quarta-feira, 20 de maio de 2020

Xandó Batista


Arquivo de Som:

Simon Harman (Slim Pickens) em Daniel Boone


Biografia:

Xandó Batista foi um dublador Paulistano.

Início

Cyrillo Xandó Baptista nasceu em 4 de Julho de 1920, em São Paulo, Capital. 
 
Teatro
 
Xandó começou a carreira no teatro.
 
Em 1948, cursou a Escola de Arte Dramática em São Paulo, tendo nesse período encenado as peças Week End (1948), A Mulher Sem Pecado (1948), Os Malandros (1950), Dias Felizes (1950), e Os Pássaros (1950), como exames do curso de drama. Se formou em 1951. Se formaram com ele os atores Leonardo Villar, e Cleyde Yaconis.
 
Sua primeira peça profissional, foi A Tia de Carlitos (1951), de Jaime Barcellos, ao lado de Eliseu de Albuquerque, Flávio Gonçalves, Adaury Dantas, Maria Cecília, Salma Yanni, Silvia Orthof, Zainha Penteado, no Teatro São Paulo, com direção de Armando Couto.
 
Após isso, atuou em diversas companhias e peças, como Companhia Sociedade Paulista de Teatro, na peça O Tempestade (1952), no Teatro São Paulo, e O Tenor Desafinou (1952), no Teatro Municipal, com direção de Carla Civelli.
 
Na companhia atuou ao lado de Madalena Nicol, Jaime Barcelos, Sérgio Brito, Cecili Garofalo, Elisio de Albuquerque, Silvia Orthoff, Salma Yanni, e David Garofalo.
 
Xandó Batista (1961)

Companhia Teatro Novo do Brasil, de Pericles Leal, na peça Histórias de Beira Mar (1952), ao lado de Márcia Real, Ibanez Filho, Léa Camargo, Elisio de Albuquerque, e Jaime Barcelos, no Teatro de Alumínio.
 
Companhia Nicette Bruno e Paulo Goulart, na peça Amor x Casamento (1952), no Teatro de Cultura Artística, ao lado Nicete Bruno, Eleonor Bruno, Kleber Machado, Paulo Goulart, e Serafim Gonzales.
 
Espelho (1952), de Ruggero Jacobbi, ao lado de Leonardo Villar, Eleonor Bruno, Vera Nunes, Liana Duval e Rita Shumann, no Club de Arte.
 
Companhia de Teatro de Arena, na peça Esta Noite é Nossa (1953), ao lado de Sérgio Britto, Léa Camargo e grande elenco, com direção de José Renato, e Demorado Adeus (1953), com direção de José Renato e Sérgio Britto, ao lado de John Herbert, Eva Wilma, e outros, ambas no Museu de Arte Moderna. Xandó esteve na estréia da companhia.
 
Teatro de Vanguarda, na peça Na Terra, Como no Céu (1953), e A Desconhecida de Arras (1953). Na companhia esteve ao lado de Felipe Wagner, Maurício Barroso, Renato Consorte, Eni Autran, Ítalo Rossi, entre outros, no Teatro Brasileiro de Comédia.

Companhia Teatro Maria Della Costa, na peça Moral em Concordata (1956), ao lado de Jardel Filho, Diana Morel, Serafim Gonzáles, Mara Gonzáles, Rosamaria Murtinho, entre outros, no Teatro Apolo, em Lisboa, Portugal.
 
Lélia Abramo e Xandó Batista (1959)

Eles Não Usam Black-Tie (1958), Chapetuba Futebol Clube (1958-59), Gente Como a Gente (1959), Revolução na América do Sul (1960), e Dente de Ouro (1961), no Teatro de Arena.
 
Na companhia, atuou ao lado de atores, como Riva Nimitz, Gianfrancesco Guarnieri, Oduvaldo Viana Filho, Milton Gonçalves, Flávio Migliaccio, Nelson Xavier, Hugo Carvana, Lelia Abramo, Francisco de Asis, Arnaldo Weiss, Celeste Lima, e grande elenco.
 
As Mãos de Eurídice (1961-62), de Pedro Bloch. A peça é considerada o primeiro monólogo feito no Brasil, com sua primeira versão datada do ano de 1950, com Rodolfo Mayer no papel. Xandó levou a peça para o interior de São Paulo, e para outros lugares do Brasil.
 
Pequeno Teatro de Comédia, na peça O Bezerro de Ouro (1961), no Teatro Leopoldo Fróes.
 
A Morte do Caixeiro Viajante (1962), ao Juca de Oliveira, Cleyde Yaconis, Leonardo Villar, Elisio de Albuquerque, Dionísio de Azevedo, Stenio Garcia, Ruthinéa Moraes, e outros, no Teatro Brasileiro de Comédia.

Xandó Batista (1963)

Eles Não Usam Black-Tie (1963), ao lado de Gracinda Freire, Milton Gonçalves, Paulo José, e outros, no Teatro de Arena.
 
Grupo Opinião, na peça Se Correr o Bicho Pega, Se Ficar o Bicho Come (1966), ao lado de Jayme Costa, Agildo Ribeiro, Cleyde Yáconis, Jofre Soares, Manuel Pêra, Odulvaldo Viana Filho, Sérgio Mamberti, Osvaldo Loureiro, e grande elenco, no Teatro Galpão, e posteriormente no Teatro Maria Della Costa.
 
E, Solness, o Construtor (1989), ao lado de Paulo Autran, Walderez de Barros, Christiane Couto, Nelson Baskerville, Clemente Viscaíno, e Denise Wenber, no Auditório Salvador de Ferrante.

Filmes

A carreira no cinema começou em 1951. Xandó atuou nos filmes, Ângela (1951), Suzana e o Presidente (1951), Tico-Tico no Fubá (1952), Sai da Frente (1952), Apassionata (1952), e Nadando em Dinheiro (1952), Luz Apagada (1953), Uma Pulga na Balança (1953), Candinho (1954), Rebelião em Vila Rica (1957), O Preço da Vitória (1959).
 
Milton Gonçalves, Xandó Batista e elenco (1960)

Noites Quentes de Copacabana (1963), Mulher Satânica (1964), O Beijo (1964), Engraçadinha Depois dos 30 (1966), O Corintiano (1967).
 
Raul Cortez e Xandó Batista (1977)

Marcado Para o Perigo (1970), A Pequena Órfã (1973), Trote de Sádicos (1974), O Sexualista (1975), A Casa das Tentações (1975), O Predileto (1975), Ifigênia Dá Tudo Que Tem (1975), Chão Bruto (1976), Já Não Se Faz Amor Como Antigamente (1976), Fruto Proibido (1976), Os Apóstolos de Judas (1976), O Seminarista (1977), Contos Eróticos (1977), Tiradentes, O Mártir da Independência (1977), A Noite dos Duros (1978), Sexo Selvagem (1979), A Noite dos Imorais (1979), Os Amantes da Chuva (1979), Histórias Que Nossas Babás Não Contavam (1979).
 
O Gosto do Pecado (1980), e O Homem do Pau-Brasil (1982).

TV Tupi (SP)

Na TV, começou no início dos anos de 1950.
 
Entre suas participações, está no programa, Grande Teatro Tupi, em peças, como A Mão do Macaco (1952), Lilion, o Malandro (1952), A Endemoninhada (1952), O Último a Saber (1952), Casamento no Uruguai (1952), e O Testa de Ferro (1952).
 
TV Record
 
Por volta de 1954/55, estava na TV Record.
 
Na emissora, entre outros, atuou nos programas teatrais, Teatro Cacilda Backer, em peças, como Auto da Rosa de Belém (1955). Amores Imortais, em peças, como Marília e Dirceu (1956). Sob a Luz dos Refletores, em peças como Processo 2.018 (1957). Além da novela, Tigre (1955), ao lado de Léa Camargo.
 
Xandó Batista (1955)

Como produtor, comandou os programas, Sequências (1956), inspirado em notícias de jornais ou revistas, Teatro do Xandó Batista (1956), Adega Cidália Meireles (1956-57), e Lili e Lelé (1956), com sua esposa, Léa Camargo.
 
TV Tupi (SP)
 
Xandó Batista, Amélia Bittencourt, Vilma Camargo, e Mauro Mendonça (1959)

Em 1958, retorna a TV Tupi, aonde atua principalmente no programa, Grande Teatro, nas peças, Belinda (1958), O Processo de Joana D'Arc (1958), Os Valentes (1958), Conflito (1959), e A Canção Sagrada (1959).
 
TV Excelsior (SP)
 
Em 1960, ingressa na TV Excelsior.
 
Nesse período, esteve principalmente atuando nas peças da companhia que fazia parte, a Companhia Teatro de Arena, que havia feito uma parceria com a emissora.
 
Natalia Thimberg, Xando Batista, Cleide Iáconis, Leonardo Villar e Geni Prado (1961)

Entre as peças que atuou, estão, Eles Não Usam Black-Tie (1960), Chapetuba Futebol Clube (1960), e Fogo Frio (1960), ao lado de Riva Nimitz, Flávio Migliaccio, Lélia Abramo, Milton Gonçalves, e outros.
 
Também atuou na emissora, no programa, Teatro Nove, na peça, Cia. Teatral Amafeu de Brusso (1961).
 
TV Tupi (SP)
 
Retorna à TV Tupi no mesmo ano, para atuar na série, Vigilante Rodoviário (1961-62).
 
TV Excelsior (SP)
 
Xandó Batista (1963)

De volta à TV Excelsior, atua nos programas, Teatro Nove, na peça, O Feijão e o Sonho (1962), e Teleteatro Brastemp, na peça, As Medalhas da Velha Senhora (1962).

TV Paulista

Em 1965, depois de algum tempo dedicado ao cinema, retorna a TV e vai trabalhar na TV Paulista, aonde atua na novela, O Ébrio (1965-66). Com a compra da emissora em 05/65, o canal passa a se chamar TV Globo, e a novela continua a sua exibição no mesmo.

Rede Bandeirantes

Mais um hiato por causa do cinema, retorna a TV em 1969, indo para a Rede Bandeirantes, aonde atua na novela, O Bolha (1969).

TV Cultura

Em 1971, vai para a TV Cultura, e atua na novela, Meu Pedacinho de Chão (1971), que também foi transmitida pela Rede Globo.

TV Tupi (SP)

No ano seguinte, retorna para a TV Tupi, aonde atua nas novelas, Vitória Bonelli (1972), Ídolo de Pano (1974), O Velho, o Menino e o Burro (1975), Os Apóstolos de Judas (1976), e O Direito de Nascer (1978).
 
TV Cultura
 
De volta à TV Cultura, participa em 1980-81, das peças do programa Cabaret Literário.

Rede Bandeirantes
 
Em 1981, retorna à Rede Bandeirantes, aonde atua no seriado A Venda de Um Passado (1981), e na novela, Renúncia (1982).

TV Cultura

Em 1982, atua na TV Cultura das novelas, O Coronel e o Lobisomem (1982), Paiol Velho (1982), e Tio Pedro (1982), ambas no programa Teleconto.

Rede Bandeirantes

Em 1983, volta para a Rede Bandeirantes aonde atua na novela, Braço de Ferro (1983), e em alguns episódios do seriado, A Casa de Irene (1983).

SBT

Em 1984 vai para o SBT, aonde atua na novela, Meus Filhos, Minha Vida (1984).
 
TV Cultura

Atua nos programas, Teatro na TV, na peça, Antes do Baile (1987), e no programa, Tele Romance (1987), na TV Cultura.

Rede Bandeirantes

De volta a Bandeirantes, atua nas minissérie, Chapadão do Bugre (1987-88).

Rede Manchete

Retorna à uma emissora carioca, depois de 24 anos, ingressando na Rede Manchete.

Xandó Batista

Na ocasião, atua nas novelas, Pantanal (1990), e A História de Ana Raio e Zé Trovão (1990-91), e na minissérie, O Canto das Sereias (1990).

Prêmios

Em 1958, foi premiado no Festival de Cinema de Maringá, no Paraná, pelo prêmio Café, de melhor ator coadjuvante pelo filme Rebelião em Vila Rica (1957). O júri foi composto por elementos locais.

Em 1959, Xandó Batista, junto a José Renato e Lélia Abramo, ganharam a medalha de ouro, prêmio do Jornal do Comércio do Rio de Janeiro.

Em 1960, ganha o prêmio Cidade de São Paulo, dado pelo Teatro Municipal, aos técnicos, artistas e produtores de cinema nacional que maior destaque do ano de 1959.

Em 1977 foi premiado pela APCA - Associação Paulista de Críticos de Arte com o troféu de Melhor Ator Coadjuvante no filme O Predileto de 1975.

Vida Pessoal

Léa Camargo e Xandó Batista (1955)

No início dos anos de 1950, casa-se com a atriz Léa Camargo, com quem esteve atuando em várias companhias de teatro. O casal se separa em Dezembro de 1956.

Por volta de 1960, casa-se novamente, agora com a atriz Celeste Lima, da Companhia Teatro de Arena. Xandó teve 2 filhos com Celeste.

Dublagem
 
Xandó começou na dublagem por volta de 1965, na AIC. Ficou entre 1965/72 na emissora.
 
Na emissora, participou principalmente de séries, como Missão Impossível (1ª Temporada), Viagem Ao Fundo do Mar (1ª, e 4ª Temporadas), O Túnel do Tempo, Jornada nas Estrelas (1ª, 2ª e 3ª Temporadas), Terra de Gigantes (1ª Temporada), A Feiticeira (1ª Temporada), Cidade Nua (4ª Temporada), (1ª, 2ª, 3ª e 4ª Temporadas), O Besouro Verde (1ª Temporada), Daniel Boone (1ª Temporada), Teatro Ford, como também desenhos, como Jonny Quest, entre outros.
 
     
Alfredo Bellows em Jeannie é Um Gênio
 
Entre seus personagens fixos em séries, temos Don Ignácio Torres na dublagem da AIC de Zorro, Jelly Hoskins (Paul Brinegar) em Lancer, Abner Kravitz da 2ª à 6ª temporada em A Feiticeira, Dr. Alfred Bellows do final da 1ª à 5ª temporada em Jeannie é Um Gênio, Don Sebastian Montoya da 1ª à 3ª temporadas em Chaparral (AIC), a segunda voz de Reuben Kincaid em A Família Do-Re-Mi, entre outros.

Em filmes, foi Dean Jagger em O Manto Sagrado, Ernest Borgnine em O Voo da Fênix, Spencer Tracy em A Hora do Diabo, entre outros.
 
Ao deixar a dublagem por volta de 1972, se dedica às novelas que realizara na TV Tupi. Esteve em meados de 1970 novamente na emissora, na série A Família Do-Re-Mi.
 
Apesar de não ter registros de Xandó na dublagem no final dos anos de 1970, muito menos de fazer dublagens para a TV na Álamo, esteve na dublagem do filme nacional, Histórias Que Nossas Babás Não Contavam (1979), no estúdio.

Em 1 de Outubro de 1992, veio a falecer, aos 72 anos de idade, vítima de suicídio.

Trabalhos:

Filmes

- Sargento Tambul (Rex Ingram) em Sahara
- Herbert Carter (Erskine Sanford) em Cidadão Kane
- Secretário da Defesa dos Estados Unidos (Austin Willis) em O Rato Que Ruge
- Justus (Dean Jagger) em O Manto Sagrado
- Trucker Cobb (Ernest Borgnine) em O Voo da Fênix
- Padre Matthew Doonan (Spencer Tracy) em A Hora do Diabo

Séries

- Don Ignácio Torres (Jan Arvan) em Zorro (3ª Dublagem) (AIC)
- Jelly Hoskins (Paul Brinegar) em Lancer
- Larry Late (David White) (6ª à 7ª Temporada), e Abner Kravitz (George Tobias) (2ª à 6ª Temporada) em A Feiticeira
- Dr. Alfred Bellows (Hayden Rorke) em Jeannie é Um Gênio (Final da 1ª à 5ª Temporada)
- Simon Harman (Slim Pickens) em Daniel Boone
- Don Sebastian Montoya (Frank Silvera) em Chaparral (AIC) (1ª à 3ª Temporadas)
- Reuben Kincaid (Dave Madden) (segunda voz) em A Família Do-Re-Mi

Fontes: O Jornal, Universo AIC, IMDB, Dramaturgia Brasileira - In Memoriam, Aveleyman, Morte na História, Todo o Teatro Brasileiro, Jornal de Notícias, Correio Paulistano, Wikipédia, Diário de Pernambuco, Jornal do Brasil, O Fluminense, Jornal dos Sports.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Total de visualizações de página