domingo, 8 de março de 2020

Roberto Barreiros



Arquivo de Som:

Tartaruga Tuchê em Tartaruga Tuchê



Biografia:

Roberto Barreiros foi um dublador Paulistano.

Início

Roberto Barreiros nasceu em Jundiaí, São Paulo.

Roberto começou a carreira como contra-regras na Rádio Clube de Ribeirão Preto nos anos de 1940. Posteriormente, se tornou locutor, radioator, comediante e diretor da emissora.

Roberto Barreiros nos anos de 1950

Nessa ocasião, adotava o nome artístico de Roberto Barreiro, sem o S no final.

Rádio Record

Por volta de 1950, muda-se para São Paulo, e ingressa nas Emissoras Unidas, indo trabalhar na Rádio Record.

Edith Moraes e Roberto Barreiros (1956)

Na emissora, atuou nos humorísticos, A Felicidade Bate a Sua Porta (1955), e nos programas O Sal da Semana (1956), ao lado de Adoniran Barbosa, Para Cada Coração Uma Sensação (1956), Recolhendo o Folclore (1956), História das Malocas (1957), Estação do Norte (1957), e Dicionário da Gíria (1957).

Roberto Barreiros (1957)

Em novelas, esteve em Para Cada Coração Uma Sentença (1955-56), A Vida Tumultuada de Tenório Cavalcanti (1956), e Doze das Doze (1957).

Rádio São Paulo

Em 1957, ingressa na Rádio São Paulo, do mesmo grupo das Emissoras Unidas. Na emissora, entre outros, atua na novela A Última Gargalhada (1957), ao lado de Arlete Montenegro.

Rádio Piratininga

No ano seguinte, ingressa na Rádio Piratininga, também das Emissoras Unidas, e atua na novela Recalque (1958).

Rádio São Paulo

Roberto Barreiros (1957)

De volta a Rádio São Paulo, atua nas novelas Quando Cantam As Cigarras (1959), A Filha do Diretor do Circo (1959), e Lágrimas de Sangue (1960).

Rádio Clube de Ribeirão Preto

Em 1960, retorna para Rádio Clube de Ribeirão Preto.

Rádio Nacional (SP)

Volta a São Paulo pela OVC em 1961.

Roberto Barreiros (1970)

Em seu retorno, resolve dar uma repaginada no visual, o transformando em mais jovial, contemporâneo, como também adiciona o S a seu sobrenome, ficando assim Roberto Barreiros.

Na emissora, atuou no humorístico Programa Manoel de Nóbrega (1962), ao lado de Carlos Alberto de Nóbrega, Ronald Golias, Pitanga, e outros.

Rádio Record

Não temos certeza, mas parece ter retornado a Rádio Record em 1964, para atuar em comédia.

Rádio Guanabara

Em 1971, vai para o Rio de Janeiro, aonde ingressa na Rádio Guanabara. Teve na emissora um dos programas mais famosos da casa.

Rádio Record

Por volta de 1982, mantinha um programa musical diário nas madrugadas da Rádio Record. O programa ia ao as das 2 as 3 da manhã. Em 1984, seu programa começa perto de amanhecer, e termina as 8 da manhã.

Rádio Globo

Posteriormente vai para a Rádio Globo.

Rádio Aparecida

Em 1987, ingressa na Rádio Aparecida.

Radio Gazeta AM

Nos anos 2000, trabalhou na Rádio Gazeta AM - 890 kHz em São Paulo, apresentando flashback nacionais da 1 as 5 da manha.

TV Paulista

Sua primeira atuação na TV foi em 1962 na TV Paulista.

Roberto Barreiros de Teobaldo (1969)

Trabalhou na Praça da Alegria (1962), ao lado de Manuel de Nóbrega, interpretando o personagem Teobaldo. Com a ida do programa para a Record, só retorna ao programa anos mais tarde, quando também se transfere para a emissora.

Roberto e grande elenco em Miss Campeonato (1963)

Entre outros humorísticos na emissora, esteve em Folias do Golias (1961), Bar do Ponto (1961), ao lado de Luís Pini, Zilda Cardoso, Borges de Barros, TV Se Te Agrada (1961), ao lado de Canarinho e Borges de Barros, Bar do Ponto (1962), ao lado de Zilda Cardoso, Borges de Barros e Luís Pini, Escolinha de Grupo (1962), de Manoel de Nóbrega, interpretando o Secondino, Clube da Alcachofra (1962), Zilomag Show (1962), ao lado de Canarinho e Ronald Golias, Zilda em 23 Polegadas (1963), ao lado de Zilda Cardoso, Miss Campeonato (1963), atuando como Mosqueteiro, Heber, Cynar e Simpatia (1963), Espetáculos (1964), programa próprio, A Cidade Se Diverte (1965), ao lado de Ema D'ávila, entre outros.

Roberto Barreiros (1963)

Em teleteatro, atuou no programa O Colecionador de Emoções, em peças como Enlouquecendo (1961), ao lado de Waldir Guedes, em peças no programa Obrigado, Dr. (1962), e em peças de outros programas, como Vidas Em Canções (1962), ao lado de Mário Lúcio de Freitas, Marcelo Gastaldi, Márcia Cardeal e outros.

TV Record

Em 1966, se transfere para TV Record.

Roberto Barreiros (1964)

Na emissora, atua em diversos humorísticos, entre eles, Praça da Alegria (1966-70), retornando com seu personagem Teobaldo, atuando ao lado de Manoel de Nóbrega, Simplício, Ronald Golias, Chocolate, Zilda Cardoso, Maria Tereza, Ema D'Ávila, Roni Rios, Walter D'Ávila, Viana Jr., e Borges de Barros. O programa encerrou em 1970, mas foi reprisado até 1971.

De Que Se Trata (1969), ao lado de Jaqueline Myrna, Ronald Golias, Chocolate, Simplício, Maria Tereza, Vagareza e Walter D'Ávila, com textos de Manoel e Carlos Alberto de Nóbrega.

Uma Graça, Mora! (1969), ao lado de Ronald Golias, Simplício, Valéria Luercy, Walter D'Ávila, Germano Pimentinha, Roni Rios, Ankito, Vagareza, Renato Aragão, Walter Stuart, e outros.

E Hotel do Sossego (1969), ao lado de Walter D'Ávila, Jacqueline Myrna, Walter Ribeiro dos Santos, Simplício, e Ema D'Ávila.

Na década de 1970, comandou um programa próprio na emissora chamado Porteira Para o Sucesso, no qual revelava novos talentos da música. Foi um programa de curta duração.

TV Tupi (SP)

Por volta de 1974, ingressa na TV Tupi, aonde atua, eventualmente, no infantil Essa Gente Inocente (1974-75), de Lúcio Mauro. Em 1974, apresentou A Dama e o Vagabundo (1974), com Edy Cerri e Teobaldo (Roberto Marquis), no programa.

Roberto Barreiros (1967)

Ainda esteve nos humorísticos, Agência Lig-Pag (1975), ao lado de Stenio Garcia, Clarice Piovesan, Mária Tereza, Ankito, Aizita Nascimento, Walter D'Ávila, Chocolate, Sérgio Brito (cantor), e outros.

E Alegríssimo (1975), ao lado de Walter D'Ávila, Maria Tereza, Nádia Maria, Paulo Celestino, Geraldo Alves, e outros.
   
Rede Globo

No mesmo ano, vai para a Rede Globo, aonde atua no humorístico, Azambuja (1975), ao lado de Chico Anysio, Dorinha Duval, Ítalo Rossi, Arnaud Rodrigues, e outros.

TV Tupi (RJ)

Roberto Barreiros (1969)

Em 1977, é contratado pela TV Tupi do Rio, para atuar no humorístico, Domingo é Dia de Graça (1977), com apresentação de Costinha, ao lado de Maria Tereza, Paulo Celestino, Rony Cócegas, Older Cazarré, Ferrugem, Renato Restier, Rogério Cardoso, Valery Martins, Older Cazarré, e outros.

Rede Globo

No final dos anos de 1970, participa do programa Os Trapalhões (1979), no episódio Conversa de Botequim, cantando ao lado de Wanderley Cardoso.

TVS

Nos anos de 1980, retorna à São Paulo e ingressa na TVS, aonde fez parte do elenco do humorístico, Reapertura (1982), nos quadros Minuto no Copa, e Canta e Chora, Aparecido.

Roberto Barreiros (1971)

Também atuou no humorístico, A Pensão da Inocência (1982), ao lado de Walter Stuart e Liana Duval.

TV Record

Na TV Record, participou algumas vezes do Especial Sertanejo (1984-85), com apresentação de Marcelo Costa.

Música

No âmbito musical, Barreiros teve uma longa carreira. Cantava o gênero musica popular de sua geração, com algumas influências das baladas americanas de sua época. Gravava muito nos estúdios paulista, Chantecler, principalmente por volta de 1967. Fez muito sucesso com a musica Vou Morrer de Rir em 1966, dentre muitas outras.

Alem de seu gênero musical típico dos anos de 1960 e 1970, Barreiros também começou a gravar musicas sertanejas, tendo sido o primeiro cantor a gravar a musica Rosto Molhado, de sucesso no meio musical em questão.

Roberto Barreiros (1984)

No final dos anos de 2000, viajava o Brasil cantando, tanto suas musicas de sucesso, quanto covers sertanejos.

Roberto também chegou a gravar marchinhas pra carnaval, como Vai Catarina (1964), para o Carnaval de 1965.

Entre seus singles e álbuns, temos:

Singles / EP's: Foi João / Vai Catarina (1965), Metade Cachorro, Metade Homem / Vou Morrer de Rir (1966), Pingue-Pongue / Buck Jones (1966), Não Quero Voltar Atrás / Chorei Só de Pensar (1967), Eu Duvido / Tudo de Bom (1967), Querida / Esta Noite Estou Aqui (1968), Eu Gostava Muito de Você, Sabe? / E Você Será Minha (1968), Querida / Eu Gostava Muito de Você, Sabe? / Jeito de Brigar / Não Quero Voltar Atrás (1968), Gosto de Você Mais do Que de Mim / Eu Não Vivo Sem Você (1968), Um Beijinho Só / Tão Belo Era Outrora (1969), Sempre Só - Baila, Maria (1969), Neurastênico / Só Por Pirraça (1969), e Canoeiro / Arquimede Pitagórico.

Recado de Amor / Justo Nesta Noite (1970), Basta um Sorriso / Por Querer Como Te Quero (1970), O Largo da Igrejinha / Tão Belo Era Outrora / Entre Rosas e Espinhos / Sempre Só (1970), Que Bom que Existe Amor / Uma Noite na Praia (1972), Alô Doçura / Jovem Que Vai Cantando (1973), Domingo / Não Quero Mais Chorar / Porque Será que Eu Gosto Tanto de Você? / Não Vale a Pena Viver Sem Sorrir (1975), Só / Vou Partir (1975), Tema de Vilma / Minha Decisão (Atlântica) (1976), Tema de Vilma / Só / Vou Partir / Minha Decisão (Atlântica) (1976), Querido Papai / Pode Esperar (1977), O Carro e a Faculdade / Estória de um Prego / A Saudade Vai / Mineirinha (1979), Orgulho / Maria, Minha Maria / Deus Está Tão Triste / Tão Belo Era Outrora (1979), e Ainda Gosto de Você, Junto de Ti (1982).

Álbuns / LP's / CD's: Roberto Barreiros (1967), Vou Cantando (1971), Roberto Barreiros (1978), O Interiorano (1980), Roberto Barreiros (1984), Roberto Barreiros (1990), Roberto Barreiros (1994), Dose Dupla (1999), e Bis Sertanejo (2000).

Cinema

No cinema, foi convidado pela primeira vez no ano de 1965, mas acabou não fechando contrato.

O único filme que participou, foi Zé Sexy... Louco, Muito Louco Por Mulher / Zé Sexy e As Garotas (1975).

Prêmios

Em 1963, ganhou o Troféu Imprensa como melhor revelação de 1962, ao lado de Georgia Gomide. O prêmio era dado para melhores artistas do Rádio e Televisão do Brasil, tendo sido criado pela Revista São Paulo na TV, e a votação era feita no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo.

Em 1964, ganhou o prêmio Roquette Pinto como melhor comediante.

Curiosidades

Antes de ir para São Paulo, Roberto exerceu a função de diretor geral da PRA-7 de Ribeirão Preto, onde um fato curioso lhe aconteceu. Tão jovem no cargo, um dia o cantor Vicente Celestino chegou na emissora e pediu para falar com o diretor.

Roberto Barreiros se apresentou e surgiu o seguinte diálogo:

Vicente: Eu quero falar com o diretor.
Roberto: Eu sou o diretor da Rádio.
Vicente: Você está gozando com a minha cara, seu moleque.

Vida Pessoal

Em sua vida pessoal, se casou com Neide Stardine em Setembro de 1957. Pouco tempo depois nascia Roberto (conhecido como Robertinho).

Dublagem

Na dublagem, ingressou em 1961 na GravaSon, levado por Older Cazarré, que procurara atores para dublar os desenhos de Hanna Barbera que dirigira na emissora, trazidos para o Brasil pela Screen Gems. Barreiros fez um contrato direto com a distribuidora. Pouco tempo depois, a Screen Gems cria uma parceria fixa com o estúdio e o transforma em AIC. Barreiros permanece pouco mais de 2 anos no estúdio.

Tartaruga Tuchê

Entre tantos dubladores marcantes nos desenhos de Hanna Barbera, como Waldir Guedes, o próprio Older Cazarré, Lima Duarte, e outros, Barreiros é mais um que é guardado no imaginário brasileiro como a grande voz dos desenhos da empresa, como dos desenhos como um todo.

Babalú

É dele a voz de Jambo e Ruivão, na extinta dublagem da série animada. Do fiel escudeiro de Pepe Legal, Babalú. Do perspicaz dono de Wally Gator, Senhor Twiddle. Da heroica Tartaruga Tuche. Do caçador Major Menor de Leão da Montanha. E de tantos outros personagens.

Apesar de ter tido um contrato curto na profissão, retornou outras vezes para dublar na emissora, como foi o caso da série de filmes, Os Mistérios do Rosário, aonde atuara por volta do ano de 1966.

Roberto Barreiros faleceu no dia 20 de Janeiro de 2020, vítima de infarto.

Trabalhos:

Filmes

- José Caifás (Félix Acaso) em Os Mistérios do Rosário: O Redentor

Desenhos

- Jambo, Ruivão e o narrador em Jambo e Ruivão (1ª Dublagem)
- Babalú em Pepe Legal
- Major Menor em Leão da Montanha
- Sr. Twiddle em Wally Gator
- Tartaruga Tuche em Tartaruga Tuche
- Uniblab (segunda voz) em Os Jetsons
- Moscado em Mosquito, Mosquete e Moscado
- Wally em Butch Cassidy e Os Sundance Kids
- Vovô Jetson no episódio A Visita do Vovô em Os Jetsons
- Duende no episódio Sham-Rocked em Lippy e Hardy

Fontes: Diário da Noite, Acervo Pessoal, Revista do Rádio, Correio Paulistano, IMDB, Radiolândia, Jornal do Comércio, Jornal do Brasil, Letras.com.br, Recanto Caipira, Mercado Livre, Universo AIC,  Dalva Baldocchi, Maycon Vinicius, Vanderlei Oliveira, Antonio Carlos Caparroz.

5 comentários:

  1. Grande talento que merece todas as homenagens. Roberto faleceu no dia 20 de janeiro de 2020, vítima de enfarto, aos 83 anos de idade.

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  2. Triste perder um talento desses, tive prazer de conhece-lo pessoalmente, super amavel. sentirei falta.

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  3. Na verdade o Roberto Barreiros nasceu na cidade de Jundiaí, es5ado de São Paulo. Ele próprio me contou essa passagem, quando trabalhei com ele, durante mais de seis anos, aqui na rádio Difusora de Jundiaí. Ele tinha programa diário, das 12h30 às 14h00. Ele gravava os cinco programas às terças-feiras. Chegou a alm9çar na minha casa, em 1980. Tenho a gravação dos agradecimentos dele em seu programa 'Roberto Barreiros'. Meu nome é Antonio Carlos Caparroz, sou jundiaiense, jornalista - DRT 61.107/SP.

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    1. Olá, Antônio! Tudo bem?

      Por um acaso, você tem a oração de São Cristóvão narrada pelo Roberto Barreiros?

      A única coisa que sei é que ele fez a locução em um de seus programas de rádio, mas não sei se foi na Rádio Difusora, Rádio Record ou Rádio Aparecida.

      Há muitos anos procuro por esta oração!

      Grande abraço,

      João Victor.

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