terça-feira, 21 de abril de 2020

José Miziara


Arquivo de Som:

Besouro Verde (Van Williams) em Besouro Verde (Série)



Biografia:

José Miziara foi um dublador Paulistano.

José de Bar
ros Miziara nasceu em 29 de Dezembro de 1935 em Barretos, São Paulo.

Início

Quando jovem, trabalhou com Gado, em Barretos. Já adolescente, chegou a ser bancário por algum tempo.

Em 1952, aos 16 anos, parte para São Paulo com a família, e vai morar na Av. Angélica.

Teatro

Começou em teatro amador no Colégio Piratininga, onde estudava.

Suas primeiras peças foram A Ceia dos Cardeais (1954), de Júlio Dantas, e As Máscaras (1954), de Menotti Del Picchia, no Teatro Caetano de Campos.

No final do mesmo ano, atuou na peça, Nossa Cidade (1954), de Thornton Wilder, no Teatro Colombo, pelo Grupo Teatral Politécnico, fazendo parte do I Festival Paulista de Teatro Amador.

José Miziara (1963)

Em seguida, veio a Companhia Paulista de Comédias, com as peças Romeu e Julieta (1955), e Um Sonho de Uma Noite de Verão (1955), dupla apresentação, sendo substituído depois por Edney Giovenazzi, no Teatro São Paulo.

No mesmo ano, participava do Conjunto de Leituras Dramáticas, no Museu de Arte de São Paulo, interpretando em peças como O Mercador de Veneza, Fedra, Édipo, e outros.

Teve como professores, diretores renomados de teatro, como Adolfo Celi, Ruggero Jacobi, Carla Civelli, Geanni Ratto, João Ernesto Coelho Neto, entre outros.

As críticas às peças que fez na Companhia Paulista de Comédias foram tão boas, que acabou sendo contratado por Sérgio Cardoso, para atuar na peça, Hamlet (1956), pela Companhia Lídia Lícia - Sérgio Cardoso, no Teatro Bela Vista, em São Paulo, e no Teatro Municipal, no Rio de Janeiro.

Muitos anos depois, retornou ao teatro, na peça Esses Homens Traidores e Seus Galhos Maravilhosos (1970-71), de José Vasconcelos, e Péricles do Amaral, ao lado de José Vasconcelos, Gracinda Freire, Miriam Rodrigues, e Artur Miranda, no Teatro Serrador, no Rio de Janeiro.

Circo Piolim

Em 1954, pela sua relevância nas peças A Ceia dos Cardeais, e As Máscaras, é convidado pessoalmente por Abelardo Pinto, o Piolim, para trabalhar em seu circo, aonde seguiu carreira por algum tempo.

Piolim é considerado o terceiro maior palhaço da história, depois de Charlie Chaplin, e Gronki, que inclusive visitou o próprio Piolim, pois o achava melhor que ele.

José Miziara (1963)

A primeira peça que atuou no circo, foi a revista, Eu Sou do Circoscope (1955).

Se afasta em 1955, para ingressar na Companhia Paulista de Comédias, retornando em 1957.

No ano seguinte, atua na peça, O Mártir do Gólgota (1958), em homenagem a semana santa, ao lado de Judy Teixeira, Odair Marzano, e grande elenco.

TV Tupi (SP)

Sua primeira atuação na TV, foi na TV Tupi, em 1955, atuando no programa Grande Teatro Tupi. Não sabemos ao certo, mais teria interpretado a peça A Ceia dos Cardeais (1955), que interpretou 1 ano antes no teatro.

TV Record

No ano seguinte, teve uma passagem pela TV Record. Entre outros, atuou no programa Teatro de Fantasia, na peça O Galo de Ouro (1956), e na novela, Marco Pólo (1956).

TV Paulista

Em 1957, ingressa na TV Paulista, por intermédio de Dermival Costa. Na ocasião, havia ido conversar com Dermival para levar o Circo Piolim para a emissora, o que acabou não conseguindo, e ingressa na área esportiva da emissora.

Gervásio Marques, José Miziara, Osmano Cardoso e Luís Pini (1958)

Logo em seguida, começa a atuar como ator na emissora, estando, entre outros, no programa teatral, Teledrama, atuando nas peças A Cela da Morte (1957), com Luís Pini, Ruth Schelske e Roberto Maya, A Tragédia de Mayerling (1957), O Treze Brumário (1957), Ataque (1957), O Professor Crock (1958), A Testemunha do Crime (1958), Abaixo o Divórcio (1958), Concerto Macabro (1958), Apenas Um Homem (1958), Gilda (1958), Cinquenta Mil Dólares (1958), Sem Novidade no Front (1958), Omelete Com Ovos de Sonho (1958), Um Jovem da Boêmia (1958), Loucura de Milionário (1958), Um Filho Para Sua Altesa (1958), ao lado de Walter Forster, Hebe Camargo, Wilma Bentivegna, e outros, Kaputt (1959), ao lado de Osmano Cardoso, Lampeão (1959), entre outras.

Também esteve nos programas teatrais, Teatro Policial Lutz Ferrando, na peça Assassinato Por Brincadeira (1958). No programa policial, Em Nome da Lei, na peça Uma Boa Oportunidade (1958). Em Construtores de São Paulo, nas peças Carlos Chagas (1959), e Osvaldo Cruz (1959), sendo o próprio. E no Teledrama 3 Leões, na peça Kaputi (1959).

Henrique Becker e José Miziara (1959)

Em novelas, atuou em David Copperfield (1958), e A Princesinha (1959). E em séries, atuou em
Aventuras de Marco Pólo (1958), Carlos Poffo, Daniel Guimarães e outros.

Em humorísticos, esteve em Dorinha é de Morte (1958). E em programas diversos, esteve em Hit-Parade (1958), programa musical com shows.

TV Continental

Em 1959, com a inauguração da TV Continental, Miziara é convidado a trabalhar emissora, por Dermival Costa Lima. Na ocasião, leva consigo sua noiva, Ana Ariel, filha de Piolim, para trabalhar na emissora.

Na emissora, começou no teleteatro, em peças como: Antes, o Amanhã (1959), ao lado de Nicete Bruno, e Telmo de Avelar, Sindicato de Ladrões (1959), Uma Equação a Três Incógnitas (1959), O Boa Sorte (1960), Grito de Terror (1960), entre outras.

José Miziara (1963)

Mas foi na produção que se destacou na emissora. Produziu diversas atrações, como o programa: TV Programas (1959), como Oswaldo Waddington, e Braga Filho; os teletratros: Delito (1960), Na Beira da Várzea (1960), Estalagem Maldita (1960), Um Serviço Para John (1960);

Também foi supervisor de programas na emissora, como nos teleteatros: Os Farsantes (1959), O Boa Sorte (1960).

TV Rio

Chico Anysio e José Miziara (1960)

Em 1960, também tem uma breve passagem pela TV Rio, atuou, entre outros, no quadro Seu Urubulino, no programa Milhões de Napoleões (1960), ao lado de Chico Anysio.

TV Continental

Retorna a TV Continental em 1961, atuando, entre outros no programa teleteatral, Videorama (1961), apresentado todas as terças-feiras, e o programa Teledrama Continental (1961), apresentado todas as sextas-feiras, entre outras.

Além disso, também atuou em peças teatrais na emissora, como Ódio Aos Ratos (1961);


Em 1961, também fica responsável pela direção geral da emissora.

TV Tupi (RJ)

 José Miziara (1962)

Por volta de 1962, vai para a TV Tupi do Rio, aonde atua, entre outros no programa Teatro de Comédia, em peças como: O Tempo Não Acaba (1962), ao lado de Jardel Mello, Aracy Cardoso, Yara Salles, Roberto Duval, entre outros.

TV Rio

Marcelo Arruda, André Raccah, Abdon Torres, e José Miziara (1963)


No início de 1963, ingressa na TV Rio, e vai trabalhar com Péricles do Amaral, e Antonino Seabra, dirigindo a linha de shows da emissora. Na ocasião, dirige O Riso é o Limite (1963), Noites Cariocas (1963), e outros.

TV Excelsior

No dia 1 de Setembro de 1963, é inaugurada no Rio a TV Excelsior, aonde José Miziara atua por alguns meses, inclusive indo para São Paulo trabalhar na emissora.

Entre suas atuações na emissora, está o programa Tele-Teatro, em peças como, Adeus Mocidade (1963), e na novela, Angustia (1963).

Como diretor, ficou responsável pelos programas, O Maior Espetáculo da Terra (1963), e São Paulo Se Diverte (1963), o qual também produziu.

Como produtor, esteve a frente da novela Uma Família Feliz (1963), dos programas musicais, Cancioníssima 63 (1963), Eu Sou Juca Chaves (1963), e Elizete Cardoso Show (1963), e a peça musical, Amor, Amor, Amor (1963), o qual também escreveu e dirigiu.

TV Rio

Retorna a TV Rio no mesmo ano, aonde foi contratado como supervisão de direção artística na emissora. Na ocasião, a maioria dos artistas tinham deixado a emissora para trabalharem na TV Excelsior, e José vem com o papel de reerguer a emissora, ao lado, novamente, de Amaral e Seabra.

José Miziara (1963)

Na emissora, volta a ser produtor de programas, como os programas humorístico O Riso é o Limite (1963-64), que produziu ao lado de Armando Couto, com apresentação de Péricles do Amaral, ao lado de Consuelo Leandro, Carmem Verônica, Zilca Saleberry, Antônio Carlos, Nair Bello, Sônia Muller, Ankito, Monsueto, Chocolate, Gasolina, Tutuca, e outros, Noites Cariocas (1963-65), Mundo Alegre de José Vasconcellos (1963-64), entre outros.

Riva Nimitz, José Miziara, e Altair Lima (1963)

Alem disso, também atuou em dramaturgia da casa, como na apresentação do programa humorístico, O Riso Mora Ao Lado (1964), ao lado de Ema D'Ávila, Brandão Filho, Raquel Martins, Suely Franco, entre outros.


Também atuou nas novelas, como A Fonte da Saudade (1964), e Bom Dia, Mamãe (1965).

TV Tupi (RJ)

Aérton Perlingeiro, José Miziara, não identificado, e Jerry Adriani (1966)

Em 1966, retorna para a TV Tupi, por intermédio de Chico Anyzio, aonde, entre outros, dirige o programa Aérton Perlingeiro Show (1966-67), programa de muito sucesso na época. Também dirige o programa A Grande Parada (1966).

Também atuou no humorístico: O Riso Mora Ao Lado (1967), com apresentação de Ema D'Ávila, ao lado de Brandão Filho, Raquel Martins, Suely Franco, Meire Pavão, Sônia Lemos, Márcio Greyck, Sandra, Carlos Kopa, e outros.

Como produtor, esteve no comando, no programa Câmera Um, da história, Stanislaw Ponte Preta Show (1967), com direção de Antonino Seabra.


Todos os programas eram gravados no Telecentro, no bairro da Urca.

TV Bandeirantes

José Miziara (1968)

Em 1968, vai para a TV Bandeirantes, aonde atua na novela: Nunca é Tarde Demais (1968), ao lado de Líria Marçal, Judy Teixeira, Roberto Marques, Mara Di Carlo, e Aldo César.

TV Rio

Em 1970, retorna a TV Rio, agora participando do programa Teatro de Comédia, em peças, como: Maria Cachucha (1970), de Joracy Camargo, ao lado de Consuelo Leandro, Manuel de Nóbrega, Edson França, Edmundo Lopes, Cinira Arruda, entre outros.

TV Globo

José Miziara, Sônia Braga, Dina Sfat, e Jardel Filho (1974)

Fica um tempo afastado da TV, devido a shows, e principalmente a dublagem, e retorna em 1974, indo para a Rede Globo atuar na novela Fogo Sobre Terra (1974).

TV Tupi (SP)

No ano seguinte, em 1975, retorna a São Paulo, à convite de Mário Wilson, para dirigir a linha shows da emissora à seu lado.


Entre suas direções, está o programa humorístico: Agência Lig-Pag N.31 (1975), com Walter D'Ávila, Marcos Plonka, Stênio Garcia, Chocolate, e outros.

TVS

Em 1976, é convidado para dirigir seu primeiro filme, nos Estúdios Silvio Santos. O filme foi Ninguém Segura Essas Mulheres - 4° Episódio: O Furo (1976). Silvio gostou tanto, que o convidou para dirigir atrações na TVS, começando pela novela O Espantalho (1977), que começou a ser produzida em 1976. A novela foi exibida na TV Record, parceira da TVS na época.

José Miziara (1964)

Também foi produtor na emissora, tendo produzido o programa Um Instante, Maestro (1976), com apresentação de Flávio Cavalcanti.

Apesar de ficar contratado por vários anos pela TVS, se retira da emissora por volta de 1977/78, quando se dedica completamente ao cinema.

TV Globo

De volta a Globo, teve uma passagem rápida pela emissora, escrevendo o programa humorístico: Humor Livre (1984), ao lado de Walter Stuart, com apresentação de Agildo Ribeiro.

SBT

Por volta de 1986/87, encerra seu trabalho no cinema, e retorna a TVS, agora SBT.

Em 1987, ingressa no programa A Praça é Nossa, do amigo de longa data, Carlos Alberto de Nóbrega.

Nos primeiros anos do programa, além de atuar em alguns quadros, também escrevia muitos textos para a atração, trazendo inclusive muito humorismo duplo sentido para as esquetes da Praça.

José Miziara e Carlos Leite (1990)

Entre 1990 e 1991, Miziara interpretou o papel do empresário Oliveira, ao lado da Carlos Leite que fazia o cantor Mauro Maurício. Miziara também participou de outros quadros conhecidos, como o quadro do Mestre, interpretado por Golias, aonde fazia um seguidor do personagem chamado Arthur.

Miziara permaneceu na Praça até Março de 2003, quando é demitido por Carlos Alberto, que foi forçado por Silvio Santos a diminuir 20% de gasto no programa. Carlos tentou não tirar Miziara, mas foi inevitável, já que Miziara participava esporadicamente do programa.

Carlos Alberto, Borges de Barros, Canarinho, Golias, Moacyr Franco, e José Miziara (2005)

Por volta de 2005, Miziara retorna ao elenco de A Praça é Nossa. No mesmo ano, Carlos Alberto homenageou os mais amigos mais antigos que trabalhavam/trabalharam na Praça. Entre eles Borges de Barros, Canarinho, Ronald Golias, Moacyr Franco e José Miziara.

José Miziara

Miziara fica no programa até por volta de 2012/13, quando sai definitivamente, se aposentou logo em seguida do meio artístico.

Cinema

No cinema começou em 1960 no filme Cacareco Vem Aí (1960). Filme esse que era pra ter sido de um gênero dramático, e se transformou em cômico, por conta de uma sugestão em cima de um rinoceronte chamado Cacareco que teve cerca de 100 mil votos nas eleições municipais de 1959 em São Paulo. No final Miziara, como ele mesmo disse, virou um figurante de luxo no filme.

A maioria de seus filmes foi dentro do gênero de pornochancada, um gênero muito famoso nos anos de 1970 e 1980, e que trazia cenas de sexo semi-explicitas.

José Miziara, Monique Lafond, e Ana Maria Kreisler (1981)

Entre eles, temos: Já Não Se Faz Amor Como Antigamente (1976), As Amantes de Um Homem Proibido (1978), Embalos Alucinantes (1978), Herança dos Devassos (1979), Bacanal (1981), Os Indecentes (1981), Prazeres Permitidos (1981), Como Faturar a Mulher do Próximo (1981), Amor Estranho Amor (1982), Viúvas Eróticas (1982), As Gatas, Mulheres de Aluguel (1982), Pecado Horizontal (1982), O Delicioso Sabor do Sexo (1984), Mulher... Sexo... Veneno (1984), Bobeou... Entrou (1984), Gozo Alucinante (1984), e A Grande Trepada (1985).

Seu último filme, que foi de gênero policial, foi A Rota do Brilho (1990).

Ninguém Segura Essas Mulheres (1976)

Como criador de filmes, começou nos estúdios da TVS, primeiramente escrevendo, com o filme: Ninguém Segura Essas Mulheres (1976); O filme foi produzido pelo próprio Silvio Santos.

Após isso, Miziara se tornou famoso no gênero, e escreveu muitos outros filmes. Entre eles, temos: O Bem Dotado - O Homem de Itu (1978), As Amantes de Um Homem Proibido (1978), Embalos Alucinantes (1978), Meus Homens, Meus Amores (1978), Nos Tempos da Vaselina (1979), Mulheres do Cais (1979), Os Rapazes da Difícil Vida Fácil (1980), As Intimidades de Analú e Fernanda (1980), Como Faturar a Mulher do Próximo (1983), As Amantes de Um Homem Proibido (1983), Pecado Horizontal (1984), Mulher... Sexo... Veneno (1984), e O Delicioso Sabor do Sexo (1984).

Na maioria dos filmes que escrevia, tinha como protagonista Anselmo Duarte e Nuno Leal Maia.

Como diretor, dirigiu os filmes: Meus Homens, Meus Amores (1978), Bem Dotado (O Homem de Itu) (1978), (seu filme mais famoso), Embalos Alucinantes: A Troca de Casais (1979), Nos Tempos da Vaselina (1979), Os Rapazes da Difícil Vida Fácil (1980), As Intimidades de Analu e Fernanda (1980), Pecado Horizontal (1982), e Mulher... Sexo... Veneno... (1984).

Como produtor, aquele que fica apenas na área empresarial/comercial, foi responsável por 4 filmes. Eles foram: As Amantes de Um Homem Proibido (1978), e Pecado Horizontal (1982).

A partir de 1985, os filmes de pornochancada pararam de fazer sucesso, e Miziara partiu para os filmes de sexo explícito.

Nessa fase, escreveu Deliciosas Sacanagens (1985), Rabo I (1986), e A Quebra-Galho Sexual (1986), dirigiu Sem Vaselina (1985), Deliciosas Sacanagens (1985), e Oscaralho: O Oscar do Sexo Explícito (1986), e produziu Deliciosas Sacanagens (1985), e Sem Vaselina (1985).

Shows

Em 1970, foi convidado para participar no show de humor de José Vasconcelos, chamado Esses Homens Traidores e Seus Galhos Maravilhosos (1970-71), aonde atuou também ao lado de Iaratan Lauteta, Gracinda Freire, e Artur Miranda, no Teatro Serrador.

Vida Pessoal

Quando trabalhava no Circo Piolim, conheceu a filha de Piolim, Ana Ariel, começando um namoro com a mesma um tempo depois. Por volta de 1959, já estavam noivos, indo ambos para o Rio de Janeiro trabalhar na TV Continental. Na ocasião resolveram se casar.

José Miziara (2011)

Nessa época, Ana começa a usar o nome artístico de Ariel Miziara. Ana tinha um filho de outro relacionamento, Ramon Miziara, que teve o sobrenome de Miziara, e que também trabalhou na TV Continental.

No início dos anos de 1960, Miziara e Ana se separam. Por volta de 1964/65, Miziara namora a atriz Lúcia Regina.

Por volta de 1959, estava noivo de Ana Ariel, cansando-se posteriormente, e levando-a para trabalhar com ele na TV Continental no Rio de Janeiro.

Ao se casar, Ana usou o nome de Ariel Miziara. No início dos anos de 1960, o casal se separou.

Apesar da separação, sempre teve contato com o filho adotivo, Ramon, que falecera em início de 2012.

Posteriormente, se casou com a filha de Walter Stuart.


Miziara além de ator, diretor, produtor e dublador, também foi gerente em uma churrascaria em São Conrado, Rio de Janeiro por volta de 1965.

Miziara também tinha um parente no meio artístico. Trata-se de seu primo, Walter Brasil, que foi chefe do departamento esportivo da Rádio Nacional de São Paulo por volta de 1957.

Dublagem

Começou na dublagem em 1961, como dublador, diretor, montador, e sincronizador. O único estúdio em que trabalhou no Rio foi a CineCastro. Na empresa, foi principalmente a voz do ator Jack Lemmon. Também dirigiu dublagem na CineCastro.

Jose Miziara nos anos de 1960

Dublou de forma constante no estúdio até 1968, quando vai para São Paulo trabalhar na TV Bandeirantes. Na mesma época, é convidado a ingressar na AIC.

Na empresa, participou de diversas séries, como Daniel Boone, Lancer (1ª Temporada), Batman, A Feiticeira (3ª, 4ª, 5ª, 7ª, 8ª Temporada), Jeannie é um Gênio, Jornada nas Estrelas (3ª Temporada), Terra de Gigantes (2ª Temporada), entre muitas outras.

Por volta de 1969, se torna diretor artístico da AIC no lugar de Older Cazarré.

Em 1970, se retira da AIC, e retorna ao Rio contratado novamente pela TV Rio, deixando direção artística da AIC nas mãos de Olney Cazarré.

Na ocasião, volta a ser diretor de dublagem na CineCastro, retornando algumas vezes à São Paulo para atuar como diretor de dublagem e narrador.

Retorna a São Paulo em meados de 1971, após uma grande temporada com um show de humor de José Vasconcellos.

Na ocasião, retorna a AIC, e com a abertura da CineCastro em São Paulo, também se transfere para o estúdio, aonde também se torna diretor de dublagem.

Jose Miziara (2005)

Em 1973, com a saída de Emerson Camargo da direção artística da CineCastro paulista, José Miziara fica em seu lugar. Fica poucos meses no cargo, e retorna para a CineCastro do Rio.

Em seu lugar em São Paulo, fica Carlos Campanile, que toma conta da cede da empresa por alguns meses, até a mesma fechar as portas.


Miziara fica na CineCastro carioca até 1974, quando a mesma é comprada pela Televox. Após isso ele se retira da dublagem, e vai trabalhar na Rede Globo, tendo dali em diante não voltado mais a dublar.

Jack Lemmon e Virna Lisi

Entre seus trabalhos, estão principalmente os filmes, aonde foi a voz do ator Jack Lemmon na CineCastro, em filmes como Como Matar Sua Esposa, Lábios de Fogo, Quanto Mais Quente Melhor, a primeira dublagem de Se Meu Apartamento Falasse, entre outros.

Também foi Jack Lord na primeira dublagem de 007 - Contra o Satânico Dr. No, Harry Andrews em O Espadachim Negro, e Van Williams no filme do Besouro Verde, ator que também dublou na série de mesmo nome.

Besouro Verde

Em séries, ficou marcado com a voz Britt Reid, o Besouro Verde, na série de mesmo nome. Também foi o General Peterson na terceira e quarta temporadas de Jeannie é Um Gênio, e a segunda voz de Sparks na terceira e quarta temporadas de Viagem Ao Fundo do Mar.

Em desenhos, temos registros apenas do personagem Coronel White em Capitão Escarlate.

Trabalhos:

Filmes

- Britt Reid / Besouro Verde (Van Williams) em Besouro Verde
- Jack Lemmon em Como Matar Sua Esposa, Lábios de Fogo, Quanto Mais Quente Melhor, e Se Meu Apartamento Falasse (1ª Dublagem),
- Julius Pritter (Dom DeLuise) em A Espiã de Calcinhas de Renda
- Felix Leiter (Jack Lord) em 007 - Contra o Satânico Dr. No / O Satânico Dr. No (1ª Dublagem)
- Earl Of Yeonil (Harry Andrews) em O Espadachim Negro

Séries

- Britt Reid / Besouro Verde (Van Williams) em Besouro Verde
- General Peterson (Barton MacLane) em Jeannie é Um Gênio (3ª e 4ª Temporadas)
- Sparks (Arch Whiting) (segunda voz) em Viagem Ao Fundo do Mar (3ª e 4ª Temporadas)
- Detetive Arkaro (Harry Bellaver) em Cidade Nua (4ª Temporada)

Desenhos

- Coronel White em Capitão Escarlate

Fontes: Todo Teatro Carioca, Imprensa Popular, Revista do Rádio, O Cruzeiro, Jornal do Brasil, Diário Carioca, A Noite, Revista Zingu!, Correio da Manhã, IMDB, História da Dublagem, Claudio Caparica, Universo AIC, C+, Jornal do Commercio, Diário de Notícias, Revista Zingu!, Astros em Revista, Super Hero Hype, Newsarama, O Fluminense, Baú do Maga, Best Movie, História do Cinema Brasileiro, Canal Acervo 80JHL, Canal Andreia Gatti, SBTpédia, Universo AIC, Adoro Coadjuvantes, Canal SBTdobrasil, Marco Antônio Silva Santos, Augusto Bisson, História da Dublagem, Correio Paulistano, Radiolândia, Revista Intervalo, A Gazeta Esportiva (SP), Heco Filmes, Maycon Vinícius, Diário do Paraná.

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