Arquivo de Som:
Inspetor Kanoff (Patrick Troughton) em A Górgona
Biografia:
Antônio de Freitas foi um dublador Paulistano.
Início
Antônio de Freitas
começou a carreira trabalhando na Prefeitura de São Paulo, e
posteriormente à noite atuava em espetáculos no circo.
Teatro
Atuou no circo
desde o início dos anos de 1940, como também no teatro. Por conta do
trabalho em rádio, se afastou de ambos.
Antônio de Freitas (1956)
Em 1959, participa da
tradicional apresentação do elenco da Rádio São Paulo no Circo Piolim,
representando a peça do quadro Semana Santa, intitulada O Mártir do
Calvário (1959). Na representação, esteve ao lado de Dalva Costa,
José de Freiras, Elvira Samara, Arlete Montenegro, Marcelo Ponce, Gessy
Fonseca, Ézio Ramos e Gastão Malta. Se repetiu em 1960.
Em 1961, foi
representada no Teatro Record, com direção de Antônio, e com nome de
A Vida, Paixão e Morte de Jesus (1961). No ano seguinte ocorre o mesmo, mas com o retorno do nome
da peça para O Mártir do
Calvário (1962).
Viveu Jesus na semana
santa no circo e no teatro desde início dos anos de 1940.
Em seguida, esteve na peça Sem
Entrada e Sem Mais Nada (1961), pela Companhia Teatro Brasileiro de
Comédias, no Teatro Maria Della Costa, ao lado de Eva Wilma, Liana
Duval, Mauro Mendonça, João José Pompeo, J. França, Gervásio Marques,
e Gustavo Pinheiro.
Rádio São Paulo
No rádio, começou no
início da década de 1940 como rádioator e
diretor de rádionovelas. Antônio foi um
importante rádioator, tendo passado pelas principais rádios de São
Paulo.
Antônio de Freitas (1943)
Em 1943, já estava na
Rádio São Paulo, e atuava principalmente como contra-regras.
Como rádioator, atua nas
novelas O Solitário (1944), de Ceci de Alencar, Um Estranho
Casamento (1944), de Otávio Augusto Vampré, Amargura (1949), O
Outro Lado da Vida (1949), Vida Em Tormento (1949), Abandonada
(1949), Maria Madalena (1949), Ninho de Víboras (1949), Carmen
(1950), A Lua no Meu Quarto (1950), Amor Triunfante (1950), Pecado
de Mulher (1950), A Crucificada (1951), de Urbano Reis, Você Me Fez
Perversa (1951), A Rua Dos Sonhos Perdidos (1951),
Além de suas participações em
novelas, teve grande presença também nos programas teatrais da emissora. Entre
eles, o programa Teatro de Urbano Reis, em peças como A Louca (1949).
O programa Teatro de Aventuras,
nas peças Juca
Valente (1950), Rádio Patrulha (1950), Forasteiro (1951), O Império
do Sol (1958), Hiran, o Fenício (1959), Comandante Taylor (1959), O
Filho Pródigo (1959), e Miguel Strogoff (1959).
E no famoso programa, Grande Teatro Royal,
nas peças
Sinhá Moça Chorou (1950), Yayá Boneca (1950), Vontade Sobrehumana
(1950), Uma Aventura Singular (1950), Iracema (1950), O Prelúdio da
Morte (1950), O Sinal de Deus (1951), Sacrificados (1951), Marcha
Nupcial (1951), Frei Antonio das Chagas (1951), A Canção de Minha
Ternura (1951), O Amor Que Não Morreu (1951), e O Rosário (1951).
Além disso esteve também nos
programas Grande Teatro de Contos, na peça
Noturno em Si Bemol (1950), Grande Teatro do Azeite
Rita, nas peças Desespero (1950), Criminoso (1951), Teatro Popular de Arte,
na peça
Morro dos Ventos Uivantes (1951), e por fim Teatro de Cultura
Popular, na peça Hamlet (1951), com protagonismo do ator teatral, Sérgio
Cardoso, que mais tarde encenaria a mesma peça no teatro por sua
companhia.
Também participou do programa Quem é
o Culpado? (1950).
Como diretor, dirigiu e ensaiou
elenco para o programa Grande Teatro do Azeite Rita (1950-51), como
a direção geral do programa Grande Teatro Royal (1951).
Em novelas, dirigiu Marcha Nupcial
(1951), e A Rua Dos Sonhos Perdidos (1951).
Rádio Record
Antônio de Freitas e Dalva Costa (1952)
Em 1952, é contratado pela Rádio
Record, para ser diretor de rádioteatro da emissora. Permaneceu pouco tempo na
emissora, retornando a Rádio São Paulo no ano seguinte.
Rádio São Paulo
De volta a Rádio São Paulo, atuou nas
novelas Ângela de Monte Cristo (1954), de Cardoso Silva, A Vida Continua
(1956), Macumba (1956), Alguém Morrerá Esta Noite (1956), Melodia
Inesquecível (1957), de Ciro Bassini, Se a Felicidade Não Fosse Plural (1957),
de Hélio Tys, Depois Que a Noite Passou (1958), de Dulce Santucci, Lembrança
de Roberta (1958), Lembranças de Roberta (1959), Magia Verde (1959),
Nos Dias Impares (1959), Quando Cantam As Cigarras (1959), Algemas
Partidas (1959), Alma Danada (1959), e Nega Fulô (1959).
Arlete Montenegro, Gessy Fonseca, Odete Lyz, Álvaro de Albuquerque, Celso Marival, Oswaldo Calfat, e Antônio de Freitas (1958)
Na década de 1960, atuou nas novelas O Homem Que
Perdeu a Alma (1960), Sorrir Para Mim (1960), Alma em Flor (1960),
Miguel Strogoff (1960), O Homem Que Perdeu a Alma (1960), de Janete Clair, A
Casa dos Sete Candieiros (1960), de Dias Gomes, Quase Menina (1960), de Mário
Lago, O Foragido (1960), de Roberto Mendes, Ela Voltará Um Dia (1961), de Janet
Clair, A Divina Solange (1962), de Mário Lago, Maria Sem Pecado (1962), O
Escravo Branco (1962), de Ivani Ribeiro, Um Coração Entre Espinhos (1962), de
Ivani Ribeiro, No Palco da Vida (1962), de Roberto Mendes, Fronteira do Inferno
(1962), de Raimundo Lopes, Dois Amores (1962), e Noite Ilustrada (1963).
Uma curiosidade para a novela A Voz do Sangue (1953),
em que participa. A escritora da novela Yara
Navarro, os atores Nélio Pinheiro, Leonor Navarro, Waldemar Ciglioni e Sônia
Ciglioni, e os sonoplastas Francisco Magalhães e Benito de Nardo haviam ganhado
o Roquete Pinto referente ao ano de 1952, inclusive Antônio.
No início da década de 1950,
aconteceu um caso curioso com Antônio. Ele atuava em uma novela de Raimundo
Lopes na emissora, aonde interpretava o vilão. Após o último capítulo da novela,
Antônio teve sair escoltado por um camburão da polícia pelos fundos do estúdios,
porque a frente da rádio estava cercada de ouvintes furiosos com seu personagem.
Roberto de Carvalho, Antônio de Freitas, Ciro Bassini, Plínio de Oliveira, e Mário Jorge (1956)
Em programas teatrais, esteve em Grande Teatro Royal,
nas peças Noivas de Maio (1956), Perdão, Meu Filho (1958), Guerra e Paz
(1958), Vingança Cigana (1958), Algemas Partidas (1959), e Pierre Venguer
(1959), Teatro União, na peça O
Ferroviário (1958), e por fim Grande Teatro Dramático, nas peças
O Retrato de Dorian Grey (1956), Rui Barbosa (1958).
Também atuou no seriado Guilherme Tell
(1958).
Como diretor, voltou a dirigir e
ensaiar elenco para o programa Teatro do Azeite Rita (1953-59).
Também dirigiu peças no programa
Teatro de Aventuras, como Ziegfield (1957).
Em novelas, dirigiu
Preço do
Silêncio (1953), O Garoto Do-Re-Mi (1956), Em Cada Coração, Um Amor
(1958), Vidas Entre Sombras (1959), Quando Cantam As Cigarras
(1959), A Eterna Sombra (1959), e Carne de Minha Carne (1959).
Rádio Record
Esteve na Rádio São Paulo
até por volta de 1963/64, quando parte para a Rádio Record.
Em 1964, participa
eventualmente do Teatro Manuel Durães na emissora.
Rádio São Paulo
De volta a Rádio São
Paulo, atua na novela
de Iara Cúri, O Delator (1965).
Rádio Mulher
Em 1976, esteve na Rádio
Mulher, ao lado de vários colegas de trabalho, como Gilmara Sanches,
Ézio Ramos, Gessy Fonseca, Gervásio Marques, Judy Teixeira, Maria
Aparecida Alves, Oswaldo Calfat, e outros.
Atuou na emissora em
peças e novelas de nomes como Ivani Ribeiro, Janete Clair, J.
Silvestre, Dulce Santucci, Urbano Reis, e outros. Acredito que tenha
sido a última emissora que tenha trabalhado.
TV Record
Antônio de Freitas, Waldemar de Morais, Talita de Barros e Carlos Araújo (1955)
Na TV, atuava no programa Teverama
da TV Record, em meados dos anos de 1950, em peças como A
Volta do Frankenstein (1955), ao lado de Waldemar de Morais, Talita
de Barros e Carlos Araújo.
Cinema
No cinema, participou de
filmes, como: O Palhaço Atormentado (1948), ao lado de Arrelia e
Osmano Cardoso.
Em 1961, Antônio, ao lado
de vários colegas da Rádio São Paulo, participou de um filme chamado
Passageiros da Vida (1962). Entre os colegas que atuaram, estava seu
irmão José de Freitas, Deise Celeste, Elaine
Cristina, Marthus Mathias, Osvaldo de Barros, Dalva Costa, entre
outros. O filme foi produzido, dirigido, escrito e roteirizado por
Jorge Della Vecchia.
Curiosidades
Antônio de Freitas (1955)
Em 23 de Abril 1955,
próximo a sua casa, Antônio foi vítima de um atentado a faca por seu
vizinho, que há muitos o ameaçava por adquirir preferência de venda
do dono do terreno ao lado de suas casas. Esse atentado, perfurou
seu fígado, pâncreas e estomago. Na ocasião, Antônio ainda conseguiu
dirigiu seu veículo até uma rua movimentada, quando foi ajudado a ir
ao Hospital das Clínicas, na capital paulista. Foi operado, se
recuperou e logo em seguida voltou para casa. Na ocasião, a revista Radiolândia fez uma reportagem com Antonio mostrando sua recuperação
e os cuidados que teve em seu lar de sua esposa Linda.
Prêmios
Em 1952, ganha o
prêmio de melhor rádioator central de 1951 do rádio paulista,
concurso esse promovido pela ABEARRE, Associação Beneficente dos
Empregados e Artistas da Rádio Record, e realizado no dia 22 de
Janeiro de 1952, com o júri composto por Carlos Mendonça, da
Associação das Emissoras de São Paulo, Mário Julio Silva, da
Associação Brasileira de Críticos Teatrais, Denis Brean, da
Associação Brasileira de Cronistas de Disco, Edmur de Castro Cotti,
das Agências de Publicidade, e a escritora Maria de Lourdes Lebert.
Antônio de Freitas (1955)
Em 1953, recebe
outro prêmio por sua atuação como rádioator, o Roquete Pinto. O
Roquete Pinto era o maior prêmio para um artista na ocasião, seja
ele do rádio, televisão, teatro ou cinema. Um feito, com certeza na
carreira de Antônio. O prêmio foi referente a categoria de melhor
rádioator central do ano de 1952.
Em 1956, ganha novamente o
prêmio Roquete Pinto como melhor rádioator central de 1955. Em 1961, ganha o prêmio
de radioator central paulista pelo ano de 1960. E em 1963, chega a
ganhar um terceiro prêmio Roquete Pinto por sua atuação no rádio.
Vida Pessoal
Antônio era irmão do também rádioator, José de Freitas, com quem também atuou na dublagem,
e do ator circense, Mário de Freitas.
Se casou na década de
1940 com Linda de Freitas, com quem constituiu família. Foi mais a
sua família morar no bairro da Parada Inglesa, zona norte de São
Paulo.
Dublagem
Na dublagem, entrou por
volta de 1967/68 na AIC, atuando junto com seu irmão José de Freitas,
com quem também trabalhava na Rádio São Paulo. Também atuou por alguns
anos na Ibrasom.
Chefe O'Hara
Entre seus personagens
fixos, temos primeiramente o Policial Chefe O'Hara interpretado por
Stafford Repp na primeira e segunda temporadas de Batman, a primeira voz de Reuber Kincaird em A Família Do-Re-Mi,
entre outros.
Inspetor Kanoff
Em filmes foi o Inspetor
Kanoff em A Górgona, Coronel Wilkinson interpretado por Mervyn Johns
em Os Heróis de Telemark, Doutor Saunders interpretado por Gene
Lockhart em Amar Foi Minha Ruína, entre outros.
Houve um equivoco, aonde
creditaram Antônio como a segunda voz de Shemp Howard, porém foi se
descoberto que aquela voz é de Waldir Wey.
Nos anos de 1970, também
foi diretor de dublagem na Álamo. Continuou na dublagem até meados,
final dos anos de 1970, tanto na AIC, quanto na Álamo, quando se
afastou da profissão.
Veio a falecer no início
dos anos de 1980, por volta de 1982/83.
Trabalhos:
Filmes
- Coronel Wilkinson (Mervyn Johns)
em Os Heróis de Telemark
- Inspetor Kanoff (Patrick
Troughton) em A Górgona
- Dr. Saunders (Gene Lockhart) em Amar Foi Minha Ruína
- Fredric March (Dr. Alex
Favor) em Hombre
- Médico Legista (Percy Cartwright) em O Monstro de Duas Faces
- Piloto Vila (Julio Villarreal)
em As Sete Cidades de Ouro
- Sam (Ken Renard) Caçada
Humana
- Milton Wing (Regis Toomey)
O Último Pôr-do-Sol
- Charley (Charley Chase):
Os Filhos do Deserto / A Honestidade Vence (1ª Dublagem)
- Big Mac (James Westerfield)
em Sindicato de Ladrões
- Delton (John Williams)
Rabo de Foguete
- Glushkov, da Agência
Espacial (Laurence Herder) em Os Primeiros Homens na Lua
-
Bêbado Apocalíptico em
Lanchonete (Karl Swenson) em Os
Pássaros
Séries
- Policial Chefe O'Hara (Stafford
Repp) em Batman (1ª e 2ª Temporadas)
-
Reuben Kincaid (Dave Madden) (primeira voz) em A Família
Do-Re-Mi
Fontes: Acervo Pessoal,
Universo AIC, Wikipédia, A História da Dublagem, Revista do Rádio,
IMDB, Dublanet, Ronaldo Baptista, Canal Hulu no Dailymotion, The
Stalking Moon, Wikia, José Carlos Guerra, Nelson Machado, Jornal de
Notícias, Love Filmes Online, A Noite, Rádiolândia, Correio
Paulistano, Última Hora, Carlos Amorim.
Obrigada, de coração, obrigada! Apenas um artigo para o blog, mas você nos deixou muito felizes, sou neta do Antonio de Freitas e meu pai (filho mais velho) e eu não imaginávamos tudo que meu avô havia feito! Obrigada
ResponderExcluirE ainda tem mais algumas informações e imagens pra atualizar. O dia que fizer isso eu te aviso por aqui pelos comentários. Muito legal ter deixado vocês felizes com esse meu artigo. Fiz uma certa pesquisa, com a ajuda de muitos sites e amigos que também trouxeram muitas informações dele, como o Universo AIC, e o Dublanet.
ExcluirAproveitando, vocês não teriam fotos do seu avô? E ainda, fotos do seu tio-avô, o José de Freitas? O José sim que necessitava de foto. Só achei uma, e muito ruim. Quase não dá pra ver o rosto dele. Seu tio-avô foi a voz do Shemp dos 3 Patetas.
Um abraço. Tudo de bom.
Atualizada já. Um abraço.
ExcluirQue tudo!!!! Adorei, vc tem um email pra me passar, tenho algumas coisas sim, obrigada e desculpe só vi as atualizações agora.
Excluirgersonferreirabr@yahoo.com.br
ExcluirJá repassei seu blog pra toda família e eles também agradecem de todo coração!
ResponderExcluirQue legal, Adriana. ^_^
ExcluirSe quiser mandar imagens (principalmente), dele e do irmão dele, o José (que carece muito), e outras imagens e informações, me escreva em gersonferreirabr@yahoo.com.br. Eu vou gostar muito! Um abraço!
Olá Gerson ! Que bom que reencontrei o site !
ResponderExcluirQue bom que encontrou, Wil. \o/
ExcluirFoi por acaso , quando em agosto estava procurando pelo Universo AIC , que aliás infelizmente também tinha desaparecido .
ResponderExcluir