramy Pinheiro, Ítalo Rossi, Jorge Fischer Jr., José Renato, e Rubens de Falco, no Teatro de Arena.

 

Em 1955, surge o convite de ir novamente para o Rio de Janeiro, para dirigir Cacilda Becker em um espetáculo.

 

Lucrécia Bórgia (1955)

 

No mesmo ano, Carla começa a trabalhar em parceria com Dercy Gonçalves em sua companhia, a dirigindo em diversos espetáculos. Entre eles está Lucrécia Borgia (1955), no Teatro Glória, no Rio de Janeiro, e no Teatro de Cultura Artística, em São Paulo, Miloca, Recebe Aos Sábados (1955), no Teatro Serrador e Teatro Glória no Rio de Janeiro, e no Teatro Santana e Teatro de Cultura Artística, em São Paulo, É Das Birutas Que Eles Gostam Mais (1956-57), no Teatro Glória, no Rio de Janeiro, e no Teatro de Cultura Artística, em São Paulo, Violante Miranda (1958), no Teatro Rival, no Rio de Janeiro, e no Teatro de Cultura Artística, em São Paulo.

 

Na companhia, passaram os artistas Cataldo, Déa Silva, Dercy Gonçalves, Domingos Terras, Jorge Diniz, Luiz Tito, Nena Napole, Roberto Duval, Waldemar Rocha, Palmeirim Silva, Luiz Cataldo, Luiz D'Avila, Lana Alba, Dea Selva, Júlia Farnese, entre outros.

 

Dercy se torna amiga de Carla, como mencionou em uma entrevista, e Carla costumava dar muitas dicas, inclusive na vida pessoal de Dercy, por conta dessa proximidade.

 

Ruggero Jaccobi também chegou a dirigir uma peça de Dercy, chamada A Dama das Camélias (1956).

 

Carla escreveu um texto que foi contado em um programa chamado Cultura Artística na TV, mencionando o quanto era difícil dirigir Dercy Gonçalves. Nele conta as peculiaridades da atriz, e faz os críticos de TV e o público darem risada.

 

Por conta de sua longa atuação no teatro no Rio de Janeiro, ganha em 1955, o prêmio de uma das melhores diretoras teatrais do Brasil pela peça O Mais Feliz dos Três.

 

Luta Até o Amanhecer (1958)

 

Retorna ao teatro posteriormente, se destacando mais uma vez em uma peça, agora como tradutora, chamada Luta Até o Amanhecer (1958), de Ugo Betti, com o elendo de Beyla Genauer, Danton Vampré Jr., Henrique Osvaldo, Isabel Teresa, Labanca, Napoleão Moniz Freire, e Rubens Corrêa, ido aos palcos do Teatro Leme, no Rio de Janeiro.

 

Posteriormente traduz a peça Arlequim, Servidor de Dois Patrões (1965), com o elendo de Aníbal Marotta, Antônio Duarte, Celina Whately, Flávio São Thiago, Hélio Alves, José Rodrigues, Leila Renato, Olney Barrocas, Pedro Proença, Regina Gudolle, E Sérgio Maron, no Teatro Tablado.

 

TV Paulista

 

Nota da Revista do Rádio (1954)

 

Com a chegada da televisão, Carla vai trabalhar com peças teatrais na TV Paulista, dirigindo diversos atores e atrizes de sucessos por vários anos. Ficou muito conhecida por dirigir peças de Nicette Bruno, no programa Teatro de Nicette Bruno na emissora, em 1954.

 

Também dirigiu as peças As Aventuras de Suzana (1954), com Sérgio Britto, Renato Côrte Real e Vera Nunes, e com seu marido como produtor, e Cidinha é Meu Amor (1954), ao lado de Cacilda Becker e Jardel Filho, entre tantas outras peças de sucesso.

 

TV Tupi (SP)

 

Também na década de 1950, trabalha no Grande Teatro Tupi na TV Tupi de São Paulo.

 

Carla em seu início pra TV, também trabalhou na parte de adaptação, iluminação e cenários para as emissoras em que trabalhou.

 

TV Rio

 

Logo da TV Rio

 

Por volta de 1955, retorna a televisão, agora na TV Rio, emissora que seguiu longa carreira, e que foi o ponto de partida dela para a dublagem. No canal, foi a diretora das peças do programa Teatro Philco com Cacilda Becker, ao lado do marido Ruggero Jacobbi que adaptava as peças. Em 1957 o programa vai para a Record com o nome de Teatro de Cacilda Becker, já não mais com Carla na direção.

 

Carla também chegou a atuar, fez uma lady inglesa em O Fantasma de Canterville (1955), ao lado de Cacilda Becker.

 

Estúdio V (1958)

 

Em 1958, começou a dirigir o programa Estúdio V, que ia ao ar todas as segundas-feiras. Depois o programa passou para os domingos com o nome de Teatro dos Domingos, posteriormente mudado para Studio 13. Esse programa começou como experimental, e depois se tornou fixo na grade do canal. O programa revelou muitos nomes da comédia na televisão, graças a ajuda de Carla. Nele trabalhou ao lado de diversos atores e atrizes conhecidos, como Clô Prado, Cleide Yaconis, Margarida Rey, Dulcina, Rodolfo Mayer, Nídia Lícia, Walmor Chagas, entre tantos outros.

 

Entre as peças feitas no programa, estão O Laço de Fita (1958), Dança dos Bilhões (1958), Ernesto de Tal (1958),

 

Nota da Revista do Rádio (1959)

 

Além de peças teatrais, também dirigiu novelas, entre elas Está Escrito no Céu (1958), A Mulher de Branco (1958), Pollyana (1958), com Leila Cavalcanti, Cabocla (1959), e Helena (1959). Também foi roteirista na emissora, tendo, entre outras, escrito a novela Pollyana (1958).

 

TV Tupi (RJ)

 

Também atuou na TV Tupi carioca, entre outras funções traduzindo peças para o canal. Esse era outro dote da diretora, que também atuou dessa maneira algumas vezes no teatro e em outras emissoras de televisão.

 

Vida Pessoal

 

Carla tinha como irmão Mario Civelli que também era cineasta.

 

Em 1947, conhece o diretor Ruggero Jacobbi, que trabalhava na companhia Piccolo Teatro Di Milano, com quem namorou e se casou.

 

Por volta de 1958/59, se divorcia de Ruggero Jacobbi, o qual muda-se para Porto Alegre para ser professor de teatro, e posteriormente retorna à Itália. Pouco tempos depois, Carla conhece o ator Giussepe Baldacconi, com quem teve uma relação estável, indo ambos morarem juntos um tempo depois, sem matrimônio.


Dublagem

 

A dublagem surgiu na vida de Carla, graças a TV Rio. Na ocasião, Carla era diretora de peças teatrais e novelas na emissora, e por conta disso é convidada pela emissora para dirigir em seu futuro estúdio de dublagem pra TV inaugurado dentro do estúdio, chamado ZIV.

 

Carla Civelli


O estúdio foi criado entre uma parceria da primeira empresa de dublagem mexicana pra TV, a Rivatón de América S.A., e a distribuidora americana ZIV Television Programs, Inc, detentora de vários títulos famosos na TV Americana. Assim foi criada a ZIV, que era comandada pelo técnico de som espanhol, e sobrinho de Adolfo De La Riva, dono da Rivatón, Carlos De La Riva Sáez.

 

Com o fim do estúdio por volta de 1959, Carla se interessa por essa vertente artística e resolve abrir um estúdio próprio, porém, a Herbert ficou sabendo sobre isso, e tentou impedi-la (não sabemos se judicialmente ou não), alegando que por ela ser estrangeira não naturalizada brasileira, não podia criar uma empresa em seu nome. Então Carla conheceu Aloísio Leite Garcia, com quem fez uma parceria, sendo ele o dono do estúdio, e ela provavelmente como sócia, e também entrando com o capital para tal. Por conta desse problema com a Herbert, nunca se mostrava oficialmente dona ou sócia do estúdio, passando-se sempre por apenas diretora artística da casa, talvez com medo de uma represália da Herbert, e com isso sua empresa poderia ter problemas na justiça, ou acabar tendo uma imagem negativa no mercado.

 

Nascia então a CineCastro, um dos berços da dublagem carioca, e uma das escolas de dublagem mais completas que o Rio de Janeiro e o Brasil já teve.

 

A origem do nome CineCastro tem tudo a ver com a história de Carla Civelli. Desfragmentando o nome, Cine vem de Cinema, por se tratar de um estúdio de cinema, que eram os estúdios mais completos para tal, e Cinema também significa arte de fixar e reproduzir imagens, e Castro, que do italiano significa Castelo, Fortaleza. Palavra usada na época do império romano, que localizava-se em Roma, na Itália, sua terra natal. Assim sendo, um fortaleza da reprodução artística de imagens, com um toque italiano.

 

Carla não só era dona, como também era diretora artística e de dublagem da casa. Chamava os atores que conhecia do tempo de TV Rio, e artistas do Rádio, principalmente da Rádio Nacional. Com o volume de trabalho na empresa, acaba abandonando a televisão, o teatro e o cinema.

 

No estúdios desfilaram grandes artistas da TV, Teatro e Rádio, primeiramente tendo uma forte influência da TV e do Teatro, como por exemplo Nicette Bruno, Mara Di Carlo, Cláudio Cavalcanti, Natália Timberg, Theresa Amayo, Hugo Carvana, Maria Fernanda Meireles, Cecília Meireles, Sérgio Cardoso, Miéle, Dorinha Duval, Daniel Filho, Tito de Míglio, Cláudio Corrêa de Castro, Adriano Reys, Diana Morel, Glória Ladany, Norma Blum, Sônia de Moraes, boa parte deles da TV Rio, e outros do Teatro. Já do Rádio pessoas como Neuza Tavares, Domício Costa, Luiz Manoel, Rodney Gomes, Paulo Gonçalves, Isaac Bardavid, Neyda Rodrigues, Ângela Bonatti, Pádua Moreira, Carmen Sheila, Waldyr Sant’anna, Ronaldo Magalhães, Cordélia Santos, alguns deles á trabalhava com ela na ZIV, outros vieram por indicação dos colegas, e outros da Herbert, que já estava inseridos no mercado, e foram a procura de novos estúdios para trabalhar.

 

Entre suas direções de dublagem, estão desenhos, séries e filmes como O Príncipe Dinossauro, Bat Masterson, Os Intocáveis, O Grupo, entre tantas outras.

 

Com o tempo, Carla foi criando um cast de diretores de dublagem na empresa para lhe darem suporte, como Allan Lima, Milton Rangel, Ary de Toledo, Ângela Bonatti, Luiz Manoel, Roberto Maia, Alberto Perez, entre tantos outros.

 

Por volta de 1971, Carla resolve expandir seu mercado, e cria estúdios em São Paulo, pedindo para Emerson Camargo cuidar dos mesmos. Lá obteve o elenco da AIC e Odil Phono Brasil, e diretores de dublagem como Silvio Navas, o próprio Emerson Camargo, José Miziara, entre outros. Também costumava mandar dubladores do Rio para dublarem em algumas produções no estúdio. Em 1973, Emerson se retira da dublagem como um todo, e José Miziara fica em seu lugar. Alguns meses depois, Carla pede a Miziara para ir dirigir dublagem na CineCastro do Rio, deixando Carlos Campanile em seu lugar, ficando no comando da filial paulista por alguns meses, quando a mesma fecha as portas.

 

Nota do Jornal do Brasil de 11 de Janeiro de 1975

 

Em 1973, Carla se retira da CineCastro, e vai trabalhar na empresa de dublagem Televox, de Paulo Amaral, localizada no bairro de Flamengo. Pouco tempo depois, por conta do crescimento da Herbert Richers pela parceria com a gigante Rede Globo, e por ter gasto muito dinheiro com a filial paulista, a CineCastro acaba sendo comprada pela Televox, tendo no ano seguinte, em 1974, sido batizada como Televox. O estúdio funcionou até 1975.

 

Na Televox, dirigiu algumas produções, como A Pantera Cor-de-Rosa, O Ataque dos Mil Aviões, entre outros.

 

Com o fim da empresa, Carla tentou voltar para o cinema. Chegou a trabalhar com o marido, Guiseppe, no filme O Seminarista em 1977, no departamento de som. Seu marido era o editor do filme. Provavelmente trabalharam juntos. No filme tinha Ida Gomes, outra de suas amigas do tempo da TV, que levou para a CineCastro anos antes.

 

Na época, foi diagnosticada com Leucemia. No final de 1977, foi hospitalizada em estado grave no Hospital do 4º Centenário, vindo a falecer em 11 de Novembro de 1977, deixando uma sobrinha, muitos colegas e amigos desamparados, e o público de um trabalho primoroso como só ela sabia fazer.

 
Trabalhos de Direção de Dublagem:

 

Filmes

 

- O Grupo (1966)

- O Ataque dos Mil Aviões

- A Malvada

- A Pantera Cor-de-Rosa (1963)

 

Séries

 

- Bat Masterson

- Os Intocáveis

- I Love Lucy (1ª Dublagem)

 

Desenhos

 

- O Príncipe Dinossauro (Kaiju Ouju)


Fontes: Acervo Pessoal, O Cruzeiro, Revista do Rádio, Wikipédia, Antonieta Matos, Carmen Sheila, IMDB, Portal Brasileiro de Cinema, A Scena Muda, Jornal das Moças, Virginia Maria de Souza Maisano Namur, Carlos Amorim, Rafael de Luna Freire, História da Dublagem, Wikia, Origem do Sobrenome, Italiamiga, Portal Brasileiro de Cinema, Estadão, Roda Viva Fapesp, Dublanet, Lionel23, Márcio Seixas, Correio da Manhã, Sumara Louise, Paulo Borges, Acervo Memória Civelli, Patrícia Civelli, Última Hora, Radiolândia, Imprensa Oficial.

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