sábado, 18 de abril de 2020

Ida Gomes


Arquivo de Som:

Madame Medusa em Bernardo e Bianca (Longa-Metragem)



Biografia:

Ida Gomes foi uma dubladora Carioca.

Início

Ida Szafran nasceu em 25 de Setembro de 1923 em Kraśnik, Polônia. Mudou-se com seus pais para Paris, França com apenas 1 ano de idade, fugindo da perseguição nazista em seu país. Em Paris, estudou em uma escola que ficava próxima a Catedral de Notre-Dame. Concluiu o primário aos 13 anos de idade, fez o exame de admissão para poder cursar o ginásio, e partiu para o Brasil com a família.

Quando já estava há 2 anos no Rio de Janeiro, com seus 15 anos, em 1938, Ida ingressa em um programa de rádio por pedido de sua mãe, chamado Em Busca de Talentos (1938), da recém inaugurada Radio Nacional, que tinha apenas 2 anos de existência.

Nesse programa, que tinha a supervisão de Celso Guimarães, Ida recitou o Poema de Pedro Medeiros, chamado Súplica do Menino Pobre, ganhando o concurso. Após isso, concluiu o ginásio, e se formou em contadora.

Em 1941, quando já estava trabalhando há 3 anos como secretária em um colégio, soube da existência de um programa chamado Teatro de Peneira, na Rádio Educadora (1941), no qual se inscreveu, e foi aprovada. Programa de Átila Nunes que também trouxe na mesma época de Ida, outras rádioatrizes que se tornariam famosas, como Amélia Ferreira, Amélia Simone e Maria do Carmo.

Rádio Tupi

Em 1942, ingressou na Companhia Ótica Brasil, que fazia novelas no rádio, participando de um faroeste famoso chamado Jóia (1942). Foi ao ouvir essa novela que Olavo de Barros, diretor de rádioteatro da Rádio Tupi, percebeu a veia interpretativa de Ida, e a ofereceu um contrato. Ida aceita, e trabalha por alguns meses na emissora.

Ida Gomes (1957)

Entre os trabalhos que fez na emissora em nome da companhia, está, entre outros, a peça O Segredo de Um Homem (1942), o programa Boas-Festas (1942), entre outros, e a Jóia, o Bandoleiro Romântico (1942). Na maioria das peças, fazia dupla com o ator Leandro Montenegro.

Na emissora, é aconselhada pelo diretor de rádio-novelas Floriano Faissal a mudar seu nome de Ida Szafran para Ida Gomes, por seu sobrenome não ser comum no Brasil. Uma modificação que era habitual na época.

Rádio Jornal do Brasil

No ano seguinte, ingressa na Rádio Jornal do Brasil, atuando, entre outros, no programa teatral, Feitiço, em peças como E As Sombras Desceram Sobre Nós (1943).

Rádio Clube de Fluminense

Em seguida, passa por um tempo pela Rádio Clube de Fluminense, em peças como O Sanatório Medem (1944).

Radio Tupi

Retorna à Rádio Tupi em seguida, e atua na novela, Felicidade Roubada (1944).

Rádio Tamoio

No mesmo ano, ingressa na Rádio Tamoio.

Na emissora, atua no programa Teatro Sintético, em peças como O Romance de Zélia (1944), O Homem Não é Um Santo (1944), A Mulher e As Jóias (1944).

Também atua na peça A Morgadinha dos Canaviais (1946), e na novela Meu Destino é Pecar (1945).
teatro:

Rádio Globo

Em 1947, ingressa na Rádio Globo.

Por volta de 1948, ganha uma bolsa de estudos para os Estados Unidos, e muda-se para lá por 6 meses. Seu sonho sempre foi visitar Nova York, e o concretizou, podendo frequentar a Broadway, e poder ver espetáculos de atores como Charles Boyer, e Jean Louis Barrault.

Também esteve em Washington por duas semanas, e posteriormente duas semanas no Canadá, uma em Toronto, e outra Montreal, retornando em seguida ao Brasil.

Com a viagem, pode aperfeiçoar seu inglês juntando-o com as duas outras línguas que também era fluente, aumentando assim seu currículo como atriz.

De volta ao Brasil, retorna a Rádio Globo, ficando apenas 6 meses, e retornando mais uma vez a Rádio Tupi, dessa vez seguindo na emissora uma carreira de quase 20 anos de duração.

Rádio Tupi

Ingressa na emissora em 1949.

Na emissora, atua principalmente em rádionovelas. Entre elas A Última Carícia (1949), Ilusão do Poder (1951), Conflitos (1952), Os Três Segredos de Maria Clara (1952), A Carne Eterna (1953), A Milionária (1955), Maria e Outras Mulheres (1955), A Ciranda (1957), Depois do Túnel (1957), Das Pedras Nascem Flores (1958), As Três Lágrimas (1958), Revolta de Um Coração (1959), O Espetáculo Continua (1959), Silêncio! Está no Ar... (1959), A Mulher Que Veio de Longe (1959), A Última Esperança (1959), Corações Humanos (1959), Ária na Corda (1959), Cara Suja (1959).

 Ida Gomes (1959)

Anos de Desespero (1960), As Mulheres São Todos Iguais (1960), As Mulheres São Todas Irmãs (1960), Bonita Demais (1960), Um Olhar nas Trevas (1960), Entre o Branco e o Vermelho (1960), Stella Dallas (1960), Caminhos Sem Luz (1962), História de Uns Olhos Verdes (1962), O Grande Final (1962), A Terra Que Deus Esqueceu (1963), O Grande Final (1963), Tormenta no Coração (1967), e Arena de Asfalto (1967).

Também atua em algumas peças, como a peça sacra, Encontro Com Jesus! (1958), e peças no programa Teatro Arno (1956).

Em programas, esteve em Lendas Universais (1952), e Encontro Com a Morte (1952), programa policial.

Ednar Martins, Ida Gomes e Paulo Porto na inauguração do transmissor de alto alcance da Rádio Tupi (1959)

Em Outubro de 1950, assume a direção de rádio-teatro na emissora.

Em 1951, vai para Londres aperfeiçoar sua arte dramática, trabalhando como contratada na BBC de Londres. Retorna em 1952 para o Brasil, e volta a trabalhar na Rádio Tupi.

Em 1961, se afasta novamente da emissora, e vai atuar em Recife, na TV Rádio Clube.

Em 1963, vai para os Estados Unidos, e realiza uma série de programas para a Rádio Tupi, intitulados A Voz da América (1963).

Ida deixa a emissora em 1968.

Teatro

No Teatro, começa em 1944, integrando o Grupo Anchieta, da Associação de Artistas Brasileiros, na peça Auto (1944).

No mesmo ano, entra para o Teatro do Estudante do Brasil, aonde atua na peça Palmares (1944), ao lado de Hélio Tys, Delorges Caminha, Daniel Caetano, Paulo Moreno, e grande elenco, no Teatro Municipal.

10 anos depois, entra para a Companhia Rodolfo Mayer & Seu Teatro, estreando na peça, Desse Amor Se Morre (1954), original de Dias Gomes, e adaptação de Rodolfo Mayer, ao lado de Rodolfo Mayer, Lourdes Mayer, Luiza Nazaré, Mário Lago e Zilca Salaberry, com apresentação no Teatro Dulcina.

Também em 1956, estréia em outra companhia de teatro, a Companhia Tônia-Celli-Autran.

O Primo da Califórnia (1957)

Em Abril de 1957, estreou na peça O Primo da Califórnia (1957), de Joaquim Manuel de Macedo, com direção de Alfredo Souto de Almeida, com o elenco de Sebastião Vasconcelos, Hamilton Ferreira, Fredy Amaral, Roberto de Cleto, Luís Oswaldo, Ezequias Marques Jr. e Othon Bastos, no Teatro de Arte.

Em 6 de Outubro de 1961, estreou no Teatro Tijuca, na peça de Nazareno Tourinho, Nó de Quatro Pernas (1961), com direção de Ribeiro Fortes e com o elenco de Elza Martins, Leda Maria, Norka Smith, Terezinha Moreira, Lauro Fabiano, Alberto Herrera, Orlando Tavares e Edio Guerra.

Em 1963, encenou uma versão musical e moderna de A Paixão de Cristo, chamada A Paixão (1963), de Luis Peixoto, com produção de Orlando Miranda, direção de José Renato, e direção musical do Maestro Edino Kroger. No elenco, Paulo Porto como Jesus, Glauce Rocha como Maria, Lourdes Mayer como Madalena, Magalhães Graça como Pilatos, Hélio Carvalho como Judas, Ida Gomes como Verônica, e Gracinda Freire como a terceira Corifeu, além de outros artistas, totalizando 40 integrantes no elenco. A peça estreou no Teatro de Arena da Guanabara.

Posteriormente atuou na peça, Cocó My Darling (1965), ao lado de Dercy Gonçalves, Oscarito, Lourdes Mayer, Ribeiro Fortes, Fernando Villar, Waldemar Rocha, e outros, no Teatro João Caetano

E em seguida em, Morre Um Gato na China (1966), de Pedro Bloch, ao lado de Castro Gonzaga, e Roberto Duval, em Magé, Rio de Janeiro.

Em Junho de 1967, participou de leituras dramáticas, pelo Serviço de Teatros da Guanabara, no Teatro Gláucio Gil, intitulados Apresentação do Teatro Brasileiro (1967), interpretando as peças Antônio José Ou O Poeta e a Inquisição, Camões e o Jau, Gonzaga Ou a Revolução de Minas, e Leonor de Mendonça, ao lado de Fernanda Montenegro, Robertode Cleto, Miguel Rosenberg, Luís Motta, e outros.

No mês seguinte, em Julho, participa novamente do projeto de leituras, interpretando as peças Remissão dos Pecados, O Rio de Janeiro, Verso e Reverso, O Demônio Familiar, e Antes da Missa, ao lado de Joana Fomm, Maria Pompeu, Paulo Padilha, Roberto de Cleto, e outros.

Ida Gomes (1959)

No mesmo ano, entra para o Grupo Ariel, atuando na peça Sete Dias / O Sétimo (1967), ao lado Miguel Rosenberg, Carlos Vereza, e outros, no Teatro Dulcina.

Em seguida, atua na peça Luz de Gás (1968), ao lado de Paulo Padilha, Vanda Lacerda, e Jorge Cherques, no Teatro Dulcina.

Em 1969, participou de leitura dramática promovidas pelo Centro Cultural Sigla Viva, no auditório da Cinemateca do Museu de Arte Moderna, interpretando as peças Jogo Limpo, e Inquebrável, ao lado de Maria Pompeu, e outros.

No ano seguinte, atua na peça, Caiu Uma Moça na Minha Sopa (1970), ao lado de Ioná Magalhães, Carlos Alberto, Telmo de Avelar, e Oswaldo Louzada, e outros, no Teatro Serrador.

Seguida de, Um Violinista no Telhado (1971), ao lado de Maria Helena Dias, e Miriam Müller, no Teatro João Caetano.

Mumu, a Vaca Metafísica (1975-76), com Oswaldo Louzada, Júlia Miranda, e André Valli, no Teatro Nacional da Comédia.

A Lição (1982), ao lado de Luís de Lima, e Camilla Amado, no Teatro Delfin.

Lily e Lily (1986-87), ao lado de Eva Todor, Hélio Ary, Milton Carneiro, e outros, no Teatro Copacabana.

O Dibuk (1989-90), direção de Felipe Wagner, com Isaac Bardavid, e Georgia Goldfarb, no Teatro Villa-Lobos.

Como Se Tornar Uma Supermãe em Dez Lições (1989), com Eva Todor, e Oswaldo Louzada,

Anjo Negro (1994), ao lado de Christiana Guinle, Antônio Pompeu, Marcos Winder, e outros, no Teatro Nelson Rodrigues.

Essas Mulheres... (1995), Camilla Amado, no Teatro dos Grandes Atores - Sala Vermelha.

Jango, Uma Tragêdya (1996), ao lado de Cláudio Marzo, e Antônio Pitanga, no Teatro Carlos Gomes.

Proibido Amar (1997), ao lado de Priscilla Rozenbaum, Fernando Gomes, Patrick de Oliveira, e outro, no Teatro do Planetário da Gávea.

O Avarento (1999-2000), com Jorge Dória, Pietro Mário, Bruno Garcia, Jacqueline Laurence, Jacqueline Brandão, Gláucia Rodrigues, e grande elenco, no Teatro Leblon - Sala Fernanda Montenegro.

Bodas de Ouro (2001-02), com Rogério Fróes, no SESC Niterói.

E, Tio Vânia (2003), Rogério Fróes, Diogo Vilela, Débora Bloch, Daniel Dantas, Bel Kutner, e outros, no Espaço da Escola de Artes Visuais do Parque Lage.

Alessandra Maestrini, Ida Gomes, Zezé Motta, Eliana Pittman e Rogéria na peça O Retorno de 7 - O Musical

Um dos seus últimos trabalhos no teatro foi em 2009, no musical, O Retorno de 7 - O Musical (2006-09), com criação de Charles Moeller e Claudio Botelho, ao lado de Alessandra Maestrini, Zezé Mota, Eliana Pittman, Rogéria, Gottsha, Marya Bravo, Alessandra Varley, e Jarbas Homem de Mello, no Teatro João Caetano.

TV Tupi

Em 1953, ingressa na TV Tupi, participando entre outros do Grande Teatro Tupi, dirigido por Sérgio Brito, e posteriormente por Carlos Lage, do Teatro de Comédia, do programa Câmera Um, dirigido por Jacy Campos, do programa História do Teatro Universal, além de também ser usada na emissora como declamadora, entre outros.

Jomeri Pozzoli e Ida Gomes no Teleteatro da TV Tupi (1959)

Entre as peças que encenou, temos, no programa Câmera Um, Medeia (1959). No programa Teatro Walita, O Pepido (1957), Alguém Precisa Pagar (1958), Rebeca (1958). No Tele-Teatro da Tupi, Abaixo da Média (1958), e Um Olhar nas Trevas (1960).No Teatro de Comédias, Os Águias (1957), e Beija-Me e Verás (1958). No Teatro dos Domingos, de Otávio Augusto Vampré, A Última Conquista de Don Juan (1957). No Teatro de Bolso, Expiação (1960). E em Minha Melhor História de Crime, O Depoimento de Maurice Leblanc (1960). No Grande Teatro Tupi, A Nota de 5 Dólares (1960).

Ida Gomes e Paulo Porto em Rosa de Jericó (1957)

Além disso, também atuou no programa, Teatro de Equipe, nas peças Esquina Perigosa (1957), 3.200 Metros de Altitude (1958), Czarina (1958), A Governanta (1958), O Processo de Mary Dugan (1958), Sangue do Meu Sangue (1958), Catarina da Rússia (1958), O Rosário (1959), Vitória Amarga (1959), Sonata a Quatro Mãos (1959), e A Sombra (1959).

Em 1956, começou a participar todas as segundas-feiras do programa Teatro Gebara, na ocasião, iniciando no lugar de Heloísa Helena, que havia se afastado da carreira artística. Entre outros, esteve na peça A Culpa (1956), e Rosa de Jericó (1957).

Ida Gomes como Irma Tereza em Canção de Bernardette (1957)

Em novelas, atuou em O Verdadeiro Amor (1951), Eu, a Mulher e Os Filhos (1953), Coração Delator (1953), Entre o Céu e a Terra (1953), O Último Degrau (1957), A Canção de Bernardette (1957), Rebecca (1957), A Triste Canção do Vento (1959), O Rosário (1959), Amanhã Será o Nada (1959), e A Mulher Que Veio de Londres (1959).

Max Nunes e Ida Gomes (1960)

Ida também atuou em programas humorísticos, como em Pensão da Marinela (1956), e Ali Babá e Os 40 Garçons (1958), de Max Nunes, ao lado de Hamilton Ferreira, e Alda Cotrim.

Também esteve em programas diversos, como Atire a Primeira Pedra (1960).

TV Continental

Em 1960, ingressa na TV Continental, tendo uma breve passagem pela emissora.

TV Rádio Clube

Em 1961, teve uma breve temporada pela TV Rádio Clube do Recife, em Pernambuco, aonde, entre outros, atuou na peça Medéia (1961).

TV Tupi

De volta a TV Tupi em 1961, retorna principalmente às suas atuações teatrais. Entre elas, no programa Câmera Um, em peças como O Estrangulador (1961).

Aérton Perlingeiro observa Lourdes Mayer e Ida Gomes sendo entrevistadas por Paulo Porto na TV Tupi

Além disso também esteve nos programas, Teatro de Comédias, nas peças Os Inimigos Não Mandam Flores (1961), A Sombra (1962), Com Vestido de Madame (1962), e Sob o Signo de Peixes (1965).

Grande Teatro Tupi, nas peças The Good Mary (1963), Alô, Alô! Emergência (1963), Três Anas e Três Josés (1963), Três Mulheres e Um Homem (1963), e O Chico Fogueteiro (1963).

E, Clube do Morcego, um programa de teatro de terror, em peças como A Estátua Sanguinária (1963).

Em programas humorísticos, esteve em AEIOUrca (1964).

Se retira da emissora por volta de 1965/66.

TV Rio

Em 1966, ingressa na TV Rio, aonde teve uma breve passagem. Entre outras produções que esteve no canal, atuou na novelas Perdão Para Maria (1966).

TV Globo

Em 1967, entra para a Rede Globo, aonde fez uma extensa carreira de mais de 40 anos nas novelas.

Ida Gomes em Verão Vermelho (1970)

Entre as novelas que atou, estão A Rainha Louca (1967), A Gata de Vison (1968), A Ponte dos Suspiros (1968-69), A Última Valsa (1969), Verão Vermelho (1969-70), Véu de Noiva (1969-70).

Dirce Migliaccio, Ida Gomes, Paulo Gracindo e Dorinha Duval em O Bem-Amado (1973)

Pigmalião 70 (1970), Próxima Atração (1970), Homem Que Deve Morrer (1971), Selva de Pedra (1972), O Bem-Amado (1973), com um dos papeis de maior fama de sua carreira, interpretando a personagem Dorotéia Cajazeira, Fogo Sobre Terra (1974), Helena (1975), Senhora (1975), O Grito (1975), Estúpido Cupido (1976), O Casarão (1976), Dona Xepa (1977), O Astro (1977-78), Pecado Rasgado (1978).

Ida Gomes e Suely Franco em Estúpido Cupido (1976)

Corpo a Corpo (1984), De Quina Pra Lua (1985), Hipertensão (1986-87), Vida Nova (1988), A novela Top Model (1989).

Ênio Santos e Ida Gomes em Dona Xepa (1977)

Gente Fina (1990), De Corpo e Alma (1992), Cara e Coroa (1995), Era Uma Vez (1998), Força de Um Desejo (1999).

Deborah Secco e Ida Gomes em Pé na Jaca (2006)

E por fim, A Padroeira (2001), Desejos de Mulher (2002), Da Cor do Pecado (2004), A Lua Me Disse (2005), Bang Bang (2005), Pé na Jaca (2006), e Duas Caras (2007).

Na década de 1990, teve um ritmo reduzido de participações em novelas. Já nos anos 2000, teve uma participação maior nas novelas, em relação a década de 1990.

Heloísa Perissé, Ingrid Guimarães e Ida Gomes em Sob Nova Direção (2006)

Além das novelas, esteve em outras atrações na casa, como no programa teatral, Caso Especial, no episódio A Dama das Camélias (1972). Nas peças, Enquanto a Cegonha Não Vem (1974), e Feliz na Ilusão (1974. Nas séries, O Bem-Amado (1980-84), e República (1989). Nas minisséries, Memórias de Um Gigolô (1986), JK (2006). E no humorístico, Sob Nova Direção (2006);

Cinema

Jece Valadão e Ida Gomes em Bonitinha Mas Ordinária (1963)

No cinema, atuou nos filmes, Bonitinha Mas Ordinária (1963), O Mundo Alegre de Helô (1967), A Penúltima Donzela (1969), O Casal (1975), O Seminarista (1977), Amante Latino (1979).

Ambrósio Fregolente e Ida Gomes em A Penúltima Donzela (1969)

Primeiro de Abril, Brasil (1988), Copacabana (2001), My Father, Rua Alguém 5555 (2003), filme internacional italiano, e O Amigo Invisível (2006).

Interpretações e Personagens

Em toda a sua carreira, Ida fez diversos tipos de personagens. Na época do rádio, ficou muito conhecida com as vilãs que fazia, trazendo tensão para os ouvintes, que muitas vezes ligavam para a atriz com raiva da maldade de suas personagens, de tão profissional que era a interpretação.

Já na televisão, ficou muito conhecida pelas diversas participações como a freira Irmã Tereza em novelas, como na novela de 1957, A Canção de Bernadete, que eternizou a atriz nesse estilo de papel. Seguindo de outras participações do gênero, como a Madre Encarnacion em Estúpido Cupido em 1976, a Irmã Maria na minissérie JK em 2006, a Madre em Pé na Jaca também em 2006, e diversas outras participações do gênero em novelas e séries na TV.

Prêmios

No ano de 1958, é eleita como melhor atriz do ano pela Revista Radiolândia. O prêmio era um Microfone de Ouro, que foi entregue pelas mãos da cantora Julie Joy.

Em 1959, Ida ganha o prêmio de melhor rádioatriz do Brasil pela Revista do Rádio, a maior revista do país sobre o tema.

Neide Aparecida, Scassa, Nádia Maria, Corrêa de Araújo, Norma Blum, A. Seabra, Ida Gomes e Raimundo Lopes para receberem a medalha da premiação da Revista do Rádio das mãos de Juscelino Kubichek (1960)

Em 1960, recebeu outro troféu como melhor rádioatriz do país, o troféu Uh, da revista Última Hora, que premiou os melhores do ano no cinema, rádio, teatro, televisão e nos discos musicais.

Em 1961, ganha o prêmio de melhor atriz de 1960, pela Revista Radiolândia.

Vida Pessoal

Ida Gomes junto de sua mãe, que foi escritora na Polônia, e na França

Ida Gomes é irmã do também ator Felipe Wagner, que também atuou no rádio, televisão, cinema, e dublagem. Algumas vezes, trabalhou junto com a irmã, como foi na dublagem de Bernardo e Bianca em 1978, no filme Amante Latino em 1979, e no filme Copacabana em 2001, entre outros.

Dublagem

Na dublagem, ingressou por volta de 1960/61, levada por Carla Civelli à CineCastro. Posteriormente, passou por todos os principais estúdios do Rio. Entre eles, pela TV Cinesom, Riosom, Herbert Richers, Dublasom Guanabara, Tecnisom, entre outras.

Madame Medusa em Bernardo e Bianca

Sua voz foi muita conhecida em longas-metragens da Disney, com personagens como Madame Kim em Espada Era a Lei, Madame Medusa em Bernardo e Bianca, entre outras.

Bette Davis em A Malvada

Em filmes foi a voz de atrizes como Bette Davis em A Malvada, e A Satânica Madame Sin, Joan Crawford em Espetáculo de Sangue, Fogueira de Paixões, Gladys Cooper - A Canção de Bernadette, e O Jardim Secreto (1949).

Além disso, também deu voz às atrizes Miriam Margolyes em James e o Pêssego Gigante, Angela Lansbury em Feitiço Havaiano, Marjorie Main em O Morro dos Maus Espíritos, entre outras.

Em séries, foi Emily Baldwin em Os Waltons, e a Dra. Fleming, na 1ª temporada de Casal 20.

Ida Gomes nos anos 2000

"Fiz dublagem durante muito tempo, mas estou parada há nove anos. Dublei, entre outras, a Bette Davis e a Joan Crawford. Mas quando fui dublar o filme O Que Aconteceu Com Baby Jane?, fiquei com a Bette Davis e a Ana Ariel fez a voz da Joan Crawford. Acho que a renovação é necessária. As pessoas estão enjoadas de ouvir sempre as mesmas vozes." Ida Gomes, para o Jornal do Brasil em 1989.

Permaneceu na dublagem até 1980, quando se afastou para se dedicar apenas a dramaturgia. Sua atriz carro-chefe na dublagem, Bette Davis, após sua saída fica a cargo de Ilka Pinheiro.

Veio a falecer em 22 de Fevereiro de 2009, no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro, de pneumonia.

Na ocasião, estava preparando a peça Idas e Vindas, a estréia de 7 - O Musical, em São Paulo, e a participação na 21ª Cerimônia do Prêmio Shell de Teatro do Rio de Janeiro, tendo esse último a participação de Felipe Wagner, irmão da atriz, que a homenageou.

Trabalhos:

Filmes

- Bette Davis em A Malvada, A Festa de Casamento, Madame Sinistra / A Satânica Madame Sin, O Que Terá Acontecido a Baby Jane? (1ª Dublagem), e Vitória Amarga
- Joan Crawford em Espetáculo de Sangue, Fogueira de Paixões, O Monstro da Caverna, e Trog - O Monstro da Caverna
- Gladys Cooper - A Canção de Bernadette, e O Jardim Encantado / O Jardim Secreto (1949)
- Edna (Cheri Maugans) em Sexta-Feira 13 - Parte 3
- Tia Esponja (Miriam Margolyes) em James e o Pêssego Gigante
- Plimsoll (Elsa Lanchester) em Testemunha de Acusação (1ª Dublagem)
- Pilar (Katina Paxinou) em Por Quem Os Sinos Tocam (1ª Dublagem)
- Tia Lavinia Penniman (Miriam Hopkins) em Tarde Demais (1ª Dublagem)
- Bernice Edgar (Louise Latham) em Marnie - Confissão de Uma Ladra (1ª Dublagem)
- Louisa Bradley (Lucile Watson) em O Fio da Navalha
- Lena Gogan (Shelley Winters) em Meu Amigo, o Dragão
- Lena Engstrom (Lotte Stein) em Desejo Atroz
- Sarah Lee Gates (Angela Lansbury) em Feitiço Havaiano
- Judith Anderson (Gerd Bjarnesen) em Revolta!
- Vovó Becky (Marjorie Main) em O Morro dos Maus Espíritos
- Maddalena Anna Paradine (Alida Valli) em Agonia de Amor

Séries

- Emily Baldwin (Mary Jackson) em Os Waltons
- Dra. Fleming (Stella Stevens) em Casal 20 (1ª Temporada)

Desenhos

- Madame Medusa em Bernardo e Bianca (Longa-Metragem)
- Madame Kim em A Espada Era a Lei (Longa-Metragem) 
- Prissy em Dumbo (2ª Dublagem)

Fontes: Wikipedia, IMDB, Revista do Rádio, Última Hora, A História da Dublagem, Augusto Bisson, Jornal do Brasil, Correio da Manhã, O Jornal, Diário da Noite, A Noite, Todo Teatro Carioca, Diário Carioca, Tribuna da Imprensa, Diário de Notícias.

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