Arquivo de Som:
Tenente Ryan (Phillip Pine) em Viagem Ao Fundo do Mar
Tenente Ryan (Phillip Pine) em Viagem Ao Fundo do Mar
Biografia:
Wolner Camargo foi um dublador Paulistano.
Início
Wolner Aparecido Bueno de
Camargo nasceu em 25 de Dezembro de 1923, em Jaú, São Paulo. Ainda
jovem, vai para Itápolis com a família, aonde termina o ensino
fundamental. Em 1939, vai para São Paulo, aonde ingressa no curso de
medicina na faculdade. Larga o curso em 1941, quando percebeu que
era a carreira de rádio que queria.
Rádio Clube de
Marília
Por volta de 1941, vai para o interior de São Paulo, em Marília para atuar na Rádio Clube de Marília. Começa na emissora como locutor comercial, tendo 5 anos mais tarde se tornado diretor geral da emissora.
Rádio Guanabara
Em 1946, vai para o Rio
de Janeiro trabalhar na Rádio Guanabara. Começou como locutor, e
logo em seguida já se tornara chefe dos locutores, e posteriormente
diretor artístico da emissora.
Rádio Tupi (RJ)
Em 1947, vai para Rádio Tupi
a convite de Ari Barroso, para trabalhar no departamento esportivo
ao seu lado. Estreou no Campeonato Carioca de Futebol, narrando a
partida entre Olaria Canto x São Cristóvão.
Nessa ocasião, chama o
irmão, Doalcei Bueno de Camargo (que ficara famoso no futuro como
locutor esportivo) para entrar na emissora, levando-o posteriormente
para a Rádio Globo e Rádio Tupi.
Rádio Mayrink Veiga
Em 1948, vai para a Rádio
Mayrink Veiga. Na emissora, entre outros, narra em algumas novelas,
como: Estrela da Manhã (1949), e Rosa Vermelha (1949).
Rádio
Globo
Em 1949, vai para a Rádio
Globo. Na emissora, atua em diversas rádionovelas, como: Tudo Um
Amor (1949), Um Amor Diferente (1949), Bocage (1950), entre outras.
Também na emissora,
trabalho no departamento esportivo, inicialmente como locutor
esportivo. Na emissora, atua ao lado de locutores, como Raul Brunini,
Luís Mendes e Geraldo Romualdo da Silva. Posteriormente, se torna
chefe do departamento esportivo na emissora.
Na emissora, também se
torna produtor.
Rádio Clube do Brasil
Sai da emissora em 1951,
e assina contrato com a Rádio Clube do Brasil.
Atuou em programas da
casa, como em Aquarela Sertaneja (1951), aonde escrevia os scripts,
e Alma Sertaneja (1951), aonde atuava. Entre outros.
Em rádionovelas, esteve
presente em: Rainha dos
Boêmios (1951), O Sheik (1951), Canção de Julieta (1952), Paulo e Estevão
(1952), entre outras.
Na emissora, também
trabalhou no departamento esportivo, aonde também dividia a chefia
do departamento com Raul Longras.
Rádio
Globo
Retorna a Rádio Globo em
final de 1952, mas fica pouco tempo, saindo em 1953 para retornar a
Rádio Tupi.
Rádio Tupi (RJ)
Logo que ingressou na
emissora, assume a chefia do departamento esportivo da emissora, que
fica vago com a saída de Rebelo Junior, pai de Rebelo Neto, que vai
dirigir a TV Paulista em São Paulo.
Também logo no início, se
torna o apresentador principal do programa de esportes
Cacique no Ar (1953), ao lado de Oliveira Salazar, Domingos Araújo e Waldir Wey.
Domingos Araújo, Luiz
Brandão e Wolner Camargo (1954)
Em 1954, começa a atuar
no programa Rádio Esportes Tupi (1954), ao lado de Domingos Araújo, e Luiz Brandão.
Também
trabalhou na emissora como narrador esportivo em partidas de
futebol, e outros esportes.
Em 1955, deixa a Tupi,
quando a mesma acaba com o departamento esportivo.
Rádio Nacional
Em 1956, vai para a Rádio
Nacional. Atua em várias peças na emissora, como as peças do Grande Teatro de Millus,
como:
A Morte Civil (1956), entre outras.
Wolner Camargo (1955)
Em rádionovelas, atua em: Um Drama da Consciência (1956), Sublime Redenção (1956),
Desespero (1956), Na Solidão da Noite
(1957), Decidi Meu Destino (1957), Vinte Anos de Solidão (1957), Um Homem, Uma Mulher e Dois
Caminhos (1957), O Direito de Amar (1957), entre outras.
Também atua em séries na
emissora, como: Cidade Assassinada (1957).
Rádio
Piratininga
Em 1958, vai para São
Paulo trabalhar no departamento esportivo e no recém inaugurado
departamento de rádioteatro da Rádio Piratininga, comprada
recentemente pela da Rádio Bandeirantes.
Entre as produções que
participou, estão as novelas Ciúmes (1958), É Preciso Viver (1959),
O Céu é Ali na Esquina (1959), O Cangaceiro (1959), Uma Ilusão Morre
em Setembro (1959), e os programas Romance das Cartas (1958), o qual
apresentava e dirigia, e Crônicas da Cidade (1959), o qual também
apresentava.
No departamento de
rádioteatro, trabalhou ao lado de Neuza Maria, Ronaldo Baptista,
Sonia de Moraes, Enio Santos, entre outros.
Na parte do esporte, foi
locutor na emissora, ficando principalmente com o comando dos
campeonatos cariocas.
Pouco tempo depois, por
não conseguir concorrer com a Rádio São Paulo, fecha o departamento
de rádioteatro, e os atores saem da emissora, como também Wolner.
Rádio São Paulo
Além de começar a se
dedicar a dublagem nessa época, também vai para a Rádio São Paulo,
aonde segue até meados dos anos de 1960.
Rádio Clube do Brasil
Com o fim de sua parceria
com a AIC, retorna para o Rio, e entra para a Rádio Clube do Brasil,
aonde trabalha como rádioator.
Viacom
Retorna à São Paulo por
volta de 1971/72, quando recebe o convite da recém-inaugurada
distribuidora Viacom, para representar a mesma no Brasil. Por já ter
representado a Columbia Pictures no Brasil, se tornou uma figura
conhecida no meio. Trabalhou na empresa até o fim de sua vida.
Odontologia
Wolner se formou em 1953
em cirurgião-dentista, e chegou a ter uma clínica no Rio de Janeiro nos
anos de 1950.
Vida Pessoal
Wolner além de ser irmão
do locutor esportivo Doalcei Camargo, também é pai dos dubladores
Emerson Camargo e Cristina Camargo, e foi casado com a rádioatriz e
dubladora, Neuza Maria. Emerson casou-se no início dos anos de 1940,
em Marília, interior de São Paulo.
Em 1944, nasceu seu primeiro filho, Emerson. 4 anos depois, em 1948,
já morando no Rio de Janeiro, nasce sua filha Maria Cristina. Quando foi trabalhar na Rádio Bandeirantes, conheceu Neuza Maria,
que se tornou sua segunda esposa.
Dublagem
Com o fim do departamento
de rádioteatro na Rádio Bandeirantes, Wolner ficou sem emprego, e
Ronaldo Baptista o levou para a GravaSon, junto com sua esposa Neuza
Maria. Segue carreira na emissora, tendo se tornado posteriormente
diretor de dublagem na empresa.
Alguns anos depois, o
diretor artístico da GravaSon, Glauco Laurelli, deixa suas
atividades para se dedicar ao cinema, e Wolner entra em seu lugar.
Por volta de 1962, com o
crescimento da GravaSon, Mário Audra, dono da empresa, seu sócio
Bodhan Kostiff, e o diretor artístico Wolner Camargo, resolvem
expandir os estúdios para um ritmo grande de trabalho, semelhante ao
de emissoras de rádio e televisão. Para isso, conseguem a parceria
da distribuidora Columbia Pictures, que por não conseguir entrar de
sócia da empresa, contrata Wolner para representá-la no estúdio. Com
isso nasce a AIC.
Wolner Camargo (1955)
Após essa contratação,
Wolner ganha carta branca na empresa, muda diversas formas de
trabalhar, como separando por anéis as cenas gravadas, o que na
ocasião não existia. Isso facilitou a dublagem, já que podia se
gravar em takes de alguns minutos. Para isso, houve o
financiamento de equipamentos para os estúdios. Com o conhecimento
de equipamentos técnicos que Wolner tinha adquirida do rádio, isso
se fez possível. Houve também o crescimento dos estúdios para 4 ao
todo, que começaram a trabalhar quase que 24 horas por dia. Com a
experiência com elencos de atores no rádio e na dublagem, Wolner
realiza uma seleção rigorosa, aonde só os melhores entrariam. Dessa
seleção, muitos rádioatores da GravaSon não seguem dublando.
O modelo de estúdio,
trabalho e elenco que Wolner montou na empresa, serviu de inspiração
para outros estúdios tanto em São Paulo, quanto no Rio de Janeiro, e
modelos que seguiram por diversas décadas.
Rod Taylor
Além da direção de
dublagem e artística na emissora, também atua diversas vezes como
dublador. Entre seus personagens, os mais famosos foram na época de
AIC,
como Oliver Wendell Douglas na série O
Fazendeiro do Asfalto, a Voz do Gravador na primeira temporada da
série Missão Impossível, Glenn Evans na série Hong Kong, alem de
participações em séries como o Senador Clark no episódio Volta Ao Passado, primeiro episódio da série O
Túnel do Tempo, Sr. Ninguém no
episódio Um Estranho Amigo na primeira temporada de Perdidos no
Espaço, Sr. Caldwell no episódio
Ajude-Me Se Não Puder na primeira temporada de A Feiticeira, Tenente
Ryan no episódio O Submarino Naufrago
em Viagem Ao Fundo do Mar, entre outros.
Como diretor de dublagem, entre várias séries dirigiu O Túnel do Tempo, entre outras. Como narrador, entre outras narrou na primeira dublagem da série Nacional Kid.
Como diretor de dublagem, entre várias séries dirigiu O Túnel do Tempo, entre outras. Como narrador, entre outras narrou na primeira dublagem da série Nacional Kid.
Por volta de 1967, por
não concordar com questões financeiras na empresa, se retira da
mesma, levando sua família e voltando a morar no Rio de Janeiro. Na
ocasião, vai trabalhar na Rádio Clube do Brasil.
William Conrad
Em 1971/72, volta à São
Paulo para trabalhar como representante da distribuidora Viacom. Por
volta de 1972, a Viacom manda a segunda temporada da série Cannon para a CineCastro, e
pede para que Wolner duble o personagem Frank Cannon, interpretado
por William Conrad, protagonista
da série. A dublagem da série foi dirigida por Silvio Navas. Após
essa série, Wolner não retorna mais a dublagem, ficando apenas como
representando da Viacom.
Anos depois se aposenta,
mas continua como representante da Viacom. A representa até seu
falecimento.
Wolner veio a falecer em 1997.
Wolner veio a falecer em 1997.
Trabalhos:
Filmes
- Lou Sherwood (James
Whitmore) em Melodia Mortal
Séries
- Senador Clark (Gary Merril) em O Túnel do Tempo
- Voz do Gravador (não creditado) em Missão Impossível
- Sr. Ninguém (William Bramley) em Perdidos no Espaço
- Sr. Caldwell (Charles Ruggles) em A Feiticeira
- Voz do Gravador (não creditado) em Missão Impossível
- Sr. Ninguém (William Bramley) em Perdidos no Espaço
- Sr. Caldwell (Charles Ruggles) em A Feiticeira
- Tenente Ryan (Phillip Pine) em Viagem Ao Fundo do Mar
- Frank Cannon (William
Conrad) em Cannon
- Oliver Wendell Douglas (Eddie Albert) em O Fazendeiro do Asfalto
- Glenn Evans (Rod Taylor) em Hong Kong
- Glenn Evans (Rod Taylor) em Hong Kong
- Jim Redigo (Richard
Egan) em Império do Oeste
- Lawrence Preston (E.G.Marshall)
em Os Defensores
Desenhos
- Coronel Steve Zodiac em Fireball Xl-5
Trabalhos de Direção
de Dublagem
Séries
- O Túnel do Tempo
- Missão Impossível (1ª a
3ª Temporada)
- Viagem Ao Fundo do Mar
(1ª Temporada - Dividindo Com Hélio Porto)
- Hong Kong
Fontes: Universo AIC,
Revisa do Rádio, A Cena Muda, Caros Ouvintes, Marco Antônio Silva
Santos, A Noite, Wikipédia, Marco Antônio Silva Santos, André York,
Doalcei Camargo.