terça-feira, 19 de março de 2019

Arthur Costa Filho


Arquivo de Som:

Sultão em Aladdin e Os 40 Ladrões (Longa-Metragem)



Biografia:

Arthur Costa Filho foi um dublador carioca.

Arthur Costa Filho nasceu em 30 de Julho de 1926, na cidade do Rio de Janeiro.

Início

 
Arthur Costa, pai de Arthur Costa Filho

Filho do ator de teatro de revista e cantor, Arthur Costa, e da dona de casa Carmela Costa, Arthur sempre foi ligado as artes. Aos 7 anos, cantava e dançava na Casa do Caboclo, no Teatro São José.

Rádio Cruzeiro do Sul

Sua carreira profissional começou no rádio como rádioator em 1939, quando tinha apenas 13 anos de idade, na Rádio Cruzeiro do Sul, no Programa do Garoto, com direção de Silvia Regina.

Na emissora, ficou até 1946, quando largou o rádio para ingressar na Companhia Eva Todor.

Rádio Nacional

Em Março de 1952, ingressa na Rádio Nacional, depois deixar a Companhia Dercy Gonçalves, com quem excursionou pelo interior do Brasil.

Arthur Costa Filho (1953)

Sua estréia na emissora foi no programa humorístico: A Família Braga (1952-53). Depois no mesmo seguimento atuou em: Eles Dois e... Alguém Mais (1957), ao lado de Floriano Faissal, Zezé Fonseca, Auricéia Araújo, e Abel Pêra, e Futebol de Graça (1959), ao lado de Wellington Botelho, Brandão Filho, e outros;

Na emissora, uma das produções que mais atuou foram nas novelas. Entre elas, temos: Óleo de Peroba (1953), Dois Irmãos... Dois Destinos (1953), Madalene (1953), Honra ao Mérito (1953), Uma Cruz de Madeira (1953), Jura Dizer a Verdade? (1953), Herança Maldita (1953), A Filha Maldita (1954), A Filha Maldita (1954), O Amor Que Não Era Meu (1954), Uma Nuvem Cobre o Sol (1954), O Preço da Esperança (1954), Filhos Sem Pais (1956), A Moça e a Rosa (1959), Noite do Meu Destino (1972), Último Natal, entre outros.

Em programas variados: foi por alguns anos o advogado de defesa em Tribunal dos Calouros (1952-54); além de atuar no programa Prós e Contras (1953); entre outros.

Em séries, entre outras participou de: Presídio de Mulheres (1954), e Atoman (1954).

Arthur Costa Filho (1966)

Arthur chegou a fazer excursões com artistas da Rádio Nacional pelo interior. Em 27 de Maio 1953, foi ao lado de Olga Nobre, Domício Costa, e o violinista Alvaro Arcoverde para o interior de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, e Mato Grosso, passando por cidades, como Bragança, Campinas, São José do Rio Preto, Mirassol, Taquaritinga, Sertãozinho, e outras, totalizando um total de 38 cidades em 22 dias.

Trabalhou na emissora por 12 anos seguidos, tendo retornado a mesma em outros períodos.

Teatro

Na época que estava atuando na Rádio Cruzeiro do Sul, entrou para o Teatro Infantil da Associação Brasileira de Críticos Teatrais, que tinha como diretor Olavo de Barros, futuro diretor de rádioteatro da Rádio Tupi do Rio.

 

Ao seu lado na associação, também estavam Daisy Lúcidi, Domingos Martins, Dolores Duran, Neyda Rodrigues, seu primo Domício Costa, e outros que viriam a se tornar conhecidos no futuro no rádio.

 

Pela Associação Brasileira de Críticos Teatrais (ABCTA), atuou nas peças Borboleta de Ouro (1941), Branca de Neve Os 7 Anões (1944), ao lado de Daisy Lúcidi, e Domingos Martins, Ana Lucia no País das Fadas (1944), ao lado de Daisy Lúcidi, Domingo Martins, e Nathália Timberg, entre outros.

 

Ainda no teatro infantil, entrou para o grupo Os Mascarados, atuando na peça natalina O Noviço (1942), no Teatro Ginástico.

 

4 anos depois, veio o seu primeiro convite profissional para o teatro: ingressar na Companhia Eva Todor. Permaneceu por 5 anos na companhia, atuando com grandes atores e atrizes, e se apresentando em várias partes do Brasil, inclusive até em Portugal.


Arthur Costa Filho (1955)

Entre as peças que atuou com a companhia, estão Cândida (1946), Se Eu Quisesse (1947), Lili do 47 (1949), de Joracy Camargo, Cândida (1949), Ai, Teresa! (1950), História de Uma Casa (1950), e Bagaço (1951), de Joracy Camargo, todas no Teatro Serrador.

 

Com a peça Cândida (1946), viajou para vários estados do país, e 3 vezes para Portugal: 1948, 1950, e 1960. Também se apresentou em países africanos, como Angola, Moçambique, Rodésia (hoje Zimbabwe), e nas cidades Salisburry e Untale na África do Sul.

 

Na companhia, trabalhou ao lado de Alberto Perez, Iris Del Mar, Eva Todor, André Villon, Elza Gomes, Afonso Stuart, Armando Braga, Judith Vargas, além do escritor das peças, Joracy Camargo.

 

Em 1951, entrou para a Companhia Dercy Gonçalves, aonde excursionou pelo norte do país no ano posterior a sua entrada. Deixou a companhia em Março de 1952, para ingressar na Rádio Nacional. Não temos informações das peças que atuou na companhia.

 

No mesmo ano, ingressa na Companhia Mário Brasini, aonde atua na peça O Culpado Foi Você (1952), do deputado Nelson Carneiro, ao lado de André Villon, Edmundo Maia, Ligia Sarmento, e outros, no Cineteatro Glória. Permanece na companhia até 1953.

 

Em 1955, retorna ao teatro depois de 2 anos afastado, ingressando na Companhia César Ladeira - Renata Fronzi, aonde atua nas peças Com Força Total (1955), no Teatro Serrador, Piu Piu Para Você (1955), no Teatro Dulcina, e Assim de Mulher! (1955), no Teatro Dulcina.

 

Na companhia, esteve ao lado de César Ladeira, Renata Fronzi, Gloria May, Lilian Fernandes, Dirce Pires, Ruy Cavalcanti, Nick Nicola, Chocolate, Tamaris, Gloria Norton, entre outros.

 

No ano seguinte vem a Companhia Silveira Sampaio, aonde atua nas peças No País dos Cadillacs (1956), ao lado de Diana Morel, e Brasil De Pedro a Pedro (1956), de Silveira Sampaio, ambas no Teatro Dulcina.

 

Na companhia, esteve ao lado de Raimundo Furtado, Bambi, Vera Regina, Vitoria Wilson, Claudia Monte, Godofredo Trindade, Tião, Nilza Benes, Olga Salvini, Ari, e outros.


Conchita de Moraes, Odilon Azevedo, Celme Silva, e Arthur Costa Filho (1957)

Em 1957, ingressa na Companhia Odilon Azevedo, genro de Conchita de Moraes, atuando com os dois na peça Vovó, Papai em Rock And Roll (1957), de Silveira Sampaio, também ao lado de Celme Silva e Lana Alba, no Teatro Rival.

 

Em 1959, entra em uma companhia de teatro musical chamada Companhia Brasileira de Espetáculos Musicados, aonde atua no musical, De Cabral a J.K. (1959), de J. Maia e Max Nunes, ao lado de Tereza Austregésimo, Manuel Vieira, Mione Amorim, Evilásio Marçal, Dinorah Marzulo, Ezequias Marques, Miguel Bastos, e Graça Melo Filho, e outros, no Teatro João Caetano.

 

No mesmo ano, atua na revista O Filé Vem de Fora (1959), ao lado de Manoel Vieira, Humberto Fredy, e Noel Carlos, no Teatro João Caetano.

 

Em 1960, ingressa na Companhia Estúdio A, na peça: Society em Baby Doll (1960), ao lado de André Villon, e Daisy Lúcidi.

 

No mesmo ano, retorna a Companhia Eva Todor, para algumas apresentações em Portugal, da premiada peça Cândida (1960).


Arthur Costa Filho, Daniel Filho, Joana Fomm, e Gláucio Gil (1962)

Nos anos de 1960, atua em diversas peças, como O Auto da Compadecida / A Compadecida (1962), ao lado de Agildo Ribeiro, Edson Silva, Renata Fronzi, Joana Fomm, e outros, no Teatro Santa Rosa.

 

Toda Donzela Tem Um Pai Que é Uma Fera (1962), com Joana Fomm, Renata Fronzi, Norma Benguel, Jece Valadão, e Daniel Filho, no Teatro Santa Rosa.

 

A Canção Dentro do Pão (1962-63), ao lado de Pietro Mário, e Milton Carneiro, no Teatro Santa Rosa.

 

Chica da Silva 63 (1963), com Grande Otelo, Paulo Celestino, Betty Faria, e outros

 

E, A Tia de Carlito (1963), com direção de Fábio Sabag, e ao lado de Agildo Ribeiro, Domingos Martins, Mário Lago, e outros, no Teatro Jardel.

 

Em 1963, vai para o Teatro Nacional de Cultura, na peça As Aventuras de Ripió Lacraia (1963), com Agildo Ribeiro, Francisco Milani, Milton Gonçalves, Tereza Rachel, e grande elenco.

 

Nessa ocasião de início dos anos de 1960, atua em muitas comédias, sendo muitas delas ao lado do humorista Agildo Ribeiro.

 

Posteriormente atua nas peças Os Cangurus (1964), de Ziraldo, com Adriano Reys, Dirce Migliáccio, Cláudio Cavalcanti, e outros

 

Caiu Primeiro de Abril (1964), com Elizabeth Gaspar, Roberto Faissal, Domício Costa, Elza Gomes, Milton Morais, Brigitte Blair, Milton Carneiro, Thelma Reston, e Ary Fontoura, no Teatro Rival.

 

Guerra + Ou - Santa (1965), com Antônio Patiño, Beatriz Veiga, e Elza Gomes, e outros, no Teatro Princesa Isabel.

 

Na Ponta da Corda (1965), com Renata Fronzi, Suely Franco, Iracema de Alencar, e Arlete Salles, no Teatro Dulcina.

 

A Vida Impressa em Dólar (1965-66), ao lado de Vanda Lacerda, Camilla Amado, Ivan Cândido, Antônio Ganzarolli, e Jorge Cherques, no Teatro Dulcina.

 

Esse Banheiro é Pequeno Demais Pra Nós Dois (1968), de Ziraldo, ao lado de Suely Franco, Paulo Araújo, Leila Santos, Milton Carneiro, Lilian Fernandes, e Miriam Carmem, no Teatro Santa Rosa.

 

E, Pepsi - Adultério Adulterado (1969), com Tereza Amayo, Maurício Barroso, Paulo Araújo, e Sônia Maria, no Teatro Santa Rosa.


José Luis Rodi e Arthur Costa Filho (1976)

Já nos anos de 1970, atua nas peças Que Preguiça... (1970-71), com Zilka Salaberry, Maria Helena Dias, Emílio Queiroz, e Fernando José no Teatro Santa Rosa.

 

Chicago 1930 (1971), ao lado de Jorge Dória, Ambrósio Fregolente, Milton Carneiro, Odulvado Vianna Filho, Iara Cortes, Francisco Milani, Fernando José, Mário Monjardim e outros, no Teatro Glória.

 

Alegro Desbum... (1973), com André Villon, Gracindo Júnior, Berta Loran, Regina Vianna, e Francisco Milani, no Teatro Ginástico.

 

Amanhã, Amélia, De Manhã (1973), ao lado de Suely Franco, Otávio Augusto, Zózimo Bulbul, Tamara Taxman, e Phototi, no Teatro Ginástico.

 

Dona Xepa (1974-75), ao lado de Cecília Loyola, Paulo Junqueira, Cleusa Muniz, Francisco Milani, Vanda Lacerda, Nilton Valério, e outros, no Teatro Nacional de Comédia.

 

A Família Que Mata Unida (1976), com Antônio Patiño, José Wilker, Suely Franco, e outros, no Teatro Santa Rosa.

 

A Longa Noite de Cristal (1976), ao lado de Oswaldo Loureiro, Dennis Carvalho, Maria Cláudia, Isabel Teresa, Pedro Paulo Rangel, Fernando José, José Luiz Rodi, Bentho Gomes, e outros, no Teatro Glória.

 

O Sapateiro do Rei (1976-77), peça infantil com direção de Gracindo Junior, ao lado de Daisy Poli, Bentho Gomes, José Luiz Rodi, e outros, no Teatro Glória.

 

Grite na Hora Certa (1977), ao lado de Nelson Caruso, Lady Francisco, Fernando Villar, e outros, no Teatro Nacional de Comédia.

 

Em 1978, fez leitura dramática no auditório do Senai, ao lado de Castro Gonzaga, Nair Amorim, Juraciara Diácovo, Lourdes Mayer, Clarice Abujamra, e grande elenco.


Elenco da peça Sábado, Domingo e Segunda (1986)

Nos anos de 1980, atuou nas peças Dom Quixote de La Pança (1980), com Elza Gomes, Henriqueta Brieba, Dirce Migliaccio, Flávio Migliaccio, Antônio Ganzarolli, Camila Amado, e outros, no Teatro Clara Nunes.

 

Viva Sapata (1981), com Olney Cazarré, Renata Fronzi, Oswaldo Louzada, Agnes Fontoura, Sônia Clara, e outros, no Teatro Glória.

 

Quem Gosta Demais de Sexo, Morre Fazendo Amor / O Espirro Milionário (1981-82), com Francisco Milani, José Santa Cruz, Margot Mello, Carvalhinho, e outros, no Teatro Copacabana.

 

O Dia Em Que Alfredo Virou a Mão (1983), com José Santa Cruz, Magalhães Graça, Leonardo José, Cláudio Corrêa e Castro, Thelma Reston, Elizângela, Margot Mello, Vera Holtz, e outros, no Teatro da Praia.

 

Brejhnez Janta Seu Alfaiate (1984), com Luiz Carlos Arutim, Dirce Migliáccio, Rogério Cardoso, Bertha Loran, Cláudio Corrêa e Castro, e Felipe Wagner, no Teatro da Praia.

 

Sábado, Domingo e Segunda (1986-87), com Yara Amaral, Ary Fontoura, Paulo Gracindo, Renata Fronzi, e Paulo Goulart, no Teatro dos 4.

 

Filumena Marturano (1988-89), com Yara Amaral, José Wilker, Yolanda Cardoso, e Nathalia Timberg, no Teatro dos 4.


Miguel Falabella e Arthur Costa Filho (1993)

Nos anos de 1990, atua nas peças Um Dia Muito Louco Ou As Bodas de Fígaro (1991), de Mozart, ao lado de Sueli Franco, Hélio Ary, Mário Borges, no Centro Cultural Banco do Brasil - Teatro I.

 

Mephisto (1993), com direção de José Wilker, ao lado de Cássia Kiss, Miguel Falabella, Othon Bastos, Paulo Gorgulho, Sérgio Brito, Cláudio Galvan, Thelma Reston, Cássia Kiss, Kiko Mascarenhas, Paulo Gorgulho, e outros, no Teatro dos 4.

 

O Reformador do Mundo (1994), ao lado de Luís de Lima, Maria Lúcia Dahl, e outros, no Centro Cultural Banco do Brasil - Teatro II.

 

E, Somos Irmãs (1998), direção de Ney Matogrosso, com Suely Franco, Nicette Bruno, Tamara Taxman, Otávio Augusto, Renato Rabelo, Garcia Junior, Izabella Bicalho, e outros, no Centro Cultural Banco do Brasil - Teatro I.


Cinema

No cinema fez alguns filmes como Cem Garotas e Um Capote em 1945, Vendaval Maravilhoso em 1949, Aí Vêm Os Cadetes em 1959, As Aventuras de Eva em 1961, O Enterro da Cafetina em 1970, O Grande Gozador em 1972, A Filha de Madame Bettina em 1973, Dona Flor e Seus Dois Maridos em 1976 e Romance da Empregada em 1987.

TV Tupi

Na TV, ingressou primeiramente na TV Tupi.

Entre alguns trabalhou que fez, está o programa Fantasia, em peças como: Um Pequeno Impulso (1954); e o programa Grande Teatro Tupi, em peças como: Cândida (1955).

TV Rio

Um tempo depois ingressou na TV Rio. Entre outros, atuou na emissora no programa Teatro da Radio Nacional, em peças como: A Sereia Louca (1958).

TV Continental

Em 1959, teve uma breve passagem pela TV Continental.

TV Rio

Em 1960, retorna a TV Rio. Na ocasião, atuou na emissora em programas teatrais como: Teatro de Comédias Piraquê (1960), e Estúdio A (1960).

TV Tupi

De volta a TV Tupi em 1961, atua no humorístico: As Aventuras de Eva (1961), ao lado de Eva Todor.

Um tempo depois, atua na novela: Não Quero Chorar (1966).

Rede Globo

Arthur Costa Filho e Glória Menezes (1970)

Na Rede Globo, ingressou em 1970. Na emissora, atuou principalmente em novelas, como: Irmãos Coragem (1970), O Homem Que Deve Morrer (1971), Bicho do Mato (1972), A Patroa (1972), Carinhoso (1973), O Casarão (1973), Estúpido Cupido (1973), À Sombra dos Laranjais (1977), Sinal de Alerta (1978), Feijão Maravilha (1979), Ciranda de Pedra (1971), Jogo da Vida (1981-82), Paraíso (1982), Roque Santeiro (1985), e Cambalacho (1986).

Arthur Costa Filho em Dona Flor e Seus Dois Maridos (1976)

Em séries, teve participações em Caso Verdade, em episódios como A Última Gota (1982), e Jornada de Amor (1982), nas séries Carga Pesada (1980), O Bem Amado (1984), Você Decide (1994-95), entre outros.

Participou também de minisséries, como: O Crime de Zé Bigorna (1974), Anos Dourados (1986), Engraçadinha... (1995), Seus Amores e Seus Pecados (1995), e Chiquinha Gonzaga (1999).

Participou também do humorístico: A Escolinha do Professor Raimundo (1990-93), interpretando o secretário da escola, Natanael, na qual teve poucas participações.

Outras TV's

Na década de 1950, chegou a se apresentar em 2 emissoras fora do Rio: TV Paulista em São Paulo, e TV Itacolomi, em Belo Horizonte. Acredito que isso tenha ocorrido quando foi viajar para essas capitais em turnê com alguma peça de teatro, e suspeito e tenha sido com a Companhia Renata Fronzi - César Ladeira, mas nada confirmado.

Música

 
Arthur Costa Filho (1966)

Arthur também era cantor e violinista, tendo participado no teatro algumas vezes tocando, como igualmente em novelas na TV, como na Globo, por exemplo. Também atuava assim nos intervalos de peças, como nas vezes que foi para Portugal, em 1948 e 1950 com a Companhia Eva Todor.

Disco

Em disco, participou do LP: Alberto Santos Dumont Centenário 1873-1973 (1973), ao lado de Carmen Dolores, Cahué Filho, Carlos Leão, Carlos Marques, Célia de Castro, Daisy Lúcidi, Geraldo Avellar, Neuza Tavares, e Wilton Franco, ambos rádioatores da Radio Nacional.

Vida Pessoal

Na vida pessoal, além de ser filho do ator Arthur Costa, também era primo do radioator Domício Costa.

Arthur, sua esposa e filha (1960)

Por volta de 1951, conhece Maria da Glória Barros, filha dos atores teatrais Andre Villon e Elza Gomes, com quem pouco tempo depois começou a namorar. Se casam no dia 26 de maio de 1952, as 17h, na Matriz de Nossa Senhora da Glória. Da união, nascem os filhos: Cláudia (1953), e Cláudio André (1954).

Arthur tinha um problema de saúde na coluna, que não o possibilitava de virar de forma comum seu pescoço para os lados, e mesmo com essa dificuldade, atuou no rádio, teatro e cinema, e ainda na dublagem, mostrando a força de vontade de quem almeja alcançar seus ideais diante de qualquer dificuldade.

Dublagem

Arthur começou na dublagem por volta de início dos anos de 1960 na Herbert Richers. Em seguida, ingressou na Dublasom Guanabara. Nos anos de 1970, ingressa na Tecnisom, aonde começa a dublar alguns clássicos para a Disney, e na Peri Filmes. Pouco tempo depois ingressa também na Telecine.

Nos anos de 1980, permanece apenas na Herbert Richers, e ingressa na VTI. No início dos anos de 1990, atua bastante na Delart, antiga Tecnisom, e também atua na Doublesound.

Dr. Zaius em O Planeta dos Macacos

Entre seus trabalhos, começamos com os filmes. Entre seus personagens, temos Engywook interpretados por Sydney Bromley e Tony Robinson, consecutivamente nos filmes A História Sem Fim I e A História Sem Fim III, e Dr. Zaius interpretado por Maurice Evans em O Planeta dos Macacos, e De Volta Ao Planeta dos Macacos. Além disso também foi o ator W.C. Fields em alguns filmes, como Se Eu Tivesse Um Milhão, e o ator Alec Guinness em A Queda do Império Romano.

Jeff Day em Vovô Viu a Uva

Em desenhos, foi a voz de Jeff Day em Vovô Viu a Uva, Super-Skrull em Os Quatro Fantásticos, e Tião Gavião na primeira dublagem de Os Apuros de Penélope Charmosa, e nos longas e séries Disney, personagens como Sacristão no longa Robin Hood, Imperador da China no longa Mulan, e Sultão de Agrabah no longa Aladdin e Os 40 Ladrões, e a segunda voz do mesmo na série Aladdin.

Em séries, foi a segunda voz do Vovô interpretado por Al Lewis na primeira dublagem de Os Monstros, além de ter feito fixos nas séries O Homem de Virgínia e Culpado e Inocente.

Há ainda informações errôneas na internet de que muitos personagens de Arthur feitos nos anos de 1960 teriam na verdade sido dublados por Amaury Gutemberg. Amaury passou apenas pelos anos de 1980, por não mais de 2 anos.

Arthur Costa Filho nos anos de 1990

Arthur dublou até o fim da vida, intercalando o seu trabalho como ator e o seu trabalho como dublador.

Veio a falecer em 31 de Janeiro de 2003 de infarto, aos 76 anos de idade no Bairro da Tijuca aonde residia.

Trabalhos:

Filmes


- Engywook (Sydney Bromley/Tony Robinson) em A História Sem Fim I e A História Sem Fim III
- Dr. Zaius (Maurice Evans) em O Planeta dos Macacos, e De Volta Ao Planeta dos Macacos
- Manny Rosen (Jack Albertson) O Destino de Poseidon
- Rollo La Rue (W.C. Fields) em Se Eu Tivesse Um Milhão
- Marcus Aurelius (Alec Guinness) em A Queda do Império Romano
- John Manchester (Lionel Barrymore) em Malaia
- Sr. Miller (Irving Bacon) em Música e Lágrimas
- Mike (William Fawcett) em Pistoleiro Relâmpago
- Chefe Cuyloga (Joseph Calleia) em O Tratado dos Moicanos
- Lorde Hartingdon (Hugh Williams) em Khartoum - A Batalha do Nilo
- Saito (Sab Shimono) em Fábrica de Loucuras
- Reverendo Mason (Patrick Cranshaw) em A Família Buscapé (1ª Dublagem)
- Senador William Duvall (Howard Duff) em Sem Saída
- Senador Phillips de Vermont (Eric Christmas) em O Enigma de Andrômeda

Séries

Vovô (Al Lewis) (segunda voz) em Os Monstros (1ª Dublagem)

Desenhos

- Darren McGavin em Gárgulas
- Sultão de Agrabah em Aladdin e Os 40 Ladrões (Longa-Metragem), e (segunda voz) em Aladdin (Série)
- Imperador da China em Mulan (Longa-Metragem)
- Sacristão em Robin Hood (Longa-Metragem)
- Barba Vermelha em A Turma da Gatolândia
- Treinador dos Rhinos em Os Tremendões
- Jeff Day em Vovô Viu a Uva
- Super-Skrull em Os Quatro Fantásticos
- Tião Gavião em Os Apuros de Penélope Charmosa (1ª Dublagem)
- Doutor Rato em Bernardo e Bianca na Terra dos Cangurus (Longa-Metragem)
- Corvo em Regresso ao Mundo Maravilhoso de OZ

Fontes: Dramaturgia Brasileira - In Memoriam, Acervo Pessoal, Dublanet, História da Dublagem, Revista do Rádio, Diário de Notícias, Última Hora, O Jornal, Gazeta de Notícias, A Noite, Jornal do Brasil, Todo Teatro Carioca, Lojinha dos Discos, Cinemetro, Antenados, A Manhã, Correio da Manhã, Marília Pera.com.br, Joana Fomm - Minha História é Viver, Livraria Imprensa Oficial, Wikipédia, Jornal do Brasil, Mundo Hanna-Barbera, Itaú Cultural.

Artigos de Revistas - Gerson Ferreira

Entrevista feita à mim pelo jornalista Paulo Henrique da Silva para o Jornal Hoje Em Dia de Belo Horizonte, Minas Gerais, no dia 16 de Janeiro de 2011. Entrevista essa que foi usada em conjunto com outros entrevistados para uma matéria para o Jornal. Aqui a entrevista na integra.
Clique nas imagens da matéria para ampliá-las

1. Como você vê o trabalho de dublagem hoje em dia, com muitos filmes sendo lançados nos cinemas apenas em sua versão dublada? A maior abertura para filmes dublados representou uma valorização da profissão?
 
A maior abertura para o cinema foi uma conquista para a classe e também para os fãs, e o resultado disso foi aparente, as salas com filmes dublados eram sempre as mais pedidas, e acho que não só trouxe uma valorização maior para a profissão como também fez mostrar ao público que temos uma dublagem muito boa no nosso país, aplaudida pelo mundo todo, atores vêm no Brasil para conhecer seus dubladores e muitas vezes elogiam a dublagem mesmo a distância. Também fez cair o mito que a maioria da população prefere filmes legendados, o que foi demonstrado não só no Cinema mais também em canais da TV a cabo que aderiram a dublagem em suas produções que antes eram legendadas. Eu penso que a opção deve ser de cada um e não induzida por um grupo, e cada um deve assistir do modo que mais lhe agrada; legendado ou dublado; mais que conheçam a versão dublada e a apreciem antes de julga-la, e é claro, sempre que houver uma dublagem ruim mandar e-mails para as empresas de dublagem, para as distribuidoras, pois é direito do telespectador e do fã de cinema reclamar do que foi feito para entretê-lo. Outra coisa não menos importante de se falar é a questão dos deficientes visuais que necessitam da dublagem para assistir a obra.
 
2. Outro aspecto nestes lançamentos é que os filmes tem sido dublados por gente famosa, com o objetivo de chamar maior atenção. Em muitos casos, são pessoas que não têm conhecimento de dublagem, com resultados muito ruins. Qual a sua opinião sobre isso?
 
Eu acho que exemplos muito legais nesse seguimento são as produções da Disney, hoje comandadas pelo Garcia Junior representante da Disney na América Latina. Eles convidam muitos profissionais fora do ramo, porem muitos deles já foram dubladores em outras ocasiões ou são profissionais que tem que mostrar bom desempenho, claro que há exceções, mais na maioria eles usam isso como regra. Claro que isso é uma exceção, pois todas as outras distribuidoras chamam gente famosa para seus filmes sem mesmo saberem o que é dublagem. O grande problema é que como nos Estados Unidos que chamam atores famosos para dublar para aumentar a bilheteria do cinema, no Brasil querem fazer o mesmo, mas a grande diferença é que nos Estados Unidos o ator grava primeiro a voz e depois é feito a imagem para essa voz, inclusive apreciem quando se mostra os make off’s das dublagens americanas, nunca mostra o profissional na frente do microfone e a tela do desenho ao mesmo tempo, porque não é mesmo feito assim. E no caso do Brasil é feito por cima da imagem, eles não conseguem ler o texto, ter interpretação e sincronia labial ao mesmo tempo e dá no que dá. É importante as pessoas saberem que a dublagem é uma vertente do trabalho do ator, todo o dublador é ator, mas nem todo o ator é dublador, é uma queda, ou você tem ou você não tem.
 
3. Você aprovou a dublagem de Luciano Huck para "enrolados", que vem sendo muito criticada pelos especialistas?
 
Eu particularmente não cheguei a ver esse filme, mais fiquei sabendo por alto. É como eu disse anteriormente, o profissional que não tem queda não pode ser dublador, mesmo que seja para uma animação aonde a maioria são crianças e pré-adolescentes, elas observam a interpretação e sincronia e guardam isso com elas. No caso do Luciano Huck nem ator ele é, então dificulta ainda mais o trabalho. O problema é que você fala “o ator poderia ter consciência disso e recusar o trabalho”, mas colocam outro em seu lugar, a conscientização deve vir dos distribuidores, ganham mais dinheiro colocando um famoso, sim, ganham, mas o record de ganho é maior que o da interpretação e o do bom trabalho?. O que deveríamos ter no nosso país era o reconhecimento a atores em dublagem que deveriam ser conhecidos amplamente, como Miriam Ficher, Márcio Seixas, Guilherme Briggs, Alexandre Moreno, que são excelentes profissionais e que deveriam ser mencionados em artigos como esse que vocês fazem no jornal Hoje Em Dia, em outros jornais e matérias na mídia, pois quando viesse um filme pro cinema “Enrolados, dublado por Alexandre Moreno”, os fãs conheceriam, saberiam de outros incríveis trabalhos que ele fez e também ajudaria no ganho nos cinemas, mais infelizmente isso é uma coisa que acredito que seja muito difícil de acontecer, um ator de Big Brother que é conhecido a 2 meses leva mais publico pro cinema do que um ator em dublagem de 30 anos de carreira, então é um caso muito complicado esse.
 
4. Quem faz as melhores dublagens de animações atualmente?
 
A Disney e a Dreamworks. Apesar de alguns casos de atores não dubladores não terem feito trabalhos muito bons, alguns foram exceção, como no caso de A Era do Gelo, você percebia que não tinham aquela caída para a dublagem mais tinham uma boa interpretação cômica e tornou o filme bem divertido. A dublagem também de A Princesa e o Sapo que ficou muito boa, disseram que o Rodrigo Lombardi fez uma ótima interpretação, também damos um destaque a Selma Lopes que dublou a personagem Ray no longa, Selma é veterana na área desde os anos 60, dublava e cantava pela Fada Azul de O Pinóquio, hoje com 82 anos arrasou no filme dublando e cantando, com a voz linda que ela tem.
 
5. Como surgiu seu interesse pela dublagem? E por que você resolveu criar um site sobre o assunto?
 
Essa coisa de dublagem é desde pequeno, desde Os Cavaleiros do Zodíaco do qual eu era muito fã do Gilberto Baroli que fazia o personagem Mestre Ares e imitava essa voz em várias brincadeiras minhas. Com a chegada da internet grátis em 2000 eu pude conhecer esses profissionais por nome e foto, pelas reportagens de revistas da época, mais isso só foi se despertar por volta de 2004 quando comecei a ir em eventos de animê e mangá, aonde fazem anualmente o Oscar da Dublagem no evento Anime Friends, e me deparei com esse mundo mais uma vez. Aí comecei a pesquisar, reunir informações, tudo apenas por hobbie e gosto próprio. A vontade de criar o site; apesar de ser um site simples, mas modéstia parte com um bom conteúdo; veio por haver muitas informações erradas na internet. Nós que somos fãs, temos a responsabilidade de creditar as informações e as listas de dublagem com o máximo de certeza possível, e também havia uma falta muito grande de informações daqueles lendários dubladores que fizeram um trabalho quase que artesanal no início da década de 60 e que merecem ser reconhecidos e lembrados, sem eles a dublagem não seria o que é hoje, então tudo isso me motivou a criar o site.
 
6. Hoje, com o grande número de estúdios, não há muito a preocupação de um mesmo dublador acompanhar os papéis de um determinado ator, não é verdade?
 
É Verdade. Além disso também tem a carga horário de trabalho, tem dubladores que tem diariamente 6 horas de trabalho em um único estúdio e isso dificulta dele continuar dublando um ator que sempre dubla, cabe a cada distribuidora e diretor de dublagem examinar isso da melhor forma, e esperar alguns dias o ator estar mais livre, o problema é que com a velocidade que o cliente pede o produto, as vezes nem podem esperar. Outro fator que a maioria das pessoas desconhece é a questão de haver 2 polos de dublagem no Brasil: Rio e São Paulo, ambos desde os anos 60, então por essa razão todo o ator tem pelo menos duas vozes oficiais. Nos últimos anos temos apreciado que algumas distribuidoras acham importante manter a mesma voz e estão realizando uma espécie de dublagem itinerária, aonde por exemplo o filme é dublado em São Paulo e a voz oficial do ator é do Rio, então o ator grava as falas dele no Rio, são mandadas para São Paulo e mixadas com o resto das vozes paulista no filme. O exemplo mais recente que tivemos disso foi o do filme Os Mercenários, aonde a dublagem foi realizada na Álamo de São Paulo e as vozes de Sylvester Satallone e de Arnold Schwarzenegger; que são respectivamente de Luiz Feier Motta e Garcia Junior; foram feitas no Rio e mixadas com as vozes de São Paulo, um trabalho que merece o nosso aplauso, pois além do esforço da distribuidora também teve a questão desses 2 profissionais não estarem mais na área de dublagem.
 
7. No caso das séries, as emissoras costumam mudar de estúdio de uma temporada para outra...
 
Não, a não ser que haja uma briga com a empresa ou ela venha a falir, aí é inevitável a mudança. Um exemplo recente que temos foi o da lendária Herbert Richers que estava dublando a novela Isa Tkm, o estúdio fechou as portas no início de 2010, porem o canal ou o distribuidor, não me lembro bem, alugou o estúdio e dublou o resto dos episódios só para ter a marca e os profissionais da Herbert Richers na produção. Está vindo a próxima temporada da novela, mas com certeza essa já deve ter sido dublada em novo estúdio. No caso da série Lost não foi culpa da emissora e sim da própria Disney, que colocou uma cláusula na 3ª temporada da série que dizia que os dubladores venderiam seus direitos conexos nos DVD da Disney por 50 anos, ou seja, não ganhariam nada de direito conexo nos próximos 50 anos de trabalho com a Disney, então a ANAD (Associação Nacional dos Artistas de Dublagem), que surgiu no Rio e agora também tem força em São Paulo, não aceitou isso, fazendo a série sair da Álamo e ir para a Herbert Richers, no qual os dubladores do Rio aceitaram isso. Isso que a Disney fez realmente é uma falta de respeito com os profissionais, são atores, têm que ser pagos por seus direitos conexos que está na lei.
 
8. Outro problema: quando uma série antiga é reexibida na TV, as emissoras fazem uma nova dublagem, perdendo a identificação do espectador com determinada voz...
 
Esse talvez seja um dos maiores problemas existentes na dublagem que rende discussão em diversas comunidades e grupos na internet. Há duas coisas que podem acontecer para uma série ser redublada, a primeira é que por decorrência de muito incêndios nas empresas de televisão na década de 60 e 70, fez com que boa parte desses produtos sumissem e também o mal cuidado com isso levando esse material a mofar em estúdios sem cuidado com o produto, levando-o a perca total, a segunda coisa que pode acontecer é a imposição das distribuidoras, que se justificam dizendo que o som está abafado, ruim, e querem um som digitalizado, ora, esses filmes não tiveram som digital nem na época que foram feitos!!! Como pode ela exigir isso da dublagem Brasileira? Um dos casos mais marcantes foi da trilogia de De Volta Para o Futuro, que originalmente foi conhecida com a dublagem da BKS nos anos 80/90, que passou na televisão por mais de 10 anos, de repente a distribuidora MCA é comprada pela Fox e em 2007 a Fox exige que seja redublada a série, sem mesmo chamar seus dubladores oficiais; Orlando Viggiani e Eleu Salvador; para redublarem a série, uma total falta de respeito com os fãs e com os dubladores, uma coisa lamentável. Nessa época os fãs começaram a comprar os Dvd’s e pegar na Internet com colecionadores o som original feito na BKS, mixar com DVD e sair vendendo pela internet, pela revolta de ter apagado o passado de nós que vivemos essa época, e essa dublagem, como toda a produção, ter marcado como um todo para nós.
 
9. Os dubladores continuam tendo problemas de direitos quando a obra é lançada em outras mídias?
 
Com certeza, o descaso continua igual. Já dizia Nelson Machado: se o Borges de Barros fosse receber tudo o que ele tinha de direito, ele seria rico; Borges de Barros foi um grande dublador brasileiro que entre outros fez o Dr. Smith de Perdidos no Espaço e o Moe de Os Três Patetas, e morreu pobre em 2007. As pessoas às vezes pensam: mais tem dubladores que ganham bem apenas pelo trabalho; sim, concordo, mais são exceções, o grande pivô da coisa é que na lei diz que o ator deve receber toda a vez que seu trabalho for exibido, mas os distribuidores insistem em dizer que não existe essa lei para o dublador, como não? O dublador também não é ator e esse também não é um trabalho artístico que é exibido na Tv e no Cinema? São uns descasos absurdos que acontecem em nosso país, e aí lembramos daquela antiga história chamada Chaves, Marcelo Gastaldi, dono do extinto estúdio que dublou Chaves; a Maga; e dublador do personagem principal, não recebeu nada além do trabalho que foi cobrado por hora para fazer o personagem, no final da vida transferiu seu estúdio para a Marshmellow de São Paulo e tinha dívidas fortes nas costas. Faleceu novo, em 1995 e a família ficou passando fome, os amigos dubladores que davam dinheiro para eles, enquanto isso Sílvio Santos ganha por cada minuto de audiência de Chaves desde 1984, quer maior descaso que esse?
 
10. As melhores dublagens costumam ser de desenhos animados, não é verdade?
 
Dizem os dubladores que em desenhos eles tem mais liberdade de criar e improvisar, pois os desenhos não tem voz muito menos personalidade, e é o dublador que da isso a eles, tem até dubladores que acham que a única dublagem legitima seria em desenhos, pois são criações. Aqui no Brasil nós tivemos e temos verdadeiros astros da voz como Orlando Drummond, Silvio Navas, Guilherme Briggs, Mário Monjardim, Luiz Manoel, Domício Costa, Carlos Marques, Alexandre Moreno, Selma Lopes, Sônia de Moraes, e muitos outros. Um causo muito legal de contar foi o que ocorreu nos anos 80 com o falecido dublador Cleonir dos Santos, o criador original de Denis o Pimentinha estava no Brasil com a esposa, e fez questão de ir à Herbert Richers conhecer o dono da voz do seu personagem, que era o Cleonir, dizendo: quando eu criei esse personagem a voz que eu tinha na minha mente era a sua, então eu vim especialmente para o Brasil lhe conhecer; Cleonir disse que ficou emocionado com isso, que essas pequenas situações fazem valer todos os anos de dublagem que ele fez.
 
11. Quem são os maiores nomes da dublagem brasileira na sua opinião?
 
Olha, tem muita gente, se for deixar eu fico aqui até amanha falando (risos). Eu acho que devemos falar dos grandes, que começaram toda essa história, entre eles temos Mário Monjardim, Domício Costa, Orlando Drummond, Antônio Patiño, Milton Luís, Sônia de Moraes, Carmen Sheila, Luiz Manoel, Magalhães Graça, Borges de Barros, Helena Samara, Isaura Gomes, Garcia Neto, Nair Amorim, André Filho, André Luiz Chapéu, Carlos Campanile, José Soares, Nelly Amaral, Márcio Seixas, Nelson Machado, Darcy Pedrosa, Newton da Matta, Sumara Louise, e é claro os mais recentes Eduardo Borgerth, Guilherme Briggs, Affonso Amajones, Miriam Ficher, Ricardo Schnetzer, Mário Jorge de Andrade, Garcia Junior, Guilene Conte, Manolo Rey, Angélica Santos, Cecília Lemes, Wendel Bezerra, e essa garotada que ta hoje em dia arrasando como Luciano Monteiro, Matheus Perrisé, Charles Enmanuel, Bruna Laynes, Thiago Fagundes, e tantos outros. A nossa dublagem é muito rica de grandes profissionais, as pessoas tem que aprender a dar mais valor a ela.

Agradecimentos à Paulo Henrique da Silva e ao Jornal Hoje Em Dia pela entrevista.

Aliomar de Matos



Arquivo de Som:

Irmã Bertrille (Sally Field) em A Noviça Voadora


Biografia:

Aliomar de Matos foi uma dubladora Carioca e Paulistana.

Início

Aliomar de Matos nasceu em 22 de Abril de 1931 em Salvador, Bahia.

Começou a carreira como radioatriz aos 8 anos de idade, por volta de 1934 na Rádio Tupi, revelada no programa A Hora do Guri, da Tia Chiquinha (Silvia Autuori), que revelou muitas crianças que depois viraram grandes estrelas.

Rádio Educadora

Na década de 1940, ingressa na Rádio Educadora, ficando até 1943, quando ingressa na Rádio Tamoio.

Rádio Tamoio

Na emissora, participou de diversos programas, como: Programa da Petizada (1943); que constituía de vários quadros, inclusive de novelas da qual Aliomar também participava, como: O Pequeno Lord (1943), entre outras.

Rádio Nacional

Em 1944, entra para a Rádio Nacional, ao mesmo tempo que Domício Costa, colega futuro seu na dublagem.

Rádio Tamoio

Permaneceu cerca de 1 ano na emissora, e retorna para a Rádio Tamoio.

Aliomar de Matos (1946)

Participava também do Teatro Religioso, como na peça: Santa Catarina (1946), ao lado de Paulo Porto, Restier Junior, Carlos Machado, e outros.

Na emissora, também participou de diversas rádionovelas. Entre elas: A Felicidade é Quase Nada (1948), Meu Destino é Pecar (1949), A Felicidade é Quase Nada (1949), entre outras.

O famoso programa da Tamoio, Pausa Para Meditação (1949), também teve sua participação, na interpretação de diversas histórias.

Rádio Clube do Brasil

Aliomar de Mattos (1951)

Em 1951, ingressa na Rádio Clube do Brasil.

Na emissora, atua em diversas rádionovelas, como: Lágrimas de Homem (1951), Noite Sem Fim (1951), entre outras.

Rádio Tupi

Na Rádio Tupi, retornou em 1952.

Aliomar de Matos, Avalone Filho, Ida Gomes, e Alcina Maria (1959)

Sua maior atuação na emissora eram nas rádionovelas. Entre elas, temos: Amanhã Vai Chover (1952), Sua Vida Me Pertence (1952), Destino Marcado (1954), A Milionária (1955), O Outro Lado da Vida (1958), O Tesouro (1958), Comecemos Outra Vez (1958), Violência (1958), Um País Chamado Esperança (1958), Vidas Agrestes (1959), O Mundo Está Lá Fora (1959), E Uma Luz Brilhou... (1959), Estrela Sem Brilho (1959), Vidas Sem Rumo (1959), Cabecinha de Vento (1959), Sangue Maldito (1959), Vendaval de Emoções (1959), Na Solidão da Noite (1959), Amanhã... Será o Nada!... (1959), O Mistério da Fazenda Solidão (1959), Cara Suja (1959), O Despertar de Um Coração (1959), O Preço da Tentação... (1959), O Mundo Está Lá Fora (1959), Somos Todos Irmãos (1959), A Morte Não é o Fim (1960), A Moeda Maldita (1960), Destino de Um Homem (1960), Tarde Demais Para Chorar (1962), O Segredo do Castelo de Cliff (1962), entre muitas outras.

Também esteve presente no programa Teatrinho do Sorriso (1956), de Edgard G. Alves, interpretando peças de teatro infantil.

Aliomar também era cantora, e chegou a participar de programas na emissora do gênero, ao lado dos Garotos da Lua, Três Marias, Carlos Frias, entre outros, em programas como Música e Coca-Cola Nos 4 Cantos do Mundo (1955), entre outros.

Também esteve presente em alguns programas humorísticos na emissora, como em: Uma Pulga na Camisola, do escritor Max Nunes (1954), Riso, Cidade Aberta (1962), ao lado de Orlando Drummond, Ronaldo Magalhães, e outros, entre outros.

Se afastou do rádio em Agosto de 1962.

Rádio Clube do Brasil

Por volta de meados dos anos de 1960, vai para a Rádio Clube do Brasil, aonde fica até 1967, quando vai para São Paulo com o marido, Silvio Matos, para ingressar no estúdio de dublagem AIC.

TV Tupi

Jomeri Pozzoli e Aliomar de Matos

Na emissora das Associadas só ingressou por volta de 1957, trabalhando com diversos ícones da época, como Ida Gomes, Jomeri Pozzoli, Alberto Perez, e muitos outros.

Nas novelas, Aliomar marcou presença em: A Felicidade Verá Depois (1957), e Trágica Mentira (1959).

Ioná Magalhães e Aliomar de Matos (1958)

Em peças, tivemos diversas participações suas em programas teatrais, como Teatro Aos Domingos, em: Chantage (1957), Teatro de Novela Coty, em: Trágica Mentira (1959), além do programa infantil Fantasias Cornflakes, em: O Anel Encantado (1954), de Miguel Rosenberg, e a peça Sinhá Moça Chorou (1959).

Jomeri Pozzoli, Aliomar de Matos, Avalone Filho, e Maurício Sherman (1959)

Outra sequência de que fez parte foi o Teatro de Comédias, em peças como: Os Águias (1957), Sindicato dos Maridos (1958), e A Tal do Segundo Andar (1958).

Desconhecida, Aliomar do Matos, Aldo César e Ângela Bonatti, na TV Tupi - Rio, na década de 1950

Sem dúvida nenhuma o programa em que foi mais famosa na emissora foi no Teatro de Equipe, aonde trabalhou principalmente com a dupla Jomeri Pozzoli e Ida Gomes, em peças como: Czarina (1958), 3.200 Metros de Altitude (1958), A Governanta (1958), A Dama das Camélias (1958), O Rosário (1959), Vitória Amarga (1959), Sonata a Quatro Mãos (1959), Divino Perfume (1959), e O Incrível Dionélio (1959).

Teatro

No teatro, começou na pré-adolescência, pela Associação Brasileira de Críticos Teatrais, patrocínio de Serviço Nacional de Teatro do Ministério da Educação. Ao seu lado estavam Gerval dos Santos, Daisy Lúcidi e Domingos Martins, que também começaram pequenos na Rádio Tupi.

Entre as peças que atuou, estão: Aladino Ou A Lâmpada Maravilhosa (1942), ao lado de Gerval dos Santos, A Nova Gata Borralheira (1942), ao lado de Daisy Lúcidi, Nathalia Timberg, Gerval dos Santos, e Domingos Martins, ambas com direção de Olavo de Barros, e Branca de Neve e Os Sete Anões (1944), ao lado de Dulce Martins, Gerdal dos Santos, Arthur Costa Filho, Daisy Lúcidi, Luiz Brandão, entre outros.

Aliomar de Matos na década de 1950

No início de 1960, quando estava de férias na Rádio Tupi, entra para a Companhia de Comédias Procópio Ferreira, aonde viaja o Brasil inteiro fazendo peças teatrais. Esse período durou de 1961 à 1964, sendo sua primeira temporada de Janeiro à Março de 1961. 

Aliomar de Matos, Cléo Navarro, Procópio Ferreira, e Silvio Matos

Na companhia, atuou nas peças: Meu Marido é Um Santo (1961), As Mulheres Não Resistem (1961), Esta Noite Choveu Prata (1961), Boa Noite, Betina (1962), também apresentada no Teatro Record, em São Paulo, A Família do Antunes (1964), Deus Lhe Pague (1964), entre muitas outras.

 

Na companhia, atuou ao lado de Anilza Leoni, Procópio Ferreira, Otelo Zeloni, Raquel Martins, Walter Stuart, Silvio Matos, e outros.

 

Em 1962, conhece Silvio Matos, com quem acaba se casando em 1964/65, quando já havia encerrada sua temporada na companhia, e indo morar no Rio de Janeiro.

 

Sua última peça no teatro foi: O Gato de Botas (1970), com direção de Older Cazarré, ao lado de Silvio Navas, Gilberto Baroli, Older Cazarré, Célia Paula, e Maralisi Tartarini, no Teatro Veredas, em São Paulo.


Vida Pessoal

Alomar de Matos e Atamar de Matos, irmãs de Aliomar, também trabalharam no rádio. Altamar, por exemplo, atuou na Rádio Clube do Brasil na década de 1950.

Aliomar, Jaime e Antônio (1950)
   
Aliomar se casa no final da década de 1950, com o músico Jaime Araújo que fazia parte da Orquestra Tabajaras, ao lado do irmão Severino Araújo. O primeiro e único filho do casal, Jaime Antônio, nasce em 1950. Aliomar se separa de Jaime em 1956.

Aliomar de Matos, e a filha Antonieta Matos

Por volta de 1956, conhece José Luiz Aromatis, diretor financeiro da TV Tupi, com quem se casa pouco tempo depois. Em 1957, nasce a única filha do casal, Maria Antonieta de Matos Aromatis. Um tempo depois se separam, e Antonieta vai morar com seu pai e sua avó.

Aliomar de Matos e Silvio Matos (2010)

Em 1960, conhece Silvio Matos na Companhia de Comédias Procópio Ferreira, casando-se com ele em 1962.

Música

LP da música O Telefone Chora (1975)

Em 1975, Aliomar foi convidada para dar voz a uma criança na canção de Márcio José, O Telefone Chora. Ficou tão famosa por essa música, que chegou a gravar uma versão em espanhol. Também chegou na época a ir no Programa Silvio Santos, para que as pessoas soubessem quem era a dona da voz.

Dublagem

Na dublagem começou no final dos anos de 1950, passando pela Riosom, Peri Filmes e Herbert Richers. Em 1965 levou sua filha Maria Antonieta, conhecida como Antonieta Matos, para a dublagem, foi a primeira criança a dublar naquela época.

Slogan da AIC, empresa que Aliomar fez carreira

Em 1967 recebeu uma proposta do também rádioator da Rádio Clube do Brasil, Wolner Camargo, para ir trabalhar na empresa de dublagem AIC, em São Paulo, no qual Wolner era diretor geral do estúdio, Aliomar aceitou a proposta e foi com o marido, que também dublava, para São Paulo, e a partir daí, sua filha começou a ser levada para dublagem pela avó paterna, com quem vivia mais o pai. Aliomar e Silvio vieram pra São Paulo, e alugaram uma casa ao lado da AIC, e como isso estavam sempre disponíveis para dublar.

Oreu em Maguila, o Gorila

Na AIC, foi aonde Aliomar brilhou como dubladora. Entre seus diversos papeis, primeiramente estão os desenhos, como a primeira e mais constante voz da pequena Oreu em Maguila, o Gorila, a terceira voz de Betty Rubble a partir da 4 temporada em Os Flintstones, Ching nos primeiro episódio dublados na AIC de A Princesa e o Cavaleiro, o resto da série foi dublada no Rio, Pedrita em Bam Bam e Pedrita e no longa-metragem Flintstones Especial.

Sally Field

Em séries fez a filha de Samantha, Tabatha Stephens em A Feiticeira, a segunda e mais frequente voz da Agente 99 da segunda temporada em diante na primeira dublagem de O Agente 86, a Irmã Bertrille  em A Noviça Voadora, sem duvida nenhuma seu maior trabalho, Barry Lockridge em Terra de Gigantes, a segunda voz de Penny Robinson em Perdidos no Espaço, entre outros.

Aliomar dublou constantemente até 1984, depois dublando esporadicamente. Em 1999, mudou-se para o Rio de Janeiro com o marido.

Nos anos 2000, teve um projeto artístico desenvolvido com a terceira idade.

Trabalhos:

Filmes

- Lutie Cameron Brewton (Katharine Hepburn) em Mar Verde
- Ruby Calder (Angie Dickinson) em Caçada Humana
- Philadelphia Thursday (Shirley Temple) em Sangue de Herói
- Pequena Peep (Charlotte Henry) em Era Uma Vez Dois Valentes
- Francine MacLaine (Patricia Hardy) em Ritmo Alucinante / Música Alucinante
- Sra. Carrie Lane (Karen Steele) em O Homem Que Luta Só
- Babá Goodpature (Tuesday Weld) em A Delícia de Um Dilema
- Riley Martin (Wanda Hendrix) em Serras Sangrentas
- Carola (Luciana Paluzzi) em Sem Tempo Para Morrer
- Mary Clancy (Hayley Mills) em Anjos Rebeldes

Séries

- Tabatha Stephens (Julie Young e Tamar Young) em A Feiticeira
- Agente 99 (Barbara Feldon) (segunda voz) em O Agente 86
- Irmã Bertrille (Sally Field) em A Noviça Voadora
- Barry Lockridge (Stefan Arngrim) em Terra de Gigantes
- Penny Robinson (Angela Cartwright) (segunda voz) em Perdidos no Espaço
- Biddie Cloom (Susan Tolsky) em E As Noivas Chegaram
- Betsy Garth (Roberta Shore) em Virgínia / O Homem de Virgínia (1ª Dublagem)

Desenhos

- personagens secundários em Speed Buggy
- Betty Rubble (terceira voz) em Os Flintstones
- Oreu (primeira voz) em Maguila, o Gorila
- Vilma Flinstone em Fred e Barney Show
- Ching em A Princesa e o Cavaleiro (AIC)
- Pedrita em Bam Bam e Pedrita e Flintstones Especial (Longa-Metragem)
- Merilee em Butch Cssidy e Os Sundance Kids

Fontes: O Cruzeiro, Universo AIC, A Scena Muda, Correio da Manhã, Diário Carioca, O Jornal, Diário da Noite, Jornal do Commercio, Diário de Notícias, Veja, Fernanda Furquim, Lady Hollywood, Silvio Matos, Marcelo Almeida, Dublanet, História do Rádio, Roberto Salvador, Maycon Vinicius.

Allan Lima


Arquivo de Som:

Professor Severo Snape (Alan Rickman) em Harry Potter e a Pedra Filosofal


Biografia:

Allan Lima foi um dublador Carioca.

Início

Allan Lima nasceu em 1931 na cidade do Rio de Janeiro.

Na adolescência, estudou no famoso Colégio Pedro II, incentivador do teatro no Brasil, e responsável por revelar dezenas de nomes que se tornariam famosos no cenário do teatro, rádio e TV nacional.

Rádio Roquete Pinto

Allan Lima, Daisy Lúcidi, Theresa Amayo, Prof. Libanio Guedes, Augusto Gomes Neves, e as entrevistadoras Marly e Maron, no Programa A Juventude Cria

Na escola, entrou no grupo de teatro, e logo fizeram parte de um programa que era transmitido na Rádio Roquete Pinto, chamado A Juventude Cria (1947). Allan começou como redator no programa, e por conta da ausência de Orlando Prado do mesmo, teve sua primeira chance diante dos microfones, que um tempo depois o perpetuou no programa. O programa ficou no ar por 4 anos.

Rádio Ministério da Educação

Com o término do programa em 1951, foi chamado para trabalhar na Rádio Ministério da Educação. Na emissora, fez carreira por muitos anos trabalhando ao lado de amigos que dividiriam palco com ele também na dublagem, como Orlando Prado, Telmo de Avelar, Magalhães Graça, entre outros.

Um de seus primeiros programas na emissora foi o programa infantil, Reino da Alegria, em histórias como O Ponto da Profecia das Flores (1951), entre outras. Também trabalha em outros programas infantis na emissora, como Teatrinho da Alegria.

Allan Lima e Ieda de Oliveira

Em peças, atuou em diversas, como em: Perlipate e o Quebra Nozes (1954), Sítio da Saudade (1954), e em peças do programa Grande Teatro PRA-2, como O Crédito (1957); entre outras.

Já em programas, teve uma gama grande de atuação, tendo inclusive apresentado diversos deles. Entre os programas, temos: Temas Com Variações (1955), em programas como Os Índios na Música e na Literatura (1955), e Os Rios na Música e na Literatura (1955), com apresentação dividida com Telmo de Avelar, foi um dos apresentadores de Vivamos com Saúde (1955), um programa que focava na higiene e na saúde, apresentou Vida e Fantasia (1955), com várias histórias, muitas vezes interpretadas por Fernanda Montenegro, apresentou Memórias de Um Sargento de Milícias (1957) (que viera a atuar nos palcos em 1956), apresentou Ouvindo, Lendo e Contando (1959-61), entre outros.

Allan Lima (1952)

Em 1955, em homenagem ao aniversário da diretora de Reino da Alegria, Geni Marcondes, participou ao lado de outros colegas do programa da homenagem feita pela TV Rio, no programa Recreio Musical, recriando o programa de rádio para a televisão.

Por volta de 1955, participa do programa Passeio Literário, na história O Pônei Alazão (1955), programa esse que era apresentado por Fernanda Montenegro. No mesmo ano, começa a se destacar também como diretor de rádioteatro, dirigindo histórias no programa, como Circo de Coelhinhos (1955), entre outros.

Também dirigiu outros outras histórias em programas, como em Tribuna da História, com histórias como A Ribeirinha (1955), entre outros.

Como diretor de rádionovelas, também começou a se destacar em 1955, dirigindo produções, como: Vidas Secas (1955), Poesia Viva (1955), entre outros.

Também dirigiu programas, como: Noite, Música, Poesia! (1956), Em Poucas Palavras (1959), entre outros.

Rádio Globo

Em 1960, é contratado pela Rádio Globo, aonde começa a atuar como ator, e em meados do mesmo ano como diretor de rádioteatro.

Maurício Quadrio, Allan Lima, e Moacir Farelli (1960)

Também foi apresentador na emissora, tendo comandado os programas: O Assunto é... (1960), e Radioscope (1960)

Rádio MEC

No ano seguinte, retorna a Rádio Ministério da Educação, agora chamada de Rádio MEC (Ministério da Educação e Cultura).

Na emissora atuou, entre outros, também como produtor. Entre suas produções, estão as peças: As Obras Primas da Literatura Universal (1961), Romances Brasileiros (1962), Vida e Fantasia (1964), entre outros.

Também fez adaptações na emissora. Entre elas temos a peça Macunaíma (1963), com Sadi Cabral, João Valluzi, Gualter de França, e outros.

Em 1973, participou do projeto governamental, chamado de Projeto Minerva. Dentro do projeto, produziu e narrou o programa Conversa de Domingo.

Teatro

Allan Lima, Henriette Morineau, e Francisco Dantas em Os Ovos de Avestruz (1952)

Allan atuou em diversas peças de teatro na década de 1950. Entre elas, temos, Casamento à Força (1950), de Moliere, dirigido por Luiza Barreto Leite, ao lado de Tereza Amayo, no Teatro Escolar do Colégio Pedro II.

 

E, Teatro Popular de Arte: Manequim (1951), Beatriz Segall, Jardel Filho, Nelson Vaz, Marilu Montenegro, Allan Lima, Walter Amendola, e Maria de Lamaignere, no Teatro Copacabana.

 

Na ocasião, ingressou na companhia Os Artistas Unidos, aonde atuou nas peças A Poltrona 47 (1951), Armando Braga, Beyla Genauer, Henriette Morineau, Jardel Filho, Judith Vargas, e Silva Ferreira, no Teatro Ginástico.

 

Josefina e o Ladrão (1952),  Francisco Dantas, Henriette Morineau, Jardel Filho, Judith Vargas, Oscar Felipe, Ricardo Novais, Sara Dartus, e Wanda Kosmo, no Teatro Copacabana Palace.


Laura Suarez, Allan Lima, e Francisco Dantas em Os Ovos de Avestruz (1952)

E, Os Ovos de Avestruz (1952), ao lado de Francisco Dantas, Henriette Morineau, Laura Suarez, Jardel Filho, e Judith Vargas, no Teatro Copacabana.

 

Em 1952, chegou a ensaiar a peça Já é Manhã no Mar (1952), pelo Teatro de Arte, mas não pode encenar, por falta de tempo. Na ocasião já tinha um trabalho intenso no rádio.

 

No mesmo ano, ingressa na Companhia Zilco Ribeiro, na revista Olha o Pixe! (1952), ao lado de Nelia Paula, Walter D'Ávila, Ruy Cavalcante, Paula Silvi, Emílio Castelar, Glória May, Carla Neli, Tilda Jordan, J. do Carmo, Yolanda Jacomo, Suzy de Marco, e Gene de Marco, no Teatro Follies.

 

Fora da companhia, também atua nas revistas Encontro à Meia Noite (1952), ao lado de Záquia Jorge, os bailarinos Valdo e Alba, Rosita Lopes, Joana D'Arc, Plo Celestino, Rose Rondelli, Ivone Nelson, Zé Trindade, La Raina, Yole Manon, entre outros, na Boate Acapulco.


Allan Lima e Carmen Verônica em Olho Mecânico (1958)

E, Os 7 Pecados de Mulher (1953), de Jean Cartier, ao lado de Evilázio Marçal, Zaquia Jorge, Sady Cabral, Fininho, Nick Nicola, Jaime Silva, Celes Aida, Valéria Amar, Anilza Leoni, Terezinha e Auri, o bailarino José Moleta, e Lilian Reis, no Teatrinho Jardel.

 

Em seguida, atua nas peças, O Bouquet (1953), ao lado de Manuel Pêra, Dinorah Marzullo, e Ruth Anarey, no Teatro Municipal. Na ocasião, a peça foi apresentada dentro da comemoração de 40 anos da atriz Sarah Nobre.

 

E, Mambembe (1955), ao lado de Claudiano Filho, Francisco Moreno, Sarah Nobre, Celma Silva, Sadi Cabral, Jackson de Souza, Labanca, Hélcio de Souza, Gláucio Gil, Janete Jane, Átila Iório, Luiz Espindola, Colé, Almeidinha, Delorges Caminha, Henriette Morineau, Otelo Zeloni, Oswaldo Louzada, e outros, no Teatro Municipal, e posteriormente no Teatro João Caetano.

 

Em 1956, participa do espetáculo anual Poeira de Estrelas (1956), feito pela Fundação Brasileira de Teatro, ao lado de grande elenco, como Antônio Gnzaroli, Brandão Filho, Conchita de Moraes, Cláudio Corrêa e Castro, Dulcina de Moraes, Delorges Caminha, Elza Gomes, Eva Todor, Ambrósio Fregolente, Geande Otelo, Hamilton Fereira, Henriette Morineau, Ítala Ferreira, Ítalo Rossi, Iracema de Alencar, Jorge Dória, Laura Suarez, Luiz Delfino, Milton Morais, Marlene, Magalhães Graça, Mara Rúbia, Manuel Pêra, Natalia Timberg, Nancy Vanderley, Odilon Azevedo, Oscarito, Oscar Felipe, Paulo Autran, Paulo Goulart, Paulo Padilha, Paulo Porto, Renata Fronzi, Roberto de Cleto, Tônia Carrero, Yara Salles, Silveira Sampaio, Sérgio de Oliveira, e outros, no Teatro Municipal.

 

Posteriormente, atua nas peças, Memórias de Um Sargento de Milícias (1956), pelo Teatro Nacional de Comédia, ao lado de Magalhães Graça, Graça Moema, Cirena Tostes, Labanca, Diego Cristian, Miriam Roth, Hilda Cândida, Munira Haddad, Flávia Martino, Regina Aragão, Edson Silva, José Jonas, Francisco Romão de Lima, no Teatro Maison de France.


Aurimar Rocha, Allan Lima e Teresa Austregésilo em Infelicidades em Petit-Comité (1957)

Infidelidades em Petit-Comité (1957), pelo Teatro de Bolso, ao lado de Aurimar Rocha, Teresa Austregésilo, e Marilú Bueno.

 

Jornada de Um Longo Dia Para Dentro da Noite (1958), pela Companhia Teatro Cacilda Becker, ao lado de Cacilda Becker, Fredi Kleemann, Kleber Maced, Walmor Chagas, Ziembinski, no Teatro Dulcina.

 

Olho Mecânico (1958), comédia musical pela companhia Tônia-Ceni-Autran, ao lado de Luiz Oswaldo, Laercio Laurelli, Edson Guimarães, Margarida Rey, Paulo Autran, Tônia Carrero, Carmen Verônica, e Adolfo Celi, no Teatro Mesbla.

 

Alô... 35-5499 (1959), pela companhia Os Artistas Unidos, ao lado de Laura Suarez, Irina Grecco, Glória Ladany, Sérgio de Oliveira, Armando Costa, e Sylvia Rocha, no Teatro Copacabana.

 

Fernanda Montenegro e Allan Lima (1960)


Mambembe (1959-60), ao lado de Sérgio Britto, Grace Moema, Fernanda Montenegro, Ítalo Rossi, Yolanda Cardoso, Zilka Sallaberry, Renato Consorte, Milton Carneiro, Labanca, Tarciso Zanete, Napoleão Moniz Freire, e Yara Cortes, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

 

Sinos de Natal (1959), com direção de Fábio Sabag, ao lado Paulo Padilha, Roberto de Cleto, Norma Blum, Munira Haddad, Inezir de Abreu, Roberto Montenegro, Edna Lúcia, Haroldo de Oliveira, Carlos Jamil, Henrique Osvaldo, Armando Nascimento, e Mário Petraglia, nas escadarias do Teatro Municipal.

 

A peça é repetida no natal de 1960, com o elenco Suely Franco, Paulo Padilha, Roberto de Cleto, Norma Blum, Munira Haddad, e outros artistas, e no natal de 1961, ao lado de ao lado de Suely Franco, Paulo Padilha, Roberto de Cleto, Norma Blum, Munira Haddad, Haroldo de Oliveira, Germano Filho, e Henrique Oswaldo, ambas também no Teatro Municipal, e sempre com a direção de Fábio Sabag.

 

E, Alegoria Carioca (1960), ao lado de ao lado de Aurora Miranda, Grande Otelo, Grace Moema, Jorge Goulart, Linda Batista, Mafra Filho, Mara Rúbia, Onéssimo Gomes, Paulo Moreno, Ruth de Souza, Paulo Padilha, Sadi Cabral, Vera Regina, Valdir Maia, e numeroso elenco, no Maracanãzinho.


Cinema

O Camelô da Rua Larga (1958)

No cinema atuou em alguns filmes, como: Mãos Sangrentas (1955), Rebelião Em Vila Rica (1957), Pista de Grama (1958), O Camelô da Rua Larga (1958), e Missão: Matar (1972).

TV Rio

Allan Lima (1954)

Na TV, começou a atuar em 1956. Atuou em diversas peças, como as peças do programa Teatro do Rio: O Diabo Cospe Vermelho (1956); as peças do programa A História da Semana: A Herança (1957); e a peça A Vida é Assim (1958), de João Loredo; entre outras.

Em programas, foi o narrador de Gente Importante (1957).

Em 1958, participava do programa Estúdio V ao lado de Leonardo Villar, Margarida Rey, Nídia Lícia, Paulo Autran, Tônia Carrero, e grande elenco.

TV Record

Por volta de 1959, teve uma passagem rápida pela TV Record do Rio, atuando em peças, como: Dr. Jivago (1959).

TV Tupi (RJ)

 

Em 1959, esteve na TV Tupi, aonde, entre outros, atuou na peça natalina, Sinos de Natal (1959), de Fábio Sabag, no programa Vesperal Trol. Também atuou em outras peças do programa em 1959 e 1960.

 

Chegou a atuar em Sinos de Natal, no Teatro Nacional, no natal de 1959, 1960, e 1961, com alguns colegas que atuou na peça na emissora.


TV Continental

Em 1961, ingressa no elenco da TV Continental. Lá atua ao lado da amiga, e também de quem Allan é responsável por chegar a fama, Joanna Fon.

Entre as atuações na emissora, temos no Teatro de TV Continental: Distrito Federal 1960 (1961), entre outras.

Também foi apresentador na casa, tendo apresentado O Repórter na História (1961), e Presença da Grã-Bretanha (1962).

TV Rio

Em 1962, transfere-se para a TV Rio, e volta a apresentar O Repórter na História, agora como um quadro do programa de Flávio Cavalcanti, Noite de Gala (1962).

 

Também na emissora, atuou nos programas Cobrás Comanda o Sucesso! (1962), ao lado de Agnes Fontoura, e Mundo Ilustrado (1962), com direção de Luís Carlos Miele, o qual apresentava.

 

Foi professor ao lado de Maurício Barroso no programa de alfabetização Tele-Escola (1963-64), que mudou o nome para TV Escola em 1964, ensinando as matérias de português, matemática, conhecimentos gerais, história, e geografia do Brasil.


TV Tupi (RJ)

Nos anos de 1970, criou scripts para peças da TV Tupi, como para o programa Curso de Donas de Casa, aonde conselhos domésticos eram teatralizados, apresentado por Gilson Amado, com quem trabalhava como professor no projeto TV Educativa (sem ligação com a futura emissora de mesmo nome).

TV Educativa

Em 1981, foi chamado para apresentar o programa É Preciso Cantar (1981) na TV Educativa, ao lado de Grande Otelo, e outros.

TV Manchete

Em 1986, chega a TV Manchete. Na emissora, trabalha como narrador, redator e editor do noticiário internacional do Programa de Domingo de 1986 à 1989. Chegou a ser entrevistado em 1987 pelo programa.

Na emissora também teatralizou e adaptou peças de teatro pra TV, como Quebra Nozes (1986), com Lucinha Lins e Cláudio Tovar, entre outras.

Discos Infantis

 

Em 1968, começou a participar de discos infantis pela Companhia Brasileira de Discos, participando da série Edição Sonora Infantil Sétimo Céu (1968), das Empresas Bloch, pelo Selo Luxuosa, e gravadas nos estúdios da Atonal. No projeto, além de ator, também foi diretor, narrador e adaptador de textos. Teve ao seu lado nesse projeto, entre outros, o Maestro Luís Almeida.

 

Magalhães Graça, desconhecido, Paulo Pereira, e Allan Lima (1968)


Entre outras edições, esteve na Edição Sonora Infantil Pais e Filhos, em histórias como Gúliver e Os Gigantes (1968), Simbad, o Marujo (1968), Pinóquio (1968), O Gato de Botas (1968), Os Sapatinhos Vermelhos (1968), O Flautista de Hamelin (1968), João Sortudo (1969), O Patinho De Ouro (1969), Uma Verdadeira Princesa (1969), A Bela Adormecida (1969), O Músico Maravilhoso (1969), João Mata-Sete (1969), O Ladrão de Bagda (1969), O Gigante Egoísta (1969), Cinderela (1969), João e Maria (1973), além de histórias, como A Sereia, Chapeuzinho Vermelho, O Sino Misterioso, O Soldadinho de Chumbo, entre outras.

 

Nesse projeto, trabalhou ao lado de diversos dubladores, como Magalhães Graça, Paulo Pereira, Edson Silva, Cleonir dos Santos, Nelly Amaral, Carlos Marques, Luiz Motta, Mário Monjardim, Ruth Schelske, Waldir Fiori, Jefferson Duarte, Estelita Bell, Gualter de França, Cordélia Santos, Norka Smith, Lauro Fabiano, Nilton Valério, Orlando Drummond, Enio Santos, além de artistas como Henriqueta Brieba, Maria Creusa, Sérgio Melo, Nara Leão, Yeda Oliveira, Simone Morais, Sônia Lemos, Rosita Tomaz Lopes, Jair Rodrigues, Cinara, Regininha, e outros.


Vida Pessoal

 

Alda Acioli e Allan Lima (1962)


Em 1958, teve um romance com a vedete de TV, Angelita Martinez. Em Julho de 1961, casou-se com a bailarina do Teatro Nacional, Alda Acioli, passando a se chamar Alda Soares de Lima. No meio do ano de 1962, nasce o filho do casal. Alda era irmã de Aristarco Acioli, campeão mundial de natação.


Outros

Allan também trabalhou na Embaixada Britânica no Rio de Janeiro a partir de meados dos anos de 1950, atuando como tradutor de filmes para o Reino Unido.

Em 1969, participou de um projeto criado pela Fundação Brasileira de Televisão Educativa, em convênio com a Secretaria de Educação da Guanabara, chamado TV Educativa, aonde ensinou sobre roteiros de TV, e também como falar na TV. As aulas aconteciam no Instituto de Educação, e o curso tinha pelo menos 40 alunos de outros estados. As aulas aconteceram até 1971.

Dublagem

Na dublagem, ingressou em 1959, ao lado de outros colegas da Rádio Ministério da Educação. Passou pelos principais estúdio de dublagem do país, como Herbert Richers, Dublasom Guanabara, Riosom, entre outras.

Na CineCastro foi diretor de dublagem, tendo sido responsável pelas dublagens de Looney Tunes e Merries Melodies, entre outros. Na Dublasom Guanabara foi o narrador do estúdio por alguns anos. Em meado dos anos de 1960 vai para a TV Cinesom, aonde também desempenha um grande trabalho. Com o fim de diversos estúdios, Allan permanece apenas na Herbert Richers, sempre conciliando seu trabalho de radioator com o de dublador.

Nilton Valério, Juraciara Diácovo e Allan Lima na Sincrovídeo (1990)

Também trabalhou muito na empresa Sincrovídeo de Luiz Manoel, companheiro seu do início da dublagem no Brasil, que fazia questão de dar importância para esses dubladores clássicos no cast de sua empresa.

Além disso, Allan também era tradutor, tendo traduzido, entre outros, os filmes Star Wars - Episódio IV - Uma Nova Esperança, Star Wars - Episódio V - O Império Contra-Ataca, Star Wars - Episódio VI - O Retorno de Jedi, entre muitos outros.

Em 1965, fez parte do primeiro Sindicato dos Dubladores, aonde era vice-presidente, seguido de Luís Motta como Presidente, Roberto Mendes como 1º Secretário, Bruno Netto como 2º Secretário, Gualter de Grança, como 1º Tesoureiro, Orlando Drummond como 2º Tesoureiro, Lourdes Mayer como Diretora Social, Ribeiro Santos, Domício Costa, e Orlando Tavares como Conselheiros Fiscais, e Peri dos Santos, Orlando Prado, e Milton Rangel como Suplentes.

   
Soneca

Entre os seus trabalhos, estão principalmente os desenhos, como a primeira voz do Dick Vigarista em Corrida Maluca, o anão Soneca na segunda e mais clássica dublagem de Branca de Neve e Os Sete Anões, Narrador na primeira dublagem de Os Apuros de Penélope, Narrador na segunda dublagem de Jambo e Ruivão, a voz mais constante do Diretor Auto Astral em As Terríveis Aventuras de Billy e Mandy, Tampinha em Avatar - A Lenda de Aang, entre outros.

Alan Rickman

Em filmes Professor Severo Snape interpretado por Alan Rickman em Harry Potter e a Pedra Filosofal, Harry Potter e a Câmara Secreta e Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban, George S. Patton interpretado por Gerald McRaney em Ike: O Dia D, Coringa interpretado por Jack Nicholson na versão para VHS de Batman, além do ator Michael Caine em Expresso Para Pequim e Meia-Noite em Moscou, entre outros.

Robert Conrad

Em séries foi a primeira voz de James T. West interpretado por Robert Conrad em James West, a segunda voz de Don Diego de la Vega / Zorro interpretado por Guy Williams na primeira dublagem, para a Herbert Richers, de Zorro, entre outros.

Allan Lima (2002)

Já nos últimos anos de vida trabalhava muito na Delart, aonde também era tradutor. Allan veio a faleceu de câncer no dia 26 de Março de 2006.

Trabalhos:

Filmes


- Michael Caine em Expresso Para Pequim e Meia-Noite em Moscou
- Coringa (Jack Nicholson) em Batman (Filme - VHS)
- George S. Patton (Gerald McRaney) em Ike: O Dia D
- Dr. French (Don Brady) em Agora Você Vê
- Professor Severo Snape (Alan Rickman) em Harry Potter e a Pedra Filosofal, Harry Potter e a Câmara Secreta e Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban
- Pai de Bridget (Ernie Lively) em Quatro Amigas e Um Jeans Viajante
- Hamilton Fisk (Dan O'Herlihy) em Amar, Trair e Roubar
- Frei Ramon (Joaquim de Almeida) em A Vida Por Um Dólar

Séries

- James T. West (Robert Conrad) (primeira voz) em James West
- Don Diego de la Vega / Zorro (segunda voz) (Guy Williams) em Zorro (1ª Dublagem - Seriado)

Desenhos

- Dick Vigarista (primeira voz) em Corrida Maluca
- Soneca em Branca de Neve e Os Sete Anões (2ª Dublagem)
- Don Blake/Thor em O Poderoso Thor
- Reed Richards/Senhor Fantástico (em dois episódios) em Os Quatro Fantásticos (Riosom)
- Narrador em Os Apuros de Penélope (1ª Dublagem)
- Narrador e personagens secundários em Jambo e Ruivão (2ª Dublagem)
- Lao Shi Long "Vovô" (primeira voz) em Jake Long - O Dragão Ocidental
- Duende Chefe (segunda voz) em Os Padrinhos Mágicos
- Imediato Fídias P. Mentira em A Arca do Zé Colméia
- Tampinha em Avatar - A Lenda de Aang
- Diretor Auto Astral (uma das vozes) em As Terríveis Aventuras de Billy e Mandy

Trabalhos de Direção de Dublagem:

Desenhos


- Looney Tunes
- Merries Melodies

Trabalhos de Tradução de Dublagem:

Filmes


- Star Wars - Episódio IV - Uma Nova Esperança
- Star Wars - Episódio V - O Império Contra-Ataca
- Star Wars - Episódio VI - O Retorno de Jedi

Fontes: Correio da Manhã, Revista do Rádio, Jornal do Brasil, O Cruzeiro, Gazeta de Notícias, Última Hora, O Jornal, Tribuna da Imprensa, O Fluminense, A Noite, As Tertúlias, Diário Carioca, Soarmec, Dublanet, Carlos Amorim, Wiki Disney Princesas, Histórias de Cinema, Revista Alterosa (MG), O Mundo Ilustrado, Discogs, Roberto de Magalhães Gouvêa - Leiloeiro Oficial, Coleção Aplauso.

Artigos de Revistas - Peterson Adriano

Entrevista com Peterson Adriano para a 134ª edição da Revista Herói em janeiro de 1998, falando um pouco do começo de sua carreira e de seus personagens marcantes.



Direto dos estúdios da Áudio News, no Rio de Janeiro, P. H.  traz para você uma super entrevista com Peterson Adriano, o dublador de Koenma.



Aos 18 anos Peterson Adriano já se notabilizou no mundo da dublagem. Irmão de Fernando Crispim, que faz a voz da Keiko em Yu Yu Hakusho, Peterson já emprestou sua voz para Bart Simpson e a Speed Racer, além é claro, do divertido Koenma. 

A seguir, confira os melhores momentos da entrevista que Peterson concedeu à reportagem da Herói.

Como você se tornou um dublador?

Comecei em 1989, quando eu e minha irmã, Fernanda Crispim, fizemos um curso com Newton Da Matta. Eu tinha 9 anos nessa época, e tanto eu como a Fernanda acabamos sendo aproveitados em trabalhos de verdade.


Sabemos que durante um bom tempo você dublou o personagem Bart Simpson. Como foi processo de seleção que o levou a ser escolhido?
 
Vários grupos de dubladores foram escolhidos para fazer a família Simpson, e cada um desses fez inúmeros testes. Após um rigoroso processo de eliminação, sobrou o grupo em que eu estava e que se tornou o elenco oficial de vozes que as pessoas se acostumaram a ouvir no desenho. O rigor foi tanto que veio alguém dos Estados Unidos só para dar a palavra final.

Bart Simpson foi seu primeiro trabalho?

Me lembro que foi a primeira coisa significativa que fiz e que me deu uma certa projeção. Cheguei a gravar vários comerciais para a televisão usando a voz do Bart para vender todo o tipo de produto.


Qual a razão de você não estar mais fazendo a dublagem do Bart?

A empresa VTI simplesmente dispensou os serviços de todos os profissionais envolvidos com a dublagem dos Simpsons, e contratou outros.

Além do Bart, você lembra de ter emprestado sua voz para que outros personagens?

Dublei Robotech e, mais recentemente todos os episódios de Speed Racer. Eu fiz o próprio Speed nesta última redublagem que está sendo exibida na TV por assinatura. Dublei também o personagem Lupan no desenho Cliff Hanger, o Aventureiro.


E como foi parar em Yu Yu Hakusho?

Fiz o teste sem a menor expectativa e cabei sendo selecionado.

Alguém na rua já identificou sua voz e disse pertencer ao Koenma?

No caso do Koenma, não, pois eu dou uma modificada em minha voz normal para chegar no tom do personagem.


Por falar em modificação, você aproveita a liberdade que a direção dá a todos vocês neste desenho para criar expressões próprias e dar um toque pessoal ao trabalho?

Com certeza. Só tenho a elogiar a direção do Marco Ribeiro que nos deixa bastante à vontade para improvisar e criar em cima do texto original. Só dessa maneira seria possível utilizar expressões populares como por exemplo"Chupa-Cabra", que já apareceu algumas vezes na história.

É verdade que você já é diretor de dublagem?

É sim. Faço direção na empresa Sincrovídeo no Rio de Janeiro, e está sendo uma experiência fascinante.

De que forma os telespectadores poderiam mandar algum recado para você?

Valeu a força, e se quiserem mandar cartas, é só enviar para o Fá Clube do Yu Yu Hakusho, ou para a Áudio News - Rua Haddock Lobo 369, sala 507, Rio de Janeiro.

Agradecimentos ao Centro Cultural da Juventude de São Paulo pelo Material.

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